Queremos
dividir com os leitores um pouco de algumas das observações pessoais a respeito
dessa moléstia, fundamentadas em casos de consultório e na vida familiar - dois
casos na família. Achamos importante também analisar o problema dos “cuidadores”
do doente (família).
Além de trazer
à discussão o problema da precocidade com que as coisas acontecem no momento
atual. Será que as projeções estatísticas de alguns anos atrás valem para hoje?
Serão confiáveis como sempre foram? Se tudo está mais precoce, o que impede de
doenças com possibilidade de surgirem lá pelos 65 anos de idade apareçam lá
pela casa dos 50 ou até menos?
ALERTA
- É
incalculável o número de pessoas de todas as idades (até crianças) que já
apresentam alterações de memória recente e de déficit de atenção (primeira fase
da doença de Alzheimer). Lógico que os motivos são o estilo de vida atual,
estresse crônico, distúrbios do sono, medicamentos, estimulantes como a cafeína
e outros etc. Mas, quem garante que nosso estilo de vida vai mudar? Então,
quanto tempo o organismo suportará antes de começar a degenerar? É possível que
em breve tenhamos jovens com Alzheimer?
Alguns traços de personalidade das pessoas
portadoras de Alzheimer
- Em nossa
experiência, temos observado algumas características que se repetem:
a) Costumam
ser muito focadas em si mesmas.
b) Vivem em função das suas necessidades e das pessoas com as quais criam um
processo de co- dependência e até de simbiose.
c) Seus
objetivos de vida são limitados (em se tratando de evolução).
d) São de
poucos amigos.
e) Gostam de
viver isoladas.
f) Não ousam mudar.
g) São
conservadoras até o limite.
h) Sua dieta é
sempre a mesma.
i) Criam para si uma rotina de “ratinho de
laboratório”
j) São muito
metódicas.
K) Costumam apresentar pensamentos circulares e ideias repetitivas bem antes da
doença se caracterizar.
l) Cultivam
manias e desenvolvem TOC (transtorno obsessivo compulsivo) com freqüência.
m) São teimosas, desconfiadas, não gostam de pensar.
n) Leitura os enfastia.
o) Não são chegadas em ajudar o próximo.
p) Avessas à prática de atividades físicas.
q) Facilmente entram em depressão.
r) Agressivas contidas.
s) Lidam mal com as frustrações que sempre tentam camuflar.
t) Não se engajam.
u) Apresentam distúrbios da sexualidade como, impotência precoce e frigidez.
v) Bloqueadas na afetividade e na sexualidade.
Algumas têm dificuldades em manifestar carinho, para elas um abraço, um beijo,
um afago requer um esforço sobre-humano.
Gatilhos que costumam desencadear o
processo:
- Na
atualidade a parcela da população que corre mais risco, são os que se aposentam
- especialmente os que se aposentam cedo e não criam objetivos de vida de troca
interativa em seqüência. Isolam-se.
Adoram TV porque não os
obriga a raciocinar, pois não gostam de pensar para não precisar fazer escolhas
ou mudanças. Avarentos de afeto e carentes de trocas afetivas quando não podem
vampirizar os parentes, deprimem-se escancarando as portas para a degeneração
fisiológica e principalmente para os processos obsessivos. Nessa situação
degeneram com incrível rapidez, de uma hora para outra.
Alzheimer e mediunidade
- No decorrer
do processo os laços fluídicos ficam tão flexíveis que eles falam com pessoas
que não enxergamos nem sentimos. Chegam a transmitirem o que dizem os
desencarnados ou são usados de forma direta para comunicações.
Esta condição
fluídica permite que acessem com facilidade o filme das vidas passadas (bem
mais a última) - muitas vezes nesses momentos, nos nomeiam e nos tratam como se
fossemos outras pessoas que viveram com eles na última existência e nos relatam
o que 'fizemos' juntos, caso tenhamos vivido próximos na última existência.
Vale aqui uma ressalva, esse fato ocorre em muitos doentes terminais e em
algumas pessoas durante processos febris.
