terça-feira, 29 de março de 2011

O SINAL ESPÍRITA


Quando a pessoa entrou no Espiritismo, é fácil verificar: basta perquirir um fichário ou escutar uma indicação.

Entretanto, a fim de positivar se o Espiritismo entrou na pessoa, é indispensável que a própria criatura faça menção disso, através de manifestações evidentes.

Vejamos dez das inequívocas expressões do sinal espírita na individualidade, que sempre se representa pelo designativo “mais”, nos domínios do bem:

Mais serviço espontâneo e desinteressado aos semelhantes;
Mais empenho no estudo;
Mais noção de responsabilidade;
Mais zelo na obrigação;
Mais respeito pelos problemas dos outros;
Mais devotamento à verdade;
Mais cultivo de compaixão;
Mais equilíbrio nas atitudes;
Mais brandura na conversa;
Mais exercício de paciência.


Ser espírita de nome, perante o mundo, decerto que já significa trazer legenda honrosa e encorajadora na personalidade, mas, para que a criatura seja espírita, à frente dos Bons Espíritos, é necessário apresentar o sinal espírita da renovação interior, que, ante a Vida Maior, tem a importância que se confere na Terra às prerrogativas de um passaporte ou ao valor de uma certidão.

Albino Teixeira

Fonte: Livro Caminho Espírita –

Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 28 de março de 2011

AMIGOS ESPIRITUAIS

A providência Divina manifesta-se, incessantemente, em todas as situações e lugares, proporcionando vasta gama de recursos, com vistas à proteção, ao futuro e ao progresso das criaturas.
Esse amparo acontece de infinitos modos.
Um deles dá-se por intermédio de tutores espirituais, conhecidos pelo nome de guias ou amigos espirituais.
É grandiosa e sublime a missão dos guias espirituais, pois revela a providência, bondade e a justiça do Criador para com seus filhos, provendo-os de meios para o aperfeiçoamento.

Kardec classificou os guias espirituais em três categorias:

Espíritos protetores
Espíritos familiares
Espíritos simpáticos
O Espírito protetor ou anjo guardião,é sempre um bom Espírito, mais evoluído.
Trata-se de um orientador principal e superior.
Sua missão assemelha-se à de um pai para com seus filhos: a de orientar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo em suas aflições.
A missão dos Espíritos protetores tem duração prolongada, pois estes companham o protegido desde o nascimento até sua desencarnação.
Sua atuação não é de intervenção absoluta em nossas vidas.
Evita tomar decisões por nós respeitando o nosso livre arbítrio.
Sente-se feliz quando acertamos e se entristece quando erramos,mas sabe que mais cedo ou mais tarde, o seu tutelado voltará ao bom caminho.
O amigo espiritual comparece quando é invocado, por meio de uma simples prece.
Exercem supervisão geral sobre nossas existências, tanto no aspecto intelectual, incluindo as questões de ordem material, quanto moral, emprestando ênfase a esta última, por ser a que tem preponderância em nosso futuro de seres imortais.
Os Espíritos Familiares são orientadores secundários.
Embora menos evoluídos, igualmente querem o nosso bem.
Podem ser os Espíritos de nossos familiares ou amigos.
Seu poder é limitado e sua missão é mais ou menos temporária junto ao protegido.
Ocupam-se com as particularidades da vida íntima do protegido por ter com ele mais intimidade e vínculos sentimentais.
Por exemplo, quando o protegido está recalcitrante e não ouve os conselhos superiores ou apresenta comportamento enigmático.
Podem influenciar na decisão de um casamento, nas atividades profissionais ou mesmo na tomada de decisões importantes.
Só atuam por ordem ou permissão dos Espíritos protetores.
Já os Espíritos Simpáticos podem ser bons ou maus, conforme a natureza das nossas disposições.
Ligam-se a nós por uma certa semelhança de gostos, de acordo com nossas inclinações pessoais.
Se simpatizam com nossos ideais, com nossos projetos, procuram nos ajudar e, muitas vezes tomam nossas dores contra
nossos adversários, situação em que não conta com o beneplácito
dos Espíritos protetores.
A duração de suas relações que também são temporárias, se acha
subordinada a determinadas circunstâncias, vinculadas à persistência dos desejos e do comportamento de cada um.
Portanto, ninguém, absolutamente ninguém, está desamparado.
Entretanto, Deus não nos atende pessoalmente, conforme nossos caprichos, mas por intermédio das suas leis imutáveis de seus mensageiros, isto é, Deus auxilia as criaturas por intermédios das criaturas.
Os anjos ou protetores espirituais de hoje são os homens de ontem, que evoluíram, deixando para trás a animalidade.
Essa ligação e interdependência entre os Espíritos das diversas faixas evolutivas, em permanente contato com o plano físico, formamo caleidoscópio da grande família universal, evidenciando as leis da unidade e da solidariedade entre os seres.
Deus, nosso Pai, não nos quer como autômatos, mas sim como parceiros, criadores.
Ele quer que tenhamos a ventura de alcançar a perfeição pelas próprias forças, desfrutando o mérito da vitória sobre nós mesmos.
Lembremo-nos, finalmente, de que cada um de nós, encarnados, também pode e
deve amparar o próximo, de acordo com a nossa capacidade,
independentemente do estágio evolutivo em que nos encontramos.

