segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

QUE EM 2013...

Que nesse ano Deus nos ensine a Paz, e que estejamos todos prontos para ouvi-LO.
Que os nossos erros não sejam o nosso fardo, mas a experiência para decisões melhores.
Que nesse ano a religião não seja razão para o ódio, e que os inocentes sejam sagrados.
Que as diferenças não justifiquem problemas, mas que mostrem soluções diferentes.
Que nesse ano toda criança possa brincar, e que elas tenham brinquedos verdadeiros.
Que seus pais não justifiquem discórdia hoje, mas que falem dos sonhos de um futuro feliz.
Que nesse ano a força seja das boas palavras, e que as palavras sejam ouvidas.
Que o poder não derrube paredes sobre as pessoas, mas que destrua barreiras entre elas.
Que nesse ano as nações sejam unidas, e que a união tenha significado e seja respeitada.
Que os governantes não se esqueçam que a história não eterniza a vida, frágil e passageira, mas apenas pensamentos e ações.
Que nesse ano a natureza seja mãe, e que, como filhos, tenhamos por ela o amor e o cuidado devidos.
Que as ações pelo Planeta não sejam assinadas apenas pelas nações que compreendem os problemas, mas também por aquelas que os causam...

Um extraordinário 2013 para todos.

domingo, 30 de dezembro de 2012

NEM TUDO É FÁCIL

























É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste. 

É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada.

É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.


É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.


É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua. 


É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo. 


É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar. 


É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo. 


Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado? 


Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender? 


Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar? 


Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?


Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz? 


Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível precisamos acreditar, ter fé e lutar para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!


Cecília Meireles

sábado, 29 de dezembro de 2012

A PARÁBOLA DA ROSA

Um certo homem plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente e, antes que ela desabrochasse, ele a examinou. 

Ele viu o botão que em breve desabrocharia, mas notou espinhos sobre o talo e pensou, "Como pode uma bela flor vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados?
"Entristecido por este pensamento, ele se recusou a regar a rosa, e, antes que estivesse pronta para desabrochar, ela morreu.

Assim é com muitas pessoas. Dentro de cada alma há uma rosa: as qualidades dadas por Deus e plantadas em nós crescendo em meio aos espinhos de nossas faltas. 


Muitos de nós olhamos para nós mesmos e vemos apenas os espinhos, os defeitos. Nós nos desesperamos, achando que nada de bom pode vir de nosso interior. Nós nos recusamos a regar o bem dentro de nós, e, consequentemente, isso morre. Nós nunca percebemos o nosso potencial.

Algumas pessoas não vêem a rosa dentro delas mesmas; Alguém mais deve mostrá-la a elas. Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro de outras pessoas. Esta é a característica do amor -- olhar uma pessoa e conhecer suas verdadeiras faltas.


Aceitar aquela pessoa em sua vida, enquanto reconhece a beleza em sua alma e ajuda-a a perceber que ela pode superar suas aparentes imperfeições. Se nós mostrarmos a essas pessoas a rosa, elas superarão seus próprios espinhos. Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes.


