domingo, 5 de janeiro de 2014

ORAÇÃO

 1 - Deus está sempre presente?

       É o que ensinam as religiões.

2 - Se Ele tudo sabe e tudo vê, para que orar? 

A oração não objetiva chamar a atenção de Deus para nós. Oramos para nos aproximar dEle.

3 - De qualquer forma esse esforço parece ocioso. As bênçãos de Deus não se estendem por todo o Universo? 

Se você permanecer dentro de uma piscina morrerá de sede, ainda que cercado de água, se não abrir a boca. A oração é mais ou menos isso:
um "abrir de boca", espiritualmente falando, para que recebamos as bênçãos de Deus.

       4 - Posso fazer pedidos a Deus? 

       Claro. Que filho está impedido de pedir algo ao pai? Mas tenha cuidado. As pessoas ficam desapontadas, porqüanto costumam pedir o que não podem receber ou esperar soluções para problemas que dependem de sua iniciativa.

5 - Poderia explicar melhor? 

Se você perde uma perna em acidente, ficará muito frustrado se pedir a Deus que faça nascer outra. Por outro lado, se está desempregado a oração não levará o empregador à sua casa. Será mais conveniente sair à procura dele.

6 - O que devemos pedir?

Segundo ensina velha oração, devemos pedir forças para suportar o que não pode ser mudado (viver sem uma perna); disposição para mudar o que deve ser mudado (superar o desemprego), e discernimento para distinguir entre as duas situações.

7 - Como devemos orar?

Essa mesma pergunta foi feita pelos discípulos de Jesus. Ele respondeu com o Pai Nosso. Entretanto é preciso considerar que não se trata de uma fórmula verbal, cuja eficiência esteja subordinada à repetição. Jesus apenas indica os sentimentos que devemos mobilizar na oração.

       8 - Oração seria, então, sentimento?


       Sem dúvida, os melhores sentimentos. Quando, por exemplo, Jesus diz: "Perdoa as nossas dividas assim como perdoamos nossos devedores", significa que ninguém conseguirá uma autêntica comunhão com o Céu se conservar rancores em seu coração. Como pedir bênçãos ao Pai, guardando raiva de seus filhos?

Do livro "NÃO PISE NA BOLA", de Richard Simonetti.

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