Assim, procedendo, estaremos por nossa vez, atuando como
auxiliares dos guias espirituais, para o cumprimento dos desígnios
divinos, na infinita escala que dá acesso aos cumes evolutivos.
“Tem cuidado para que te não afastes psiquicamente do teu anjo guardião.
Ele jamais se aparta do seu protegido, mas este, por presunção ou ignorância, rompe os laços de ligação emocional e mental, debandando da rota libertadora.
Quando erres e experimentes a solidão, refaze o passo e busca-o pelo pensamento em oração, partindo de imediato para a ação edificante.”

(Joana de Ângelis)
Texto de Cristhiano Torchi
(Revista Reformador-junho/2009)

sexta-feira, 11 de março de 2011

UM SUBLIME ALGUÉM

Ninguém poderá carregar o fardo de suas dores.
Eduque-se com o sofrimento.
Ninguém lhe entenderá os problemas complexos da existência.
Exercite o silêncio.
Ninguém seguirá com você indefinidamente.
Acostume-se com a solidão.
Ninguém acreditará que as suas aflições sejam maiores do que as do vizinho.
Liberte-se delas com o trabalho de auto-iluminação.
Ninguém responderá pelos seus erros.
Tenha cuidado no proceder.
Ninguém suportará suas exigências.
Adira à brandura e à simplicidade.
Ninguém o libertará do arrependimento após o crime.
Medite na paciência e domine os impulsos.
Ninguém compreenderá seus sacrifícios e renúncias para a manutenção de uma vida modesta e honrada.
Persevere no dever bem cumprido.
Sábio é todo aquele que reconhece a infinita pequenez ante a infinita grandeza da vida.
Ninguém posderá servi-lo sempre.
Você encontrará um sublime Alguém que tem para cada anseio da sua alma uma alternativa de amor.

Aprenda que a luta é a lição de cada hora no abençoado livro da existência planetária e siga adiante com Ele.

Extraído do livro: Sementeira da Fraternidade (2008)
Divaldo Franco / Marco Prisco

quarta-feira, 9 de março de 2011

E depois do Carnaval?

Há coisas nesta vida que evitamos ao máximo comentar, pois poderia significar o se expor emocionalmente, deixar transparecer as nossas “fraquezas” interiores. Não é raro após festas, grandes ou pequenas, que determinadas pessoas se sintam angustiadas, oprimidas, questionando a validade de ter participado daqueles folguedos.

O carnaval está ai, e a Quarta-feira de Cinzas é uma dessas oportunidades. Muita gente se dá conta, depois que a ficha cai, que foi ao carnaval, pulou, brincou, namorou, ou melhor, ficou... Mas, depois, o vazio! De onde vem essa sensação desagradável que se configura como uma mão de ferro apertando o peito?

A doutora em psicologia Cris Fogriene, em um interessante ensaio sobre as “ressacas emocionais”, afirma que, em verdade, a dificuldade de socialização tem como princípio fundamental o sentimento de solidão, a sensação de vazio que se apresenta como um canal aberto para o surgimento de elementos depressivos. É quando o sujeito se percebe preso da angústia do silêncio, pois se “esbaldou”, mas não encontrou o que buscava de forma verdadeira e efetiva, ou seja, alguém para lhe reconhecer como, em potencial, importante. O receio sempre presente, principalmente em adultos que foram crianças reprimidas, oprimidas, de expor as suas buscas, faz com que se afivele uma máscara do descomprometido/a, do que não está nem aí, pois quer mesmo é “aproveitar” aquele momento. Isto o leva a idealizar que necessita mesmo é esquecer o que seu coração grita e a pessoa quer sufocar: preciso de alguém, não para um beijo, para uma dança, mas para estar comigo.

