quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Prece regressiva...

Mais um ano finda!
E com ele inúmeros planos, alguns cumpridos a risca outros nem tanto.
Mas é preciso olhar para 2015 com gratidão, agradecendo ao Pai de Amor por todas as bençãos que tivemos, todas mesmo. 
Que possamos rever nossas escolhas, comemorando os acertos e nos perdoando pelos equívocos. 
Dando assim inicio aos planos para 2016!!! 
Que a reprogramação de 2016 traga em seu bojo, mais fé e menos indolência.
Mais confiança e menos preocupação com o que os outros pensam. Mais perseverança em fazer o bem, e menos vigília com a vida do próximo. 
Mais amor nas ações e menos avareza.
Mais reconhecimento e assumição de nossos limites e menos orgulho e vaidade. 
Mais partilha de ideias, de bons sentimentos, de bons desejos e menos egoísmo.
Menos maledicência e mais respeito pelo momento evolutivo do nosso irmão.
Que possamos com a graça de Deus usar menos as redes sociais, e ter mais encontros presenciais. 
E que estes não sejam nos velórios/enterros, aniversários, casamentos e formaturas, que sejam amorosamente espontâneos. Que o mestre Jesus e os bem-feitores amigos, trabalhadores na seara do bem, nos instrumentalizem, para que consigamos desenvolver em nós os propósitos desta pequenina prece.
Que assim possa ser! 
Nara Nörnberg



terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Algo Mais no Natal

Senhor Jesus!

Diante do Natal, que te lembra a glória da manjedoura, nós te agradecemos:
a música da oração;
o regozijo da fé;
a mensagem de amor;
a alegria do lar;
o apelo à fraternidade;
o júbilo da esperança;
a bênção do trabalho;
a confiança no bem;
o tesouro de tua paz;
a palavra da Boa Nova
e a confiança no futuro!…
Entretanto oh! Divino Mestre, de corações voltados para o teu coração, nós te suplicamos algo mais!…
Concede-nos, Senhor, o dom inefável da humildade, para que tenhamos a precisa coragem de seguir-te os exemplos!
XAVIER, Francisco Cândido. À Luz da Oração. Pelo Espírito Emmanuel. O Clarim.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Valei-vos da Luz


 “Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem.” — Jesus. (JOÃO, 12:35.) O homem de meditação encontrará pensamentos divinos, analisando o passado e o futuro. Ver-se-á colocado entre duas eternidades — a dos dias que se foram e a que lhe acena do porvir. 
Examinando os tesouros do presente, descobrirá suas oportunidades preciosas. No futuro, antevê a bendita luz da imortalidade, enquanto que no pretérito se localizam as trevas da ignorância, dos erros praticados, das experiências mal vividas. 
Esmagadora maioria de personalidades humanas não possui outra paisagem, com respeito ao passado próximo ou remoto, senão essa constituída de ruína e desencanto, competindo-as a revalorizar os recursos em mão. 
A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contacto com o serviço de que necessitais para a ascensão justa. Nesse abençoado ensejo, é possível resgatar, corrigir, aprender, ganhar, conquistar, reunir, reconciliar e enriquecer-se no Senhor. Refleti na observação do Mestre e apreender-lhe-eis o luminoso sentido. Andai enquanto tendes a luz, disse Ele. 
Aproveitai a dádiva de tempo recebida, no trabalho edificante. Afastai-vos da condição inferior, adquirindo mais alto entendimento. Sem os característicos de melhoria e aprimoramento no ato de marcha, sereis dominados pelas trevas, isto é, anulareis vossa oportunidade santa, tornando aos impulsos menos dignos e regressando, em seguida à morte do corpo, ao mesmo sítio de sombras, de onde emergistes para vencer novos degraus na sublime montanha da vida
Lição 6 - da obra Pão Nosso - de Francisco Cândido Xavier - Ditado pelo Espírito Emmanuel

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Jesus e Você


Nosso Mestre não se serviu de condições excepcionais no mundo para exaltar a Luz da Verdade e a Bênção do Amor. 
Em razão disso, não aguarde renovação exterior na vida diária, para ajudar. 
Comece imediatamente a própria sublimação. 
Jesus não tinha uma pedra onde recostar a cabeça. Se você dispõe de mínimo recurso, já possui mais que Ele. 
Jesus, em seu tempo, não desfrutou qualquer expressão social. Se você detém algum estudo ou título, está em situação privilegiada. 
Jesus esperou até aos trinta nos para servir mais decisivamente. Se você é jovem e pode ser útil, usufrui magnífica oportunidade. 
Jesus partiu aos trinta e três anos. Se você vive na idade amadurecida e dispõe do ensejo de auxiliar, agradeça ao Alto, dando mais de si mesmo.
Jesus não contou com os familiares nas tarefas a que se propôs. Se você convive em paz no recinto doméstico, obtendo alguma cooperação em favor dos outros, bendiga sempre essa dádiva inestimável. Jesus não encontrou ninguém que o amparasse na hora difícil. Se você recebe o apoio de alguém nos momentos críticos, saiba ser grato. 
Jesus nada pôde escrever. Se você consegue grafar pensamentos na expansão do bem, colabore sem tardança para a felicidade de todos. 
Vemos, assim, que a vida real nasce e evolui no Espírito eterno e não depende de aparências para projetar-se no rumo da perfeição. Jesus segue à frente de nós. Se você deseja acertar, basta apenas segui-lo. Sigamo-lo pois.

Texto de André Luiz referindo-se ao Cap. VI – Item 6 do EE na obra: O Espírito de Verdade - Psicografado por Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira ditado por Espíritos Diversos


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

PERDOA, SIM!?


O desconhecido passou, de carro, enlameando-te a veste, como se toda a rua lhe pertencesse... Compadece-te dele. Corre, desabalado, à procura de alguém que lhe socorra o filhinho nos esgares da morte.
Linda mulher, que pérolas e brilhantes, segue a teu lado, parecendo fingir que te não percebe a presença... Compadece-te! Ela tem os olhos embaciados de pranto e não chegou a ver-te.
Jovem, admiravelmente bem-posto, cruzou contigo endereçando-te palavra de sarcasmo e de injúria... Compadece-te! Ele tem os passos no caminho do hospício e ainda não sabe.
O amigo que mais amais negou-te um favor... Compadece-te dele! Não lhe vês a dificuldade encravada no coração.
Companheiros do mundo!... Estarão contigo, notadamente no lar, filhos e irmãos... Muita vez, levantam-se de manhã, chorosos e doloridos, aguardando um sorriso de entendimento, ou chegam do trabalho, fatigados e tristes, esmolando compreensão.
Todos trazem consigo aflições e problemas que desconheces.
Ergue a própria alma e auxilia sempre!... Indulgência para todos! Bondade para com todos!...
E, se algum deles te fere diretamente a carne ou a alma, não levantes o braço ou a voz a revidar.
Busca no silêncio a inspiração do Senhor, e o Mestre como se estivesse descendo da cruz em que pediu perdão para os próprios verdugos, te dirá compassivo:
- Perdoa, sim! Perdoa sempre, porque, em verdade, aqueles que não perdoam também não sabem o que fazem...


MEIMEI
Psicografada por CHICO XAVIER. Sobre o Item 15 do Cap. X do ESE

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

OBRA INDIVIDUAL

"Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados." - (TIAGO, 5:20.)
Quando um homem comete uma ação má, os reflexos dela perduram, por muito tempo, na atmosfera espiritual em que ele vive.
A criatura ignorante que a observa se faz pior.
Os olhos menos benevolentes que a vêem se tornam mais duros.
O homem quase retificado que a identifica estaciona e desanima.
O missionário do bem que a surpreende encontra mais dificuldades para socorrer os outros.
Em derredor de um gesto descaridoso, congregam-se a indisciplina, o despeito, a revolta e a vingança, associando-se em operações mentais malignas e destrutivas.
Uma boa ação, contudo, edifica e ilumina sempre.
A criatura ignorante que a observa aprende a elevar-se.
Os olhos menos benevolentes que a vêem recebem nova claridade para a vida íntima.
O homem quase retificado que a identifica adquire mais fortaleza para restaurar-se.
O missionário do bem que a surpreende nela se exalta, a benefício do seu apostolado de luz.
Em torno da manifestação cristã, enlaçam-se a gratidão, a alegria, a esperança e o otimismo, organizando criações mentais iluminativas e santificantes.
Se desejas, portanto, propagar o espírito sublime do Cristianismo, atende à obra individual com Jesus.
Afasta os corações amados do campo escuro do erro, através de teus atos que constituem lições vivas do amor edificante.
Recorda-te de que pela conversão verdadeira e substancial de um só espírito ao Infinito Bem, escuras multidões de males poderão desaparecer para sempre.

