sexta-feira, 22 de abril de 2011

AJUDA SEMPRE


Mas Paulo respondeu: que fazeis vós, chorando e magoando- me o coração?
– Atos, 21:13.

Constitui passagem das mais dramáticas os Atos dos Apóstolos aquela em que Paulo de Tarso se prepara, à frente dos testemunhos que o aguardavam em Jerusalém.
Na alma heróica do lutador não paira qualquer sombra de hesitação. Seu espírito, com sempre, está pronto.
Mas, os companheiros choram e se lastimam; e, do coração sensível e valoroso do batalhador do Evangelho, flui a indagação dolorosa.
Não obstante a energia serena que lhe domina a organização vigorosa, Paulo sentia falta de amigos tão corajosos quanto ele mesmo.
Os companheiros que o seguiam estavam sinceramente dispostos ao sacrifício, entretanto, não sabiam manifestar os sentimentos da alma fiel.
É que o pranto ou a lamentação jamais ajudam, nos instantes de testemunho difícil.
Quem chora, ao lado de um amigo em posição perigosa, desorganiza-lhe a resistência.
Jesus chorou no Horto, quando sozinho, mas, em Jerusalém, sob o peso da cruz, roga às mulheres generosas que O amparavam a cessação das lágrimas angustiosas.
Na alvorada da Ressurreição, pede a Madalena esclareça o motivo do pranto, junto ao sepulcro.
A lição é significativa para todo o aprendiz.
Se um ente amado permanece mais tempo sob a tempestade necessária, não te entregues a desesperos inúteis.
A queixa não soluciona problemas.
Ao invés de magoá-lo com soluços, aproxima-te dele e estende-lhe as mãos.
Texto: Emmanuel – psicografado por Chico Xavier

CREMAÇÃO NO ESPIRITISMO


Emmanuel, no livro O Consolador, psicografado por Chico Xavier, quando lhe perguntam se o Espírito desencarnado pode sofrer com a cremação dos elementos cadavéricos, a resposta é a seguinte: "Na cremação, faz-se mister exercer a caridade com os cadáveres, procrastinando por mais horas o ato de destruição das vísceras materiais, pois, de certo modo, existem sempre muitos ecos de sensibilidade entre o espírito desencarnado e o corpo onde se extinguiu o tonus vital, nas primeiras horas seqüentes ao desenlace, em vista dos fluidos orgânicos que ainda solicitam a alma para as sensações da existência material".
Chico Xavier, ao ser indagado no programa Pinga Fogo quanto à cremação de corpos que seria implantada no Brasil, respondeu: "Já ouvimos Emmanuel a esse respeito, e ele diz que a cremação é legítima para todos aqueles que a desejem, desde que haja um período de, pelo menos, 72 horas de expectação para a ocorrência em qualquer forno crematório, o que poderá se verificar com o depósito de despojos humanos em ambiente frio".
Richard Simonetti, em seu trabalho Quem tem Medo da Morte (Gráfica S. João, Bauru, SP), registra que "nos fornos crematórios de São Paulo, espera-se o prazo legal de 24 horas, inobstante o regulamento permitir que o cadáver permaneça na câmara frigorífica pelo tempo que a família desejar", observando que os "Espíritas costumam pedir três dias", mas "há quem peça sete".
Diz-se que, com o desencarne, os laços que unem o corpo físico com o perispírito se desfazem lentamente, a começar pelas extremidades e terminando nos órgãos principais, cérebro e coração. Assim, o desligamento total somente ocorre com o rompimento definitivo do último cordão fluídico que ainda liga ao corpo. Afirmam ainda que se o espírito estiver ligado ao corpo não sofrerá dores, porque o cadáver não transmite sensações ao espírito, mas transmite impressões extremamente desagradáveis, além do trauma decorrente do desligamento violento.
Kardec, na questão 164 de O Livro dos Espíritos, faz a seguinte indagação:
- "Todos os Espíritos experimentam, num mesmo grau e pelo mesmo tempo, a perturbação que se segue à separação da alma e do corpo?"
E a resposta dos amigos espirituais é a seguinte:
- "Não, pois isso depende da sua elevação. Aquele que já está depurado se reconhece quase imediatamente, porque se desprendeu da matéria durante a vida corpórea, enquanto que o homem carnal, cuja consciência não é pura, conserva por muito mais tempo a impressão da matéria.“
Sócrates (o filósofo) respondia com justeza aos seus amigos que lhe perguntavam como ele queria ser enterrado:
"Enterrai-me como quiserdes, se puderdes ...
Texto: RAY PINHEIRO

terça-feira, 5 de abril de 2011

INIMIGOS INVISÍVEIS

São várias as circunstâncias em que inimigos invisíveis te perturbam a paz no caminho.