“E o ser humano se vê inserido numa solidão que não planejou, submerso em sensações que não desejou. Descobre-se isolado com sentimentos que sufocam a transparência e a extrema necessidade sentida de se igualar, de se identificar, de ser escolhido.”

Ao lado de todos esses desencontros interiores ainda vem a multifacetada onda de energias conflitantes, nascidas dos sentimentos mais desencontrados possíveis, angariadas pelos salões e avenidas das festas que se chocam com as suas próprias energias, fazendo um oscilar de ondas vibratórias, que terminam por aprofundar mais o estado-sentimento de desencontro emocio-psicológico.
Diz-se que a vibração baixa atrai vibrações do mesmo teor, de mesma sintonia. Assim, não fica difícil entender que quanto mais para baixo estivermos, mais acúmulo de energias negativas, pesadas estaremos carreando para nós. O que fazer? Deixo o sambista responder: “Reconhece a queda e não desanima, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima.”

Afinal de contas, viver também é isto, ter a angústia da busca, da procura. É como se a angústia funcionasse como a febre da alma, a lhe dizer que algo não vai bem, que você precisa investigar, buscar o que está faltando. Qual a necessidade de sua alma que não está sendo satisfeita? Sua alma está doente e caberá a você identificar de que mal ela padece e ir em busca de sua cura.

José Medrado (Fundador e Presidente do complexo Cidade da Luz)

terça-feira, 8 de março de 2011

MULHER

Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis
Que divide sua alma em duas
Para carregar tamanha sensibilidade e força
Que ganha o mundo com sua coragem
Que traz paixão no olhar
Mulher,
Que luta pelos seus ideais,
Que dá a vida pela sua família
Mulher,
Que ama incondicionalmente
Que se arruma, se perfuma
Que vence o cansaço
Mulher,
Que chora e que ri
Mulher ,que sonha...

Tantas Mulheres, belezas únicas, vivas,
Cheias de mistérios e encanto!
Mulheres que deveriam ser lembradas,
amadas, admiradas e respeitadas todos os dias...

Para você, Mulher tão especial...

Feliz Dia Internacional da Mulher!

sexta-feira, 4 de março de 2011

AÇÃO DAS TREVAS NOS GRUPOS ESPÍRITAS

Quando nos propomos a falar da Ação das Trevas nos Grupos Espíritas, antes de tudo
precisamos saber de quais Espíritos estamos falando, porque a grande maioria de Espíritos obsessores que vêm às Casas Espíritas são mais ignorantes do que propriamente maldosos.
No livro “Não há mais tempo”, organizado pelo Espírito Klaus, foi publicado uma comunicação de um verdadeiro representante das organizações do mal e foi percebido que há uma grande diferença entre o que classificamos como Espíritos obsessores e os verdadeiros representantes das trevas.
Quando o Espírito incorporou a doutrinadora disse: “Seja bem vindo meu irmão!”. Ele respondeu: “em primeiro lugar não sou seu irmão, em segundo lugar eu conheço o seu sentimento. Sei que você não gosta nem das pessoas que trabalham com você na casa, que dirá de mim que você não conhece.
Por isso duvido que eu seja bem vindo aqui”.
Ela ficou um tanto desconsertada, porém, disse: “mas meu irmão, veja
bem, isto aqui é um hospital”. Ele respondeu: “muito bem, agora você vai dizer que eu sou o doente e que você vai cuidar de mim, não é isto?”. Ela disse: “Sim”. “Pois bem, e quem garante para você que eu sou um doente? Só porque eu penso diferente de você. Aliás, o que a faz acreditar que possa cuidar de mim? Quem é que cuida de você? Porque suponho que quando alguém vai cuidar do outro, este alguém esteja melhor que o outro e, francamente, eu não vejo que você esteja melhor que
eu. Porque eu faço o mal? Porque sou combatente das idéias de Jesus? Sim, é verdade, mas admito isto, enquanto que você faz o mal tanto quanto eu e se disfarça de espírita boazinha”.
Outro doutrinador disse: “meu irmão, é preciso amar”. O Espírito respondeu: “acabou o argumento. Quando vocês vêm com esta ladainha que é preciso amar é que vocês não têm mais argumentos”. “Mas o amor não é ladainha meu irmão”. “Se o amor não é ladainha por que o senhor não vai amar o seu filho na sua casa? Aliás, um filho que o senhor não tem relacionamento há mais de 10 anos. Se o senhor não consegue perdoar o seu filho que é sangue do seu sangue, como é que o senhor quer falar de amor comigo? O senhor nem me conhece.
Vieram outros doutrinadores e a história se repetiu até que, por último, veio o dirigente da casa e com muita calma disse: “Não é necessário que o senhor fique atirando estas verdades em nossas faces. Nós temos plena consciência daquilo que somos. Sabemos que ainda somos crianças espirituais e que precisamos aprender muito”. “O Espírito respondeu: “até que enfim alguém com
coerência neste grupo, até que enfim alguém disse uma verdade. Concordo com você, realmente vocês são crianças espirituais e como crianças não deveriam se meter a fazer trabalho de gente grande porque vocês não dão conta”.