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER -Vinha de Luz PELO ESPÍRITO EMMANUEL

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Lição XIII 
Confia sempre na ajuda divina.
Quando te sentires sitiado, sem qualquer possibilidade de liberação, o socorro te chegará de Deus.
Nunca duvides da paternidade celeste.
Deus vela por ti e te ajuda, nem sempre como queres, porém, da melhor forma para a tua real felicidade.
Às vezes, tens a impressão de que o auxílio superior não virá ou chegará tarde demais.
Passado o momento grave, constatarás que o recebeste alguns minutos antes, caso tenhas perseverado à sua espera.

Lição XIV
Aproveita cada oportunidade para agir de forma elevada.
Há quem espere extraordinários momentos e ocasiões especiais, que possivelmente não chegarão.
Não será o que faças, que te tornará grande e importante, porém como faças cada coisa que te transformará em valioso.
A árvore gigante se origina em pequenina semente.
O Cosmo é resultado de partículas e moléculas invisíveis.
Torna-te grande nas pequeninas coisas, a fim de que não te apequenes nas grandiosas.

Estas lições foram extraídas da obra Vida Feliz - ditada pelo  de Espírito Joanna de Ângelis psicografado por Divaldo Franco.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

MARCAS

"Desde agora ninguém me moleste, porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus." - Paulo. (GÁLATAS, 6:17.)
Todas as realizações humanas possuem marca própria.
Casas, livros, artigos, medicamentos, tudo exibe um sinal de identificação aos olhos atentos.
Se medida semelhante é aproveitada na lei de uso dos objetos transitórios, não se poderia subtrair o mesmo princípio, na catalogação de tudo o que se refira à vida eterna.
Jesus possui igualmente os sinais dEle.
A imagem utilizada por Paulo de Tarso, em suas exortações aos gálatas, pode ser mais extensa.
As marcas do Cristo não são apenas as da cruz, mas também as de sua atividade na experiência comum.
Em cada situação, o homem pode revelar uma demonstração do Divino Mestre.
Jesus forneceu padrões educativos em todas as particularidades da sua passagem pelo mundo. O Evangelho no-lo apresenta nos mais diversos quadros, junto ao trabalho, à simplicidade, ao pecado, à pobreza, à alegria, à dor, a glorificação e ao martírio. Sua atitude, em cada posição da vida, assinalou um traço novo de conduta para os aprendizes.
Todos os dias, portanto, o discípulo pode encontrar recursos de salientar suas ações mais comuns com os registros de Jesus.
Quando termine cada dia, passa em revista as pequeninas experiências que partilhaste na estrada vulgar. Observa os sinais com que assinalaste os teus atos, recordando que a marca do Cristo é, fundamentalmente, aquela do sacrifício de si mesmo para o bem de todos.
Mensagem extraída da obra Vinha de Luz pelo espírito de  Emmanuel. Psicografada por Chico Xavier 

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

CUIDADO COM A VIDA MODERNA!



VIDA MODERNA
     
O despertador anunciou que um novo dia estava começando. No rádio as manchetes do dia. Os mesmos
congestionamentos, a repetição das notícias trágicas do dia anterior.
Enquanto se preparava para um novo dia de trabalho, o executivo ouvia pelo celular os índices econômicos e a
previsão do tempo.
Tomou um café rápido e se dirigiu para o automóvel. A família também o seguiu de forma automática, em silêncio.
Palavras são perda de tempo e atrapalham, quando se está com a mente ocupada.
Durante todo o percurso, o homem de negócios insiste em manter o celular ao lado, ainda que seja proibido o uso
enquanto dirige.
Afinal, ele irá tocar ao menos uma vez durante o trajeto, e, com certeza, será uma ligação de negócios.
Chega ao colégio e seus dois filhos adolescentes saem do carro. Ele segue para deixar a esposa em seu local de
trabalho.
Ao se despedirem, há uma maior troca de palavras. Um tchau de ambas as partes.
Chega ao trabalho e dirige-se
à sua mesa, dá uma olhada nos papéis e consulta a secretária sobre a agenda do
dia.
Vai ao computador para checar as mensagens recebidas e apagar a grande quantidade de emails
indesejados.
Verifica novamente os índices econômicos importantes para o seu trabalho, lê mais algumas notícias e responde
os emails
importantes.
Resolve muitos problemas enquanto outros tantos surgem, fazendo com que não tenha tempo de almoçar em
casa, com a sua família.
A refeição será naquele restaurante rápido, próximo da empresa, para ganhar tempo.
Após um dia de trabalho intenso, chega em casa à noite, cansado como sempre. Logo em seguida, o celular irá
tocar mais uma vez em busca da solução de algum problema que ficou pendente.
Vai verificar os emails
novamente. Resolve os problemas do mundo moderno e vai tomar seu banho.
Senta-se
para jantar, mas tem que ser breve, afinal, já está na hora do noticiário e ele precisa saber o que se passa
no mundo.
Onde está a sua família? Bem, o filho deve estar no seu quarto jogando vídeogame, assistindo TV ou navegando
pela Internet.
A sua filha deve estar conversando com as amigas ao telefone, ou em alguma sala de batepapo
na Internet.
E a esposa? Deve estar ao seu lado, vendo o mesmo noticiário que ele vê, mas ele nem se dá conta disso.
Ele está em um outro mundo, em um mundo mais moderno, mais tecnológico. Em resumo, em um mundo frio,
onde não há relacionamentos, apenas a simples troca de informações.
Mas não é só ele que está nesse mundo, é a sua família, é a sua vizinhança, o seu bairro, a sua sociedade.
Esta talvez seja a rotina de muitas famílias que, absorvidas pelas facilidades tecnológicas do Terceiro Milênio, se
esquecem do aconchego do lar e da troca de idéias tão necessários à vida de relação.
* * *
As facilidades do mundo moderno jamais deveriam afastar e isolar os membros da família.
Por mais que os recursos da tecnologia sejam úteis e necessários, eles não substituem os pais na educação dos
filhos.
A Internet e a televisão são meios de comunicação frios, e não substituem o afeto e a atenção, o calor e a ternura
que um abraço pode oferecer.
O mundo moderno veio para facilitar as nossas vidas e não para nos conduzir.
Afinal, nós somos o piloto ou o avião? O motorista ou o carro? O timoneiro ou o barco?
A modernidade é complexa mas não supera o ser humano que a criou.
Através de um simples botão conseguimos desligar a televisão, o telefone celular, o computador.
E isso é saudável, desde que o façamos para nos ligar à família, aos amigos, à vida, enfim.
Importante que usemos o bom senso e sigamos no rumo da felicidade tão sonhada, contando sempre com as
facilidades da vida moderna, mas sem nos deixar conduzir por ela.
Redação do Momento Espírita.
Em 04.05.2009.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

