sexta-feira, 18 de novembro de 2016

CARIDADE: AMOR EM AÇÃO


(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)

Você já pensou a respeito do amor ao próximo, recomendado por todas as grandes religiões do Mundo?
Certamente quando pensamos no amor-sentimento,
como uma forte afeição, confiança plena, deduzimos que é difícil amar
os próprios amigos, e quase impossível amar os inimigos.
No entanto, vale a pena refletir sobre os vários significados da palavra amor.
Paulo de Tarso, quando escreveu aos Coríntios, no capítulo 13, falou da caridade como sendo o amor em ação.
Disse o apóstolo: "A caridade é paciente, é benéfica; não é invejosa nem temerária; não se ensoberbece, não é ambiciosa,
não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não é injusta, apóia a verdade; tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera."
Interessante refletir sobre o amor por esse ângulo.
No dicionário encontramos mais uma definição de amor: "Sentimento de caridade, de compaixão de uma criatura por outra,
inspirada pelo sentido de sua relação comum com Deus."
Assim fica mais fácil compreender o amor e praticar o amor para com os semelhantes.
Pois se é verdade que nem sempre você consegue controlar o que sente por outra pessoa, pode perfeitamente escolher o
seu comportamento com relação a ela.
Se uma pessoa age mal, se é agressiva, desonesta, você pode escolher agir com respeito, paciência, honestidade, mesmo
que ela aja de maneira inversa.
Assim se expressa o amor-ação,
o amor-atitude,
o amor-comportamento.
Podemos deduzir, pelas palavras de Paulo de Tarso, que foi a esse amor que ele se referiu, em sua Carta aos Coríntios.
E faz mais sentido se entendermos que foi esse amor-atitude
que Jesus recomendou que praticássemos para com nossos
inimigos.
Não podemos sentir ternura sincera por alguém que nos agride ou que fere um afeto nosso, mas podemos ter atitudes de
tolerância, perdão, compaixão.
Como todos ainda somos imperfeitos e sujeitos a cometer equívocos, devemos ter, uns para com os outros, atitude de
benevolência, que é uma faceta do amor-ação.
Assim sendo, sempre que se deparar com situações que lhe exijam fazer escolhas, você poderá escolher ter uma atitude
amorosa, sem que para isso precise sentir amor pelo próximo.
Ter atitudes de paciência, bondade, humildade, respeito, generosidade, é escolha de quem deseja cultivar a paz.
Além disso, agir com serenidade diante das situações adversas, é uma escolha sábia, faz bem para a saúde física e mental
e não tem contraindicação.
Mas se reagimos com agressividade, ódio, descontrole, estaremos minando nossa saúde de maneira desastrosa.
Não é por outra razão que, após uma crise dessas, surgem as dores de cabeça, de estômago, de fígado, dores lombares, e
outras mais.
Vale a pena refletir sobre tudo isso e procurar agir como quem sabe o que está fazendo, e não como quem aceita toda
provocação e reage conforme as circunstâncias, infelicitando-se
ainda mais.
Pense nisso!
A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança; a violência, ao contrário, denota fraqueza e dúvida de si mesmo.
Agir com calma é atitude de quem tem controle sobre a própria vontade.
Lembre-se:
Agir com calma é agir com caridade.
E há a caridade em pensamentos, em palavras e em ações.
Ser caridoso em pensamentos é ser indulgente para com as faltas do próximo.
Ser caridoso em palavras, é não dizer nada que possa prejudicar seu próximo.
Ser caridoso em ações é assistir seu próximo na medida de suas forças.
Pense nisso, e coloque seu amor em ação.
Redação do Momento Espírita, com
pensamento extraído do item 3, do
capítulo XIX de O evangelho segundo
o espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Dois de Novembro não é o Dia dos Finados!

DOIS DE NOVEMBRO

(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)

O dia dois de novembro é dia mundialmente dedicado a cultuar os mortos.
O culto aos mortos foi uma das práticas fundamentais de quase todas as religiões, mesmo das mais primitivas, e esteve,
inicialmente, ligado aos cultos agrários e aos da fertilidade.
Os defuntos, como as sementes, eram enterrados com vistas a uma futura ressurreição ou nascimento.
Pensava-se
que, assim como as sementes, os mortos ficavam no solo esperando uma nova vida.
Os hindus comemoravam os mortos em plena fase da colheita, justamente como a festa principal desse período.
Assim, sondando as primeiras manifestações de culto aos mortos, percebemos que a prática foi se desfigurando ao longo dos
tempos.
No princípio, o Dia de Finados era uma verdadeira festa em louvor à imortalidade da alma.
Sem aspecto fúnebre, marcava o fim de uma, e o início de outra etapa para o Espírito, que deixava seu corpo no túmulo para
germinar outra vez e renascer.
Sabemos hoje que não é possível ressurgir no corpo já morto.
Assim como ocorre com as sementes, que morrem para libertar a vida pulsante de sua intimidade em forma de plantas, flores e
frutos, assim também o corpo morre para libertar o Espírito nele cativo.
Fenômeno semelhante ao que ocorre com a borboleta, que deixa o casulo para surgir ainda mais bela e mais livre, acontece
com o Espírito, que deixa o casulo do corpo físico e vibra na imortalidade gloriosa.
Dessa forma, os seres amados com os quais convivemos por mais ou menos tempo, não estão cativos no túmulo, de onde até
mesmo o corpo físico já se evadiu para formar, com seus átomos, outras formas de vida.
E para demonstrar-lhes
o nosso carinho e gratidão, um único dia no ano é muito pouco, para quem verdadeiramente não os
deixou de amar.
É importante que cuidemos, com carinho, do lugar que abriga os despojos carnais dos entes queridos, mas tenhamos mais
cuidado em manter acesa a chama do afeto que nos une uns aos outros, embora em planos diferentes da vida.
Não os recordemos somente no Dia de Finados, pois que finados eles não são.
Busquemos, sempre, lembrar os bons momentos que Deus nos permitiu desfrutar juntos do lado de cá, para que, ao
adentrarmos o mundo espiritual, possamos abraçá-los
com o afeto de quem jamais os esqueceu, embora já tenha passado algum
tempo.
Tenhamos em mente que os ditos mortos registram os nossos pensamentos. E lembremos que, tanto quanto nós, eles sentem
saudades. Por isso, não deixemos para nos lembrar deles somente uma vez por ano.

* * *

O dia 2 de novembro não é efetivamente o dia dos mortos, mas sim, o dia consagrado à imortalidade da alma.
Portanto, seja o dia 2 de novembro, para nós, o dia em que prestamos homenagem especial aos seres amados que partiram
para a pátria espiritual, para onde também seguiremos um dia...
Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita com informações colhidas
no verbete Finados, na Enciclopédia Barsa, v.6.
Em 26.08.2008.