Desconhecemos a autoria

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

QUE EM 2013 SEJA NATAL TODOS OS DIAS

" Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?" "Jesus". Livro dos Espíritos, questão 625
A magia da cor está no ar, verde, vermelho e luzes multicoloridas enfeitam a paisagem do orbe terrestre.
Compras, vai e vem, prazos e metas a cumprir, estresse e ansiedade na corrida para o Natal e o Ano Novo. E todo ano é assim.
As vibrações transformam de fato o dia a dia dos estagiários deste orbe em tempos tão festivos e coloridos. Podemos aproveitar deste cenário e destas vibrações para nutrirmos nossa mente, nosso coração, nosso espírito ainda errante. Em Roma do Imperador Aureliano no ano de 274 D.C., comemorava-se o Natalis Solis Invicti – renascimento do sol.
A igreja católica não tardou a contrapor e criou o Natale de Cristo, o verdadeiro sol da justiça, oficializado em 440 no dia 25/12. Com o intuito de arrebatar os pagãos ao catolicismo.
O tempo passou, a festa cresceu e junto com as aquisições intelectuais veio o consumismo exacerbado e os excessos de toda ordem.
Chega então o Ano Novo, aleluia. Tudo recomeça novas oportunidades, acabou a dor e a tristeza do ano que se findou, no entanto, nada muda se seguirmos com os conceitos antigos e com as práticas habituais. Vamos recomeçar?
Temos um lar, também o alimento, temos uma família, atenção não nos falta, carinho e amor também temos. Temos a saúde, a fé e a esperança em dias melhores. Louvamos ao Senhor pela oportunidade bendita do estágio na escola terra. Que alegria servirmos e sermos servidos.
Temos fé, nossa que bom. E a esperança aliada a vontade de melhorar nos move rumo ao aprendizado. Senhor vos suplicamos – tende piedade de nós. Nós que somos tão necessitados de indulgência, ensine-nos a perdoar aos ofensores.
Ensina-me Senhor a sorrir, a servir, a amar e a calar. Por misericórdia Pai, ajude-me a extirpar o egoísmo e o orgulho – causa de todos os meus males.
Lembro-me do seu ensinamento quando por Matheus nos alertou: vigiai e orai para não serdes experimentados, porque o espírito está pronto, mas a carne, ainda é fraca. E quando deixo meus impulsos primitivos tomar conta de mim, me desconheço, me transformo – que vergonha sinto de mim.
Então percebo o quanto o homem velho está presente em mim, cheio de conceitos e preconceitos equivocados. Pai ajude-me a matar o homem velho, vos imploro quão pequeno sou. Tudo ao meu tempo, tudo a minha forma e na menor contrariedade o ser primitivo em mim grita.
Ao admirar a beleza da paisagem enfeitada de cor, luz e alegria me fazem pensar no meu irmão que não tem um teto, na criança que não tem pai, na família que não tem o sustento financeiro e me pergunto – qual o sentido do Natal para eles? A fome faz doer a barriga, a auto estima está baixa pelas dificuldades e a vergonha toma o ser peregrino no orbe de aprendizado. Anda de cabeça baixa, olhos voltados ao chão e quando se dirige a mim, vejo que não tem brilho, não tem alegria, não tem esperança.
E eu, voltado aos excessos e as convenções sociais no orgulho latente de fazer por mim primeiro. De que adianta estourar o meu cartão, encher uma mesa de comida e bebida se o meu coração pede mais. Pede para que eu olhe além de mim. Pede misericórdia e compaixão aos desvalidos da própria sorte.
O que posso fazer pelo outro? Como ajudá-lo?
E então Senhor envergonhado volto para ti na súplica para que o novo homem renasça a fim de semear o amor, a esperança e a alegria onde tiver dor e lágrima. Ensina-me ó Pai a semear o amor, me ensina a ser cristão. Ensine-me a fazer ao outro o que desejo a mim. Ensina-me Jesus de Nazaré a semear o amor, a fé, a esperança e a paciência em meu lar, morada primeira do meu espírito aprendiz. Ensina-me a olhar o que penso ser meu inimigo com compaixão e solidariedade.
Ensina-me ó Pai a fazer uma prece de todo o meu coração, pois o disseste em Mateus que tudo o que pedi, obterei e então porque eu não obtenho?
Não sei pedir? Não mereço?
É preciso colocar o coração a ação? É preciso fazer o bem sem olhar a quem? É preciso fazer sem esperar receber nada em troca?
De joelhos Senhor o louvo na oportunidade bendita da redenção e com o coração ao alto vos agradeço pelo que tenho, pelo que recebo e pela vontade, ainda que pequena de fazer o bem, de aprender a ser bom, de semear a luz para não ficar na escuridão da alma. Quiçá Senhor, na ignorância de mim mesmo.
Que seja Natal todos os dias, que sejam todos os dias iluminados e coloridos em nosso coração, em nossa mente, em nosso lar, em nosso trabalho e em todos os lugares que somos convidados a conviver.
Que eu possa ver a tua imagem Jesus na figura do meu ofensor, podendo assim me calar e perdoar quando o meu orgulho estiver ultrajado.
Que eu possa como bem tratado por André Luiz, dispensar aos meus familiares a mesma cordialidade que dispenso aos amigos.
Que possa ser eu honesto em meus propósitos, em meus compromissos. Que eu desenvolva o bom olho de ver.
Que eu possa aprender o valor do sorriso e da gratidão. Que eu aprenda Senhor, o amor incondicional, aquele de fazer o bem sem olhar a quem.
E então seguindo as passadas do modelo maior que Deus nos enviou, possa rumar triunfante ao meu destino – a perfeição.
Somente assim ouvirei no imo d’alma e entenderei a saudação inesquecível dos anjos, na noite excelsa:
‘Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens de boa vontade’ (Lc 2,14)
- Vivendo um natal de bênçãos por amor a Jesus.