DEUS RESPONDE SEMPRE


Quantas vezes você já dirigiu uma prece a Deus e não recebeu resposta?
Não é raro pedirmos pela recuperação da saúde de um familiar e, mesmo assim, ele morre.
Acreditamos que Deus não nos ouviu.
Pedimos auxílio ao Pai celestial para as nossas dores. E muitas vezes as dores aumentam, levando-nos
quase ao
desespero.
No entanto, os que têm fé afirmam que Deus sempre responde às nossas orações. Será mesmo?
* * *
Emy tinha apenas três anos de idade. Vivia em um lugar maravilhoso dos Estados Unidos, em frente ao mar.
Sua família era cristã. Ela fora alimentada, desde o berço, por orações e Evangelho.
A família ia ao templo religioso e fazia, no lar, o estudo sistemático do Evangelho.
Emy amava sua família e admirava os olhos azuis de seu pai, de sua mãe e de seus irmãos.
Todos, em sua casa, tinham olhos azuis. Todos... menos Emy!
O sonho de Emy era ter olhos azuis da cor do céu. Como ela desejava isso!
Certo dia, na escola de evangelização, ela ouviu a orientadora dizer que Deus sempre responde a todas as
orações. Passou o dia pensando nisso.
À noite, na hora de dormir, ajoelhou ao lado da sua cama e orou.
Sua prece foi um misto de gratidão e de solicitação:
Senhor Deus, agradeço porque você criou o mar que é tão grande. Tão bonito e tão feroz. Agradeço pela minha
família. Agradeço pela minha vida. Gosto muito de todas as coisas que você faz. Mas, eu gostaria de pedir, por favor,
quando eu acordar amanhã, descobrir que os meus olhos ficaram azuis como os de minha mãe.
Ela acreditou que daria certo. Teve fé. A fé pura e verdadeira de uma criança.
Pela manhã, ao acordar, correu para o espelho e olhou. Abriu bem os olhos e qual era a cor deles?
Bem castanhos! Como sempre haviam sido.
Bom, naquele dia, Emy aprendeu que não também era resposta. Do mesmo modo, agradeceu a Deus. Mas não
entendia muito bem porque Ele não a atendeu.
Os anos se passaram. Emy cresceu e se tornou missionária, na Índia.
Entre outras atividades, ela se devotou a resgatar crianças que eram vendidas pelas suas próprias famílias, que
passavam fome.
Para isso, ela precisava entrar nos mercados infantis, onde aconteciam as vendas.
Naturalmente, para as comprar para Deus, como dizia, precisava não ser reconhecida como estrangeira.
Então ela passava pó de café na pele, cobria os cabelos, vestia-se
como as mulheres do local.
Dessa forma, entrava nos mercados de crianças, podendo transitar tranquila, pois aparentava ser uma indiana.
Certo dia, uma amiga olhou para ela disfarçada e lhe disse: Puxa, Emy! Você já pensou como faria para se
disfarçar se tivesse olhos claros como todos os de sua família?
Que Deus inteligente, não? Ele deu a você olhos escuros, pois sabia que isso seria essencial para a missão que
lhe confiou.
O que a amiga não sabia é que Emy chorara muitas noites, em sua infância, por não ter olhos azuis...
* * *
Deus está no controle de tudo. Ele conhece cada lágrima que já rolou dos seus olhos.
Ele sabe que talvez você desejasse olhos de outra cor, ou cabelos mais lisos, ou encaracolados, ou mais
espessos.
Não chore se os seus olhos continuam castanhos ou azuis, ou pretos, e você os deseja de outra cor.
Não se entristeça se você ainda não foi atendido como gostaria.
Tenha certeza: Deus tem o controle de tudo.
E o não de Deus, hoje, em sua vida, é o melhor para você.

Redação do Momento Espírita com base em história de autoria ignorada.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 5, ed. Fep.
Em 05.03.2012.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Deus Morreu!!!

É DEUS...

Conta-se
que um louco chegou à praça e gritou: Deus morreu. Agora, as catedrais serão os seus mausoléus.
Alguns se admiraram do que ele dizia. Era mesmo um louco. Outros, de imediato, concordaram, acenando afirmativamente
com a cabeça. Outros, ainda, ousaram se manifestar: E onde está a novidade?
Uma criança, que passava pela praça, no entanto, se mostrou extremamente preocupada.
Deus morreu? E agora, quem vai alimentar os peixes e os pássaros? Quem vai acender as estrelas?
* * *
Um estudo realizado em 2013 indicou que muitos cientistas acreditavam em Deus, conforme o conceito mais comum e usual.
Repetindo, com exatidão, uma famosa pesquisa realizada em 1916, Edward Larson, da Universidade da Geórgia, constatou
que a profundidade da fé religiosa entre os cientistas não diminuiu, apesar dos avanços científicos e tecnológicos.
Tanto no século XX quanto no XXI, em torno de quarenta por cento dos biólogos, físicos e matemáticos, que participaram da
pesquisa, disseram que acreditavam em um Deus que, segundo a estrita definição do questionário, se comunica com a
Humanidade e a quem se pode orar na expectativa de receber uma resposta.
Albert Einstein dizia que sem Deus, o Universo não é explicável satisfatoriamente.
Para ele, Deus era a Lei e o Legislador do Universo. E afirmou: Quando abro a porta de uma nova descoberta encontro Deus
lá dentro.
O cientista francês André Marie
Ampère, fundador da eletrodinâmica, escreveu uma obra intitulada Provas históricas da
Divindade do cristianismo.
O inglês Isaac Newton, mais reconhecido como físico e matemático, e que também foi astrônomo, alquimista, filósofo
natural e teólogo, foi considerado o cientista que maior impacto causou na História da ciência.
Para ele, a função da ciência era descobrir leis universais e enunciá-las
de forma precisa e racional.
Essa sumidade científica acreditava que a maravilhosa disposição e harmonia do Universo só pode ter tido origem segundo
o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode.
E afirmava: Isso fica sendo a minha última e mais elevada descoberta.
Posso pegar meu telescópio e ver milhões de quilômetros de distância no espaço. Mas, também posso pôr meu telescópio de
lado, ir para o meu quarto, fechar a porta e, em oração fervorosa, ver mais do céu e me aproximar mais de Deus do que quando
estou equipado com todos os telescópios e instrumentos do mundo.
Para as grandes inteligências, a existência de Deus é palpável. Atestada pelos Seus efeitos, conforme aprendemos: Todo
efeito tem uma causa. Todo efeito inteligente tem uma causa inteligente.
Bem tinha razão a criança em indagar quem tomaria conta dos peixes e dos pássaros se não houvesse Deus.
E diríamos mais: quem comandaria o concerto dos mundos, que viajam pelo espaço infinito, a grande velocidade?
Quem colocaria plumagem nas aves e providenciaria o orvalho das manhãs?
Quem faria brilhar o sol, a lua e as estrelas? Quem estabeleceria a rota precisa dos cometas?
Quem pintaria o arcoíris
e colocaria veludo nas pétalas das flores?
E a toda questão, poderíamos ouvir o coro dos ventos e dos ramos dos salgueiros: é Deus... é Deus... é Deus.
Redação do Momento Espírita.
Em 30.3.2015.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

TROCANDO AS BOLAS - II

Tive oportunidade de sair para almoçar com um amigo, num horário em que a fome já estava no seu limite máximo. A propósito do caso anterior, no restaurante ouvimos dele uma expressão que provocou-me boas risadas. Foi a seguinte:
Quando o garçom trouxe os pratos, ele olhou apetitosamente para a refeição e disse:
— Pelo cheiro, já estou vendo o gosto deste almoço! Que sonho!
Passadas as gargalhadas, ficamos refletindo sobre como um caso desses poderia servir para ilustrar alguma coisa séria. Não encontramos, mas achamos tão engraçado o fato de o ―odor‖ permitir que se ―veja‖ um ―sabor‖, a ponto de transformar tudo isso num ―sonho‖, que preferimos deixar essa reflexão registrada, mesmo que sem nenhuma reflexão.
***
Se for para fazer o bem, tanto vale um sorriso quanto uma lágrima.

Do Livro "O lado positivo de tudo" de Jacob Melo
 TROCANDO AS BOLAS - I

Há uma história engraçada que dá uma idéia de como as coisas podem ser complicadas, especialmente quando não fica bem distinto aos interlocutores a sinonímia usada.
Conta-se que um pai passeava com o filho, quando este viu um pé de ameixas azuis. Curioso, perguntou:
— Pai, que frutas são aquelas?
— São ameixas azuis, filho.
— E por que elas estão vermelhas?
— Porque ainda estão verdes!
Uma situação como essa nos ensina que devemos ter ―bons ouvidos‖ a fim de, impressionados pela aparência do sentido imediato das palavras, não fazermos julgamentos equivocados, tirarmos deduções precipitadas ou ficarmos sem entender as coisas.
***
Quando ensinar, tenha em mente que o aluno não tem, ainda, seu nível de conhecimentos. Isto é óbvio, mas há muitos instrutores que tratam seus alunos como pares, quase sempre os humilhando.

Do Livro "O lado positivo de tudo" de Jacob Melo

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Tempo e vida


Depois da morte é que vemos,
Quando a luz se nos revela,
Quanta sombra e bagatela
Guardamos no coração.
Quantos lamentos inúteis
Complicavam-nos a vida,
Quanta palavra perdida,
Quanto tempo gasto em vão!...

Quantas horas desprezadas,
De espírito desatento
Nos enganos de um momento
Que o próprio tempo desfaz!
Quanta contenda improfícua,
Quanto disfarce no rosto
Que se transforma em desgosto
Furtando a esperança e a paz.

Alma querida, não creias
Seja a morte o fim de tudo,
O tempo — esse sábio mudo —
Concede-nos voz e vez,
Acompanha-nos o passo,
Age, segundo a segundo,
E nos conhece o mundo
Tudo aquilo que se fez.

Ama, esclarece, abençoa,
Sofre e luta, mas não temas,
Ninguém vive sem problemas,
Onde estiver e onde for;
Vida é lavoura perfeita,
Morte é o braço que a preserva,
Que só replanta ou conserva
O que se faz por amor.