COMO AGEM OS ESPÍRITOS REPRESENTANTES DAS TREVAS EM NOSSOS
NÚCLEOS ESPÍRITAS?

Como vimos, os verdadeiros representantes das trevas além de maldosos são, também,
extremamente inteligentes. São Espíritos que não estão muito preocupados com as Casas Espíritas.
Eles têm suas bases nas regiões da Sub-Crosta. São Espíritos que estiveram envolvidos, por exemplo, na 1ª e 2ª guerras mundiais e no ataque às Torres Gêmeas nos Estados Unidos.
São os mentores intelectuais de Bin Laden, de Sadam Hussein e de inúmeros outros ditadores que já passaram pelo mundo, porque eles têm um plano muito bem elaborado, que é o de dominar o mundo. Os grupos espíritas não apresentam tanto perigo para eles.
Esses Espíritos estarão sim atacando núcleos espíritas desde que o núcleo realmente
represente algum perigo para as intenções das trevas. Portanto, quando nós falamos das inteligências do mal nós estamos falando destes Espíritos que têm uma capacidade mental e intelectual muito acima da média em geral. Normalmente não são esses Espíritos que se comunicam nas nossas sessões mediúnicas. Normalmente eles não estão preocupados com os nossos trabalhos, a não ser que esses trabalhos estejam bem direcionados, o que é muito difícil, e represente algum perigo para eles.
Nós que vivemos e trabalhamos numa Casa Espírita sabemos bem dos problemas
encontrados nas atividades desses grupos.
Para ilustrar vou contar para vocês um fato verídico ocorrido numa Casa Espírita. Um Espírito obsessor incorporou na sessão mediúnica e disse para o grupo: “Nós viemos informar que não vamos mais obsediar vocês. Vamos para o outro grupo”.
Houve silêncio até que alguém perguntou: “Vocês não vão mais nos obsediar, por quê?”. O Espírito respondeu: “existe nesta casa, tanta maledicência, tanta preguiça, tanto atrito, tantas brigas pelo poder, tantas pessoas pregando aquilo que não praticam, que não precisamos nos preocupar com vocês, vocês mesmos são obsessores uns dos outros”.

POR QUE REALIZAR UM SEMINÁRIO RESSALTANDO A AÇÃO DAS TREVAS?
FALAR DO MAL NÃO É AJUDAR O MAL A CRESCER?

No livro a “Arte da Guerra” está escrito: “se você vai para uma guerra e conhece mais o seu inimigo que a você mesmo, não se preocupe, você vai vencer todas as batalhas.
Se você conhece a si mesmo, mas não conhece o inimigo, para cada vitória você terá uma derrota. Porém, se você não conhece nem a si mesmo e nem ao inimigo, você vai perder todas as batalhas”.
Infelizmente, a grande maioria das pessoas não conhece a si mesma. Têm medo da reforma intima, têm medo do que vão encontrar dentro de si. Negam a transformação interior.
Precisamos falar das trevas para conhecermos as trevas. Se não conhecermos como eles
manipulam os tarefeiros espíritas como é que vamos saber nos defender deles. Para isso é preciso refletirmos nesta condição de nos conhecermos, até porque toda ação das trevas exteriores é um reflexo das trevas que nós carregamos dentro de nós. É preciso realmente realizarmos a nossa reforma interior para sairmos da sintonia dessas entidades.

E OS GUARDIÕES QUE CUIDAM DO CENTRO, COMO É QUE FICA?