Autor: Rosângela Pires

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A ARTE DE RENUNCIAR

Quando encarnamos trazemos uma tendência que, por afinidade, nos levará ao encontro de pessoas cujos valores se assemelham com os da gente. É o tal “os afins se atraem”. Dizem que o homem nasceu para uma determinada mulher, isso, porém, poderá ser um pouco precipitado, uma vez que para cada tipo existirão centenas de almas afins e não necessariamente aquela única. A aproximação fará com que as pessoas se conheçam num determinado grau vibratório. No início se respeitam como se usassem máscaras, que o passar dos tempos, pela freqüente convivência vão dando lugar a uma confiança e intimidade maior, logo, aquele par já não é mais o mesmo que se conheceu há tempos atrás. Às vezes o relacionamento melhora muito, mas é comum, também, em certos casos, que ele se deteriore e o casal passa a se estranhar amargamente. Se a ligação do casal está na esfera de reabilitação em conjunto, ai se deve iniciar o treinamento da renúncia. Essa renúncia se encontra em todos os níveis até com os filhos, uma vez que também chegará a hora da separação por casamento ou mesmo separação para os estudos em cidade longe do domicílio dos pais. Nessa ocasião, também, a renúncia é providencial. Jesus renunciou muito, principalmente quando não quis assumir o poder político temporal quando da sua entrada triunfal em Jerusalém. Jesus, em outras oportunidades, vivenciou a renúncia, quando deixou o aconchego do seu lar para pregar o Evangelho. Ele renunciava todas as vezes que podia vencer, e, cedia a vez para que o próximo crescesse. Embora a renúncia seja uma arte, ela é acessível a qualquer pessoa bem intencionada.
Ser gentil, dar preferência a alguém no transporte coletivo são renuncias que experimentamos. Alguns acham impossível renunciar, mas se fizerem um balanço de suas próprias vidas verão que no reduto dos seus lares, por diversas vezes, já fizeram esse treinamento. É quando deixam os filhos ganharem numa partida de cartas de baralho, ou mesmo, quando facilitam, para que o filho marque um gol quando o pai é o goleiro. O pai, na ânsia de ver seu filho feliz, facilita para que ele ganhe. Isso é um tipo de renúncia.   É só pegar esses simples exemplos e exercitá-los fora de casa.
O ciúme, a inveja, a usura, o egoísmo, são os maiores entraves para a renúncia. Vamos perseguir a reforma intima para que esses defeitos se neutralizem dentro da gente. Com isso estaremos dando passos largos para nossa própria liberdade. Renúncia é a maior arma que o ser humano possui nas mãos. Exercitá-la é no mínimo ser inteligente. 
“A competição é uma conduta que só há perdedores”.


Wilson Focassio

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

ILUSÃO DO REFLEXO

Ilusão do Reflexo  
Um rei tinha presenteado sua filha, a princesa, com um belo colar de diamantes.

O colar foi roubado e as pessoas do reino procuraram por toda a parte sem conseguir encontrar.

Alguém disse que um pássaro poderia tê-lo levado, fascinado pelo brilho.

O rei então pediu a todos que voltassem a procurá-lo e anunciou uma recompensa de $50.000 para quem encontrasse.

Um dia um rapaz caminhava de volta para casa ao longo de um rio ao lado de uma área industrial.

O rio estava completamente poluído, sujo e com um mau cheiro terrível.

Enquanto andava, o rapaz viu algo brilhar no rio e quando olhou viu o colar de diamantes.

Decidiu tentar pega-lo de forma que pudesse receber os $50.000 da recompensa.

Pôs sua mão no rio imundo e agarrou o colar, mas de alguma forma o perdeu e não pegou.

Tirou a mão para fora e olhou outra vez e o colar estava lá, imóvel.

Recomeçou, desta vez entrou no rio imundo, emporcalhou sua calça e afundou seu braço inteiro para pegar o colar.