Do livro Coração e Vida; Do espírito Maria Dolores; por Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

EDUCAR PARA SALVAR
(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)
Diante dos dias conturbados por que passa a sociedade atual, só existe uma maneira eficiente de fazer com que desponte
uma aurora límpida e bela, neste Terceiro Milênio: a educação.
Somente através da educação bem sedimentada poderá surgir o homem renovado do século XXI.
Mas, educar não significa apenas transmitir padrões sócioculturais,
nem acompanhar o desenvolvimento físicointelectual
da
criança ou passar uma série de informações pela instrução formal.
A educação, bem entendida, consiste em formar o homem de bem, contemplando seu duplo aspecto: espiritual e físico.
A violência grassa e desgraça, num mundo onde o ser humano vem perdendo o senso de fraternidade, de solidariedade,
face aos conflitos de opiniões, às imposições do intelecto sobre o sentimento, à robotização que transforma o ser humano em
máquina, a repetir atividades que lhe destroem a capacidade de criar, de enriquecer-se
de novos valores espirituais.
Educar, no sentido que o termo exige, é desenvolver, cultivar, fazer brotar, elevar, fazer crescer, não de maneira unilateral,
mas de forma integral, para que o educando possa ser o cidadão honrado que todos desejamos encontrar na sociedade da qual
fazemos parte.
E para que se atinja esse grandioso objetivo será preciso, antes de tudo, duas premissas básicas: amor e autoeducação.
Amar para educar e autoeducarse
para amar. Esse binômio: amor e autoeducação deverá ser o denominador comum para
pais e mestres.
Aos pais não basta amar, é preciso que seu amor seja firme, sem tirania, e terno, sem pieguice.
Aos mestres não basta instruir, transmitir informações áridas, sem o real enriquecimento do conteúdo com o tempero do afeto.
É preciso que haja uma conjugação de forças entre pais e mestres para que se logre êxito na reforma moral da
Humanidade.... Para que se possa ver o despontar da verdadeira aurora do Terceiro Milênio...
É preciso que o ser humano passe a ser o tesouro mais valioso do planeta, para que entenda o papel que lhe cabe na obra
do Criador.
É preciso que não se tente resumir o ser humano a uma simples máquina de fazer sexo, fabricar dinheiro, se projetar sob as
luzes transitórias dos holofotes da fama.
É preciso que se compreenda a realidade imortal do homem.
É preciso que se entenda, de vez por todas, que o ser humano não é um amontoado de ossos e músculos, numa breve
experiência espiritual.
O homem é um ser espiritual, imortal, vivendo uma breve experiência num corpo carnal, frágil e perecível, que caminha na
direção do túmulo.
E, por fim, é preciso que se viva como ser imortal, que terá que prestar contas dos seus atos à consciência cósmica e à
própria consciência, assim que se desembaraçar da carne.
Se pais e mestres, que geralmente também são pais, amassem para bem educar e se autoeducassem para amar, o
panorama do mundo se transformaria em pouco tempo, para melhor.
Veríamos no lar, que é a primeira escola, as crianças aprendendo o respeito ao semelhante, a dignidade, a honradez, a
liberdade intelectual, o respeito a si mesma e ao próximo.
E, na escola, com mestres conscientes do seu nobre dever, aprenderiam as lições para iluminar o intelecto, mas sempre
acompanhadas com os componentes do amor e da ternura.
Eis uma receita infalível...
Eis a solução para banir, definitivamente, a violência da face da Terra.
* * *
A educação sem um propósito de transcendência é uma ideia vazia e estreita e pode sempre se tornar instrumento de
manipulação dos poderes sociais.
Pense nisso!
Redação do Momento Espírita, com base
na Introdução e no cap, VIII, do livro A educação da
Nova Era, de Dora Incontri, ed. Comenius.
Em 1.7.2013.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

REENCARNAÇÃO E JUSTIÇA
(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)

O espiritismo defende a necessidade de uma fé raciocinada.
Nessa linha, o homem não deve crer apenas seguindo orientações alheias.
Também não deve adotar determinados comportamentos por misticismo ou fanatismo.
Como a humanidade recebeu o dom da inteligência, cabe-lhe utilizá-lo para compreender as leis que regem a vida e a realidade que a cerca.
Em decorrência desse postulado, a doutrina espírita não evita o questionamento das teses que esposa, ao contrário, o incentiva.
No corpo teórico do espiritismo não há dogmas ou conceitos cuja discussão seja proibida, e sustenta a coerência de seus enunciados a partir de certos princípios básicos.
Um desses princípios é o da pluralidade das existências.
Afirma que os espíritos são criados por Deus, simples e ignorantes.
Todos têm exatamente o mesmo ponto de partida e a mesma meta final.
Saídos da mais completa ignorância, destinam-se à angelitude.
Desde o início, possuem os germens de todas as virtudes.
Todavia, constitui incumbência de cada um desenvolver o próprio potencial, por seu mérito e esforço.
O vasto aprendizado a ser feito exige inúmeras existências para aperfeiçoar-se.
Trata-se da única idéia que compatibiliza a justiça divina e a desigualdade das condições da vida terrena.
Os homens apresentam grandes diferenças de aptidões e talentos.
A vida de uns é bem mais difícil do que a de outros.
Mas isso não constitui obra do acaso e nem um inexplicável privilégio.
Cada qual é hoje exatamente como se construiu ao longo do tempo.
As virtudes são lentamente adquiridas no curso dos séculos.
A inteligência é paulatinamente desenvolvida, à custa de esforço e perseverança.
Ninguém surge repentinamente bondoso e inteligente.
Do mesmo modo, criatura alguma é simplesmente brindada com vícios ou más tendências ao nascer.
Quem se permitiu malbaratar os tesouros do tempo, arca com as conseqüências.
Ao espírito que se fez fraco e vicioso, incumbe o dever de lutar para se recompor.
Todo homem é herdeiro de si mesmo.
Os talentos que alguém hoje possui foram por ele desenvolvidos no pretérito.
Os vícios que infelicitam uma criatura também constituem sua obra.
Assim, o homem é na atualidade o resultado de seus atos e opções do passado.
Mas o futuro está inteiro por construir.
Assim, pense como você gostaria de ser.
Certamente você admira pessoas virtuosas, plenas de bondade, cultura, inteligência e dignidade.
Saiba que está inteiramente em suas mãos tornar-se assim.
Entretanto, nenhuma virtude surge graciosamente.
É necessário investir tempo e esforço na construção do bem em seu íntimo.
Observe, pois, como seu tempo é gasto.
Utilize suas horas para estudar e tornar-se útil e digno.
Comprometa-se com o bem e guarde fidelidade a esse compromisso.
Jesus afirmou que a cada um seria dado conforme as suas obras.
Consciente dessa realidade crie causas de felicidade e progresso em sua vida.
Pense nisso!
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

sábado, 15 de agosto de 2015

A VIOLÊNCIA EM NOSSOS DIAS
(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)

 
A onda crescente de delinquência que se espalha por toda a Terra assume proporções catastróficas, imprevisíveis, exigindo de todos os homens honestos e lúcidos muitas reflexões.
Irrompendo, intempestivamente, faz-se avassaladora, em vigoroso testemunho de barbárie, qual se a loucura se abatesse sobre as mentes, em particular junto à inexperiente juventude, em proporções inimagináveis e aflitivas.
Sociólogos, educadores, psicólogos e religiosos, preocupados com a expressiva quantidade de delinquentes de  toda sorte, especialmente os perversos e violentos, aprofundam pesquisas, improvisam soluções, experimentam métodos mal elaborados.
Precipitadamente oferecem sugestões que triunfam por um dia e sucumbem no dia imediato, tudo prosseguindo como antes, senão mais turbulento, mais inquietador.
Enquanto a delinquência estava quase que só entre os jovens das classes sociais menos aquinhoadas, era atribuída à falta de recursos financeiros e de educação.
Mas hoje, a mídia tem divulgado inúmeros casos de perversidade e violência praticados por jovens que pertencem a famílias abastadas. O que afasta a hipótese de falta de dinheiro ou de instrução.
Tudo isso nos leva a crer que a linhagem social e a tradição não são obstáculos à manifestação da delinquência, uma vez que dentro dessas famílias os exemplos nem sempre são salutares.
Percebe-se, no seio das famílias ditas tradicionais, a inversão de valores, a corrupção dos costumes, o desprezo às leis, a imposição dos caprichos pessoais em detrimento da justiça, e assim por diante.
Ainda na mesma linha de raciocínio, percebe-se pais que transferem a educação a terceiros, porque não têm tempo para dedicar à prole, uma vez que precisam dedicar as horas aos compromissos sociais.
Não se dão conta, esses pais, que pela vivência estabelecem diretrizes de comportamento aos filhos, de cujas ações não podem se queixar mais tarde.
Ademais, devemos considerar que a leviandade de mestres e educadores imaturos, não habilitados moralmente para os relevantes misteres de preparação das mentes e caracteres em formação, contribui, igualmente, com larga quota de responsabilidade no capítulo da delinquência juvenil, da agressividade e da violência vigentes.
Devemos considerar ainda, que se quisermos eliminar o problema da perversidade e da violência da nossa sociedade, será preciso mais que medidas punitivas.
Será preciso reformular conceitos, repensar valores, reformar a intimidade, e adotar a doutrina cristã como diretriz segura, para os nossos passos.
Ensinar à criança e ao jovem a valorização e o respeito pela vida, através do próprio exemplo.
E, por fim, apresentar Jesus aos nossos filhos. Apresentá-Lo como Modelo e Guia da Humanidade, como Psicoterapeuta ideal que nos conduzirá a Deus, porque conhece o caminho.
*   *   *
O homem iluminado interiormente pela flama cristã da certeza quanto à sobrevivência do Espírito ao túmulo e da sua antecedência ao berço, sabendo-se herdeiro de si mesmo, modifica-se.
Modificando-se, muda o meio onde vive, transformando a comunidade que deixa de a ele se impor para dele receber a contribuição expressiva e retificadora.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 7 
do livro Após a tempestade, do Espírito
 Joanna de Ângelis, psicografia de
 Divaldo P. Franco, ed. Leal.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Mergulha a mente no estudo e reserva momentos para que se refaçam os teus equipamentos