Não podemos esquecer que os benfeitores espirituais trabalham respeitando o nosso livre arbítrio. Uma Casa Espírita como esta possui o seu campo de proteção, uma cerca elétrica construída pelos benfeitores, porém, quem a mantém ligada são os trabalhadores encarnados. Toda vez que há brigas dentro do centro, toda vez que há grupos inimigos conflitando-se, toda vez que há maledicências, é como se houvesse um curto circuito nesta rede, é como se houvesse uma queda de
energia, e as entidade do mal entram. Os benfeitores espirituais estão presentes, a rede é religada, mas, as entidades dos mal já entraram. O grande problema é que quase sempre nós não estamos sintonizados com o bem. A ação do bem em nossa vida é fundamental.
Por exemplo: o Umbral não é causa, o Umbral é efeito. Só existe o Umbral, a zona espiritual inferior que cerca o planeta, porque os homens têm sentimentos medíocres e inferiores. No dia que a humanidade evoluir o Umbral desaparece, porque ele é conseqüência. Por isso que não podemos, nos esquecer que as trevas exteriores são apenas uma extensão das nossas trevas interiores. Existe, sim, a proteção espiritual nas Casas Espíritas, porém, os Espíritos amigos respeitam o nosso livre
arbítrio.

COMO É QUE OS GRUPOS ESPÍRITAS PODEM SE DEFENDER DAS TREVAS?

• Havendo muita sinceridade, amizade verdadeira e, principalmente, muito amor entre
todos os colaboradores do grupo.
• Existindo a prática da solidariedade, carinho e respeito para com todas as pessoas que
buscam o grupo ou para estudar ou para serem orientadas ou para receberem assistência
espiritual..
• Havendo muito comprometimento com a causa espírita.
• Realizando, periodicamente, uma avaliação dos resultados obtidos, para verificar se os três itens anteriores estão realmente acontecendo.

Carla Costa

terça-feira, 1 de março de 2011

DINHEIRO E RIQUEZAS MATERIAIS

A conquista do dinheiro e a acumulação das riquezas materiais são assuntos que precisamos entender sob o ponto de vista religioso, moral e espiritual para que sejamos bem sucedidos nesta jornada evolutiva da alma.

Nas obras de Allan Kardec encontramos as respostas abaixo apresentadas que nos orientam acerca do ganho honesto do dinheiro e do bom uso dos bens materiais acumulados.

Essas respostas:
1. Ampliam o nosso entendimento do contexto amplo e complexo em que estamos inseridos na vida;
2. Levam-nos a fazer profundas reflexões sobre as nossas condutas perante as finanças e as conquistas das coisas materiais;
3. Modificam completamente as influências que as idéias materialistas exercem sobre o nosso modo de vida, de administrar as riquezas e de relacionar com os semelhantes:

POR QUE EXISTE A DESIGUALDADE NA POSSE DAS RIQUEZAS?

Na Questão 811 de “O Livro dos Espíritos”, os Espíritos superiores revelaram a Allan Kardec que:

“A igualdade absoluta das riquezas não é possível, porque a isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres dos homens.”

Além disso, evidentemente, outros fatores determinam a desigualdade na posse das riquezas: a herança familiar, a apropriação indébita, o roubo, os ganhos desonestos, a espoliação, etc.

Ainda sobre esse tema, Allan Kardec, no Capítulo XVI: Servir a Deus e a Mamon, do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, esclareceu:

“Os homens não são igualmente ricos, por uma razão muito simples: é que não são igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar.”

Disso decorre que se a riqueza do mundo fosse dividida igualmente entre todos os homens, com o passar do tempo, essa situação estaria novamente desequilibrada e rompida em virtude da diversidade dos caracteres, aptidões e condutas humanas.

POR QUE DEUS CONCEDE A UNS A RIQUEZA E A OUTROS A POBREZA?

Allan Kardec perguntou aos Espíritos superiores: por que Deus concedeu a uns a riqueza e o poder, e a outros, a miséria?

A resposta revelou aspectos inusitados da vida dos homens:

“Para experimentá-los de modos diferentes. Além disso, como sabeis, essas provas foram escolhidas pelos próprios Espíritos, que nelas, entretanto, sucumbem com freqüência.” (Questão 814 de “O Livro dos Espíritos”.)

Portanto, antes da reencarnação, nós mesmos escolhemos as provas que precisamos passar na vida material para obter o desenvolvimento intelectual e moral e caminhar para a perfeição espiritual designada por Deus.