Livres dos liames que os prendiam ao corpo físico, os adversários, que já atravessaram as fronteiras do além-túmulo e ainda guardam na alma o ódio, espreitam a ocasião oportuna para destilar o veneno da vingança.

Além da atuação direta, quando a sintonia permite, gerando estados obsessivos e de subjugação, com transtornos mais ou menos graves do comportamento da mente, outras situações são provocadas para atingir o desafeto de maneira indireta, no meio em que vive.

Desajustes no casamento.

Disputas familiares.

Conflitos no lar.

Obstáculos no trabalho.

Antipatias gratuitas na convivência.

Intrigas comprometedoras.

Referências caluniosas.

Desarmonia entre companheiros.

Deserção de colaboradores imprescindíveis.

Envolvimento de entes queridos em situações menos dignas.

Tentações de toda a espécie.

Se já te envolves no manto do amor e da caridade, é provável que estejas a salvo do ataque direto.

Contudo, é bom ficar atento às situações em que os inimigos invisíveis procuram te ferir o coração, através dos afetos mais próximos. Muitas vezes, aqueles que te são mais caros, em momentos de invigilância, são instrumentos fáceis de vingança espiritual.

Nessas ocasiões, mobiliza todos os recursos que acumulaste no aprendizado do Evangelho e, confiante no apoio divino, entrega-te às mãos de Jesus, compreendendo e perdoando, sem te esqueceres de que a oração e a vigilância saõ companheiras inseparáveis daqueles que se dispôem a trilhar o caminho do bem e estão predestinados a amar e servir sempre.

Livro: VIVENDO O EVANGELHO
ANDRÉ LUIZ
Psicografia de Antônio Baduy Filho

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Cáritas

Eu sou o sol que aquece a vida, em nome da vida que criou o sol.

Sou eu quem reverdece o campo em beijos cálidos após a demorada invernia.

Eu sou a força que sustenta as criaturas tombadas, a fim de que se ergam, e as desiludidas, para que recomecem o trabalho do próprio crescimento.

Eu sou o pão que alimenta os corpos e as almas, impedindo-os de experimentar deperecimento.

Sou eu a música que enternece o revoltado, e sou o poema de esperança que canta alegria onde houve devastação.

Por onde eu passo, um rastro luminoso fica vencendo a sombra que cede lugar à claridade libertadora.

Eu sou o medicamento que restaura as energias abaladas, e sou o bálsamo que suaviza o ardor das chagas purulentas que levam à agonia e à alucinação.

Sou a gentileza que ouve pacientemente a narrativa do sofrimento e nunca se cansa de ser solidária, conquanto a aflição se espraie entre as criaturas.

Eu sou o fermento que leveda a massa e dá-lhe forma para aprimorar-lhe o sabor.

Sou eu a paz que visita o terreno árido, adornando-lhe a paisagem fúnebre.

Eu sou o perfume carreado pela brisa mansa para aromatizar os seres e os jardins.

Sou eu a consolação que sussurra palavras de fé aos ouvidos da amargura e soergue aqueles que já não confiam em ninguém, aturdidos pelas frustrações e feridos pelas dores pungentes.

Eu sou a madrugada que ressuscita todos aqueles que são tidos como mortos ou que estão adormecidos, a fim de que possam voltar ao convívio dos familiares saudosos e em angústias devastadoras.

Sou eu a água refrescante que sacia a sede de todas as necessidades e limpa os detritos da alma degenerada, preparando-a para os renascimentos felizes.

Eu sou o hálito divino sustentando a criação e penetrando por todas as partículas de que se constitui.

Convido minha irmã, a fé, para que ofereça resistência ao viajor cansado e o alente em cada passo, concedendo-lhe combustível para nunca desistir.

Eu me apoio na irmã esperança que possui o encanto de reerguer e amenizar a aspereza das provações.

Quando elas chegam, o prado queimado se renova, porque se me associam, fazendo que arrebentem flores e frutos onde a morte parecia dominar...

As duas, a fé e a esperança, constituem os elementos vitais da minha alma, a fim de que permaneça conduzindo todos os seres.

O Senhor enviou-me em Seu nome, com a missão de lembrar a Sua presença no Mundo, desde quando me usou para que as criaturas que Lhe desafiaram a justiça e a misericórdia, pudessem recomeçar o processo de evolução.

Vinde comigo ao banquete suntuoso da ação contínua do bem e embriagai-vos de felicidade.

Eu sou a caridade!