Mas estranhamente, ele perdeu o colar novamente!

Saiu e começou a ir embora, sentindo-se deprimido.

Então, outra vez ele viu o colar, bem ali. Desta vez ele estava determinado a pega-lo, não importava como.

Decidiu mergulhar no rio, embora fosse algo repugnante de fazer, tal a sujeira do rio e seu corpo inteiro tornou-se imundo. Mergulhou e mergulhou e procurou por toda a parte pelo colar, mas fracassou novamente.

Desta vez ele ficou realmente aturdido e saiu sentindo-se mais deprimido ainda já que, sem conseguir pegar o colar, não receberia os $50.000.

Um velho que passava por ali, o viu e perguntou-lhe o que estava havendo.

O rapaz não quis compartilhar o segredo com o velho, pensando que o velho poderia tomar-lhe o colar, então recusou-se a explicar a situação para o velho.

Mas o velho pôde perceber que o rapazinho estava incomodado e, sendo compassivo, outra vez pediu ao rapaz que lhe contasse qual o problema e ainda prometeu que não contaria nada para ninguém.

O rapaz reuniu alguma coragem e, como já dava o colar como perdido, decidiu pôr alguma fé no velho.

Contou sobre o colar e como ele tentou e tentou pegá-lo, mas não conseguia de maneira alguma.

O velho então lhe disse que talvez ele devesse tentar olhar para cima, em direção aos galhos da árvore, em vez de olhar para o rio imundo.

O rapaz olhou para cima e, para sua surpresa, o colar estava pendurado no galho de uma árvore.

Tinha, o tempo todo, tentado capturar um simples reflexo do colar.

A felicidade material é exatamente como o rio poluído e imundo; porque é um mero reflexo da felicidade verdadeira no mundo espiritual.

Não alcançaremos a felicidade plena que procuramos na vida material, não importa o quanto nos esforcemos.

Em vez disso, devemos “olhar para cima”, em direção a Deus, que é a fonte da felicidade real, e parar de perseguir o reflexo desta felicidade no mundo material.

Esta felicidade espiritual é a única coisa que pode nos satisfazer completamente. 