III - Mergulha a mente, quanto possível, no estudo. O estudo liberta da ignorância e favorece a
criatura com o discernimento. O estudo e o trabalho são as asas que facilitam a evolução do ser. 
O conhecimento é mensagem de vida. Não apenas nos educandários podes estudar.
A própria vida é um livro aberto, que ensina a quem deseja aprender.

CXCVII - Reserva momentos para que se refaçam os teus equipamentos mentais.
Da mesma forma que o corpo se desgasta, a mente se cansa e desarmoniza.
A mudança de atividade, o espairecimento, os jogos que distraem, os desportos, a meditação,
funcionam como recursos valiosos para o reajuste mental.
Dedica algum tempo à tua renovação interior, examinando o que fazes e como torná-lo mais agradável, ensejando-te equilíbrio e menos fadiga.
A mente é espelho que reflete o estado do espírito, merecendo carinho e desvelo, a fim de funcionar bem e com êxito.

Divaldo P. Franco - Vida Feliz (Joanna de Ângelis)

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Considera o trabalho e Não te apoies no pessimismo

II
Considera o trabalho o melhor meio para
progredir.
Quem não trabalha entrega-se à paralisia
moral e espiritual.
O homem que não se dedica à ação libertadora
do trabalho faz-se peso negativo na economia
da sociedade. O trabalho é vida.

CXCIX

Nunca te apóies no pessimismo para deixar
de lutar.
O que os outros conseguem através do trabalho,
obterás também, se tiveres paciência e
perseverança.
Não pretendas iniciar a vida por onde outros
a estão concluindo.
O êxito depende de muitas tentativas que
não deram certo.
O fracasso sempre ensina o modo como não
se devem fazer as coisas.
Insiste no teu serviço com otimismo e avança
com vagar na direção da tua vitória. Cada dia vencido são vinte e quatro horas que ganhaste.

Do livro Vida Feliz - Joanna de Ângelis - Psicografado por Divaldo Franco

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Saúda teu dia e Agradeça a Deus

I. Saúda o teu dia com a oração de reconhecimento. Tu estás vivo. Enquanto a vida se expressa, multiplicam-se as oportunidades de crescer e ser feliz. Cada dia é uma bênção nova que Deus te concede, dando-te prova de amor. Acompanha a sucessão das horas cultivando otimismo e bem-estar.

CC.  Agradece a Deus a tua existência. Louva-O através de uma vivência sadia. Exalta-lhe o amor por meio dos deveres retamente cumpridos. Dignifica-O, sendo-Lhe um servidor devotado e fiel. Apresenta-O à humanidade, tornando-te exemplo de amigo e irmão em todas as circunstâncias. Glorifica-O, trabalhando pelo bem de todos, teus irmãos em humanidade. Respeita-O, obedecendo às Soberanas Leis que governam a vida. Reconhece-O em tudo e todos, mediante uma vida feliz, na tua condição de filho bem amado.

Divaldo P. Franco - Vida Feliz (Joanna de Ângelis)

Caros irmãos estaremos nos próximos dias compartilhando com vocês estas "pétalas de rosas" sobre o cálice da existência, na gentil intenção de dar significado e beleza ao dia a dia de cada um que lê nossas postagens.

sábado, 11 de abril de 2015

DOR E CORAGEM

Na Terra todos temos inimigos. Todos, sem exceção. Até Jesus os teve. Mas isso não é importante. Importante é não ser inimigo de ninguém, tendo dentro da alma a dúlcida presença do incomparável Rabi, compreendendo que o nosso sentido psicológico é o de amar indefinidamente.

Estamos no processo da reencarnação para sublimar os sentimentos. Por necessidade da própria vida, a dor faz parte da jornada que nos levará ao triunfo.


É inevitável que experimentemos lágrimas e aflições. Mas elas constituem refrigério para os momentos de desafio. Filhos da alma, filhos do coração!

O Mestre Divino necessita de nós na razão direta em que necessitamos dEle. Não permitamos que se nos aloje no sentimento a presença famigerada da vingança ou dos seus áulicos: o ressentimento, o desejo de desforçar-se, as heranças macabras do egoísmo, da presunção, do narcisismo. Todos somos frágeis. Todos atravessamos os picos da glória mas, também, os abismos da dor.

Mantenhamo-nos vinculados a Jesus. Ele disse que o Seu fardo é leve, o Seu jugo é suave. Como nos julga Jesus? Julga-nos através da misericórdia e da compaixão.

E o Seu fardo é o esforço que devemos empreender para encontrar a plenitude.

Ide de retorno a vossos lares e levai no recôndito dos vossos corações a palavra libertadora do amor. Nunca revidar mal por mal. A qualquer ofensa, o perdão. A qualquer desafio, a dedicação fraternal. O Mestre espera que contribuamos em favor do mundo melhor, com um sorriso gentil, uma palavra amiga, um aperto de mão.

Há tanta dor no mundo, tanta balbúrdia para esconder a dor, tanta violência gerando a dor, que é resultado das dores íntimas...

Eis que Eu vos mando como ovelhas mansas ao meio de lobos rapaces, disse Jesus. Mas virá um dia, completamos nós outros, que a ovelha e o lobo beberão a mesma água do córrego, juntos, sem agressividade.

Nos dias em que o amor enflorescer no coração da Humanidade, então, não haverá abismo, nem sofrimento, nem ignorância, porque a paz que vem do conhecimento da Verdade tomará conta de nossas vidas e a plenitude nos estabelecerá o Reino dos Céus.

Que o Senhor vos abençoe , filhas e filhos do coração, são os votos do servidor humílimo e paternal, em nome dos Espíritos-espíritas que aqui estão participando deste encontro de fraternidade.


Muita paz, meus filhos, são os votos do velho amigo,


Bezerra.




Psicofonia de Divaldo Pereira Franco, em 25 de setembro de 2011, na Creche Amélia Rodrigues, em Santo André – SP. Em 13.02.2012.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

UM SIMPLES CONSELHO

Certa vez um jovem muito rico foi procurar um rabi para lhe pedir um conselho.

Toda sua fortuna não era capaz de lhe proporcionar a felicidade tão sonhada.

Falou da sua vida ao rabi e pediu a sua ajuda.

Aquele homem sábio o conduziu até uma janela e pediu para que olhasse para fora com atenção, e o jovem obedeceu.

O que você vê através do vidro, meu rapaz? Perguntou o rabi.

Vejo homens que vêm e vão, e um cego pedindo esmolas na rua. Respondeu o moço.

Então o homem lhe mostrou um grande espelho e novamente o interrogou: O que você vê neste espelho?

Vejo a mim mesmo, disse o jovem prontamente.

E já não vê os outros, não é verdade?

E o sábio continuou com suas lições preciosas:

Observe que a janela e o espelho são feitos da mesma matéria prima: o vidro. Mas, no espelho há uma camada fina de prata colada ao vidro e, por essa razão, você não vê mais do que sua própria pessoa.

Se você comparar essas duas espécies de vidro, poderá retirar uma grande lição.

Quando a prata do egoísmo recobre a nossa visão, só temos olhos para nós mesmos e não temos chance de conquistar a felicidade efetiva.

Mas, quando olhamos através dos vidros limpos da compaixão, encontramos razão para viver e a felicidade se aproxima.

