segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A LEI DE DEUS


"Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou os profetas." (Mateus, 5:17)

Normalmente as pessoas se referem à Bíblia como “Bíblia sagrada” ou “a palavra de Deus”. Dão muito valor a tudo que está escrito nela. Assim, é comum entenderem que quando se referia à lei Jesus falava do Velho Testamento. Mas nem tudo que está no Velho Testamento é a lei de Deus.

A lei de Deus são os dez mandamentos que foram recebidos por Moisés e constituem o primeiro código moral da humanidade. Através dele o ser humano começou a ter noção de suas responsabilidades para com Deus, o próximo e consigo mesmo.

Jesus aprovou os dez mandamentos e confirmou os ensinamentos a respeito do amor a Deus, da não adoração de ídolos e imagens, do dever dos filhos para com os pais, do respeito ao próximo, da reencarnação,

O Velho Testamento é o conjunto da tradição do povo judeu, antes de Jesus. Nele temos a lei de Deus, os ensinos e as previsões dos profetas, as práticas religiosas, a legislação, a história e as lendas daquele povo.

Moisés é a principal figura do Velho Testamento. Porém, Moisés não foi apenas líder religioso. Era um líder político. Parte do que deixou é de origem divina e outra parte leis humanas. Moisés, também, estabeleceu práticas religiosas para o judaísmo, que é a religião que os judeus seguem até hoje.

O fato de Jesus ter nascido entre os judeus não significa que estivesse de acordo com suas práticas religiosas e seus costumes. Ele modificou ensinos sobre o divórcio, apedrejamento das adúlteras, perdão das ofensas, oferendas, comunicação com os mortos, juramento, mãos lavadas, alimentos impuros, o rigor com o sábado. Também, foi contra a conduta dos escribas e dos fariseus, que eram os principais religiosos de sua época.

Quando Jesus falou dos profetas estava considerando seus ensinos morais e suas previsões sobre a vinda do Messias. Cada etapa de sua vida foi prevista durante séculos e Ele agiu de acordo com essas profecias, desde seu nascimento até a ressurreição.

Jesus confirmou os dez mandamentos, mas reformou outras partes do Velho Testamento. Se Ele considerasse que todo o Velho Testamento fosse a lei não o teria alterado, já que não veio para destruir a lei e os profetas.

A maioria das orientações do Velho Testamento é útil apenas para aquele povo e para aquela época. Se dermos o mesmo valor ao que Jesus ensinou e ao restante da Bíblia podemos nos confundir e adotar práticas que não trarão nosso crescimento espiritual. Poderíamos, também, aceitar como válidos ensinamentos que estão em desacordo com o Evangelho.

Para nós, cristãos, o importante é o ensinamento de Jesus. Ele nos mostrou que o papel da religião é esclarecer e dar as diretrizes morais para o ser humano. Estes ensinos são eternos. O restante é transitório.