Desconhecemos autoria

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O QUE É O NATAL

Eu, menino, sentado na calçada, sob um sol escaldante, observava a movimentação das pessoas em volta, e tentava compreender o que estava acontecendo.
Que é o Natal? - perguntava-me, em silêncio.
Eu, menino, ouvira falar que aquele era o dia em que Papai Noel, em seu trenó puxado por renas, cruzava os céus distribuindo brinquedos a todas as crianças.
E por que então, eu, que passo a madrugada ao relento nunca vi o trenó voador? Onde estão os meus presentes? Perguntava-me.
E eu, menino, imaginava que o Natal não deveria ser isso.
Talvez fosse um dia especial, em que as pessoas abraçassem seus familiares e fossem mais amigas umas das outras.
Ou talvez fosse o dia da fraternidade e do perdão.
Mas então por que eu, sentado no meio-fio, não recebo sequer um sorriso? - perguntava-me, com tristeza - E por que a polícia trabalha no Natal?
E eu, menino, entendia que não devia ser assim...
Imaginava que talvez o Natal fosse um dia mágico porque as pessoas enchem as igrejas em busca de Deus.
Mas por que, então, não saem de lá melhores do que entraram?
Debatia-me, na ânsia de compreender essa ocasião diferente.
Via risos, mas eram gargalhadas que escondiam tanta tristeza e ódio, tanta amargura e sofrimento...
E eu, menino, mergulhado em tão profundas reflexões, vi aproximar-se um homem...
Era um belo homem...
Não era gordo nem magro, nem alto nem baixo, nem branco, nem preto, nem pardo, nem amarelo ou vermelho.
Era apenas um homem com olhos cor de ternura e um sorriso em forma de carinho que, numa voz em tom de afago, saudou-me:
Olá, menino!
Oi!... Respondi, meio tímido.
E, com grande admiração, vi-o acomodar-se ao meu lado, na calçada, sob o sol escaldante.
Eu, menino, aceitei-o como amigo, num olhar. E atirei-lhe a pergunta que me inquietava e entristecia:
Que é o Natal?
Ele, sorrindo ainda mais, respondeu-me, sereno:
Meu aniversário.
Como assim? - perguntei, percebendo que ele estava sozinho.
Por que você não está em casa? Onde estão os seus familiares?
E ele me disse: Essa é a minha família, apontando para aquelas pessoas que andavam apressadas.
E eu, menino, não compreendi.
Você também faz parte da minha família... Acrescentou, aumentando a confusão na minha cabeça de menino.
Não te conheço! - eu disse.
É porque nunca lhe falaram de mim. Mas eu o conheço. E o amo...
Tremi de emoção com aquelas palavras, na minha fragilidade de menino.
Você deve estar triste, comentei. Porque está sozinho, justo no dia do próprio aniversário...
Neste momento, estou com você. - respondeu-me, com um sorriso.
E conversamos...uma conversa de poucas palavras, muito silêncio, muitos olhares e um grande sentimento, naquela prece que fazia arder o coração e a própria alma.
A noite chegou... E as primeiras estrelas surgiram no céu.
E conversamos... Eu, menino, e ele.
E ele me falava, e eu o entendia. E eu o sentia. E eu o amava...
Eu, menino: sou as cordas. Ele: o artista. E entre nós dois se fez a melodia!...
E eu, menino, sorri...
Quando a madrugada chegou e, enquanto piscavam as luzes que iluminavam as casas, ele se ergueu e eu adivinhei que era a despedida. E eu suspirava, de alma renovada.
Abracei-o pela cintura, e lhe disse: Feliz aniversário!
Ele ergueu-me no ar, com seus braços fortes, tão fortes quanto a paz, e disse-me:
Presenteie-me compartilhando este abraço com a minha família, que também é sua... Ame-os com respeito. Respeite-os com ternura, com carinho e amizade. E tenha um Feliz Natal!
E porque eu não queria vê-lo ir-se embora, saí correndo em disparada pela rua. Abandonei-o, levando-o para sempre no mais íntimo do coração...
E saí em busca de braços que aceitassem os meus...
E eu, menino, nunca mais o vi. Mas fiquei com a certeza de que ele sempre está comigo, e não apenas nas noites de Natal...
E eu, menino, sorri... Pois agora eu sei que Ele é Jesus... E é por causa Dele que existe o Natal.




Redação do Momento Espírita

UM FELIZ NATAL COM O CORAÇÃO LIMPO



 Desejamos um feliz natal e um ano novo de muita renovação, mas acima de tudo muita paz no teu coração, muita alegria no teu lar, que Jesus esteja sempre a teu lado.
Desejamos  também que nossas crianças e velhos abandonados nos asilos e ruas, nas esquinas, em pontes e viadutos, saibam:
Nós somos imperfeitos, imperfeitos até em nossa forma de sociedade capitalista, imperfeitos em nossa democracia, imperfeitos em nossas leis.
Por isso precisamos muito de Jesus, precisamos desesperadamente da sua justiça, do seu amor fraternal, dos seus ensinamentos.
Não existe nenhum ser humano neste mundo que esteja vivendo em um paraíso, sem problemas, sem mágoas, em uma felicidade plena.
Todos estamos em busca da felicidade, da Paz no espírito, estamos em busca de respostas para  nossas incertezas, todos temos nossos problemas.
Não importa a razão social, nem o nível social, não importa o dinheiro nem os bens. Aqui mencionamos “razão social”, porque muitos se consideram como uma empresa, só visam os lucros.

Não importa teu Status Social, o que importa é a paz no coração, a pureza em teu espírito, saber que não feriste ninguém, não prejudicaste ninguém.
O que importa realmente é saber que em teu meio de convivência és amado pelo teus atos, é saber que amas teu próximo, tua família e a Jesus,  de coração aberto.