Obsessão
- É bem comum
que a doença insidiosamente se instale através de um processo arquitetado por
obsessores, pois os que costumam apresentar essa doença não são muito adeptos
da ajuda ao próximo e do amor incondicional; daí ficam vulneráveis às vinganças
e retaliações. É raro que bons tarefeiros a serviço do Cristo transformem-se em
Alzheimer...
Mas, quem é ou
quais são os alvos do processo obsessivo?
O doente ou a
família?
Alzheimer - o umbral para os ainda
encarnados
- O medo de
dormir reflete, dentre outras coisas, as companhias espirituais nada
agradáveis. Os 'cuidadores' desses pacientes tem mil histórias a contar e
muitos depoimentos a fazer. Esse assunto merece muitos comentários.
O espírito volta para a vitrine
- Tal e qual o
espírito que reencarna; pois na infância nosso espírito está na vitrine, já que
ainda não sofreu a ação da educação formal. Esse tipo de doença libera toda a
nossa real condição que, perde as contenções da personalidade formal e mostra
sua verdadeira condição: nua e crua.
Para quê? Quem
pode se beneficiar com isso? Serão os familiares mais atentos? Os profissionais
da saúde?
Como médico,
tive um caso curioso, nosso paciente se beneficiava na parte cognitiva com a
medicação específica mas, tivemos que suspendê-la, pois, ele que antes parecia
um 'docinho de coco', com o evoluir da doença, mostrou sua personalidade
agressiva e manifestava-se de tal forma que chegou a ser expulso de uma clínica
especializada pois do nada agredia os outros internos - na decisão de consenso
optou-se por manter as tradicionais 'camisas de força' (remédios que todos conhecem).
Os cuidadores
- Mesmo com
medo de ter que 'cuidar de uma antiga criança mal educada' como se tornam os
portadores dessa doença; ela não deixa de ser uma oportunidade ímpar de
desenvolvermos qualidades espirituais a 'toque de caixa'. Feliz de quem encara
essa tarefa sem dia sem noite, sem férias. Pena que algumas pessoas não sejam
capazes de suportar tal tarefa com calma - Quem se arrisca a encarar com bom
humor e realizar o que for possível ajudando a esse irmão? Serão os cuidadores
vítimas ou felizardos? O que isso tem a ver com o passado? Cada qual que
decida...
Quantos cuidadores se tornarão doentes?
- Alerta:
'Cuidadores' costumam não aprender nada e, repetem a lição para os outros,
tornam-se ferramentas de aprendizado.
O que é possível
aprender como cuidador? Paciência, tolerância, aceitação, dedicação
incondicional ao próximo, desprendimento, humildade, inteligência, capacidade
de decidir por si e pelo outro. Amor.
Para o
'cuidador' é diferente o Alzheimer rico do pobre?
- O que mais se vê é o pobre
sendo cuidado pela família e o rico sendo cuidado por terceiros. Quem ganha o
que e quanto? Terceirizar tem algum mérito? Tornar-se doente de Alzheimer na
classe média é uma loteria; por quem ou onde seremos 'cuidados'?
Cuidador ou responsável?
- Tal e qual
na infância temos pais ou responsáveis, neste caso vale a mesma analogia.
O que o cuidador ganha ou perde?
- Vale a pena
abdicar de uma tarefa de vida para cuidar de uma pessoa que tudo fez para ficar
nessa condição de necessitado? - Quem ou o que dita os valores? Quem ganha ou
perde o que? Em quais condições? - Na dúvida chame Jesus, Ele explica tudo
muito bem...
O problema da obsessão
- Quem obsidia
quem? Cuidador e doente são antigos obsessores um do outro - não é
preciso recuar muito no tempo, pois mesmo nesta existência, com um pouco de
honestidade dá para analisar o processo em andamento; na dúvida basta analisar
as relações familiares, como as coisas ocorreram.
Não foi
possível? - não importa; basta que hoje, no decorrer do processo da doença,
avaliemos o que nos diz o doente nas suas 'crises de mediunidade': você fez
isso ou aquilo, agora vai ver! - preste muita atenção em tudo que o doente diz,
pois aí, pode estar a chave para entendermos a relação entre o passado e o
presente.