Assim, passamos pelas provas difíceis da abundância ou da escassez dos recursos materiais, nas quais podemos ser bem sucedidos ou sucumbir;
Testamos as nossas qualidades;
Exercitamos e desenvolvemos as nossas faculdades;
Adquirimos habilidades;
Acumulamos experiências;
desfrutamos da oportunidade de praticar as virtudes;
Ee revelamos o uso que fazemos da vontade e do livre-arbítrio em função das condições de vida de riqueza ou de pobreza em que nos situamos temporariamente na jornada terrena.

Se agirmos com elevação intelectual e moral e formos bem sucedidos nessas provas difíceis escolhidas por nós mesmos, obtemos a evolução e ascensão na hierarquia espiritual, que é a verdadeira.

QUAL A FORMA CORRETA DE CONQUISTARMOS O DINHEIRO E AS RIQUEZAS MATERIAIS?

Para a conquista das riquezas materiais, os Espíritos superiores indicaram a Allan Kardec a seguinte providência:

“O que, por meio do trabalho honesto, o homem junta constitui legítima propriedade sua, que ele tem o direito de defender, porque a propriedade que resulta do trabalho é um direito natural, tão sagrado quanto o de trabalhar e de viver.” (Questão 882 de “O Livro dos Espíritos”.)

Em complemento, afirmou o Espírito Protetor M., nas Instruções dos Espíritos, contidas no Capítulo XVI: Servir a Deus e a Mamon, de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”:

“Não há dúvida que, se há uma fortuna legítima, é a que foi adquirida honestamente, porque uma propriedade só é legitimamente adquirida quando, para conquistá-la, não se prejudicou a ninguém.”

Assim, devemos trabalhar honestamente para obter o dinheiro que permite a acumulação dos tesouros materiais. Isso significa:
• Fazer o emprego útil da inteligência no trabalho;
• Trabalhar praticando o bem e não causando prejuízo a ninguém;
• Manter as condutas elevadas nas atividades para realizar boas obras;
E constituir um patrimônio material legítimo, que permita o desfrute, com paz na consciência, das boas condições de vida e do bem-estar.

A RIQUEZA MATERIAL É UM MEIO DE PERDIÇÃO PARA A ALMA?

Allan Kardec, no Capítulo XVI: Servir a Deus e a Mamon, do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, nos ensinou que:

“Se a riqueza tivesse de ser um obstáculo absoluto à salvação dos que a possuem, Deus, que a distribui, teria posto nas mãos de alguns um instrumento fatal de perdição, o que repugna à razão.”

Assim, por mais difícil e arriscada que seja para a alma a prova da riqueza, (por prender o homem às coisas materiais; levá-lo a promover abusos e males com o mau uso; desviar a sua atenção das coisas espirituais; e facilitar os desvios morais), ela pode ser um meio de salvação nas mãos daquele que a sabe utilizar com abnegação para promover a expansão do bem.

Se Deus condenasse a riqueza material, e se ela fosse só fonte do mal, Ele não a teria posto na Terra.

Se Deus condenasse a acumulação dos bens materiais, o homem não estaria submetido à Lei do trabalho que a pode proporcionar.

Portanto, para a salvação de sua alma, o homem deve transformar a riqueza acumulada pelo trabalho honesto em:
• Fonte do bem;
• Meio de aumento da produção dos bens para melhorar as condições de vida no globo;
• Instrumento de aperfeiçoamento das relações entre as pessoas e os povos;
• Incentivo ao trabalho honesto, às atividades nobres e ao progresso da ciência e das pesquisas que geram a prosperidade e beneficiam a todos.

PORQUE DEUS PERMITE QUE A RIQUEZA ESTEJA CONCENTRADA NAS MÃOS DE ALGUNS HOMENS?

Allan Kardec respondeu a essa questão difícil no Capítulo XVI de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, nos ensinando que:

“Se cada homem tivesse somente o necessário para viver, haveria o aniquilamento dos grandes trabalhos que concorrem para o progresso e o bem-estar da humanidade; desapareceria o estímulo que impulsiona as grandes descobertas e os empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em alguns lugares, é para que dos mesmos ela se expanda, em quantidades suficientes, segundo as necessidades.”

Porém, se as pessoas que detêm as riquezas usam-nas de forma inadequada, não as fazendo frutificar para o bem de todos, é porque fazem mau uso do livre arbítrio concedido pela sabedoria e bondade de Deus.

A prática do bem com a posse da fortuna depende do discernimento, das experiências, da distinção entre o bem e o mal, dos esforços e da vontade de cada homem.

O homem vence a provação moral da posse da fortuna se sabe:
• Exercitar bem as suas faculdades com o seu bom emprego no trabalho e nas atividades nobres;
• Agir sem egoísmo e orgulho na posição que desfruta;
• E usar bem esse poderoso meio de ação para o progresso de todos.