Que Jesus abençoe a todos.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

NATAL DE AMOR



 As incertezas pairavam nos corações e nas mentes ensombradas pelas amarguras. A dominação arbitrária de Roma esmagava a alma sobranceira de Israel. Noutras vezes, as algemas da escravidão haviam reduzido o seu povo a hilota, na Babilônia, no Egito… Nessa oportunidade, porém, à semelhança de outras Nações que jaziam inermes sob o jugo das legiões ferozes, as esperanças de libertação eram remotas. A boca profética estava silenciosa nos penetrais do Infinito, enquanto as tubas guerreiras erguiam a figura de César às culminâncias DIVINAS… A espionagem tornara a vida insuportável, e a traição cobria-lhe as pegadas ignóbeis. A dor distendia suas redes e reunia as vítimas, que se estorcegavam no desespero. Ao mesmo tempo, lutavam, entre si, sacerdotes e levitas, fariseus, saduceus e publicanos, todos disputando prerrogativas que não mereciam. As intrigas se movimentavam nas altas cortes do Sinédrio, envolvendo Caifás, Anás, Pilatos, que se engalfinhavam pela governança infeliz a soldo de interesses subalternos… A Judéia era toda um deserto de sentimentos, onde a vaidade e a prepotência, a usurpação e o desmando instalaram suas tendas. …Foi nesse lugar, assinalado pelos azorragues do sofrimento, que nasceu Jesus. Para atender às exigências de César, quanto ao censo, seus pais se foram de Nazaré… E, em uma noite de céu turquesa, salpicado por estrelas luminíferas, visitada por ventos brandos e frios, Ele chegou ao campo de batalha, para assinalar a Era Nova e dividir os fastos da História. Sua noite fez-se o dia de eterna beleza, e o choro, que Lhe caracterizou a entrada do ar nos pulmões, tornou-se a música que Ele transformaria nas almas em uma incomparável sinfonia, logo depois. Nunca mais a Humanidade seria a mesma, a partir daquele momento. O mundo de violências e crimes, de guerras contínuas e agressões conheceu a não-violência e o amor, como nunca antes houvera acontecido. Jesus fez-se o Pacificador de todas as vidas. Desceu dos astros para tornar-se a ponte de ligação com Deus. Quantos desejaram a felicidade, a partir daquela ocasião, encontraram-na no “Sermão da montanha”, que Ele apresentaria às criaturas, em momento próprio. Desde ali, todo ano, aqueles que O amam dão-se as mãos e unem os corações para celebrarem o Seu Natal, derramando bênçãos em favor dos que sofrem, buscando mudar-lhes as paisagens de aflição, brindando esperança, socorro e paz. Neste Natal, permite que o amor de Jesus te irrigue o coração e verta em direção daqueles para os quais Ele veio, os nossos irmãos sofredores da Terra. Faze mais: Deixa-O renascer na tua alma e agasalha-O, para que Ele siga em ti e contigo, por todos os dias da tua vida.

Joanna de Ângelis/ Divaldo Franco

domingo, 23 de dezembro de 2012

UM AMOR VERDADEIRO

Amor Verdadeiro
Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento.
Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia do matrimônio.
O mestre disse que respeitava sua opinião mas lhes contou a seguinte história:
Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um infarto. Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando a levou até à caminhonete.
Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta.
Durante o velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou.
Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados.
Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção:
"Meus filhos, foram 55 bons anos...
Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem idéia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo."
Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou:
"Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade.
Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam.
Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, trocamos abraços em cada Natal, e perdoamos nossos erros...
Filhos, agora ela se foi e estou contente. E vocês sabem por que? Porque ela se foi antes de mim e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida.
Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não gostaria que sofresse assim..."
Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo:
"Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa. Este foi um bom dia."
E, por fim, o professor concluiu:
Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas.
Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar pois esse tipo de amor era algo que não conheciam.
O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias.
O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.
Quem ama, verdadeiramente, prefere sofrer a causar sofrimento. Prefere renunciar à própria felicidade para promover a felicidade de quem ama.
Alguns dirão que quem age assim não tem amor próprio, mas amor próprio, não quer dizer individualismo.
O que geralmente acontece com o individualista, em caso de separação pela morte, é debruçar-se sobre o caixão e perguntar: O que será de mim?
Já aquele que ama e se preocupa com o ser amado, perguntará: O que será dele? Ou, ou que será dela?
Isso demonstra que seu amor é grande o suficiente para pensar mais no outro do que em si mesmo.
E você, está aproveitando o seu casamento para construir um verdadeiro amor?



