domingo, 30 de junho de 2013

ANALFABETISMO FUNCIONAL NO ESPIRITISMO

Pesquisa realizada pelo Instituto Paulo Montenegro, em parceria com a ONG Ação Educativa, divulgou o Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional de 2012. Os dados revelam que 38% dos alunos de instituições de ensino superior no Brasil são analfabetos funcionais.

A expressão toma o substantivo “analfabeto” como aquele indivíduo que não sabe ler e escrever. Associando-se o adjetivo “funcional”, constrói-se o entendimento de que o “analfabeto funcional” é a pessoa que consegue ler e escrever, porém não é capaz de compreender o que lê e escreve.
Ela decifra letras, sílabas e palavras, mas não consegue interpretá-los ou entender seus significados. Os conceitos apresentados no texto não são alcançados pelo leitor.

Ao importar a interessante expressão ao contexto espírita, cumpre-nos averiguar se também não estamos diante de outra triste realidade: uma crise de “analfabetismo funcional no Espiritismo”.
Aqui, não nos referimos à inteligência formal, pois o próprio Codificador alertou em O evangelho segundo o espiritismo, que para entender o Espiritismo não era necessária inteligência fora do comum.

É fato: observamos pessoas que não tiveram oportunidade de frequentar a escola e compreendem os princípios doutrinários com uma maturidade espiritual admirável.
Prova de que o Espiritismo é dirigido aos simples e aos mais exigentes em termos de conhecimentos, tornando-se acessível a todos, sem preconceitos ou exigências exteriores.

Importa compreender, por oportuno, que a falta de informação sobre os princípios fundamentais da Doutrina Espírita, proveniente da ausência de estudo ou do senso de maturidade para compreendê-la, poderia se caracterizar pelo que denominamos de “analfabetismo funcional no Espiritismo”.

Essa situação ou estado advém, principalmente, do desconhecimento das obras básicas codificadas por Allan Kardec e também pelas interpretações apressadas e equivocadas dos ensinos dos Espíritos reveladores e da sábia organização kardequiana sobre a obra basilar espírita e suas subsidiárias.

Os males que esse estado peculiar de analfabetismo pode provocar são avassaladores, dentre os quais, destacam-se:


- desconhecimento dos princípios básicos do Espiritismo;
- interpretações equivocadas dos ensinos espíritas;
- confusão entre o que é e o que não é Doutrina Espírita;
- inclusão de práticas esdrúxulas na Casa espírita;
- publicação de livros e periódicos, ditos espíritas, com inserção de conteúdos alheios e contrários ao Espiritismo.

Como evitar o “analfabetismo funcional no Espiritismo”?
O estudo individual e em grupo é essencial para o exato entendimento da Mensagem de Jesus à luz da Doutrina Espírita.

A leitura e reflexão sobre os conteúdos da Codificação são indispensáveis à correta interpretação e prática do Espiritismo.
Ler, estudar e refletir – para bem pensar, sentir e viver os elevados ensinos da Terceira Revelação no Ocidente – são valiosos recursos de ampliação do entendimento espiritual e de conquista da plenitude na prática do Bem.

A definitiva implantação do Reino divino na Terra inicia-se no coração de cada um de nós pela inconfundível linguagem do Amor, bandeira sob a qual todos os povos estarão congregados no pleno exercício da solidariedade universal.

Geraldo Campetti Sobrinho é Vice-Presidente da Federação Espírita Brasileira.

sábado, 29 de junho de 2013

PASSES: ENERGIA E AMOR

Quando vamos á uma instituição espírita, é normal recebermos os “passes”, a fora o fato de após o receber sentirmo-nos bem, poucos são os que sabem suas origens ou suas aplicações.