DEUS NÃO É INJUSTO SITUANDO UMA PESSOA NA RIQUEZA E OUTRA NA POBREZA?

Allan Kardec respondeu a essa pergunta complicada, da seguinte forma, no Capítulo XVI de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”:

“É claro que, se o homem só tivesse uma existência, nada justificaria semelhante repartição dos bens terrenos. Mas, se, em lugar de limitar sua vida ao presente, se considerar o conjunto das existências, vê-se que tudo se equilibra com justiça. O pobre não tem, portanto, motivos para acusar a Providência, nem para invejar os ricos e estes não os têm para se vangloriarem do que possuem.”

“(...) Cada qual possui a fortuna por sua vez. Dessa maneira, o que hoje não a tem, já a teve no passado ou a terá no futuro, numa outra existência, e o que hoje a possui poderá não tê-la mais amanhã. Há ricos e pobres porque, Deus sendo justo, cada qual deve trabalhar por sua vez. A pobreza é para uns a prova da paciência e da resignação; a riqueza é para outros a prova da caridade e da abnegação.”

Portanto, com a Lei da reencarnação e com as provas terrenas a que os Espíritos estão submetidos para o seu aprimoramento intelectual e moral, entendemos a justiça de Deus aplicada à desigualdade na posse das riquezas materiais.

A SITUAÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO ESPIRITUAL DEPENDE DA QUANTIDADE DE BENS QUE CONSEGUIRAM ACUMULAR NA VIDA TERRENA?

O Espírito Pascal, na mensagem publicada por Allan Kardec nas Instruções dos Espíritos, contidas no Capítulo XVI de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, respondeu a essa pergunta com sabedoria:

“O homem não possui como seu senão aquilo que pode levar deste mundo. O que ele encontra ao chegar, e o que deixa ao partir, goza durante sua permanência na Terra. Mas, desde que é forçado a deixá-los, é claro que só tem o usufruto e não a posse real. O que é, então, que ele possui? Nada do que se destina ao uso do corpo e tudo o que se refere ao uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Eis o que ele traz e leva consigo, o que ninguém tem o poder de tirar-lhe e o que ainda mais lhe servirá no outro mundo do que neste. Dele depende estar mais rico ao partir do que ao chegar neste mundo, porque a sua posição futura depende do que ele houver adquirido no bem.”

(...) “Quando o homem chega ao Mundo dos Espíritos não será computado o valor dos seus bens, nem dos seus títulos, mas serão contadas as suas virtudes e, nesse cálculo, o operário talvez seja considerado mais rico do que o príncipe.” (...) “As posições daqui não são compradas, mas ganhas pela prática do bem... aqui só valem as qualidades do coração. Sois rico dessas qualidades? Então, sede bem-vindo e vosso é o primeiro lugar, onde todas as venturas vos esperam. Sois pobre? Ide para o último, onde sereis tratado na razão de vossas posses.”

Portanto, em função dessas claras lições espirituais, nesta jornada evolutiva devemos ter em mente a preexistência da alma ao nascimento do corpo material e a sua sobrevivência à morte do envoltório material.

Assim, não devemos buscar, libertando-nos das influências das idéias materialistas sobre as finanças, apenas a acumulação desenfreada do dinheiro e das riquezas materiais, visando obter grande conforto e bem-estar material.

Devemos levar também em consideração a vida futura da alma, para que ela mereça desfrutar das boas condições de vida que existem no mundo espiritual. Para isto precisamos:
• Valorizar os conhecimentos úteis e elevados;
• Aprimorar a inteligência pelo seu bom uso;
• Acumular as virtudes pela sua prática em todas as circunstâncias da vida;
• E conquistar as qualidades morais pelo seu exercício nas relações humanas, permitindo a difusão do bem.

Em corroboração a isso, temos a oportuna indignação de um Espírito Protetor, contida nas Instruções dos Espíritos, do Capítulo XVI de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”:

“Quando considero a brevidade da vida, causa-me dolorosa impressão a vossa incessante preocupação com os bens materiais, enquanto dedicais tão pouca importância e consagrais tão reduzido tempo ao aperfeiçoamento moral, que vos será levado em conta na eternidade.”

COMO CONSEGUIRMOS SER BEM SUCEDIDOS NAS PROVAS DO GANHO E DO EMPREGO DO DINHEIRO E DAS RIQUEZAS MATERIAIS?