Por fim, o sábio lhe deu um simples conselho:

Se quiser ser verdadeiramente feliz, arranque o revestimento de prata que lhe cobre os olhos para poder enxergar e amar os outros. Eis a chave para a solução dos seus problemas.

* * *

Se você também não está feliz com as respostas que a vida tem lhe oferecido, talvez seja interessante tentar de outra forma.

Muitas vezes, ficamos olhando somente para a nossa própria imagem e nos esquecemos de que é preciso retirar a camada de prata que nos impede de ver a necessidade à nossa volta.

Quando saímos da concha de egoísmo, percebemos que há muitas pessoas em situação bem mais difícil que a nossa e que dariam tudo para estar em nosso lugar.

E quando estendemos a mão para socorrer o próximo, uma paz incomparável nos invade a alma.

É como se Deus nos envolvesse em bênçãos de agradecimento pelo ato de compaixão para com Seus filhos em dificuldades.

Ademais, quem acende a luz da caridade é sempre o primeiro a beneficiar-se dela.

E a caridade tem muitas maneiras de se apresentar.

Pode ser um sorriso gentil...

Uma palavra que anima e consola...

Um abraço de ternura...

Um aperto de mão...

Um pedaço de pão...

Um minuto de atenção...

Um gesto de carinho...

Uma frase de esperança...

E quem de nós pode dizer que não necessita ou nunca necessitará dessas pequenas coisas?

* * *

A caridade é o gênio celestial que nos tece asas de luz para a comunhão com o pensamento Divino, se soubermos esquecer de nós mesmos para construir a felicidade daqueles que nos estendem as mãos.

Pensemos nisso!




Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria
ignorada e com pensamentos do verbete Caridade, do livro Dicionário
da alma, por Espíritos diversos, psicografia de Francisco Cândido
Xavier, ed. FEB.
Disponível no livro Momento Espírita v. 4, ed. FEP.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

A DIFÍCIL ARTE DE DIZER NÃO AOS FILHOS

Você costuma dizer não aos seus filhos?

Considera fácil negar alguma coisa a essas criaturinhas encantadoras e de rostos angelicais que pedem com tanta doçura?

Uma conhecida educadora do nosso país alerta que não é fácil dizer não aos filhos, principalmente quando temos os recursos para atendê-los.

Afinal, nos perguntamos, o que representa um carrinho a mais, um brinquedo novo, se temos dinheiro necessário para comprar o que querem? Por que não satisfazê-los?

Se podemos sair de casa escondidos para evitar que chorem, por que provocar lágrimas?

Se lhe dás tanto prazer comer todos os bombons da caixa, por que fazê-los pensar nos outros?

E, além do mais, é tão fácil e mais agradável sermos bonzinhos...

O problema é que ser pai é muito mais que apenas ser bonzinho com os filhos. Ser pai é ter uma função e responsabilidade sociais perante os filhos e perante a sociedade em que vivemos.

Portanto, quando decidimos negar um carrinho a um filho, mesmo podendo comprar, ou sofrendo por lhe dizer não, porque ele já tem outros dez ou vinte, estamos ensinando-o que existe um limite para o ter. Estamos, indiretamente, valorizando o ser.

Mas, quando atendemos a todos os pedidos, estamos dando lições de dominação, colaborando para que a criança aprenda, com nosso próprio exemplo, o que queremos que ela seja na vida: uma pessoa que não aceita limites e que não respeita o outro enquanto indivíduo.

Temos que convir que, para ter tudo na vida, quando adulto, ele fatalmente terá que ser extremamente competitivo e, provavelmente, com muita flexibilidade ética, para não dizer desonesto.

Caso contrário, como conseguir tudo? Como aceitar qualquer derrota, qualquer não, se nunca lhe fizeram crer que isso é possível e até normal?

Não se defende a ideia de que se crie um ser acomodado, sem ambições e derrotista. De forma alguma. É o equilíbrio que precisa existir: o reconhecimento realista de que, na vida, às vezes se ganha e, em outras vezes, se perde.

Para fazer com que um indivíduo seja um lutador, um ganhador, é preciso que ele aprenda a lutar pelo que deseja, sim, mas com suas próprias armas e recursos, e não fazendo-o acreditar que alguém lhe dará tudo, sempre, e de mão beijada.

Satisfazer as necessidades dos filhos é uma obrigação dos pais, mas é preciso distinguir claramente o que são necessidades do que é apenas consumismo caprichoso.

Estabelecer limites para os filhos é necessário e saudável.

Nunca se ouviu falar que crianças tenham adoecido porque lhes foi negado um brinquedo novo ou outra coisa qualquer.

Mas já se teve notícias de pequenos delinquentes que se tornaram agressivos quando ouviram o primeiro não, fora de casa.

Por essa razão, se você ama seu filho, vale a pena pensar na importância de aprender a difícil arte de dizer não.

Vale a pena pensar na importância de educar e preparar os filhos para enfrentar tempos difíceis, mesmo que eles nunca cheguem.

O esforço pela educação não pode ser desconsiderado.

Todos temos responsabilidades no contexto da vida, nas realizações humanas, nas atividades sociais, membros que somos da família universal.




Redação do Blog Espiritismo Na Rede baseado no verbete Educação, do livro Repositório de sabedoria, v. 1, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

A CONQUISTA DA SERENIDADE

Um dia amanhece, glorioso, com a luz do sol atravessando as folhas. Silêncio que é quebrado pelo som dos passarinhos que acordam.

Murmúrio de regatos que cantam, perfume de relva molhada pelo orvalho da noite. Será isso serenidade?

A natureza oferece ao homem a oportunidade do silêncio externo, o exemplo da calma. Mas sozinha, ela, a natureza, será capaz de trazer a paz interna?

Muita gente diz assim: Vou sair da cidade, a fim de descansar. Quero esquecer barulho, poluição, trânsito.

Essa é uma paz artificial. Em geral, depois de alguns dias descansando, a pessoa volta para a cidade e aos ruídos da chamada civilização. E ainda exclama ao chegar: Que bom é voltar para o conforto da cidade.

E, nas semanas seguintes, enfrenta novamente os engarrafamentos de trânsito, o som constante das buzinas, a fuligem. A comida engolida às pressas e o estresse do cotidiano estão de volta.

Então vem a pergunta: Será que realmente a serenidade existe em nossa alma? Se ela estivesse mesmo em nós, não teríamos de deixar o local em que vivemos para encontrar a paz, não é mesmo?

A conquista da serenidade é gradativa. A natureza não dá saltos e as mudanças de hábitos arraigados ocorrem muito lentamente. Não se engane com isso.

Muita gente acredita que a simples decisão de modificar um padrão de comportamento é suficiente para que isso aconteça. Mas não é assim.

Um antigo provérbio chinês traduz muito bem essa dificuldade. Ele diz assim: “Um hábito inicia como uma teia de aranha e depois se torna um cabo de aço”. O mesmo acontece em nossa vida.

E a conquista da serenidade não escapa a essa lógica de criar novos hábitos, de reeducar-se. Sim, pois tornar-se pacificado é um exercício de auto-educação.

A pessoa educa-se constantemente. Treina a paciência, o silêncio da mente. É uma conquista diária, um processo que vai se instalando e se fortalecendo.

E por onde começar? O melhor é iniciar pelo dia a dia. Treinando com parentes, amigos, colegas de trabalho. Não se deixando perturbar pelas pequenas coisas do cotidiano.

Das pequenas coisas que irritam, a pessoa passa a adquirir mais força para superar problemas mais graves, situações mais complexas.

Aos poucos, suaviza-se o impacto que os outros exercem sobre nós. Acalma-se o coração, domina-se as emoções, tranqüiliza-se a mente.

O resultado é o melhor possível. Com o passar do tempo, a verdadeira paz se instala. E mesmo em meio aos ruídos de todo dia, o homem pacificado não se deixa perturbar.

É como um oásis em meio ao caos da vida moderna. Um espelho de água em meio a tempestades. Esse homem, em qualquer lugar que esteja, traz a serenidade dentro de si.

Experimente começar essa jornada hoje mesmo. Vai torná-lo muito mais feliz.

A serenidade resulta de uma vida metódica, postulada nas ações dinâmicas do bem e na austera disciplina da vontade.

Mantenhamos a serenidade e a nossa paz se espalhará entre todos.




Redação do Blog Espiritismo Na Rede, e pensamentos do verbete Serenidade, do livro Repositório de sabedoria, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

terça-feira, 7 de abril de 2015

COMPROMETIMENTO

Se quando a nota musical fosse convocada pelo artista para uma composição, ela dissesse: Não é uma nota que faz a música, não nasceriam sinfonias e o homem jamais poderia se extasiar com a música que lhe enche os ouvidos e a alma.