Redação do Momento Espírita

sábado, 22 de dezembro de 2012

JESUS FOI COM TODA PUJANÇA O MESTRE POR EXCELÊNCIA



 
De todos os temas que tenho escrito, os mais fascinantes são quando discorro sobre Jesus. Ele que é a mais elevada expressão humana e a mais mencionada da História. O Mestre foi, é e sempre será inspiração para os majestosos arranjos literários e sobretudo para obras de arte (música, pintura, teatro, escultura, poesia). Nenhum vocábulo, fórmula poética, artística, filosófica e nenhum louvor em Sua memória conseguirá traduzir o que Ele representa para cada um de nós. Ele é a avenida, a veracidade e a existência; nenhuma pessoa irá ao Criador, senão por Ele. Todos os milhares de volumes dos mais variados livros ditos sagrados Jesus resumiu em uma única citação que abrange toda a sabedoria e cultura terrestre - amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos. O seu desempenho foi o de colossal fanal, fulgurando nossas estradas e mostrando a todos como poderemos obter a felicidade. Foi um Educador por excelência, tanto que foi o único adjetivo que teve o seu apoio, o de Mestre. É verdade! Jesus jamais aceitou qualquer outra qualificação, e o único título que admitiu foi o de ser chamado de Mestre. Verdadeiramente, Jesus foi com toda a pujança o Mestre por excelência. Translúcido como um cristal era o Seu caráter - e, no entanto, Ele continua sendo o maior enigma de todos os séculos. Para alguns religiosos é entronado como uma divindade. O motivo pelo qual alguns consideram Jesus um Semideus, é a sua colossal elevação espiritual. Diante Dele, todos ficamos muito pequeninos, ressaltando-se as nossas deficiências e inferioridades. Perante o Mestre, somos tão nanicos que ele nos parece ser uma Divindade. Daí a confusão de alguns religiosos. Um dos mandamentos inesquecíveis de Jesus está contido no Sermão da Montanha. Nessa belíssima lauda, avaliada por Mahatma Gandhi como a mais pura essência do cristianismo a ponto de o Iluminado da Índia pronunciar que se um cataclismo extinguisse toda a sabedoria humana, com todos os seus livros e bibliotecas, se restasse apenas o Sermão da Montanha, as gerações futuras teriam nele toda a beleza e sabedoria necessárias para a vida. Jesus é o redentor, o consolador, o diretor planetário, o Profeta, o Mestre. Não adulava os poderosos e não oprimia os excluídos sociais. Não repudiava "madalenas" nem apedrejava “adúlteras” - mas lançava os penitentes verbos de perdão. Por servir ao próximo, com modéstia, sem agressões e arrogâncias, Ele foi tido como insensato e rebelde violador da lei e inimigo da população, sendo escolhido por essa mesma turba para receber com a cruz o glorioso laurel de acúleos. Mas, o sacrifício Dele não deve ser apreciado tão somente pela dolorida demonstração do Calvário. A coroa e a cruz representaram o desfecho da obra do Mestre, mas o sacrifício na sua exemplificação se constatou em todos os dias da sua passagem pela Terra. Anunciando as bem-aventuranças à população no monte, não a desvia para a brutalidade, a fim de assaltar o celeiro dos outros. Multiplica, Ele mesmo, o pão que a reconforta e alimenta. Não alicia o povo a reclamações. Recomenda acatamento aos patrimônios da direção política, na circunspecta expressão "a César o que é de César". Evidenciando as apreensões que o vestiam, diante da renovação do mundo íntimo, não se regozijou em assentar-se no trono dos gabinetes, em que os generais e os legisladores costumam ditar ordens. Desceu, Ele próprio, ao seio do povo e entendeu-se pessoalmente com os velhos e os doentes, com as mulheres e as crianças. A Sua lição fulge como um Sol sem crepúsculo, conduzindo a Humanidade ao Porto da paz!. Para a maioria dos teólogos, Ele é objeto de estudo, nas letras do Velho e do Novo Testamento, imprimindo novo rumo às interpretações de fé. Para os filósofos, Ele é o centro de polêmicas e cogitações infindáveis. Para nós , ESPÍRITAS, Jesus foi, é e será sempre a síntese da Ciência, da Filosofia e da Religião (tripé do edifício Espírita). A Doutrina dos Espíritos vem colocar o Evangelho do Cristo na linguagem da razão, com explicações racionais, filosóficas e científicas. Sem abandonar o aspecto sensível da emoção que é colocado na sua expressão profunda, demonstra que o sentimento e a razão podem e devem caminhar pela mesma alameda, pois constituem as duas asas de libertação definitiva do homem. 

Jorge Hessen