Com base nas lições de Allan Kardec e dos Espíritos superiores, contidas no Capítulo XVI de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, relacionamos abaixo os procedimentos que nos levam a vencer as provas difíceis do ganho honesto e do bom emprego do dinheiro e das riquezas materiais:

• No “amai-vos uns aos outros” está a solução para o melhor emprego da fortuna, pois evita a busca da satisfação pessoal; está o segredo da boa aplicação das riquezas, pois leva à prática da caridade plena de amor que elimina a desgraça com sabedoria e agrada a Deus.

• O emprego da riqueza deve estar assentado na base segura que garante grandes lucros: a das boas obras.

• Para a boa aplicação da riqueza, o homem que desfruta dos benefícios de uma vida social sustentada pela fortuna deve cumprir os seus deveres de solidariedade fraterna.

• O homem rico deve saber que é depositário, o administrador dos bens que Deus lhe depositou nas mãos. Então, severas contas lhe serão pedidas do emprego que fizer dos recursos, em virtude do seu livre-arbítrio. Assim, não deve utilizá-los na sua satisfação pessoal, nos gozos materiais do egoísmo, na prodigalidade em proveito próprio, na satisfação das fantasias, do orgulho e da sensualidade. Deve empregá-los no que resulta em algum bem para os outros.

• O homem que emprega a sua fortuna na beneficência que alivia a miséria, aplaca a fome, preserva do frio e dá asilo ao abandonado torna-se vitorioso na vida terrena.

• O homem que detém a grande fortuna tem a missão de prevenir a miséria com os trabalhos de toda espécie e o salário que pode oferecer para o próximo desenvolver a inteligência, exaltar a dignidade, ganhar o próprio pão e obter o bem-estar.

• O homem rico administra bem a sua fortuna, quando obtém o desapego dos bens materiais, que é um dos mais fortes entraves ao seu adiantamento moral e espiritual.

• O homem que conquistou a sua fortuna com um trabalho constante e honrado é digno de louvor e Deus aprova seu esforço. Mas, deve exercitar na sua posição o desapego aos bens acumulados, para não anular os bons sentimentos, cair na avareza sórdida e deixar de praticar a caridade.

• O homem rico administra bem suas posses quando está consciente de que tudo vem de Deus e tudo a Deus retorna; que é depositário e não proprietário; que Deus lhe emprestou os recursos para que, pelo menos, beneficie aquele que também é Seu filho e que não tem o necessário.

• O homem que acumula a sua fortuna pensando em deixá-la para os seus herdeiros, sem praticar a caridade, comete a falta grave do egoísmo, da cupidez e da avareza. Ao acumular ouro sobre ouro, esquecendo de ajudar seus irmãos perante Deus, e dizendo que é para deixar para os seus familiares, age de modo insensato, pois tenta justificar seu egoísmo, revela apego pessoal aos bens terrenos e se ilude ao ignorar que não vai fazer falta aos herdeiros o pouco a menos de supérfluo que vai lhes deixar, por beneficiar o próximo.

• O homem rico que trabalhou bastante e acumulou bens com o suor em seu rosto, deve fazer a caridade segundo as suas posses, aliviar as dores ocultas da miséria e socorrer os sofredores, para adquirir méritos morais e espirituais. Deve, ao mesmo tempo, combater o orgulho que o torna duro para com os pobres, leva a aturdir o infeliz que lhe pede assistência, venda os olhos e tampa os ouvidos para os sofrimentos alheios.

• O homem rico que desperdiça seus bens e a sua fortuna por descuido ou indiferença torna-se mau depositário dos bens, pois não tem o direito de dilapidá-los, nem de confiscá-los para beneficiar somente a si próprio e aos seus familiares. Ele deve administrar a fortuna que lhe foi confiada por Deus em proveito de todos com sabedoria e responsabilidade; empregá-la utilmente para espalhar o bem; prestar auxílio aos necessitados, para beneficiá-los exercitando a generosidade.

• O homem que é sensato descobre logo que a fortuna não é necessária à sua felicidade, nem na vida presente, nem na vida futura; que a felicidade duradoura é conquistada com a prática do amor e a expansão do bem; ao se tornar fiel depositário das riquezas que foram postas ao seu cuidado por empréstimo; ao agir com desprendimento dos bens terrenos; ao contentar-se com pouco e não ter inveja; ao estar sempre pronto a prestar contas da missão que tem que cumprir com a tutela e o emprego da fortuna.

Geziel Andrade