Se quando a palavra fosse convidada a ser escrita, ela dissesse: Não é uma palavra que faz uma página, não existiriam livros, que beneficiam tantas vidas.

Se quando o construtor buscasse a pedra, ela dissesse: Não há pedra que possa montar uma parede, não haveria casas, edifícios, construções tão espetaculares, que parecem desafiar o homem.

Se quando a gota caísse sobre a terra, dissesse: Uma gota d’água não faz um rio, não haveria rios, lagos, mares e oceanos.

Se nas mãos do semeador, o grão dissesse: Não é um grão que semeia um campo, não haveria colheitas abundantes e messes fartas.

Se o homem simplesmente considerar que não é um gesto de amor que pode salvar a Humanidade, jamais haverá justiça, paz, dignidade e felicidade na Terra.

Assim como as sinfonias precisam de cada nota, assim como o livro precisa de cada palavra, não sendo nenhuma dispensável; assim como as construções precisam de cada pedra no seu exato lugar; assim como os rios, lagos, mares e oceanos precisam de cada gota d’água; assim como a colheita precisa de cada grão, a Humanidade precisa de você.

Exatamente! De você! Onde estiver, único e, portanto, insubstituível.

E Deus conta com sua participação ativa nesta sinfonia espetacular que é a vida, para tocar com sua harmonia, a musicalidade da sua voz, os corações aflitos e lhes acalmar as dores.

Deus conta com sua palavra de bom ânimo e encorajamento para erguer os caídos nas estradas do desespero.

Deus conta com as pedras da sua construção ativa nas boas obras para que muitos dos Seus filhos não morram de fome, nem padeçam frio, nas estreitas vielas da amargura e do abandono.

Deus conta com a gota d’água da sua boa vontade para modificar os painéis de sofrimento nas estradas por onde seguem os seus pés.

Deus conta com o grão especial da sua paciência para semear a serenidade, no campo das lutas diárias dos homens que ainda não descobriram que suas vidas devem ser muito mais do que simplesmente dominar o mercado financeiro, vencer os adversários em um jogo ou ganhar na cotação da Bolsa de Valores.

Deus conta com o seu gesto de amor, onde esteja, para falar e agir com justiça, para semear a paz, para viver com dignidade e mostrar que é possível, sim, ser feliz na Terra, ainda hoje.

Porque a maior felicidade consiste em saber descobrir a felicidade nos olhos da gratidão alheia, na prece infantil que brota da alma da criança a quem ensinamos a buscar Deus; nas mãos envelhecidas no trabalho que buscam as nossas para um aperto silencioso, significativo, sincero.

* * *

O mundo precisa do nosso comprometimento para ser o mundo que todos queremos, desejamos e aguardamos.

Não esperemos pelos outros.

Distribuamos hoje, agora, a nossa nota de esperança, a nossa palavra de fé, a nossa gota de amor, nosso grão de solidariedade.

O mundo espera. As criaturas precisam e Deus conta conosco.


Desconhecemos autoria

segunda-feira, 6 de abril de 2015

DELIQUÊNCIA, PERVERSIDADE E VIOLÊNCIA

A onda crescente de delinqüência que se espalha por toda a Terra assume proporções catastróficas, imprevisíveis, exigindo de todos os homens probos e lúcidos acuradas reflexões. Irrompendo, intempestivamente, faz-se avassaladora, em vigoroso testemunho de barbárie, qual se loucura de procedência pestilencial se abatesse sobre as mentes, em particular grassando na inexperiente Juventude, em proporções inimagináveis, aflitivas.

Sociólogos, educadores, psicólogos e religiosos preocupados com a expressiva mole de delinqüentes de toda lavra, especialmente os perversos e violentos, aprofundam pesquisas, improvisam soluções, experimentam métodos mal elaborados, aderem aos impositivos da precipitação, oferecem sugestões que triunfam por um dia e sucumbem no imediato, tudo prosseguindo como antes, senão mais turbulento, mais inquietador.

Os milênios de cultura e civilização parece que em nada contribuíram a benefício do homem que, intoxicado pela violência generalizada, adotou filosofias esdrúxulas, em tormentosa busca de afirmação, mediante o vandalismo e a obscenidade, em fugas espetaculares para as "origens".

Numa visão superficial das conseqüências calamitosas desse estado sócio-moral decorrentes, asseveram alguns observadores que a delinqüência, a perversidade e a violência fluem, abundantes, dos campos das guerras sujas e cruéis, engendradas pela necessidade da moderna tecnologia em libertar os países super-desenvolvidos do excesso de armamentos bélicos e dos equipamentos militares ultrapassados, gerando focos de conflitos a céus abertos entre povos em fases embrionárias de desenvolvimento ou subdesenvolvimento, martirizados e destroçados às expensas dos interesses econômicos alienígenas, dominadores arbitrários, no entanto, transitórios ...

Indubitavelmente, a Humanidade vê-se compelida a responder por esse pesado ônus, fruto do egoísmo de homens e governos impenitentes, que fomentam as desgraças imediatas, geratrizes de males que tais ...

O homem condicionado à técnica da matança desenfreada e selvagem, atormentado pelo medo contínuo, submetido às demoradas contingências da insegurança, incerteza e angústia disso resultantes, adestrado para matar antes e examinar depois, a fim de a si mesmo poupar-se, obrigando-se a cruciais situações, ingerindo drogas para sustentar-se, açular sensações, aniquilar sentimentos, só mui dificilmente poderá reencontrar-se, mesmo que transladado dos campos de combate para as comunidades pacíficas e ordeiras.

A simples injunção de uma paz assinada longe do caos dos conflitos onde perecem vidas, ideais e dignidade, jamais conseguirá transformar de improviso um "veterano" num pacato cidadão.

Além desse fator odioso, com suas intercorrências, referem-se os estudiosos aos da injustiça social vigente entre as diversas classes humanas, de que padecem os proletários e os menos favorecidos sempre arrojados às posições subalternas ou nenhures, mal remunerados, ou sem salário algum, subnutridos, abandonados. Atirados aos redutos sórdidos das favelas, guetos e malocas, vivendo de expedientes, dependentes uns dos outros, em aventuras, urdem na mais penosa miséria econômica, da qual se derivam as condições mesológicas deploráveis - causas de enfermidades orgânicas e psíquicas de diagnose difícil quão ignorada; geradoras de ódios, brutalidades e sevícias, nos quais se desarticulam os padrões do sentimento, substituídos por frieza emocional resultante de inditosa esquizofrenia paranóide - os desforços contra a Sociedade indiferente que os relega a estágio primitivo, subhumano.

Às vezes sobrevivem alguns descendentes, vítimas inermes do meio ambiente, cujos hábitos e costumes arraigados jungem-os a viciações de erradicação difícil, quando não perturbante, de que não se conseguem libertar, estiolando-se, mais tarde ...

Todavia, devemos considerar, à margem das respeitáveis opiniões dos técnicos e especialistas no complexo problema, as condições morais das famílias abastadas - tendo-se em conta que a delinqüência flui, também, abundante e referta, assustadora e rude, em tais meios assinalados pela linhagem social e pela tradição - cujos exemplos, nem sempre salutares, substituem o cumprimento dos retos deveres pelo suborno ou os transferem para realização a servos e pedagogos remunerados, enquanto os pais se permitem desconsiderações recíprocas, desprezo a leis e costumes, impondo seus caprichos e desaires como normas aceitas, convenientes, sobre as quais estatuem as diretrizes do comportamento, agindo de maneira desprezível, apesar da aparência respeitáveL ..

A leviandade de mestres e educadores imaturos, não habilitados moralmente para os relevantes misteres de preparação das mentes e caracteres em formação, contribui, igualmente, com larga quota de responsabilidade no capítulo da delinqüência juvenil, da agressividade e da violência vigentes, ameaçadoras, câncer perigoso a dizimar com crueldade o organismo social do Planeta.

Experiências em laboratório com ratos hão demonstrado que a superdensidade de espécimes em área reduzida torna-os violentos, após atravessarem períodos de voracidade alimentar, de abuso sexual até a exaustão, fazendo-os, depois, perigosos e agressivos, indiferentes às outras faculdades e interesses. Crêem os especialistas em demografia, que o problema é semelhante no homem que vive estrangulado nos congestionados centros urbanos, onde as cifras da delinqüência se fazem superlativas, cada dia ultrapassando as anteriores.

