terça-feira, 14 de junho de 2011

A Lição de Nicodemos

Em face dos novos ensinamentos de Jesus, todos os fariseus do templo se tornavam de inexcedíveis cuidados, pelo seu extremado apego aos textos antigos. O Mestre, porém, nunca perdeu ensejo de esclarecer as situações reais difíceis com a luz da verdade que a sua palavra divina trazia ao pensamento do mundo. Grande número de doutores não conseguia ocultar o seu descontentamento, porque, não obstante suas atividades derrotistas, continuavam as ações generosas de Jesus, beneficiando os aflitos e os sofredores. Discutiam-se os novos princípios no grande templo de Jerusalém, nas suas praças públicas e nas sinagogas. Os mais humildes e pobres viam no Messias o emissário de Deus, cujas mãos repartiam em abundância os bens da paz e da consolação. As personalidades importantes temiam-no.

É que o profeta não se deixava seduzir pelas grandes promessas que lhe faziam com referência ao seu futuro material. Jamais temperava a sua palavra de verdade com as conveniências do comodismo da época. Apesar de magnânimo para com todas as faltas alheias, combatia o mal com tão intenso ardor, que para logo se fazia objeto de hostilidade para todas as intenções inconfessáveis. Mormente em Jerusalém que, com o seu cosmopolitismo, era um expressivo retrato do mundo, as ideias do Senhor acendiam as mais apaixonadas discussões. Eram populares que se entregavam à apologia franca da doutrina de Jesus, servos que o sentiam com todo o calor do coração reconhecido, sacerdotes que o combatiam abertamente, convencionalistas que não o toleravam, indivíduos abastados que se insurgiam contra os seus ensinos.

Todavia, sem embargo das dissensões naturais que precedem o estabelecimento definitivo das ideias novas, alguns espíritos acompanhavam o Messias, tomados de vivo interesse pelos seus elevados princípios. Entre estes, figurava Nicodemos, fariseu notável pelo coração bem formado e pelos dotes da inteligência. Assim, uma noite, ao cabo de grandes preocupações e longos raciocínios, procurou a Jesus, em particular, seduzido pela magnanimidade de suas ações e pela grandeza de sua doutrina salvadora. O Messias estava acompanhado apenas de dois dos seus discípulos e recebeu a visita com a sua bondade costumeira.

Após a saudação habitual e revelando as suas ânsias de conhecimento, depois de fundas meditações, Nicodemos dirigiu-se respeitoso:

– Mestre, bem sabemos que vindes de Deus, pois somente com a luz da assistência divina poderíeis realizar o que tendes efetuado, mostrando o sinal do céu em vossas mãos. Tenho empregado minha existência em interpretar a lei, mas desejava receber a vossa palavra sobre os recursos de que deverei lançar mão para conhecer o Reino de Deus!

O Mestre sorriu bondosamente e esclareceu:

– Primeiro que tudo, Nicodemos, não basta que tenhas vivido a interpretar a lei. Antes de raciocinar sobre as suas disposições, deverias ter-lhe sentido os textos. Mas, em verdade devo dizer-te que ninguém conhecerá o reino do céu, sem nascer de novo.

– Como pode um homem nascer de novo, sendo velho? – interrogou o fariseu altamente surpreendido – Poderá, porventura, regressar ao ventre de sua mãe?

O Messias fixou nele os olhos calmos, consciente da gravidade do assunto em foco e acrescentou :

– Em verdade, reafirmo-te ser indispensável que o homem nasça e renasça, para conhecer plenamente a luz do reino!...

– Entretanto, como pode isso ser? – Perguntou Nicodemos, perturbado.

– És mestre em Israel e ignoras estas coisas? – inquiriu Jesus, como surpreendido – É natural que cada um somente testifique daquilo que saiba; porém precisamos considerar que tu ensinas. Apesar disso, não aceitas os nossos testemunhos. Se falando eu de coisas terrenas sentes dificuldade em compreendê-las com os teus raciocínios sobre a lei, como poderás aceitar as minhas afirmativas quando eu disser das coisas celestiais? Seria loucura destinar os alimentos apropriados a um velho para o organismo frágil de uma criança.

Extremamente confundido, retirou-se o fariseu, ficando André e Tiago empenhados em obter do Messias o necessário esclarecimento, acerca daquela lição nova.

Jerusalém quase dormia sob o véu espesso da noite alta. Silêncio profundo se fizera sobre a paisagem. Jesus, no entanto, e aqueles dois discípulos continuavam presos à conversação particular que haviam entabulado. Os dois desejavam ardentemente penetrar o sentido oculto das palavras do Mestre. Como seria possível aquele renascimento?

Não obstante os seus conhecimentos, também partilhavam da perplexidade que levara Nicodemos a se retirar fundamente surpreendido.

– Por que tamanha admiração, em face destas verdades? – perguntou-lhe Jesus, bondosamente – As árvores não renascem depois de podadas? Com respeito aos homens, o processo é diferente, mas o espírito de renovação é sempre o mesmo. O corpo é uma veste. O homem é seu dono. Toda roupagem material acaba rota, porém, o homem, que é filho de Deus, encontra sempre em seu amor os elementos necessários à mudança do vestuário. A morte do corpo é essa mudança indispensável, porque a alma caminhará sempre, através de outras experiências, até que consiga a imprescindível provisão de luz para a estrada definitiva no reino de Deus, com toda a perfeição conquistada, ao longo dos rudes caminhos.

André sentiu que uma nova compreensão lhe felicitava o espírito simples e perguntou:

– Mestre, já que o corpo é como a roupa material das almas, por que não somos todos iguais no mundo? Vejo belos jovens, junto de aleijados e paralíticos...

– Acaso não tenho ensinado – disse Jesus – que tem de chorar todo aquele que se transforma em instrumento de escândalo? Cada alma conduz consigo mesma o inferno ou o céu que edificou no âmago da consciência. Seria justo conceder-se uma segunda veste mais perfeita e mais bela ao espírito rebelde que estragou a primeira? Que diríamos da sabedoria de Nosso Pai, se facultasse as possibilidades mais preciosas aos que às utilizaram na véspera para o roubo, o assassínio, a destruição? Os que abusaram da túnica da riqueza vestirão depois as dos fâmulos e escravos mais humildes, como as mãos que feriram podem vir a ser cortadas.

– Senhor, compreendo agora o mecanismo do resgate. – Murmurou Tiago, externando a alegria do seu entendimento. – Mas, observo que, desse modo, o mundo precisará sempre do clima do escândalo e do sofrimento, desde que o devedor, para saldar seu débito, não poderá fazê-lo sem que outro lhe tome o lugar com a mesma dívida.

O Mestre apreendeu a amplitude da objeção e esclareceu os discípulos, perguntando:

– Dentro da lei de Moisés, como se verifica o processo da redenção?

Tiago meditou um instante e respondeu:

– Também na lei está escrito que o homem pagará “olho por olho, dente por dente”.

– Também tu, Tiago, estás procedendo como Nicodemos. - Replicou Jesus com generoso sorriso.

– Como todos os homens, aliás, tens raciocinado, mas não tens sentido. Ainda não ponderaste, talvez, que o primeiro mandamento da lei é uma determinação de amor. Acima do “não adulterarás”, do “não cobiçarás”, está o “amar a Deus sobre todas as coisas, de todo coração e de todo entendimento”. Como poderá alguém amar ao Pai, aborrecendo-lhe a obra? Contudo, não estranho a exiguidade de visão espiritual com que examinaste o texto dos profetas. Todas as criaturas hão feito o mesmo. Investigando as revelações do céu com o egoísmo que lhes é próprio, organizaram a justiça como o edifício mais alto do idealismo humano. E, entretanto, coloco o amor acima da justiça do mundo e tenho ensinado que só ele cobre a multidão dos pecados. Se nos prendemos à lei de Talião, somos obrigados a reconhecer que onde existe um assassino haverá, mais tarde, um homem que necessita ser assassinado; com a lei do amor, porém, compreendemos que o verdugo e a vítima são dois irmãos, filhos de um mesmo Pai. Basta que ambos sigam isso para que a fraternidade divina afaste os fantasmas do escândalo e do sofrimento.

Ante as elucidações do Mestre, os dois discípulos estavam maravilhados. Aquela lição profunda esclarecia-os para sempre.

Tiago, então, aproximou-se e sugeriu a Jesus que proclamasse aquelas verdades novas na pregação do dia seguinte. O Mestre dirigiu-lhe um olhar de admiração e interrogou:

– Será que não compreendeste? Pois, se um doutor da lei saiu daqui sem que eu lhe pudesse explicar toda a verdade, como queres que proceda de modo contrário, para com a compreensão simplista do espírito popular? Alguém constrói uma casa iniciando pelo teto o trabalho? Além disso, mandarei mais tarde o Consolador, afim de esclarecer e dilatar os meus ensinos.

Eminentemente impressionados, André e Tiago calaram as derradeiras interrogações. Aquela palestra particular, entre o Senhor e os discípulos, permaneceria guardada na sombra leve da noite em Jerusalém; mas, a lição a Nicodemos estava dada. A lei da reencarnação estava proclamada para sempre, no Evangelho do Reino.

Livro: Boa Nova - 14
Irmão X & Chico Xavier

terça-feira, 31 de maio de 2011

CASAS ESPÍRITAS DA 2ª REGIÃO

CASAS ESPÍRITAS DA 2ª REGIÃO

Canela
Sociedade Espírita Bezerra de Menezes Rua Padre Cacique, 647
(54)32829886 balbinovaz@terra.com.br

Canoas
Sociedade Espírita Dom Feliciano Rua Monte Castelo, 674-Bairro N.Sra das Graças (51)34641802 cedomfeliciano@yahoo.com.br
Grupo Espírita Irmão Ismael Rua Alegrete, 100 - Bairro Niterói
Associação Espírita Cristo e Caridade Rua Washington Luiz 234 - P.1 Bairro Niterói
(51)34725736 cristoecaridade@bol.com.br
Sociedade Espírita Humberto de Campos
Rua Santa Terezinha 827 - Bairro Nossa Senhora das Graças (51)34765904
Sociedade Espírita Beneficente Allan Kardec Rua Carlos Gomes, 702 - Bairro Harmonia (51)34669887 (51)34728803 (pres) assebak@pop.com.br
Sociedade Espírita Fraternidade Avenida Alexandre de Gusmão, 891 - Bairro Estância Velha (51)34783863 jorgedasbikes@uol.com.br
Associação Espírita Beneficente Luzia – Fundasebel Rua Fernando Pessoa, Quadra 11 Lote 28
Bairro Sete de Outubro (51)30326996
(51)30313050 associacaoluzia@pop.com.br
Sociedade Beneficente Espírita Seara Cristã Rua Santiago, 41 - Bairro Matias Velho (51)34666569
(51)99555301
Grupo Espírita Beneficente Joanna Rua Bartolomeu de Gusmão 965 -
(51)99773993
Associação Espírita Caridade Setor 6, Quadra H, Casa nº 10(fundos) Bairro Guajuviras
(51)34688285 ae.caridade@pop.com.br
Associação Espírita Beneficente Caminho da Paz Setor 5, Quadra R, Casa 3 - Bairro Guajuviras (51)34684302 helio_gil@hotmail.com

Esteio
Sociedade Espírita Gabriel Delanne Rua Coração de Maria, 341 - Bairro Centro
(51)34731301 (51)34738803 delanne.gabriel@gmail.com
Sociedade Espírita A União Faz a Força Rua José Martins, 209 - Bairro Tamandaré (51)34738665 (51)91332416 denisefgarcia@gmail.com taborda@sinos.net
Sociedade Espírita Ponto de Luz
Rua da Constituição, 153 - Bairro Premen
(51)34540208 elimenezes@terra.com.br pontodeluzesteio@hotmail.com

Gramado
Sociedade Espírita Esperança Rua Querini Ari Candrago, 345
(54)32861420 jotaele@via-rs.net

Igrejinha
Centro Espírita Nosso Lar
Rua Bertalina Kirsch, 69 - Bairro Figueira (51)35453062
(51)35453026 (51)98553242 lampert@tca.com.br

Novo Hamburgo
Centro Espírita Fé. Luz e Caridade
Rua Tamandaré, 109 - Bairro Pátria Nova
(51)35821515 dibassani@terra.com.br
Sociedade Espírita Em Busca da Verdade Rua Bento Gonçalves, 2863 - Bairro Centro
(51)81483683 sebuscaverdade@gmail.com
Sociedade Espírita Lar dos Necessitados Rua Tristão de Alencar, 12 - Bairro Primavera(51)35824904 (51)99880292 maciellc@terra.com.br
Sociedade Espírita Caminheiros do Bem Rua Frei Henrique de Coimbra, 70 - Bairro Rondônia(51)35937009 caminheirosdobem@yahoo.com.br
Centro Espírita A Caminho da Luz Avenida Dr. João Daniel Hillebrand, s/n. - Bairro Rondônia (51)35871916 (51)35870028 hortacomunitaria@brturbo.com.br

São Francisco de Paula
Sociedade Espírita Paz e Amor Rua Princesa Isabel, 209 - Bairro Centro
(54)32441563 tatiana@mega.way.com.br

São Leopoldo
Sociedade Espírita Luz, Fé e Caridade Rua Bela Vista, 89 - Bairro Fião(51)35924931
(51)35893313 lucia_gdt@yahoo.com.br
União Espírita Allan Kardec Rua Assembléia Provincial, 313 - Bairro Rio dos Sinos
(51)35892623
Sociedade Espírita Sebastião Leão Rua Ferraz de Abreu, 474 - Bairro Rio dos Sinos
(51)9843-3513  sebleao@gmail.com
Sociedade Espírita Ivon Costa
Rua Germano Lang, 547 - Bairro Jardim América
(51)35543776
Sociedade Espírita Amor a Verdade Avenida Feitoria 867 - Bairro Rio Branco
(51)35883196
Sociedade Espírita Humberto de Campos
Rua Manoel da Fontoura, 60 - Bairro Campina
(51)35906633 hcampos@2regiao.etc.br
Sociedade Espírita Caminho da Luz Rua Alexandre Fleming,356 - Bairro Santos Dumont
(51)35883196 (51)35929956
União Espírita Fonte de Luz Rua General Osório, 210 - Bairro Duque de Caxias
(51)34747735 liamarciabrito@hotmail.com

São Sebastião do Caí
Sociedade Espírita Allan Kardec Rua São João, 447 - Bairro Navegantes
(51)36350131 elcirr@terra.com.br mgracacr@terra.com.br

Sapiranga
Núcleo Espírita Ciranda de Luz Rua Duque de Caxias, 94 - Bairro Centro
(51)35596479 cirandadeluz@uol.com.br yaralanius@uol.com.br

Sapucaia do Sul
Associação Espírita Cacique de Barros Rua Rolante, 336 - Bairro Santa Catarina
(51)34744996 (51)34774391 caciquedebarros@gmail.com
Sociedade Espírita Obreiros da Vida Eterna
Avenida José Joaquim 241
(51)34748504 soniascarvalho2005@ig.com.br
Associação Espírita Amor, Fé e Caridade Rua General Py, 77 - Bairro São José
(51) 30344353 mjrpaula@pop.com.br
Sociedade Espírita Dom Tomé Luiz de Souza Rua Dom Carlos, 327 - Vila Primor
(51)30341567 altamir.joao@gmail.com

Taquara
Centro Espírita Dom Feliciano Rua 17 de Junho, 2330 - Bairro Centro
(51)35416293 arciss@terra.com.br
Centro Espírita Irmã Dalva Rua General Frota, 2206 - Bairro Centro
(51)35416431 (51)35426196 bete@faccat.br

Três Coroas
Sociedade Espírita Caminho de Luz Rua Jorge Schäffer, 360 - Bairro Centro
(51)35461033 elodil@sefaz.rs.gov.br

domingo, 29 de maio de 2011

TROPEÇAR E CAIR


Todos tropeçam e caem, especialmente quando estão caminhando e buscando mudanças - seu caso.
Todos se machucam e sangram, por fora ou por dentro, mesmo quando querem somente viver a vida plenamente - seu caso.
Todos se sentem exaustos, um dia ou outro, e param a caminhada para descansar quando não conseguem dar nem mais um passo - seu caso.

Seu caso, meu caso e o caso de todos os que estão vivos.
Ninguém disse que nossa aventura de viver seria fácil mas, apesar dos tropeços,
quedas, dores, tristezas, ferimentos, solidão e exaustão, ainda assim você é mais forte.
Mesmo quando derrubado, ou derrubada, você pode levantar e continuar.

Você é mais forte do que suas aparentes limitações e a prova disso é que sente quando algo está limitando sua vida. Se não fosse mais forte, nem notaria.
Você é mais forte do que seus ferimentos, razão pela qual busca curar-se o mais rapidamente possível para voltar ao combate na vida, na família, na empresa,
na escola ou onde quer que seja necessário o seu retorno.
Você é mais forte do que a tristeza porque, no fundo, deseja que ela se vá para
dar lugar à alegria e felicidade.

Você é bem mais forte.

Mais forte do que pensam os outros, por melhor que conheçam você.
Mais forte do que pensa você, por mais que acredite conhecer-se.
Mais forte do que qualquer um sobre a Terra possa achar que você é.
Sua força não pode ser medida em aparelhos, não pode ser guardada nem vendida.
Ela está ai dentro e só você pode usa-la, quando achar que deve, quando achar que pode, quando achar que vai.

Suas derrotas não são permanentes, como diz Marilyn vos Savant ao afirmar:
"Ser derrubado é freqüentemente uma condição temporária.
Desistir é o que a torna permanente".
E você não vai desistir, porque você é mais forte,
e sempre será mais forte.

Mostre isso ao mundo hoje e se, por qualquer razão, você tropeçar e cair,
lembre-se: você é mais forte.
Respire fundo, levante-se e não desista.
Desistir é o que torna toda derrota permanente.
Levantar-se é o que torna toda derrota somente
mais uma lição em direção ao seu imbatível sucesso.

Liudmila Carla Pinheiro

sexta-feira, 22 de abril de 2011

AJUDA SEMPRE


Mas Paulo respondeu: que fazeis vós, chorando e magoando- me o coração?
– Atos, 21:13.

Constitui passagem das mais dramáticas os Atos dos Apóstolos aquela em que Paulo de Tarso se prepara, à frente dos testemunhos que o aguardavam em Jerusalém.
Na alma heróica do lutador não paira qualquer sombra de hesitação. Seu espírito, com sempre, está pronto.
Mas, os companheiros choram e se lastimam; e, do coração sensível e valoroso do batalhador do Evangelho, flui a indagação dolorosa.
Não obstante a energia serena que lhe domina a organização vigorosa, Paulo sentia falta de amigos tão corajosos quanto ele mesmo.
Os companheiros que o seguiam estavam sinceramente dispostos ao sacrifício, entretanto, não sabiam manifestar os sentimentos da alma fiel.
É que o pranto ou a lamentação jamais ajudam, nos instantes de testemunho difícil.
Quem chora, ao lado de um amigo em posição perigosa, desorganiza-lhe a resistência.
Jesus chorou no Horto, quando sozinho, mas, em Jerusalém, sob o peso da cruz, roga às mulheres generosas que O amparavam a cessação das lágrimas angustiosas.
Na alvorada da Ressurreição, pede a Madalena esclareça o motivo do pranto, junto ao sepulcro.
A lição é significativa para todo o aprendiz.
Se um ente amado permanece mais tempo sob a tempestade necessária, não te entregues a desesperos inúteis.
A queixa não soluciona problemas.
Ao invés de magoá-lo com soluços, aproxima-te dele e estende-lhe as mãos.
Texto: Emmanuel – psicografado por Chico Xavier

CREMAÇÃO NO ESPIRITISMO


Emmanuel, no livro O Consolador, psicografado por Chico Xavier, quando lhe perguntam se o Espírito desencarnado pode sofrer com a cremação dos elementos cadavéricos, a resposta é a seguinte: "Na cremação, faz-se mister exercer a caridade com os cadáveres, procrastinando por mais horas o ato de destruição das vísceras materiais, pois, de certo modo, existem sempre muitos ecos de sensibilidade entre o espírito desencarnado e o corpo onde se extinguiu o tonus vital, nas primeiras horas seqüentes ao desenlace, em vista dos fluidos orgânicos que ainda solicitam a alma para as sensações da existência material".
Chico Xavier, ao ser indagado no programa Pinga Fogo quanto à cremação de corpos que seria implantada no Brasil, respondeu: "Já ouvimos Emmanuel a esse respeito, e ele diz que a cremação é legítima para todos aqueles que a desejem, desde que haja um período de, pelo menos, 72 horas de expectação para a ocorrência em qualquer forno crematório, o que poderá se verificar com o depósito de despojos humanos em ambiente frio".
Richard Simonetti, em seu trabalho Quem tem Medo da Morte (Gráfica S. João, Bauru, SP), registra que "nos fornos crematórios de São Paulo, espera-se o prazo legal de 24 horas, inobstante o regulamento permitir que o cadáver permaneça na câmara frigorífica pelo tempo que a família desejar", observando que os "Espíritas costumam pedir três dias", mas "há quem peça sete".
Diz-se que, com o desencarne, os laços que unem o corpo físico com o perispírito se desfazem lentamente, a começar pelas extremidades e terminando nos órgãos principais, cérebro e coração. Assim, o desligamento total somente ocorre com o rompimento definitivo do último cordão fluídico que ainda liga ao corpo. Afirmam ainda que se o espírito estiver ligado ao corpo não sofrerá dores, porque o cadáver não transmite sensações ao espírito, mas transmite impressões extremamente desagradáveis, além do trauma decorrente do desligamento violento.
Kardec, na questão 164 de O Livro dos Espíritos, faz a seguinte indagação:
- "Todos os Espíritos experimentam, num mesmo grau e pelo mesmo tempo, a perturbação que se segue à separação da alma e do corpo?"
E a resposta dos amigos espirituais é a seguinte:
- "Não, pois isso depende da sua elevação. Aquele que já está depurado se reconhece quase imediatamente, porque se desprendeu da matéria durante a vida corpórea, enquanto que o homem carnal, cuja consciência não é pura, conserva por muito mais tempo a impressão da matéria.“
Sócrates (o filósofo) respondia com justeza aos seus amigos que lhe perguntavam como ele queria ser enterrado:
"Enterrai-me como quiserdes, se puderdes ...
Texto: RAY PINHEIRO

terça-feira, 5 de abril de 2011

INIMIGOS INVISÍVEIS

São várias as circunstâncias em que inimigos invisíveis te perturbam a paz no caminho.

Livres dos liames que os prendiam ao corpo físico, os adversários, que já atravessaram as fronteiras do além-túmulo e ainda guardam na alma o ódio, espreitam a ocasião oportuna para destilar o veneno da vingança.

Além da atuação direta, quando a sintonia permite, gerando estados obsessivos e de subjugação, com transtornos mais ou menos graves do comportamento da mente, outras situações são provocadas para atingir o desafeto de maneira indireta, no meio em que vive.

Desajustes no casamento.

Disputas familiares.

Conflitos no lar.

Obstáculos no trabalho.

Antipatias gratuitas na convivência.

Intrigas comprometedoras.

Referências caluniosas.

Desarmonia entre companheiros.

Deserção de colaboradores imprescindíveis.

Envolvimento de entes queridos em situações menos dignas.

Tentações de toda a espécie.

Se já te envolves no manto do amor e da caridade, é provável que estejas a salvo do ataque direto.

Contudo, é bom ficar atento às situações em que os inimigos invisíveis procuram te ferir o coração, através dos afetos mais próximos. Muitas vezes, aqueles que te são mais caros, em momentos de invigilância, são instrumentos fáceis de vingança espiritual.

Nessas ocasiões, mobiliza todos os recursos que acumulaste no aprendizado do Evangelho e, confiante no apoio divino, entrega-te às mãos de Jesus, compreendendo e perdoando, sem te esqueceres de que a oração e a vigilância saõ companheiras inseparáveis daqueles que se dispôem a trilhar o caminho do bem e estão predestinados a amar e servir sempre.

Livro: VIVENDO O EVANGELHO
ANDRÉ LUIZ
Psicografia de Antônio Baduy Filho

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Cáritas

Eu sou o sol que aquece a vida, em nome da vida que criou o sol.

Sou eu quem reverdece o campo em beijos cálidos após a demorada invernia.

Eu sou a força que sustenta as criaturas tombadas, a fim de que se ergam, e as desiludidas, para que recomecem o trabalho do próprio crescimento.

Eu sou o pão que alimenta os corpos e as almas, impedindo-os de experimentar deperecimento.

Sou eu a música que enternece o revoltado, e sou o poema de esperança que canta alegria onde houve devastação.

Por onde eu passo, um rastro luminoso fica vencendo a sombra que cede lugar à claridade libertadora.

Eu sou o medicamento que restaura as energias abaladas, e sou o bálsamo que suaviza o ardor das chagas purulentas que levam à agonia e à alucinação.

Sou a gentileza que ouve pacientemente a narrativa do sofrimento e nunca se cansa de ser solidária, conquanto a aflição se espraie entre as criaturas.

Eu sou o fermento que leveda a massa e dá-lhe forma para aprimorar-lhe o sabor.

Sou eu a paz que visita o terreno árido, adornando-lhe a paisagem fúnebre.

Eu sou o perfume carreado pela brisa mansa para aromatizar os seres e os jardins.

Sou eu a consolação que sussurra palavras de fé aos ouvidos da amargura e soergue aqueles que já não confiam em ninguém, aturdidos pelas frustrações e feridos pelas dores pungentes.

Eu sou a madrugada que ressuscita todos aqueles que são tidos como mortos ou que estão adormecidos, a fim de que possam voltar ao convívio dos familiares saudosos e em angústias devastadoras.

Sou eu a água refrescante que sacia a sede de todas as necessidades e limpa os detritos da alma degenerada, preparando-a para os renascimentos felizes.

Eu sou o hálito divino sustentando a criação e penetrando por todas as partículas de que se constitui.

Convido minha irmã, a fé, para que ofereça resistência ao viajor cansado e o alente em cada passo, concedendo-lhe combustível para nunca desistir.

Eu me apoio na irmã esperança que possui o encanto de reerguer e amenizar a aspereza das provações.

Quando elas chegam, o prado queimado se renova, porque se me associam, fazendo que arrebentem flores e frutos onde a morte parecia dominar...

As duas, a fé e a esperança, constituem os elementos vitais da minha alma, a fim de que permaneça conduzindo todos os seres.

O Senhor enviou-me em Seu nome, com a missão de lembrar a Sua presença no Mundo, desde quando me usou para que as criaturas que Lhe desafiaram a justiça e a misericórdia, pudessem recomeçar o processo de evolução.

Vinde comigo ao banquete suntuoso da ação contínua do bem e embriagai-vos de felicidade.

Eu sou a caridade!

terça-feira, 29 de março de 2011

O SINAL ESPÍRITA


Quando a pessoa entrou no Espiritismo, é fácil verificar: basta perquirir um fichário ou escutar uma indicação.

Entretanto, a fim de positivar se o Espiritismo entrou na pessoa, é indispensável que a própria criatura faça menção disso, através de manifestações evidentes.

Vejamos dez das inequívocas expressões do sinal espírita na individualidade, que sempre se representa pelo designativo “mais”, nos domínios do bem:

Mais serviço espontâneo e desinteressado aos semelhantes;
Mais empenho no estudo;
Mais noção de responsabilidade;
Mais zelo na obrigação;
Mais respeito pelos problemas dos outros;
Mais devotamento à verdade;
Mais cultivo de compaixão;
Mais equilíbrio nas atitudes;
Mais brandura na conversa;
Mais exercício de paciência.


Ser espírita de nome, perante o mundo, decerto que já significa trazer legenda honrosa e encorajadora na personalidade, mas, para que a criatura seja espírita, à frente dos Bons Espíritos, é necessário apresentar o sinal espírita da renovação interior, que, ante a Vida Maior, tem a importância que se confere na Terra às prerrogativas de um passaporte ou ao valor de uma certidão.

Albino Teixeira

Fonte: Livro Caminho Espírita –

Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 28 de março de 2011

AMIGOS ESPIRITUAIS

A providência Divina manifesta-se, incessantemente, em todas as situações e lugares, proporcionando vasta gama de recursos, com vistas à proteção, ao futuro e ao progresso das criaturas.
Esse amparo acontece de infinitos modos.
Um deles dá-se por intermédio de tutores espirituais, conhecidos pelo nome de guias ou amigos espirituais.
É grandiosa e sublime a missão dos guias espirituais, pois revela a providência, bondade e a justiça do Criador para com seus filhos, provendo-os de meios para o aperfeiçoamento.

Kardec classificou os guias espirituais em três categorias:

Espíritos protetores
Espíritos familiares
Espíritos simpáticos
O Espírito protetor ou anjo guardião,é sempre um bom Espírito, mais evoluído.
Trata-se de um orientador principal e superior.
Sua missão assemelha-se à de um pai para com seus filhos: a de orientar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo em suas aflições.
A missão dos Espíritos protetores tem duração prolongada, pois estes companham o protegido desde o nascimento até sua desencarnação.
Sua atuação não é de intervenção absoluta em nossas vidas.
Evita tomar decisões por nós respeitando o nosso livre arbítrio.
Sente-se feliz quando acertamos e se entristece quando erramos,mas sabe que mais cedo ou mais tarde, o seu tutelado voltará ao bom caminho.
O amigo espiritual comparece quando é invocado, por meio de uma simples prece.
Exercem supervisão geral sobre nossas existências, tanto no aspecto intelectual, incluindo as questões de ordem material, quanto moral, emprestando ênfase a esta última, por ser a que tem preponderância em nosso futuro de seres imortais.
Os Espíritos Familiares são orientadores secundários.
Embora menos evoluídos, igualmente querem o nosso bem.
Podem ser os Espíritos de nossos familiares ou amigos.
Seu poder é limitado e sua missão é mais ou menos temporária junto ao protegido.
Ocupam-se com as particularidades da vida íntima do protegido por ter com ele mais intimidade e vínculos sentimentais.
Por exemplo, quando o protegido está recalcitrante e não ouve os conselhos superiores ou apresenta comportamento enigmático.
Podem influenciar na decisão de um casamento, nas atividades profissionais ou mesmo na tomada de decisões importantes.
Só atuam por ordem ou permissão dos Espíritos protetores.
Já os Espíritos Simpáticos podem ser bons ou maus, conforme a natureza das nossas disposições.
Ligam-se a nós por uma certa semelhança de gostos, de acordo com nossas inclinações pessoais.
Se simpatizam com nossos ideais, com nossos projetos, procuram nos ajudar e, muitas vezes tomam nossas dores contra
nossos adversários, situação em que não conta com o beneplácito
dos Espíritos protetores.
A duração de suas relações que também são temporárias, se acha
subordinada a determinadas circunstâncias, vinculadas à persistência dos desejos e do comportamento de cada um.
Portanto, ninguém, absolutamente ninguém, está desamparado.
Entretanto, Deus não nos atende pessoalmente, conforme nossos caprichos, mas por intermédio das suas leis imutáveis de seus mensageiros, isto é, Deus auxilia as criaturas por intermédios das criaturas.
Os anjos ou protetores espirituais de hoje são os homens de ontem, que evoluíram, deixando para trás a animalidade.
Essa ligação e interdependência entre os Espíritos das diversas faixas evolutivas, em permanente contato com o plano físico, formamo caleidoscópio da grande família universal, evidenciando as leis da unidade e da solidariedade entre os seres.
Deus, nosso Pai, não nos quer como autômatos, mas sim como parceiros, criadores.
Ele quer que tenhamos a ventura de alcançar a perfeição pelas próprias forças, desfrutando o mérito da vitória sobre nós mesmos.
Lembremo-nos, finalmente, de que cada um de nós, encarnados, também pode e
deve amparar o próximo, de acordo com a nossa capacidade,
independentemente do estágio evolutivo em que nos encontramos.

Assim, procedendo, estaremos por nossa vez, atuando como
auxiliares dos guias espirituais, para o cumprimento dos desígnios
divinos, na infinita escala que dá acesso aos cumes evolutivos.
“Tem cuidado para que te não afastes psiquicamente do teu anjo guardião.
Ele jamais se aparta do seu protegido, mas este, por presunção ou ignorância, rompe os laços de ligação emocional e mental, debandando da rota libertadora.
Quando erres e experimentes a solidão, refaze o passo e busca-o pelo pensamento em oração, partindo de imediato para a ação edificante.”

(Joana de Ângelis)
Texto de Cristhiano Torchi
(Revista Reformador-junho/2009)

sexta-feira, 11 de março de 2011

UM SUBLIME ALGUÉM

Ninguém poderá carregar o fardo de suas dores.
Eduque-se com o sofrimento.
Ninguém lhe entenderá os problemas complexos da existência.
Exercite o silêncio.
Ninguém seguirá com você indefinidamente.
Acostume-se com a solidão.
Ninguém acreditará que as suas aflições sejam maiores do que as do vizinho.
Liberte-se delas com o trabalho de auto-iluminação.
Ninguém responderá pelos seus erros.
Tenha cuidado no proceder.
Ninguém suportará suas exigências.
Adira à brandura e à simplicidade.
Ninguém o libertará do arrependimento após o crime.
Medite na paciência e domine os impulsos.
Ninguém compreenderá seus sacrifícios e renúncias para a manutenção de uma vida modesta e honrada.
Persevere no dever bem cumprido.
Sábio é todo aquele que reconhece a infinita pequenez ante a infinita grandeza da vida.
Ninguém posderá servi-lo sempre.
Você encontrará um sublime Alguém que tem para cada anseio da sua alma uma alternativa de amor.

Aprenda que a luta é a lição de cada hora no abençoado livro da existência planetária e siga adiante com Ele.

Extraído do livro: Sementeira da Fraternidade (2008)
Divaldo Franco / Marco Prisco

quarta-feira, 9 de março de 2011

E depois do Carnaval?

Há coisas nesta vida que evitamos ao máximo comentar, pois poderia significar o se expor emocionalmente, deixar transparecer as nossas “fraquezas” interiores. Não é raro após festas, grandes ou pequenas, que determinadas pessoas se sintam angustiadas, oprimidas, questionando a validade de ter participado daqueles folguedos.

O carnaval está ai, e a Quarta-feira de Cinzas é uma dessas oportunidades. Muita gente se dá conta, depois que a ficha cai, que foi ao carnaval, pulou, brincou, namorou, ou melhor, ficou... Mas, depois, o vazio! De onde vem essa sensação desagradável que se configura como uma mão de ferro apertando o peito?

A doutora em psicologia Cris Fogriene, em um interessante ensaio sobre as “ressacas emocionais”, afirma que, em verdade, a dificuldade de socialização tem como princípio fundamental o sentimento de solidão, a sensação de vazio que se apresenta como um canal aberto para o surgimento de elementos depressivos. É quando o sujeito se percebe preso da angústia do silêncio, pois se “esbaldou”, mas não encontrou o que buscava de forma verdadeira e efetiva, ou seja, alguém para lhe reconhecer como, em potencial, importante. O receio sempre presente, principalmente em adultos que foram crianças reprimidas, oprimidas, de expor as suas buscas, faz com que se afivele uma máscara do descomprometido/a, do que não está nem aí, pois quer mesmo é “aproveitar” aquele momento. Isto o leva a idealizar que necessita mesmo é esquecer o que seu coração grita e a pessoa quer sufocar: preciso de alguém, não para um beijo, para uma dança, mas para estar comigo.

“E o ser humano se vê inserido numa solidão que não planejou, submerso em sensações que não desejou. Descobre-se isolado com sentimentos que sufocam a transparência e a extrema necessidade sentida de se igualar, de se identificar, de ser escolhido.”

Ao lado de todos esses desencontros interiores ainda vem a multifacetada onda de energias conflitantes, nascidas dos sentimentos mais desencontrados possíveis, angariadas pelos salões e avenidas das festas que se chocam com as suas próprias energias, fazendo um oscilar de ondas vibratórias, que terminam por aprofundar mais o estado-sentimento de desencontro emocio-psicológico.
Diz-se que a vibração baixa atrai vibrações do mesmo teor, de mesma sintonia. Assim, não fica difícil entender que quanto mais para baixo estivermos, mais acúmulo de energias negativas, pesadas estaremos carreando para nós. O que fazer? Deixo o sambista responder: “Reconhece a queda e não desanima, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima.”

Afinal de contas, viver também é isto, ter a angústia da busca, da procura. É como se a angústia funcionasse como a febre da alma, a lhe dizer que algo não vai bem, que você precisa investigar, buscar o que está faltando. Qual a necessidade de sua alma que não está sendo satisfeita? Sua alma está doente e caberá a você identificar de que mal ela padece e ir em busca de sua cura.

José Medrado (Fundador e Presidente do complexo Cidade da Luz)

terça-feira, 8 de março de 2011

MULHER

Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis
Que divide sua alma em duas
Para carregar tamanha sensibilidade e força
Que ganha o mundo com sua coragem
Que traz paixão no olhar
Mulher,
Que luta pelos seus ideais,
Que dá a vida pela sua família
Mulher,
Que ama incondicionalmente
Que se arruma, se perfuma
Que vence o cansaço
Mulher,
Que chora e que ri
Mulher ,que sonha...

Tantas Mulheres, belezas únicas, vivas,
Cheias de mistérios e encanto!
Mulheres que deveriam ser lembradas,
amadas, admiradas e respeitadas todos os dias...

Para você, Mulher tão especial...

Feliz Dia Internacional da Mulher!

sexta-feira, 4 de março de 2011

AÇÃO DAS TREVAS NOS GRUPOS ESPÍRITAS

Quando nos propomos a falar da Ação das Trevas nos Grupos Espíritas, antes de tudo
precisamos saber de quais Espíritos estamos falando, porque a grande maioria de Espíritos obsessores que vêm às Casas Espíritas são mais ignorantes do que propriamente maldosos.
No livro “Não há mais tempo”, organizado pelo Espírito Klaus, foi publicado uma comunicação de um verdadeiro representante das organizações do mal e foi percebido que há uma grande diferença entre o que classificamos como Espíritos obsessores e os verdadeiros representantes das trevas.
Quando o Espírito incorporou a doutrinadora disse: “Seja bem vindo meu irmão!”. Ele respondeu: “em primeiro lugar não sou seu irmão, em segundo lugar eu conheço o seu sentimento. Sei que você não gosta nem das pessoas que trabalham com você na casa, que dirá de mim que você não conhece.
Por isso duvido que eu seja bem vindo aqui”.
Ela ficou um tanto desconsertada, porém, disse: “mas meu irmão, veja
bem, isto aqui é um hospital”. Ele respondeu: “muito bem, agora você vai dizer que eu sou o doente e que você vai cuidar de mim, não é isto?”. Ela disse: “Sim”. “Pois bem, e quem garante para você que eu sou um doente? Só porque eu penso diferente de você. Aliás, o que a faz acreditar que possa cuidar de mim? Quem é que cuida de você? Porque suponho que quando alguém vai cuidar do outro, este alguém esteja melhor que o outro e, francamente, eu não vejo que você esteja melhor que
eu. Porque eu faço o mal? Porque sou combatente das idéias de Jesus? Sim, é verdade, mas admito isto, enquanto que você faz o mal tanto quanto eu e se disfarça de espírita boazinha”.
Outro doutrinador disse: “meu irmão, é preciso amar”. O Espírito respondeu: “acabou o argumento. Quando vocês vêm com esta ladainha que é preciso amar é que vocês não têm mais argumentos”. “Mas o amor não é ladainha meu irmão”. “Se o amor não é ladainha por que o senhor não vai amar o seu filho na sua casa? Aliás, um filho que o senhor não tem relacionamento há mais de 10 anos. Se o senhor não consegue perdoar o seu filho que é sangue do seu sangue, como é que o senhor quer falar de amor comigo? O senhor nem me conhece.
Vieram outros doutrinadores e a história se repetiu até que, por último, veio o dirigente da casa e com muita calma disse: “Não é necessário que o senhor fique atirando estas verdades em nossas faces. Nós temos plena consciência daquilo que somos. Sabemos que ainda somos crianças espirituais e que precisamos aprender muito”. “O Espírito respondeu: “até que enfim alguém com
coerência neste grupo, até que enfim alguém disse uma verdade. Concordo com você, realmente vocês são crianças espirituais e como crianças não deveriam se meter a fazer trabalho de gente grande porque vocês não dão conta”.

COMO AGEM OS ESPÍRITOS REPRESENTANTES DAS TREVAS EM NOSSOS
NÚCLEOS ESPÍRITAS?

Como vimos, os verdadeiros representantes das trevas além de maldosos são, também,
extremamente inteligentes. São Espíritos que não estão muito preocupados com as Casas Espíritas.
Eles têm suas bases nas regiões da Sub-Crosta. São Espíritos que estiveram envolvidos, por exemplo, na 1ª e 2ª guerras mundiais e no ataque às Torres Gêmeas nos Estados Unidos.
São os mentores intelectuais de Bin Laden, de Sadam Hussein e de inúmeros outros ditadores que já passaram pelo mundo, porque eles têm um plano muito bem elaborado, que é o de dominar o mundo. Os grupos espíritas não apresentam tanto perigo para eles.
Esses Espíritos estarão sim atacando núcleos espíritas desde que o núcleo realmente
represente algum perigo para as intenções das trevas. Portanto, quando nós falamos das inteligências do mal nós estamos falando destes Espíritos que têm uma capacidade mental e intelectual muito acima da média em geral. Normalmente não são esses Espíritos que se comunicam nas nossas sessões mediúnicas. Normalmente eles não estão preocupados com os nossos trabalhos, a não ser que esses trabalhos estejam bem direcionados, o que é muito difícil, e represente algum perigo para eles.
Nós que vivemos e trabalhamos numa Casa Espírita sabemos bem dos problemas
encontrados nas atividades desses grupos.
Para ilustrar vou contar para vocês um fato verídico ocorrido numa Casa Espírita. Um Espírito obsessor incorporou na sessão mediúnica e disse para o grupo: “Nós viemos informar que não vamos mais obsediar vocês. Vamos para o outro grupo”.
Houve silêncio até que alguém perguntou: “Vocês não vão mais nos obsediar, por quê?”. O Espírito respondeu: “existe nesta casa, tanta maledicência, tanta preguiça, tanto atrito, tantas brigas pelo poder, tantas pessoas pregando aquilo que não praticam, que não precisamos nos preocupar com vocês, vocês mesmos são obsessores uns dos outros”.

POR QUE REALIZAR UM SEMINÁRIO RESSALTANDO A AÇÃO DAS TREVAS?
FALAR DO MAL NÃO É AJUDAR O MAL A CRESCER?

No livro a “Arte da Guerra” está escrito: “se você vai para uma guerra e conhece mais o seu inimigo que a você mesmo, não se preocupe, você vai vencer todas as batalhas.
Se você conhece a si mesmo, mas não conhece o inimigo, para cada vitória você terá uma derrota. Porém, se você não conhece nem a si mesmo e nem ao inimigo, você vai perder todas as batalhas”.
Infelizmente, a grande maioria das pessoas não conhece a si mesma. Têm medo da reforma intima, têm medo do que vão encontrar dentro de si. Negam a transformação interior.
Precisamos falar das trevas para conhecermos as trevas. Se não conhecermos como eles
manipulam os tarefeiros espíritas como é que vamos saber nos defender deles. Para isso é preciso refletirmos nesta condição de nos conhecermos, até porque toda ação das trevas exteriores é um reflexo das trevas que nós carregamos dentro de nós. É preciso realmente realizarmos a nossa reforma interior para sairmos da sintonia dessas entidades.

E OS GUARDIÕES QUE CUIDAM DO CENTRO, COMO É QUE FICA?

Não podemos esquecer que os benfeitores espirituais trabalham respeitando o nosso livre arbítrio. Uma Casa Espírita como esta possui o seu campo de proteção, uma cerca elétrica construída pelos benfeitores, porém, quem a mantém ligada são os trabalhadores encarnados. Toda vez que há brigas dentro do centro, toda vez que há grupos inimigos conflitando-se, toda vez que há maledicências, é como se houvesse um curto circuito nesta rede, é como se houvesse uma queda de
energia, e as entidade do mal entram. Os benfeitores espirituais estão presentes, a rede é religada, mas, as entidades dos mal já entraram. O grande problema é que quase sempre nós não estamos sintonizados com o bem. A ação do bem em nossa vida é fundamental.
Por exemplo: o Umbral não é causa, o Umbral é efeito. Só existe o Umbral, a zona espiritual inferior que cerca o planeta, porque os homens têm sentimentos medíocres e inferiores. No dia que a humanidade evoluir o Umbral desaparece, porque ele é conseqüência. Por isso que não podemos, nos esquecer que as trevas exteriores são apenas uma extensão das nossas trevas interiores. Existe, sim, a proteção espiritual nas Casas Espíritas, porém, os Espíritos amigos respeitam o nosso livre
arbítrio.

COMO É QUE OS GRUPOS ESPÍRITAS PODEM SE DEFENDER DAS TREVAS?

• Havendo muita sinceridade, amizade verdadeira e, principalmente, muito amor entre
todos os colaboradores do grupo.
• Existindo a prática da solidariedade, carinho e respeito para com todas as pessoas que
buscam o grupo ou para estudar ou para serem orientadas ou para receberem assistência
espiritual..
• Havendo muito comprometimento com a causa espírita.
• Realizando, periodicamente, uma avaliação dos resultados obtidos, para verificar se os três itens anteriores estão realmente acontecendo.

Carla Costa

terça-feira, 1 de março de 2011

DINHEIRO E RIQUEZAS MATERIAIS

A conquista do dinheiro e a acumulação das riquezas materiais são assuntos que precisamos entender sob o ponto de vista religioso, moral e espiritual para que sejamos bem sucedidos nesta jornada evolutiva da alma.

Nas obras de Allan Kardec encontramos as respostas abaixo apresentadas que nos orientam acerca do ganho honesto do dinheiro e do bom uso dos bens materiais acumulados.

Essas respostas:
1. Ampliam o nosso entendimento do contexto amplo e complexo em que estamos inseridos na vida;
2. Levam-nos a fazer profundas reflexões sobre as nossas condutas perante as finanças e as conquistas das coisas materiais;
3. Modificam completamente as influências que as idéias materialistas exercem sobre o nosso modo de vida, de administrar as riquezas e de relacionar com os semelhantes:

POR QUE EXISTE A DESIGUALDADE NA POSSE DAS RIQUEZAS?

Na Questão 811 de “O Livro dos Espíritos”, os Espíritos superiores revelaram a Allan Kardec que:

“A igualdade absoluta das riquezas não é possível, porque a isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres dos homens.”

Além disso, evidentemente, outros fatores determinam a desigualdade na posse das riquezas: a herança familiar, a apropriação indébita, o roubo, os ganhos desonestos, a espoliação, etc.

Ainda sobre esse tema, Allan Kardec, no Capítulo XVI: Servir a Deus e a Mamon, do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, esclareceu:

“Os homens não são igualmente ricos, por uma razão muito simples: é que não são igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar.”

Disso decorre que se a riqueza do mundo fosse dividida igualmente entre todos os homens, com o passar do tempo, essa situação estaria novamente desequilibrada e rompida em virtude da diversidade dos caracteres, aptidões e condutas humanas.

POR QUE DEUS CONCEDE A UNS A RIQUEZA E A OUTROS A POBREZA?

Allan Kardec perguntou aos Espíritos superiores: por que Deus concedeu a uns a riqueza e o poder, e a outros, a miséria?

A resposta revelou aspectos inusitados da vida dos homens:

“Para experimentá-los de modos diferentes. Além disso, como sabeis, essas provas foram escolhidas pelos próprios Espíritos, que nelas, entretanto, sucumbem com freqüência.” (Questão 814 de “O Livro dos Espíritos”.)

Portanto, antes da reencarnação, nós mesmos escolhemos as provas que precisamos passar na vida material para obter o desenvolvimento intelectual e moral e caminhar para a perfeição espiritual designada por Deus.

Assim, passamos pelas provas difíceis da abundância ou da escassez dos recursos materiais, nas quais podemos ser bem sucedidos ou sucumbir;
Testamos as nossas qualidades;
Exercitamos e desenvolvemos as nossas faculdades;
Adquirimos habilidades;
Acumulamos experiências;
desfrutamos da oportunidade de praticar as virtudes;
Ee revelamos o uso que fazemos da vontade e do livre-arbítrio em função das condições de vida de riqueza ou de pobreza em que nos situamos temporariamente na jornada terrena.

Se agirmos com elevação intelectual e moral e formos bem sucedidos nessas provas difíceis escolhidas por nós mesmos, obtemos a evolução e ascensão na hierarquia espiritual, que é a verdadeira.

QUAL A FORMA CORRETA DE CONQUISTARMOS O DINHEIRO E AS RIQUEZAS MATERIAIS?

Para a conquista das riquezas materiais, os Espíritos superiores indicaram a Allan Kardec a seguinte providência:

“O que, por meio do trabalho honesto, o homem junta constitui legítima propriedade sua, que ele tem o direito de defender, porque a propriedade que resulta do trabalho é um direito natural, tão sagrado quanto o de trabalhar e de viver.” (Questão 882 de “O Livro dos Espíritos”.)

Em complemento, afirmou o Espírito Protetor M., nas Instruções dos Espíritos, contidas no Capítulo XVI: Servir a Deus e a Mamon, de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”:

“Não há dúvida que, se há uma fortuna legítima, é a que foi adquirida honestamente, porque uma propriedade só é legitimamente adquirida quando, para conquistá-la, não se prejudicou a ninguém.”

Assim, devemos trabalhar honestamente para obter o dinheiro que permite a acumulação dos tesouros materiais. Isso significa:
• Fazer o emprego útil da inteligência no trabalho;
• Trabalhar praticando o bem e não causando prejuízo a ninguém;
• Manter as condutas elevadas nas atividades para realizar boas obras;
E constituir um patrimônio material legítimo, que permita o desfrute, com paz na consciência, das boas condições de vida e do bem-estar.

A RIQUEZA MATERIAL É UM MEIO DE PERDIÇÃO PARA A ALMA?

Allan Kardec, no Capítulo XVI: Servir a Deus e a Mamon, do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, nos ensinou que:

“Se a riqueza tivesse de ser um obstáculo absoluto à salvação dos que a possuem, Deus, que a distribui, teria posto nas mãos de alguns um instrumento fatal de perdição, o que repugna à razão.”

Assim, por mais difícil e arriscada que seja para a alma a prova da riqueza, (por prender o homem às coisas materiais; levá-lo a promover abusos e males com o mau uso; desviar a sua atenção das coisas espirituais; e facilitar os desvios morais), ela pode ser um meio de salvação nas mãos daquele que a sabe utilizar com abnegação para promover a expansão do bem.

Se Deus condenasse a riqueza material, e se ela fosse só fonte do mal, Ele não a teria posto na Terra.

Se Deus condenasse a acumulação dos bens materiais, o homem não estaria submetido à Lei do trabalho que a pode proporcionar.

Portanto, para a salvação de sua alma, o homem deve transformar a riqueza acumulada pelo trabalho honesto em:
• Fonte do bem;
• Meio de aumento da produção dos bens para melhorar as condições de vida no globo;
• Instrumento de aperfeiçoamento das relações entre as pessoas e os povos;
• Incentivo ao trabalho honesto, às atividades nobres e ao progresso da ciência e das pesquisas que geram a prosperidade e beneficiam a todos.

PORQUE DEUS PERMITE QUE A RIQUEZA ESTEJA CONCENTRADA NAS MÃOS DE ALGUNS HOMENS?

Allan Kardec respondeu a essa questão difícil no Capítulo XVI de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, nos ensinando que:

“Se cada homem tivesse somente o necessário para viver, haveria o aniquilamento dos grandes trabalhos que concorrem para o progresso e o bem-estar da humanidade; desapareceria o estímulo que impulsiona as grandes descobertas e os empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em alguns lugares, é para que dos mesmos ela se expanda, em quantidades suficientes, segundo as necessidades.”

Porém, se as pessoas que detêm as riquezas usam-nas de forma inadequada, não as fazendo frutificar para o bem de todos, é porque fazem mau uso do livre arbítrio concedido pela sabedoria e bondade de Deus.

A prática do bem com a posse da fortuna depende do discernimento, das experiências, da distinção entre o bem e o mal, dos esforços e da vontade de cada homem.

O homem vence a provação moral da posse da fortuna se sabe:
• Exercitar bem as suas faculdades com o seu bom emprego no trabalho e nas atividades nobres;
• Agir sem egoísmo e orgulho na posição que desfruta;
• E usar bem esse poderoso meio de ação para o progresso de todos.

DEUS NÃO É INJUSTO SITUANDO UMA PESSOA NA RIQUEZA E OUTRA NA POBREZA?

Allan Kardec respondeu a essa pergunta complicada, da seguinte forma, no Capítulo XVI de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”:

“É claro que, se o homem só tivesse uma existência, nada justificaria semelhante repartição dos bens terrenos. Mas, se, em lugar de limitar sua vida ao presente, se considerar o conjunto das existências, vê-se que tudo se equilibra com justiça. O pobre não tem, portanto, motivos para acusar a Providência, nem para invejar os ricos e estes não os têm para se vangloriarem do que possuem.”

“(...) Cada qual possui a fortuna por sua vez. Dessa maneira, o que hoje não a tem, já a teve no passado ou a terá no futuro, numa outra existência, e o que hoje a possui poderá não tê-la mais amanhã. Há ricos e pobres porque, Deus sendo justo, cada qual deve trabalhar por sua vez. A pobreza é para uns a prova da paciência e da resignação; a riqueza é para outros a prova da caridade e da abnegação.”

Portanto, com a Lei da reencarnação e com as provas terrenas a que os Espíritos estão submetidos para o seu aprimoramento intelectual e moral, entendemos a justiça de Deus aplicada à desigualdade na posse das riquezas materiais.

A SITUAÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO ESPIRITUAL DEPENDE DA QUANTIDADE DE BENS QUE CONSEGUIRAM ACUMULAR NA VIDA TERRENA?

O Espírito Pascal, na mensagem publicada por Allan Kardec nas Instruções dos Espíritos, contidas no Capítulo XVI de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, respondeu a essa pergunta com sabedoria:

“O homem não possui como seu senão aquilo que pode levar deste mundo. O que ele encontra ao chegar, e o que deixa ao partir, goza durante sua permanência na Terra. Mas, desde que é forçado a deixá-los, é claro que só tem o usufruto e não a posse real. O que é, então, que ele possui? Nada do que se destina ao uso do corpo e tudo o que se refere ao uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Eis o que ele traz e leva consigo, o que ninguém tem o poder de tirar-lhe e o que ainda mais lhe servirá no outro mundo do que neste. Dele depende estar mais rico ao partir do que ao chegar neste mundo, porque a sua posição futura depende do que ele houver adquirido no bem.”

(...) “Quando o homem chega ao Mundo dos Espíritos não será computado o valor dos seus bens, nem dos seus títulos, mas serão contadas as suas virtudes e, nesse cálculo, o operário talvez seja considerado mais rico do que o príncipe.” (...) “As posições daqui não são compradas, mas ganhas pela prática do bem... aqui só valem as qualidades do coração. Sois rico dessas qualidades? Então, sede bem-vindo e vosso é o primeiro lugar, onde todas as venturas vos esperam. Sois pobre? Ide para o último, onde sereis tratado na razão de vossas posses.”

Portanto, em função dessas claras lições espirituais, nesta jornada evolutiva devemos ter em mente a preexistência da alma ao nascimento do corpo material e a sua sobrevivência à morte do envoltório material.

Assim, não devemos buscar, libertando-nos das influências das idéias materialistas sobre as finanças, apenas a acumulação desenfreada do dinheiro e das riquezas materiais, visando obter grande conforto e bem-estar material.

Devemos levar também em consideração a vida futura da alma, para que ela mereça desfrutar das boas condições de vida que existem no mundo espiritual. Para isto precisamos:
• Valorizar os conhecimentos úteis e elevados;
• Aprimorar a inteligência pelo seu bom uso;
• Acumular as virtudes pela sua prática em todas as circunstâncias da vida;
• E conquistar as qualidades morais pelo seu exercício nas relações humanas, permitindo a difusão do bem.

Em corroboração a isso, temos a oportuna indignação de um Espírito Protetor, contida nas Instruções dos Espíritos, do Capítulo XVI de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”:

“Quando considero a brevidade da vida, causa-me dolorosa impressão a vossa incessante preocupação com os bens materiais, enquanto dedicais tão pouca importância e consagrais tão reduzido tempo ao aperfeiçoamento moral, que vos será levado em conta na eternidade.”

COMO CONSEGUIRMOS SER BEM SUCEDIDOS NAS PROVAS DO GANHO E DO EMPREGO DO DINHEIRO E DAS RIQUEZAS MATERIAIS?

Com base nas lições de Allan Kardec e dos Espíritos superiores, contidas no Capítulo XVI de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, relacionamos abaixo os procedimentos que nos levam a vencer as provas difíceis do ganho honesto e do bom emprego do dinheiro e das riquezas materiais:

• No “amai-vos uns aos outros” está a solução para o melhor emprego da fortuna, pois evita a busca da satisfação pessoal; está o segredo da boa aplicação das riquezas, pois leva à prática da caridade plena de amor que elimina a desgraça com sabedoria e agrada a Deus.

• O emprego da riqueza deve estar assentado na base segura que garante grandes lucros: a das boas obras.

• Para a boa aplicação da riqueza, o homem que desfruta dos benefícios de uma vida social sustentada pela fortuna deve cumprir os seus deveres de solidariedade fraterna.

• O homem rico deve saber que é depositário, o administrador dos bens que Deus lhe depositou nas mãos. Então, severas contas lhe serão pedidas do emprego que fizer dos recursos, em virtude do seu livre-arbítrio. Assim, não deve utilizá-los na sua satisfação pessoal, nos gozos materiais do egoísmo, na prodigalidade em proveito próprio, na satisfação das fantasias, do orgulho e da sensualidade. Deve empregá-los no que resulta em algum bem para os outros.

• O homem que emprega a sua fortuna na beneficência que alivia a miséria, aplaca a fome, preserva do frio e dá asilo ao abandonado torna-se vitorioso na vida terrena.

• O homem que detém a grande fortuna tem a missão de prevenir a miséria com os trabalhos de toda espécie e o salário que pode oferecer para o próximo desenvolver a inteligência, exaltar a dignidade, ganhar o próprio pão e obter o bem-estar.

• O homem rico administra bem a sua fortuna, quando obtém o desapego dos bens materiais, que é um dos mais fortes entraves ao seu adiantamento moral e espiritual.

• O homem que conquistou a sua fortuna com um trabalho constante e honrado é digno de louvor e Deus aprova seu esforço. Mas, deve exercitar na sua posição o desapego aos bens acumulados, para não anular os bons sentimentos, cair na avareza sórdida e deixar de praticar a caridade.

• O homem rico administra bem suas posses quando está consciente de que tudo vem de Deus e tudo a Deus retorna; que é depositário e não proprietário; que Deus lhe emprestou os recursos para que, pelo menos, beneficie aquele que também é Seu filho e que não tem o necessário.

• O homem que acumula a sua fortuna pensando em deixá-la para os seus herdeiros, sem praticar a caridade, comete a falta grave do egoísmo, da cupidez e da avareza. Ao acumular ouro sobre ouro, esquecendo de ajudar seus irmãos perante Deus, e dizendo que é para deixar para os seus familiares, age de modo insensato, pois tenta justificar seu egoísmo, revela apego pessoal aos bens terrenos e se ilude ao ignorar que não vai fazer falta aos herdeiros o pouco a menos de supérfluo que vai lhes deixar, por beneficiar o próximo.

• O homem rico que trabalhou bastante e acumulou bens com o suor em seu rosto, deve fazer a caridade segundo as suas posses, aliviar as dores ocultas da miséria e socorrer os sofredores, para adquirir méritos morais e espirituais. Deve, ao mesmo tempo, combater o orgulho que o torna duro para com os pobres, leva a aturdir o infeliz que lhe pede assistência, venda os olhos e tampa os ouvidos para os sofrimentos alheios.

• O homem rico que desperdiça seus bens e a sua fortuna por descuido ou indiferença torna-se mau depositário dos bens, pois não tem o direito de dilapidá-los, nem de confiscá-los para beneficiar somente a si próprio e aos seus familiares. Ele deve administrar a fortuna que lhe foi confiada por Deus em proveito de todos com sabedoria e responsabilidade; empregá-la utilmente para espalhar o bem; prestar auxílio aos necessitados, para beneficiá-los exercitando a generosidade.

• O homem que é sensato descobre logo que a fortuna não é necessária à sua felicidade, nem na vida presente, nem na vida futura; que a felicidade duradoura é conquistada com a prática do amor e a expansão do bem; ao se tornar fiel depositário das riquezas que foram postas ao seu cuidado por empréstimo; ao agir com desprendimento dos bens terrenos; ao contentar-se com pouco e não ter inveja; ao estar sempre pronto a prestar contas da missão que tem que cumprir com a tutela e o emprego da fortuna.

Geziel Andrade

domingo, 27 de fevereiro de 2011

GRANDE CONSTRUÇÃO

Não sobrecarreguem o coração, meus irmãos, colocando o peso maior do que as próprias necessidades e os problemas que se apresentam.

É, às vezes, procuramos dar uma dimensão muito maior à tudo que nos cerca, criando uma teia complexa para nosso ser, fazendo com que tudo se torne cada vez mais complicado.

O que era fácil de ser solucionado, com pequenas e simples soluções, acaba resvalando, pouco a pouco, para situações das mais variadas, que, com o tempo, crescendo com as próprias circunstâncias, aos poucos, se transforma numa situação quase que insolúvel ou de difícil solução.

A vigilância e o cuidado de nossas ações, no dia a dia, fazem com que estejamos mais livres destes percalços do caminho, que enovelam nossas existências.

São as tramas e os dramas das obsessões que nos visitam, de quando em quando. Criam em nós grandes momentos que urgem sejam combatidos, com recursos próprios de que muitos de nós dispomos.

Não descuidemos meus irmãos, das nossas tarefas, edificando nossas ações no bem e no amor, tudo ligado à caridade, e só por tais meios, servindo sempre, liberando-se das amarras que nos prendem no chão das dificuldades, é que poderemos superar tais momentos.

Criemos todas as circunstâncias, fazendo com que nos livremos das tentações que nos conduzem às obsessões, turvando nosso caminho.

A construção de um edifício requer planejamento e preparação apropriada, com recursos diretos para o bom êxito da própria edificação, no entanto, é na própria execução direta da obra, na colocação do alicerce, com a distribuição justa das colunas, das vigas e das travessas, que teremos a indispensável sustentação do conjunto edilício, e, na sequência, devemos colocar tudo na sua disposição correta, sem erros, a fim de que tudo fique no seu lugar e saia da forma planejada.

A vida é essa grande construção, que, planejada e traçada na espiritualidade, quando iniciada a obra pelo nascimento, precisa dos alicerces próprios, logo nas primeiras fases da existência, com os pilares adequados que irão sustentá-la no curso de toda a existência. Importante também que, ao longo do tempo, tudo vá sendo executado na forma planejada, com os recursos que escolhemos e que vão surgindo no curso da história de cada um.

Livres somos para escolha de cada um dos departamentos de nossa existência e de tudo que irá habitá-la, a qualquer momento.

Somos artífices da nossa própria vida e por tudo seremos chamados a prestar contas ao PAI, o Grande Planejador do Universo.

Sintamos a responsabilidade e sempre procuremos fazer o melhor.



JOÃO DE DEUS.




Mensagem recebida no CELF – Centro Espirita Luz e Fraternidade – Casa da Sopa “Emília Santos”, em Araçatuba-SP.
(JOÃO DE DEUS, Espirito Protetor e Guia Espiritual do Médium)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

AQUELES QUE DESERTAM

"De fato, é de perseverança que tendes necessidade, para cumprirdes a vontade de Deus..." (Hebreus, 10:36).

Perseverança cristã abrange um estado de maturidade ou evolução vivenciados nos setores vitais da existência da alma: o social, o físico e o espiritual. Essa vivência permite-nos assumir as mais diversas responsabilidades diante da vida. A maturidade física seria apenas um setor, pois apenas se refere à integridade do organismo denso, porém não basta para traçarmos um verdadeiro perfil de maturidade evolutiva.

Companheiros inconstantes e vacilantes assemelham-se às ondas do mar: são arremessados pelos ventos da instabilidade e atirados de um lado para outro. Desenvolveram-se fisicamente, mas continuam ainda infantilizados quanto aos compromissos com a lide do Senhor. Não compreendem a importância da hora que passa e, sem firmeza, recuam ante os desafios do serviço. Não possuem fibra nem pulso forte.

Na Casa Espírita, se a maioria procura agir entre a perseverança e a responsabilidade, alguns se esquecem com facilidade de seus postos de trabalho, nos quais se comprometeram a servir.

O núcleo de trabalho em sua estrutura ideológica introduz nos seus adeptos um modelo de crescimento. Ele propõe basicamente três itens: - uma noção de onde nos encontramos; um ideal maior para onde devemos ir; e um caminho de excelências que nos leva do primeiro para o segundo. Em todos os itens, a principal ocupação é a melhoria e o aprimoramento da nossa condição evolutiva. O crescimento dos obreiros consiste em sua autodeterminação, ou seja, sua permanência na senda que leva ao item final.

Certamente, em todas as áreas do serviço cristão, a troca freqüente de experiências é muito saudável. Mas o raciocínio baseado na concorrência pode se tornar bastante danosos e perturbador.

Seria razoável, portanto, que, antes de tomarmos qualquer decisão de retirar-nos da obra, consultássemos o grupo, ou o seu dirigente, visto que seria deselegante de nossa parte desistir sumariamente, sem dar qualquer satisfação. É compreensível a desistência, mas os bons modos são imprescindíveis.

Ninguém poderá se esquivar da parcela de empenho e vigor que lhe cabe na obra de aperfeiçoamento próprio. Quando Paulo recomendou a persistência, tornava claro o longo caminho dos que procuram as culminâncias da elevação espiritual.

Se dentro dessa campanha de fraternidade alguns deixam os encargos assumidos, outros passam a substituí-los. Se, no entanto, alguém se sentir sobrecarregado, não deverá esmorecer, pois em pouco tempo o Senhor encaminhará por certo outras criaturas para assumir as tarefas abandonadas.

A reciclagem na Casa Espírita é feita sempre sob os auspícios dos Benfeitores Maiores, que guiam a missão do Cristianismo Redivivo. O Pai dispõe de inúmeros recursos para manter o bem, não faltando nunca mãos dedicadas e braços valorosos na enxada da caridade;

Por imaturidade, muitos não valorizam os postos que lhes foram confiados para o próprio reerguimento espiritual, e desertam. Amadurecimento é conquista das criaturas que já elegeram o Mestre Nazareno como guia e modelo. Essas almas adultas herdarão o Reino dos Céus.

Livro: Conviver e Melhorar - 34
Batuíra & Francisco do Espírito Santo Neto

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

HISTÓRIA DE UM ESPÍRITO - Divaldo P. Franco

Há muitos anos, um Espírito apareceu a Divaldo (médium espírita, dirigente da instituição Mansão do Caminho da Bahia), e contou-lhe sua triste história:

“Eu era uma mulher bela, casada, também, com um homem muito atraente. Éramos felizes . . . até que um dia a beleza física dele nos desgraçou. Simpático, jovial e atraente, arranjou outra mulher mais bela e mais jovem do que eu. Uniu-se a ela, e disse-me:

- A partir de hoje irei transferir-me de casa. Por você estar velha e desgastada, procurei outra mulher mais jovem para me estimular e dar colorido à minha vida.

Dizendo isso, arrumou suas malas e saiu. Enquanto ele saía, dei um tiro em minha cabeça, para que ele ouvisse e tivesse remorso para o resto da vida. Suicidei-me . . . Não posso lhe dizer quanto tempo se passou . . . Senti o tormento que me veio depois do suicídio, a crueldade do ato impensado, o desespero que me proporcionou. Tudo quanto posso lhe dizer é que agora eu me libertei, momentaneamente do tiro, da bala que partira minha cabeça. E meu primeiro pensamento foi ver o homem por quem eu destruí minha vida. Quis visitá-lo, e uma força estranha como um magneto atraiu-me à uma casa majestosa, a uma mulher de meia idade e a um homem que estava atormentado e deitado em uma cama especial. Era meu antigo marido, portador agora de uma doença degenerativa. Estava desmemoriado, deformado, hebetado, teve também, derrame cerebral, estava sem cabelos, sem dentes, trêmulo sobre a cama . . . Uma verdadeira pasta de carne! Então eu olhei, e pensei: - Meu Deus! Foi por isso que eu me matei!? Como fui tão apegada à matéria, que murcha e se decompõe mesmo em vida. Hoje estou sofrendo moralmente! Como pude dar tanto valor à matéria! . . . Não confiei em Deus, e cheguei ao extremo de tirar minha vida por um homem que não a merecia, enceguecida por sua beleza física. Apeguei-me muito, a ponto de anular minha personalidade. Não podia viver sem ele. Tem piedade de mim e de todos aqueles que estão presos às pastas de carnes que irão se decompor e morrer em breve tempo, mais breve do que esperamos.”

E o Espírito, saiu depressa, sem dar tempo de Divaldo falar com ela.

Dessa história, podemos tirar 3 lições:

1ª - Sobre o suicídio. A recomendação Espírita é: “Não se mate você não morre.”

2ª - Procurar parceiros (as) visando beleza física e não espiritual, é outro engano. O amor verdadeiro não é cego, mas a paixão sim. Na questão 969, os Espíritos disseram para Allan Kardec que: “Muitos são os que acreditam amar perdidamente, porque apenas julgam pelas aparências, e que, obrigados a viver em comum, não tardam a reconhecer que só experimentaram um encantamento material! Não basta uma pessoa estar enamorada de outra que lhe agrada e em quem supõe belas qualidades. Vivendo realmente com ela é que poderá apreciá-la. Cumpre não se esqueça de que é o espírito quem ama e não o corpo, de sorte que, dissipada a ilusão material, o espírito vê a qualidade.”

3ª - Ninguém é de ninguém. Ninguém é posse de ninguém. Quando amamos verdadeiramente a outra pessoa, nós queremos vê-la bem, feliz, seja lá com quem for. Divaldo com muita propriedade nos exorta:

- É necessário libertar-nos dos apegos, das coisas escravocratas e seguirmos a direção do alvo, porque somos a flecha que o grande Arqueiro disparou.
Aprende pois a olhar, não com nossos olhos ,mas sim com o coração, amar verdadeiramente a alma e não o corpo, pois o corpo acaba e a alma se eterniza o Espírito é realmente a verdadeira luz , e nós como seres humanos deveríamos ver ,não com os olhos mas com o coração,pois este, nunca nos engana!!!!
Postado por Liudmila Carla Pinheiro

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O Espiritismo no Carnaval

O Espiritismo no Carnaval... Será que vai dar certo?

Viradouro vai levar o espiritismo à Sapucaí, com carro sobre Chico Xavier.
Publicada em 15/02/2011 às 23h47m Rafael Galdo http://oglobo.globo.com/
RIO - Fugir do convencional para voltar ao Grupo Especial. Essa é a estratégia da Unidos do Viradouro para este carnaval, de acordo com o carnavalesco Jack Vasconcelos. E dentro dessa proposta, uma das apostas da vermelha e branca é um setor inteiro, no fim do desfile, dedicado ao espiritismo. No enredo "Quem sou eu sem você", Jack fará, no último carro, uma homenagem a Chico Xavier. O médium será representado por uma escultura em que aparecerá psicografando, cercada por 60 componentes, alguns deles espíritas, que farão uma performance de mediunidade.

- Nosso enredo é sobre a comunicação usada para unir as pessoas. No último setor, vamos mostrar o contato entre os diferentes planos, com o além. De forma carnavalesca, mas com muita responsabilidade. Tenho certeza de que será um momento emocionante - diz Jack, filho de mãe espírita.

Em termos plásticos, o setor será todo inspirado na estética do filme "Nosso Lar", de Wagner de Assis, baseado na obra de Chico Xavier. A última alegoria, inclusive, terá uma espécie de pirâmide, reproduzindo o Ministério da Comunicação do filme. O ator Renato Prieto, protagonista da produção, também participará do desfile. É ele que faz a ponte entre a agremiação e a Federação Espírita, para evitar que qualquer preceito do espiritismo seja desrespeitado na apresentação da vermelha e branca.

INSEGURANÇA. JRCordeiro..AVI

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Exortação aos espíritas

Meus caríssimos irmãos,
Meu abraço fraternal.
Honra-me, sobremodo, vazar as freqüências que separam as duas realidades da Vida, afim de dirigir-lhes algumas palavras.
Honra-me, profundamente, a possibilidade que nos oferta o Senhor, de participar desses tempos decisivos de implantação dos ensinos de Jesus Cristo, nos campos terrenos.
O tempo é especialmente propício, hoje, para que nos lancemos, destemerosos, aos empenhos da apresentação da mensagem dos Céus aos ouvidos atormentados da sociedade humana.
Como nunca, antes, a alma da Terra se acha sedenta de orientação, de conforto moral e de alegria, nessas horas de tantos modismos na esfera moral, de tantas novidades excitantes para os mais incautos ou estouvados, que, pouco a pouco, conseguem enredar incontáveis criaturas para os atalhos perturbadores, abdicando do caminho seguro e feliz que o Grande Mestre da Cruz nos aponta, e que a Doutrina Espírita reafirma em seus postulados.
A hora presente é a que o Criador oferta a todos os que se comprometem com o progresso, com a lucidez, com a dignidade, a fim de contribuir com a construção do Reino de Deus nas almas.
Todos estamos convidados a apresentar os instrumentos de cooperação com esse sublime empreendimento.
Que nos aprestemos, os que adotamos o Espiritismo como roteiro e filosofia de vida, de modo a não faltarmos ao chamado do Senhor, nesses dias importantes para os Espíritos reencarnados no Planeta.
As dores estrugem no solo do mundo, e os espíritas conhecem as diversas causas do sofrimento, sabendo o que se deve fazer para modificar tal quadro.
A morte ainda provoca estupor nas vidas dos que remanescem no corpo físico; porém
espíritas sabem o que é e o porquê da morte, significando renovação imprescindível para todos os reencarnados.
Os conflitos sociais e a atroada da violência parecem crescer em toda parte, causando a ampliação das fobias nos seres; contudo, identificando a realidade do mundo de provas e expiações em que nos achamos, os espíritas identificam a imponência e a urgência de uma educação moral regeneradora, que interpenetre o trabalho dos lares, das escolas, das casas religiosas,das estruturas sociais mais gerais, como elemento imprescindível à anelada transformação.
Eis por que, onde quer que estejamos, o nosso compromisso feliz com Jesus nos conduzirá à participação com a melhoria das condições morais do nosso Orbe. Investidos das condições de pais e mães, de professores, de lideranças religiosas, de profissionais, de cidadãos e cidadãs comuns, todos, todos mesmo, estamos chamados ao bem aventurado mister de fazer a vida maior e melhor em nossa casa planetária.
Honremo-nos, pois, queridos irmãos, com o chamado do Criador, dando-nos ensejo de nos sentirmos úteis, valorosos, integrados às falanges do progresso e do bem, que atuam no mundo.
Certo de que o empreendimento é de demorada realização, não nos furtemos às ensanchas de orientar, de escrever e de pregar tudo o que se reporte ao bem, mas não esqueçamos de que o nosso engajamento, para ser eficaz, exigirá que todo esse movimento de renovação das nossas sociedades tenha começo onde tudo isso é mais importante: dentro de cada um de nós.

SEBASTIÃO AFFONSO DE LEÃO

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

CHICO E A PENA DE MORTE

Antonio Baracat

E quem é o meu próximo?”
(Lucas, 10:29),

O “Pinga Fogo”, programa da extinta TV Tupi, de 1971, publicado pela Versátil Vídeo, é inestimável repositório de lições, dentre as quais se destaca a sábia resposta que Chico Xavier deu a uma das perguntas do repórter Saulo Gomes, que lhe pediu posicionamento sobre a pena de morte, praticada em diversos países e que se discutia no Brasil naquele momento. Registre-se a coragem do jovem jornalista em tratar do tema macabro que a Ditadura Militar fomentava como meio de intimidação e meta de punição para seus opositores, como, aliás, nos bastidores e porões covardemente utilizou contra muitos, como os mais de trezentos brasileiros e brasileiras cujos corpos até hoje estão desaparecidos, permanecendo impunes até hoje os responsáveis por tais arbitrariedades e violência.
Chico, sempre modesto, dizendo que Emmanuel, seu guia espiritual, o orientava na resposta, se referiu à necessidade de reeducação criminal, citando o exemplo da Penitenciária Agrícola de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Reconheceu a necessidade de se coibir o crime, mas também assegurar ao infrator oportunidades de reparação de seus erros, até os passíveis de condenação à pena capital.
Com a voz embargada, Chico prosseguiu dando nova interpretação à Parábola do Bom Samaritano, considerada tradicionalmente somente como louvação à prática da caridade. Chico lembrou que quase todos os personagens foram qualificados: os salteadores, o sacerdote, o levita, o samaritano e o hospedeiro, menos a figura central da narrativa, apresentada apenas como “um homem”. Perguntou quem poderia ser aquele homem, respondendo que poderia ser inclusive um criminoso passível de condenação à morte, mas Nosso Mestre e Senhor Jesus Cristo não perdeu tempo em discutir de quem se tratava: era um homem que requeria amparo e auxílio, fosse quem fosse, e isso bastava.
Assim, brilhou outra vez a vanguarda de temas que ligam o céu à terra, antecipando questões ainda não assimiladas. Externando máxima ternura, sabedoria e entendimento, Chico demonstrou com firmeza, com base no Evangelho, que a pena de morte não se justifica em nenhuma hipótese, pois mesmo aos que praticam os maiores erros deve ser assegurada possibilidade de reabilitação.


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Quem sabe pode muito; quem ama pode mais.
Chico Xavier

Evolução e Missão

Os processos de reencarnação obedecem critérios divinos que visam o desenvolvimento do Espírito em todos os sentidos. A proposta é de que o Espirito reencarnante obtenha o maximo de conhecimentos e possa desenvolver as potencialidades de angelitude ao longo da jornada terrena, que pode ser em algumas ou em muitas encarnações, em centenas ou milhares de anos.
A atenção dos Espiritos superiores e dos orientadores das trajetórias na carne, sempre consideram os principais aspectos onde o encarnante terá condições de exercer o livre-arbitrio e se encaminhar em direção ao Pai Celestial.
Quando os Espíritos encarnam, encontram um caminho repleto de momentos onde lhe são presenteados, diariamente, oportunidades de demonstrar sua fé e de superar adversidades, em especial as transitórias, que lhe elevarão em direção à Espiritualidade Maior.
Todos esses presentes diários, são oportunidades de recomeçar e reconduzir a caminhada evolutiva em direção ao Pai Celestial.
Mesmo em se tratando de venturas e facilidades materias, elas não deixam de ser, a cada dia, a oportunidade de se reconhecer experiências que ensinam o Espírito no processo evolutivo. A cada um é oportunizado o ensino necessário para sua evolução. A Terra ainda apresenta todas as oportunidades, de venturas e desventuras materias a envolver os encarnados em geral, como condição de experiências que servem de exemplo para todos.
As oportunidades de evolução surgem a todo o instante, de forma silenciosa no caminho do Espírito. Aos mentores que acompanham os encarnados, surge também a oportunidade de intuir, no diálogo permanente da consciência, ao Espírito encarnado em meditar e exercer seu livre-arbitrio quanto a ação a ser tomada.
Mesmo que o Irmão encarnado se equivoque em seu livre-arbítrio e tome decisões que lhe tolham a evolução, sempre a seu tempo a Misericórdia Divina intercederá no sentido de compor novas oportunidades aos Irmãos faltosos.
A encarnação na matéria continua sendo a escola mais perfeita e que oferece as melhores oportunidades de evolução para o Espírito. O magnetismo material representa a fronteira a ser vencida no processo de evolução, onde nos cabe aprender sobre as formas de como ele age no Espírito e desenvolver a nossa condição, enquanto princípio inteligente do Universo, e de superar toda e qualque forma de imantação material.
O processo de superação do magnetismo material não é nada fácil. Mas quando é feito com o apoio dos mentores, no caminho reto do bem e fundamentado nos princípios da Doutrina Espírito, a aprendizagem nos dá a certeza inabalável de que nossas conquistas espirituais nos aproximarão dos Irmãos da Espiritualidade Maior.
Aos Irmãos que encarnam em missão, a tarefa é muito mais complexa. Pois, além de superarem a influência do magnetismo material, terão de consolidar a tarefa a que se propuseram.
Tal como ocorre ao homem que durante anos exercitou a arte do mergulho, se deixar a terra firme para se lançar nas profundezas das águas, estará novamente sob os efeito da influência marinha, por maior que seja sua experiência fora desse ambiente.
Em semelhante situação estão os missionários que, inevitavelmente, ao encarnar na Terra, encontão-se nas mesmas condições e sofrem as influências da matéria, como todos os encarnados. Não são raros os casos de fracaço dos Espíritos que assumiram missões na Terra.
Não nos cabe apontar nomes.
Mas e você que acabou de ler esta mensagem, já pensou em qual seria a sua missão? Lembre sempre: Nosso Pai Celestial, todos os dias, nos presenteia com a oportunidade de recomeçar.
Irmão Leopoldo (Mensagem recebida em 01 de fevereiro de 2011)
Blog Espiritualidade

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

SUCESSO

                             
                  O maior mérito daqueles que se colocam no serviço é trabalhar, fazer, executar, cumprir com a tarefa assumida.
                  Realizar por realizar, somente, sem esperar que nada venha ao encontro do resultado da empreitada.
                  O serviço ou trabalho é a ferramenta de que todos dispomos para estar ativos,  realizando com as nossas melhores energias e pensamentos, as atividades de que precisamos para estarmos cuidando da nossa gleba.
                  Exige-se de cada um uma parcela de humildade para compreender que nada se pode esperar daquilo que se faz em prol do próximo e da coletividade.
                  Não estamos acostumados, muitas vezes, a entender este mecanismo da vida! Com isso tantas oportunidades convertidas em trabalho acabam se perdendo, ficando à margem, sem produzir os créditos que seriam próprios, porque ficamos sempre a espera do sucesso, do resultado, da divulgação, do elogio, em relação ao que realizamos.
                  É preciso perceber o quanto antes que esse erro grave acaba prejudicando o nosso crescimento. Não é fácil trabalhar, servir, sem esperar o resultado. Ficamos olhando para o amanhã, observando aquilo que trará resultado, perdendo o foco na execução do trabalho.
                  Fruto ainda de imperfeições íntimas que carregamos, estes equívocos não são difíceis de serem corrigidos. Basta que nos coloquemos em análise, após a indispensável oração, e busquemos nos abster de qualquer pensamento em relação às consequências daquilo que estamos realizando, sem esperar frutos do que plantamos e estamos cuidando.
                  É um trabalho de burilamento. O ajustamento fino que temos que empregar em nossos atos e pensamentos para que apliquemos as leis eternas, principalmente compreendendo que a caridade pura exige somente o ato de trabalho, colaboração, com a disposição do coração.
                  Ato de amor que, aos poucos, vai se estabelecendo nas vidas dos caminheiros que estão se propondo à servir com o único objetivo de ser útil aqueles que também se encontram na estrada.
                  Precisamos estar revendo nossos atos para que não caiamos na tentação de ficar aguardando o sucesso, a propalação, daquilo que nos cabe, por destinação, estar simplesmente executando com humildade, simplicidade e abnegação.
                  Quando compreendermos o significado maior de nossos compromissos como Cristãos, estaremos melhorando e alcançaremos maiores frutos de nossos atos e pensamentos.
                  De qualquer modo, o tempo e o campo de trabalho estão estabelecidos para cada um e devemos continuar na luta, fazendo o melhor, que tudo estará concorrendo a nosso favor.
                  Sejamos cumpridores de nossas obrigações e aperfeiçoemos nossas ações, que tudo será por nós.
                  Lutem e perserverem.
|                JOÃO DE DEUS.

{Mensagem Psicografada, Espírito JOÃO DE DEUS, recebida no dia 27-01-2011, pelo Médium Vicente Benedito Battagello, em Araçatuba-SP}

Cura Espiritual!!!


"Quantas enfermidades pomposamente batizadas pela ciência médica não passam de estados vibracionais da mente em desequilíbrio?" (Emmanuel)
No trato com as nossas doenças, além dos cuidados
médicos indispensáveis à nossa cura, não nos esqueçamos
também de que, quase sempre, a origem de toda enfermidade
principia nos recessos do espírito.
A doença, quando se manifesta no corpo físico, já
está em sua fase conclusiva, em seu ciclo derradeiro.
Ela teve início há muito tempo, provavelmente, naqueles períodos
em que nos descontrolamos emocionalmente, contagiados que
fomos por diversos virus potentes e conhecidos como raiva,
medo, tristeza, inveja, mágoa, ódio e culpa.
Como a doença vem de dentro para fora, isto é, do espírito para a matéria, o encontro da cura também dependerá da renovação interior do enfermo.
Não basta uma simples pintura quando a parede apresenta trincas.
Renovar-se é o processo de consertar nossas rachaduras internas, é
escolher novas respostas para velhas questões até hoje não resolvidas.
O momento da doença é o momento do enfrentamento de nós próprios,
é o momento de tirarmos o lixo que jogamos debaixo do tapete,
é o ensejo de encararmos nossas paredes rachadas.
O Evangelho nos propõe
tapar as trincas com a argamassa
do amor e do perdão.
Nada de martírios e culpas
pelo tempo em que deixamos
a casa descuidada.
O momento pede responsabilidade de não mais se viver de forma tão desequilibrada.
Quem ama e perdoa vive em paz, vive sem conflitos, vive sem culpa.
Quando atingimos esse patamar de harmonia interior, nossa
mente vibra nas melhores frequências do equililíbrio e da felicidade,
fazendo com que a saúde do espírito se derrame por todo o corpo.
Vamos começar agora mesmo o nosso tratamento?
(Vinha de Luz - Francisco Cândido Xavier / Emmanuel)