Quem ganha e
quem perde a briga? O doente parece estar em situação desfavorável, pois
aparentemente perdeu a capacidade de arquitetar, decidir - mas, quem sabe ele
abriu mão disso, para tornar-se simples instrumento de outros desencarnados que
estão em melhores condições de azucrinar a vida do inimigo (alianças e
conchavos) - Quem sabe?
A dieta influencia?
- Os
portadores da doença costumam ter hábitos de alimentação sem muita variação
centrada em carboidratos e alimentos industrializados.
Descuidam-se no uso de frutas, verduras e legumes frescos, além de alimentos
ricos em ômega3 e ômega 6, devem consumir mais peixe e gorduras de origem
vegetal (castanha do Pará, nozes, coco, azeite de oliva extra virgem, óleo de
semente de gergelim).
Estudos recentes mostram que até os processos depressivos podem ser atenuados
ou evitados pela mudança de dieta.
Doença silenciosa?
- Nem tanto,
pois avisos é que não faltam, desde a infância analisando e estudando as
características da criança, é possível diagnosticar boa parte dos problemas que
se apresentarão para serem resolvidos durante a atual existência, até o
problema da doença de Alzheimer.
Dia após dia,
fase após fase o quadro do que nos espera no futuro vai ficando claro.
Fique esperto:
Evangelize-se (no sentido de praticar não de apenas conhecer) para não precisar
voltar a usar fraldas.
O mal de
Alzheimer é hereditário? Pode ser transmitido?
- Sim pode,
mas não de forma passiva inscrito no DNA, e sim, pelo aprendizado e pela cópia
de modelos de comportamento. Lógico que pode ser contagioso; mas pela
convivência descuidada fruto de uma educação sem Evangelização.
Remédios resolvem?
- Ajudar até
que ajudam; mas resolver é impossível, ilógico e cruel se, possível fosse -
pois, nem todos tem acesso a todos os recursos ao mesmo tempo.
Remédios
usados sem a contrapartida da reforma no pensar, sentir e agir podem causar
terríveis problemas de atraso evolutivo individual e coletivo; pois apenas
abrandam os efeitos sem mexer nas causas. Tapam o sol com a peneira.
Remédios previnem?
- Claro que
não - apenas adiam o inexorável.
Quanto a isso, até os cientistas mais agnósticos concordam.
Um dos mais eficazes remédios já inventados foram os grupos de apoio á terceira
idade. A convivência saudável e as atividades que possam ser feitas em grupo
geram um fluxo de energia curativa.
A doença de Alzheimer acima de tudo é uma moléstia que reflete o isolamento do
espírito que se torna solitário por opção. O interesse pelos amigos é um bom
remédio.
Qual a vacina?
- Desde que
saibamos separar a vacina ativa da passiva.
O ato de nos vacinarmos contra a doença de Alzheimer é o de estudar as
características de personalidade, caráter e comportamento dos que a vivenciam,
para que não as repitamos.
A melhor e mais eficiente delas é o estudo, o desenvolvimento da inteligência,
da criatividade e a prática da caridade. Seguir ao pé da letra o recado que nos
deixou o Espírito da Verdade:
'Amai-vos e
instruí-vos'.
Quer evitar
tornar-se um Alzheimer?
Torne sua vida
produtiva, pratique sem cessar o perdão e a caridade com muito esforço e
inteligência.
Muito mais há para ser analisado
e discutido sobre este problema evolutivo que promete nos visitar cada dia mais
precocemente, além das dúvidas que levantamos esperamos que os interessados não
se furtem ao saudável debate.
Até breve.
Muita paz...
Artigo.: Alzheimer: É Possível Evitar
Texto escrito pelo Dr. Américo Marques Canhoto (Casado, pai de quatro filhos).
Nasceu em Castelo de Mação, Santarém, Portugal. Médico da família, clinica
desde o ano de 1978. Hoje, atende em São Bernardo do Campo e São José do Rio
Preto, Estado de São Paulo. Conheceu o Espiritismo em 1988. Recebia pacientes
indicados pelo doutor Eduardo Monteiro, depois descobriu que esse médico era um
espírito desencarnado.
Site Jornal
dos Espíritos