Destaquemos, aqui, a falência das implicações morais e da ética religiosa do passado, que depois da constrição proibitiva a todos os processos evolutivos viam-se ultrapassadas, sentindo necessidade de atualização para a sobrevivência, saltando do estágio primário da proibição pura e simples para o acumpliciamento e acomodação a pseudo valores novos, não comprovados pela qualidade de conteúdo. A permissividade total concedida por alguns receosos pastores, em caráter experimental, contribuiu para a morte do decoro e a vigência da licenciosidade que passou a vulgarizar a temática evangélica em indesculpável servilismo das paixões dominantes ...

O delinqüente, no entanto, padece, não raro, de distúrbios endógenos ou exógenos que o impelem ou predispõem à violência, que se desborda ante os demais contributos sociais, econômicos, mesológicos ...

Sem qualquer dúvida, a desarmonia endócrina, resultante da exigência hereditária, as distonias psíquicas se fazem vigorosos impositivos para a alienação e a delinqüência. Muitos traumas psicológicos e recalques que procedem do próprio espírito aturdido e infeliz espocam como complexos destrutivos da personalidade, expulsando-os para os porões do desajuste da emoção e para a rebeldia sistemática a que se agarram, buscando sobreviver, não raro enlouquecendo pela falta de renovação e pela intoxicação dos fluidos e miasmas psíquicos que cultivam.

Além disso, os distúrbios orgânicos, as seqüelas de enfermidades várias, os traumatismos ocasionados por golpes e quedas são outra fonte de desarranjos do discerrnimento, ensejando a fácil eclosão da violência e da agressividade.

Pulula, ainda, nos complexos mecanismos da reencarnação em massa destes dias, o mergulho no corpo somático de Espíritos primários nos quadros da evolução, necessitados de progresso e ajuda para a própria ascensão que, não encontrando os estímulos superiores para o enobrecimento, são, antes, conduzidos à vivência das sensações grosseiras em que transitam, desbordando os impulsos agressivos e os instintos violentos com que esperam impor-se e usufruir mais fogosas cargas de gozos em que se exaurem e sucumbem. Aderem à filosofia chã de viver intensamente um dia, a lutarem e viverem todos os dias.

A simples preocupação dos interessados - e a questão nos diz respeito a todos nós -, não resolve, se medidas urgentes e práticas, mediante uma política educativa generalizada, não se fizerem impor antes da erupção de males maiores e das suas conseqüências em progressão geométrica, apavorantes. Teríamos, então, as cidades transformadas em imensos palcos para o espetáculo cada vez mais rude da delinqüência e dos seus famigerados comparsas.

Tem-se procurado reprimir a delinqüência sem se combaterem as causas fecundas da sua multiplicação. Muito fácil, parece, a tarefa repressiva, inútil, porém, quando não se transforma em um fator a mais para a própria violência.

A terapêutica para tão urgente questão há de ser preventiva, exigindo dos adultos que se repletem de amor nas inexauríveis nascentes da Doutrina de Jesus, a fim de que, moralizando-se, possam educar as gerações novas, propiciando-lhes clima salutar de sobrevivência psíquica e realização humana.

A valorização da vida e o respeito pela vida conduirão pais, mestres, educadores, religiosos e psicólogos a uma engrenagem de entendimento fraternal com objetivos harmônicos e metódicos - exemplos capazes de sensibilizar a alma infantil e conduzi-la com segurança às metas felizes que devem perseguir.

Por coerência, espiritualmente renovado e educado, o homem investirá contra a chaga vergonhosa da injustiça social, contra os torpes métodos que fomentam a miséria econômica e seus fâmulos, contra o inditoso e constritivo meio ambiente pernicioso, contra o orgulho, o egoísmo e a indiferença.

Os portadores de perturbação psíquica de qualquer procedência e violentos serão amados e atendidos por uma Medicina mais humana e mais interessada nos pacientes que preocupada em auferir lucros e homenagens com que muitos dos seus profissionais se envilecem, na tortuosa correria para a fama e o poder ...

O homem iluminado interiormente pela flama cristã da certeza quanto à sobrevivência do Espírito ao túmulo e da sua antecedência ao berço, sabendo-se herdeiro de si mesmo, modifica-se e muda o meio onde vive, transformando a comunidade que deixa de a ele se impor para dele receber a contribuição expressiva, retificadora.

Os homens são, pois, os seus feitos. A sociedade são os homens que a constituem.

A vida humana resulta dos Espíritos que a compõem. Com sabedoria incontestável elucidou Jesus, o Incomparável Psicólogo, que prossegue vitorioso, não obstante os séculos transcorridos: "Busca, primeiro, o reino de Deus e Sua Justiça e tudo mais te será acrescentado ", demonstrando que, em o homem se voltando para a Pátria Espiritual - a verdadeira - e suas questões, de fundamental importância, os demais interesses serão resolvidos como efeito natural das aquisições maiores.

Nesse cometimento todos estamos engajados e ninguém se pode omitir, porquanto somos igualmente responsáveis pelas ocorrências da delinqüência, perversidade e violência - esses teimosos remanescentes da natureza animal do homem em luta consigo mesmo para insculpir o bem e libertar dos grilhões do primarismo terreno a sua natureza espiritual.

Toda contribuição de amor como de paciência, toda dádiva de luz como de saber são valiosa oferenda para o amanhã de paz e ventura que anelamos.

Joanna de Ângelis

domingo, 5 de abril de 2015

O ESPÍRITA E A PÁSCOA

A Doutrina Espírita não comemora a Páscoa, ainda que acate os preceitos do Evangelho de Jesus, o guia e modelo que Deus nos concedeu: “(…) Jesus representa o tipo da perfeição moral que a Humanidade pode aspirar na Terra.” Contudo, é importante destacar: o Espiritismo respeita a Páscoa comemorada pelos judeus e católicos, e compartilha o valor do simbolismo representado, ainda que apresente outras interpretações. A liberdade conquistada pelo povo judeu, ou a de qualquer outro povo no Planeta, merece ser lembrada e celebrada. Os Dez Mandamentos, o clímax da missão de Moisés, é um código ”(…) de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, caráter divino. (…).” A ressurreição do Cristo representa a vitória sobre a morte do corpo físico, e anuncia, sem sombra de dúvidas, a imortalidade e a sobrevivência do Espírito em outra dimensão da vida. Os discípulos do Senhor conheciam a importância da certeza na sobrevivência para o triunfo da vida moral. Eles mesmos se viram radicalmente transformados, após a ressurreição do Amigo Celeste, ao reconhecerem que o amor e a justiça regem o ser além do túmulo. Por isso mesmo, atraiam companheiros novos, transmitindo-lhes a convicção de que o Mestre prosseguia vivo e operoso, para lá do sepulcro. Nós espíritas, procuramos comemorar a Páscoa todos os dias da existência, a se traduzir no esforço perene de vivenciar a mensagem de Jesus, estando cientes que, um dia, poderemos também testemunhar esta certeza do inesquecível apóstolo dos gentios:

“Fui crucificado junto com Cristo. Já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim. Minha vida presente na carne, vivo-a no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim”. (Gálatas 2.20)


Texto extraido do site: www.febnet.com.br

sábado, 4 de abril de 2015

JESUS VEIO

"Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens." - Paulo. (FILIPENSES, capítulo 2, versículo 7.)
Muitos discípulos falam de extremas dificuldades por estabelecer boas obras nos serviços de confraternização evangélica, alegando o estado infeliz de ignorância em que se compraz imensa percentagem de criaturas da Terra.

Entretanto, tais reclamações não são justas.

Para executar sua divina missão de amor, Jesus não contou com a colaboração imediata de Espíritos aperfeiçoados e compreensivos e, sim, "aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens".

Não podíamos ir ter com o Salvador, em sua posição sublime; todavia, o Mestre veio até nós, apagando temporariamente a sua auréola de luz, de maneira a beneficiar-nos sem traços de sensacionalismo.

O exemplo de Jesus, nesse particular, representa lição demasiado profunda.

Ninguém alegue conquistas intelectuais ou sentimentais como razão para desentendimento com os irmãos da Terra.

Homem algum dos que passaram pelo orbe alcançou as culminâncias do Cristo. No entanto, vemo-lo à mesa dos pecadores, dirigindo-se fraternalmente a meretrizes, ministrando seu derradeiro testemunho entre ladrões.

Se teu próximo não pode alçar-se ao plano espiritual em que te encontras, podes ir ao encontro dele, para o bom serviço da fraternidade e da iluminação, sem aparatos que lhe ofendam a inferioridade.

Recorda a demonstração do Mestre Divino.

Para vir a nós, aniquilou a si próprio, ingressando no mundo como filho sem berço e ausentando-se do trabalho glorioso, como servo crucificado.





XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 8.