Conforme Herculano Pires : “O passe nasceu nas civilizações da selva como um elemento de magia selvagem, um rito das crenças primitivas. A agilidade das mãos em fazer e desfazer as coisas, sugeria a existência, nelas, de poderes misteriosos, praticamente comprovados pelas ações cotidianas da fricção que acalmava a dor, da pressão dos dedos estancando o sangue ou expulsando um espinho ou o ferrão de uma vespa ou o veneno de uma cobra.”[1]

A arte de curar através dos passes era prática normal desde os tempos antigos, sobretudo no tempo de Jesus, quando os seus seguidores exercitavam a técnica da cura através das mãos. Encontramos no Novo Testamento o momento histórico: "E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da lepra."

“O socorro, através de passes, aos que sofrem do corpo e da alma, é instituição de alcance fraternal que remonta aos mais recuados tempos.”[2].

Seja magnético ou mediúnico, o passe sempre é um manuseio benéfico das energias sutis do paciente. No caso de Passe Magnético (ou anímico), esse manuseio é feito pelo passista magnético sempre com as suas próprias energias. O Passe Mediúnico é feito por um espírito benfeitor com o emprego das suas próprias energias, em conjunto ou não com as energias do médium-passista no qual está conectado no momento do Passe Mediúnico.

"[...] a fazer passes o médium curador infiltra um fluido regenerador pela simples imposição das mãos, graças ao concurso dos Espíritos, mas esse concurso só é conhecido à fé sincera e a pureza de intenção."[3]

Herculano Pires enfatiza: “Os passes têm por finalidade a transmissão de fluidos, de energias vitais e espirituais para fortificar a sua resistência. Não confie em passes de gesticulação excessiva e outras fantasias. O passe é simplesmente a imposição das mãos, ensinada por Jesus e praticada por Ele.[4]

Em resumo o passe é a passagem de uma pessoa para outra de uma certa quantidade de energia fluídica, porém as influencias do pensamento do médium é ponto fundamental para que o passe seja bem sucedido, a prece é pensamento e, quando sincera e feita para beneficiar alguém, não deixa de ser um tipo de passe, que também depende da nossa vontade, elevando sempre o padrão vibratório da criatura.

A prece possui outro papel também muito importante, que é o da higienização do ambiente em que se encontra aquele que a faz. No momento da oração, recebe-se fluidos de qualidade superior, pelo processo de sintonia com espiritualidade, afastando os fluidos inferiores do ambiente, os quais são progressivamente substituídos pelos que estejam sendo recebidos.

"A faculdade de curar pela imposição das mãos tem sem dúvida alguma o princípio numa força excepcional de expansão, suscetível de ser aumentada por vários motivos, entre os quais predomina a pureza de sentimentos, desinteresse, benevolência, desejo ardente de aliviar, prece e confiança em Deus."[5] André Luiz complementa :

“A oração é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai. Por ela, Clara e Henrique (médiuns) expulsam do próprio mundo interior, os sombrios remanescentes da atividade comum que trazem do círculo diário de luta e sorvem do nosso plano as substâncias renovadoras de que se repletam, a fim de conseguirem operar com eficiência, a favor do próximo. Desse modo, ajudam e acabam por ser firmemente ajudados.”[6].

Pode-se questionar, se o médium passista não perde energias quando aplica o passe, sobre essa questão Raul Teixeira esclarece:

“Quando aplicamos passes, antes de atirarmos as energias sobre o paciente, nos movimentos ritmados das mãos, ficamos envolvidos por essas energias, por essas vibrações que nos chegam dos amigos espirituais envolvidos nessa atividade, o que indica que, antes de atendermos aos outros, somos nós, a princípio, beneficiados e auxiliados para que possamos auxiliar, por nossa vez.”[7]

Os passes têm percorrido um extenso caminho desde as origens da humanidade, como prática terapêutica eficiente, e, modernamente, estão inseridos no universo das chamadas Terapêuticas Fluídicas e/ou Magnéticas; constituindo-se, na atualidade, excelente terapia praticada largamente nas Instituições Espíritas.

Marcos Paterra
 _______________

[1] PIRES, J. Herculano. Obsessão - O Passe – A Doutrinação. Cap. II Magia e religião. P.9. Ed. Paidéia.
[2] PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade. Cap. 26-Passes. Rio de Janeiro. FEB.
[3] KARDEC, