domingo, 30 de setembro de 2012

SE SOUBESSES

Se soubesses quão venenoso é o conteúdo de fel a tisnar o cálice da aversão, decerto compreenderias que todo golpe de crueldade não é senão desafio à tua capacidade de entendimento.

Se soubesses a trama de sombra que freme, perturbadora em torno da palavra infeliz que proferes, na crítica à luta alheia, preferirias amargar no silêncio as feridas de tua mágoa, esperando que o tempo lhes ofereça a necessária medicação.

Se soubesses a quantidade dos crimes, oriundos da revolta e da queixa, escolherias padecer toda sorte de sofrimento antes que reclamar consideração e justiça em teu próprio favor.

Se soubesses a multidão de males que a vingança provoca, esquecerias sem custo os braseiros de cor que a calúnia te arremessa à existência.

Lembra-te de que o ódio é o grande fornecedor das prisões e de que a cólera é responsável pela maior parte das moléstias que infelicitam a vida e guarda o coração na grande serenidade, se te propões conservar em ti mesmo o tesouro da paz e a bênção da segurança.

Ainda mesmo que alguém te ameace com o gláudio da morte, desculpa e segue adiante, porque as vítimas ajustadas aos marcos do Bem Eterno elevam-se de nível, enquanto que os ofensores, ainda mesmo os aparentemente mais dignos, descem aos princípios do tempo para o acerto reparador.

De qualquer modo, se a aflição te procura, cala e perdoa sempre, porque se o Mestre nos exortou ao amor pelos inimigos, também nos advertiu que a mão erguida à delinqüência da espada, agora, hoje ou amanhã, na espada fenecerá.




- pelo Espírito Emmanuel -
Livro: Alma e Luz, Médium: Francisco C. Xavier

sábado, 29 de setembro de 2012

O ESPÍRITO SOFRENDO DEVIDO AO ABORTO




Se for provocado um aborto intencional, o espírito que está ligado ao bebê mesmo estando fora da barriga ou já anexado ao bebê, mesmo sendo a partir do primeiro mês, ou no segundo mês, ele vai sentir tudo que está acontecendo, porque seu perispírito já está no bebê e já tomou a forma de seu corpo.
Se for um aborto químico, com remédios, o espírito vai ter dores horríveis, e sentir efeitos de drogas poderosíssimas fazendo com que ele tenha delírios, enrijecimento de músculos e dores abdominais.
Efeitos de veneno em dose amplificada por se tratar de um feto, estas coisas o espírito sente até o último instante em que o coração do feto bate.
Se for um aborto com raspagem a frio, o médico usa um aparelho como uma concha e raspa o colo do útero da mulher, tirando o bebê a força e quebrando os ossinhos, os braços e pernas sendo arrancados, esmagando também seu peito com o uso do aparelho.
Muitas vezes o feto é retirado em partes, ele se despedaça com a violência do ato em si, é uma morte horrível.

Isso tudo o espírito que já está ligado a aquele feto sente de maneira extremamente real, sofre todas as dores com uma intensidade bem maior que o normal.

Estas dores são muito fortes, ocasionando revolta contra seus quase futuros pais.

A negatividade causada por um aborto voluntário e provocado é extrema tanto no plano material como na vida espiritual.

Além de prejudicar o útero da mulher fisicamente, se instala ali uma energia totalmente negativa, que chega a causar doenças que encontram ambientes que são propícios para se desenvolver, além de problemas de depressão e outros problemas psicológicos.

O espírito após a sua retirada violenta através do aborto fica sofrendo algum tempo.

O período se dá conforme a evolução em que o espírito se encontra, se é um espírito de pouca evolução, após o retorno de sua consciência ele se revolta com a Mãe e com o Pai que provocaram aquele aborto e começa a querer prejudicar de todas as formas o casal se tornando um obsessor.

Em certos casos este obsessor se torna um inimigo espiritual, se era um espírito com pouca evolução, ele vai se infiltrar no ambiente familiar e se tornar um incomodo, uma presença INDESEJÁVEL.

Agora se o espírito abortado junto com o feto for mais evoluído espiritualmente, ele automaticamente vai tentar ajudar o casal a se espiritualizar e encontrar outros caminhos, que não sejam contra Deus.

Anônimo

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

ANOTE HOJE



Anote quanto auxílio poderá você prestar ainda hoje. Em casa, pense no valor desse ou daquele gesto de cooperação e carinho.

No relacionamento comum, faça a gentileza que alguém esteja aguardando conforme a sua palavra.

No grupo de trabalho, ouça com bondade a frase menos feliz sem passá-la adiante.

Ofereça apoio e compreensão ao colega em dificuldade.

Estimule o serviço com expressões de louvor.

Quanto puder, procure resolver problemas sem alardear seu esforço.

Em qualquer lugar, pratique a boa influência.

Desculpe faltas alheias, consciente de que você também pode errar.

Observe quanto auxílio poderá você desenvolver no trânsito, respeitando sinais.

Acrescente paz e reconforto à dadiva que fizer.

Evite gritar para não chocar a quem ouve.

Pague a sua pequena prestação de serviço à comunidade, conservando a limpeza, por onde passe.

Sobretudo, mostre simpatia e reconhecerá que o seu sorriso, em favor dos outros, é sempre uma chave de luz para que você encontre novas bênçãos de Deus.

Francisco Cândido Xavier. Da obra: Amanhece.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

UM PONTO NEGRO




Conta-se que um professor preparou sua aula estendendo um grande lençol branco numa das paredes da sala.
Na medida em que os alunos iam entrando, tinham sua curiosidade despertada por aquele objeto estranho estendido bem à sua frente.
O professor iniciou a aula perguntando a todos o que viam. O primeiro que se manifestou disse que via um pontinho negro, no que foi seguido pelos demais. Todos conseguiram ver o pontinho negro que fora colocado, de propósito, no centro do lençol branco.
Depois de perguntar a todos se o ponto negro era a única coisa que viam, e ouvir a resposta afirmativa, o professor lançou outra questão:
Vocês não estão vendo todo o resto do lençol? Vocês conseguem somente ver o pequeno ponto preto e não percebem a parte branca, que é muito mais extensa?
Naquele momento os alunos entenderam o propósito da aula: ensinar a ampliar e educar a visão, para perceber melhor o conjunto e não ficar atento somente aos pormenores ou às coisas negativas.
Essa é, na maior parte das vezes, a nossa forma de ver as pessoas e situações que nos rodeiam.
Costumamos dar um peso exagerado às coisas ruins e pouca importância ao que se realiza de bom.
Se um amigo sempre nos trata com cortesia, com afabilidade e atenção e, num determinado momento, nos trata de maneira áspera, pronto. Tudo o que ele fez até então cai por terra. Já nos indignamos e o conceito que tínhamos dele até então, muda totalmente.
É como se nossos olhos só pudessem ver o pequeno ponto negro.
Não levamos em conta a possibilidade de nosso amigo ou amiga estar precisando da nossa ajuda. Não nos damos conta de que talvez esteja com dificuldades e por isso nos tratou de forma diferente.
Temos sido tão exigentes com os outros!
Mas, se somos nós que estamos indispostos, todos têm que suportar nosso mau-humor, nossa falta de cortesia.
Um casal completava seus 60 anos de matrimônio, e uma das netas perguntou à avó: Vózinha, como é que a senhora aguentou o vovô até hoje? Ele é uma pessoa muito difícil de tolerar.
A vovó, com um sorriso de serenidade respondeu à neta:
É simples, minha filha. Eu sempre tive comigo uma balança imaginária. Colocava num dos pratos as coisas ruins que seu avô fazia. No outro prato da balança eu depositava as coisas boas. E o prato sempre pendia para o lado das coisas boas.
Nós também fazemos uso da balança imaginária. Mas, muitas vezes, o peso que atribuímos às coisas ruins é desproporcional e a balança tende a pender mais para esse lado.
Vez que outra é importante que façamos uma aferição na nossa balança, para verificar se ela não está desregulada, pendendo muito para o lado dos equívocos.
Saibamos valorizar as boas ações.
Não façamos como os alunos, que só viam o ponto negro no centro de um enorme lençol branco.
Eduquemos a nossa visão para perceber melhor as coisas boas da vida. Desenvolvamos a nossa capacidade de ver e valorizar tudo o que nos acontece de bom.
* * *
Os benfeitores da Humanidade recomendam que sejamos severos para conosco mesmos e indulgentes para com nosso próximo.
Contrariando tal recomendação, a maior parte das vezes somos indulgentes para conosco e muito severos para com os equívocos alheios.
Vale a pena meditar nos ensinos que nos chegam do Alto. Vale a pena que exercitemos o perdão aos semelhantes. E vale também a pena que sejamos mais exigentes conosco, buscando sempre melhorar nosso comportamento.

Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ERA NOVA DE DIVULGAÇÃO DO REINO DE DEUS

Filhos da alma!

Que Jesus nos abençoe.


Soam, na Espiritualidade Superior, os clarins que anunciam a grande transição.


Nem tudo, porém, são trevas e sofrimentos. Não apenas testemunhos de lágrimas em holocaustos novos, homenageando o Senhor da Vida.


A misericórdia do Amor enseja-nos a madrugada de luz, caracterizada por um festival de bênçãos.


Desde há muito, não se observam expectativas abençoadas como as que se desenham para o futuro. Era Nova de divulgação do Reino de Deus nos corações ansiosos de paz. Momento significativo de comunhão entre a Terra e os Céus. As falanges do Amor confraternizam com os emissários da caridade mergulhados na indumentária carnal.


Indispensável que nos predisponhamos todos, desencarnados e encarnados, a esta comunhão efetiva em que o mundo transcendente e a vida imanente no planeta terrestre se hão cansado de perseguições e de angústias, de sombras e de amarguras.


Neste momento, cabe-nos recordar as Boas Novas de alegria que, chegando à Terra por segunda vez, se instalarão por definitivo no país das almas humanas, favorecendo-as com a paz anelada.


Mantende-vos fiéis aos postulados da Codificação Espírita que restaura em sua pulcritude a mensagem de Jesus. Esforçai-vos para que daqui saiam as claridades diamantinas do Evangelho em espírito e verdade a espalhar-se pela nacionalidade brasileira nos próximos festivos dias de gratidão e de exaltação ao incomparável Mestre galileu. E, das terras formosas do Cruzeiro, espraiem-se as notícias libertadoras por toda a Terra, iniciando verdadeiramente o período novo.


Conheceis, graças às cicatrizes na alma, as dificuldades que defluem da longa jornada pelos difíceis caminhos da renovação espiritual. Trazeis as marcas profundas dos erros praticados, agora diluídas suavemente com os sublimes antídotos do Evangelho libertador.


Sede fiéis àqueles que, em nome de Jesus, prepararam estes caminhos para que pudésseis percorrê-los.


Não temais o mal, por mais se afigure aparvalhante, por mais complexas e traiçoeiras sejam as suas armadilhas, porquanto, somente lobos caem nos alçapões para lobos. E, porque estais no rebanho do Senhor, Ele cuidará para que não tombeis nessas facilidades perturbadoras.


Os Espíritos, encarregados de dirigir a nacionalidade brasileira, acompanham o momento político e social da Pátria do Evangelho e Jesus está no leme da barca terrestre. Não duvideis, mesmo quando tudo parece conspirar contra a ordem, a legalidade, o dever. As Vozes dos Céus proclamam a Ordem Superior e mandam que desçam, às sombras terrestres, os Emissários da Verdade para a grande restauração.


Sois os abridores dos caminhos do porvir, como outros o fizeram para vós.


Exultai por viverdes estes gloriosos dias da Humanidade, de ciência, de tecnologia de ponta, de conquistas da inteligência e de despertamento das emoções nobres do chavascal das paixões perturbadoras. Pedistes para renascer nesta hora de desafio e recebestes a bússola para vos oferecer o norte magnético, que é Jesus.


Prossegui, filhos da alma, jubilosos, vigilantes e devotados, porque o amanhã vos pertence, porque pertence ao incomparável Rabi da Galileia.


Nós, os Espíritos espíritas, integrando as hostes do Evangelho, abraçamos os vossos sentimentos, as vossas vidas, buscando suplicar ao Pai Celestial que vos aureole com as bênçãos imarcescíveis da saúde integral e da paz.


Que Ele, o guia e o modelo da Humanidade a todos nos abençoe!


São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre.


Bezerra de Menezes

terça-feira, 25 de setembro de 2012

MANEIRAS DE DIZER AS COISAS!



Uma sábia e conhecida anedota árabe diz que, certa feita, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes.
Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.
Que desgraça, senhor! Exclamou o adivinho.
Cada dente caído representa a perda de um parente de Vossa Majestade.
Mas que insolente! - gritou o sultão, enfurecido. Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui!
Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites.
Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho.
Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:
Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.
A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho.
E quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:
Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro.
Lembre-se, meu amigo - respondeu o adivinho - que tudo depende da maneira de dizer.
 
Tudo depende da maneira de dizer. Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra.
Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida. Mas a forma com que ela é comunicada é que tem provocado, em alguns casos, grandes problemas.
A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta.
Mas se a envolvemos em delicada embalagem e a oferecemos com ternura, certamente será aceita com facilidade.
A embalagem, nesse caso, é a indulgência, o carinho, a compreensão e, acima de tudo, a vontade sincera de ajudar a pessoa a quem nos dirigimos.
Ademais, será sábio de nossa parte se antes de dizer aos outros o que julgamos ser uma verdade, dizê-la a nós mesmos diante do espelho.
E, conforme seja a nossa reação, podemos seguir em frente ou deixar de lado o nosso intento.
Importante mesmo é ter sempre em mente que o que fará diferença é a maneira de dizer as coisas...

A sublime arte da comunicação foi sabiamente ensinada por Jesus.
Ele falava com sabedoria tanto aos Doutores da Lei quanto às pessoas simples e iletradas.
Há pessoas que se dizem bons comunicadores mas que não conseguem fazer com que suas palavras cheguem aos corações e às mentes.
Jesus, o comunicador por excelência, falava e Suas palavras calavam fundo nas almas, porque aliava às palavras os Seus atos, ou seja, falava e exemplificava com a própria vivência.
O grande segredo para uma boa comunicação, portanto, é o exemplo de quem fala.

Anônimo

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

TUDO É AMOR

Vida - É o Amor existencial.

Razão - É o Amor que pondera.

Estudo - É o Amor que analisa.


Ciência - É o Amor que investiga.


Filosofia - É o Amor que pensa.


Religião - É o Amor que busca Deus.


Verdade - É o Amor que se eterniza.


Ideal - É o Amor que se eleva.


Fé - É o Amor que se transcende.


Esperança - É o Amor que sonha.


Caridade - É o Amor que auxilia.


Fraternidade - É o Amor que se expande.



Sacrifício - É o Amor que se esforça.

Renúncia - É o Amor que se depura.


Simpatia - É o Amor que sorri.


Altruísmo - É o Amor que se engrandece.


Trabalho - É o Amor que constrói.


Indiferença - É o Amor que se esconde.


Desespero - É o Amor que se desgoverna.


Paixão - É o Amor que se desequilibra.


Ciúme - É o Amor que se desvaira.


Egoísmo - É o Amor que se animaliza.


Orgulho - É o Amor que enlouquece.


Sensualismo - É o Amor que se envenena.


Vaidade - É o Amor que se embriaga.


Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do Amor,
não é senão o próprio Amor que adoeceu gravemente.


André Luiz

domingo, 23 de setembro de 2012

EU APRENDI...

Eu aprendi...

...que ignorar os fatos não os altera;

Eu aprendi...

...que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você;

Eu aprendi...

...que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;

Eu aprendi...

...que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;

Eu aprendi...

...que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;

Eu aprendi...

...que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.

Eu aprendi...

...que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;

Eu aprendi...

...que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;

Eu aprendi...

...que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;

Eu aprendi...

...que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.

(Boa noite , Amor )
William Shakespeare

sábado, 22 de setembro de 2012

PRIMAVERA



Quando as andorinhas, bailarinas ligeiras, dançam no ar, coloridas pelos últimos raios do sol poente, o suave calor da primavera anuncia a chegada alegre das flores e da renovação da vida.
Arrebentam-se as fendas dos velhos muros e morros cansados, deixando que os vegetais surjam em variado verdor e os campos largos se exibam com matizados em festa inigualável.
As mãos mágicas do Celeste Pintor saem derramando tintas e perfumes embriagadores em todo lugar, confirmando seu inefável amor por Suas criaturas.
Os córregos cantam com as águas apressadas e as cachoeiras arrebentam cristais nas pedras resignadas, que os recebem felizes.
Há uma revolução geral, e os dias frios partem, deixando as lembranças tristes sepultadas sem saudades.
Revoadas de aves alegres, incessantemente, bordam os céus com imagens sucessivas de beleza incomum.
A primavera é o otimismo da natureza cantando o poema da estesia de Deus. Enquanto se repita, a aliança de amor permanece entre o homem descuidado e seu Pai zeloso, sustentando a esperança.
Apesar disso, muitas criaturas desanimadas deixam de fitar a claridade do dia primaveril, mergulhadas na noite das suas paixões.
Preferem olhar o chão onde permanece o lodo, a contemplar o alto onde fulguram as estrelas. Por isso, tornam-se torpes, amarguradas, perturbadoras.
A vida humana, qual ocorre com a da natureza, passa por quadras variadas que se sucedem em ordem de grandeza, servindo uma de base à outra, indispensáveis à harmonia de conjunto.
A noite, que convida ao repouso, enseja a reflexão para o dia, que propicia a ação.
O inverno, que parece destruidor, também enseja a preservação da energia, que estrugirá em vida na primavera.
A criatura humana é o mais grandioso investimento de Deus na Terra, e ser otimista quanto ao futuro, mesmo que haja dificuldades no presente, é o mínimo que lhe cabe, como afirmação da sua realidade e gratidão ao seu Criador.
Quem pretende conservar tristeza no coração, encontrará sempre motivos falsos para sustentá-la, acalentando a queixa, cultivando a desdita e nutrindo-se da insatisfação.
O otimismo é gerador de adrenalina emocional, que estimula o sangue, impulsionando ao avanço, à alegria fomentadora da ação.
Cultivando-o nos sentimentos, adquire-se visão para penetrar o lado oculto ou sombrio das ocorrências e entusiasmo para não desfalecer ante os primeiros insucessos da marcha, prelúdios das vitórias futuras.
Quem não possui capacidade para sustentar com valor os embates fracassados, não tem condições para viver as grandes e decisórias batalhas.
Nos céus dos que amam e confiam em Deus com otimismo, sempre haverá andorinhas bailando em prenúncio de gloriosas primaveras.
* * *
O homem deve impor-se a tarefa de abrir janelas de otimismo nas salas onde dominam tristezas e arejar espaços escuros de pessimismo mediante o aroma da esperança.
Redação do Momento Espírita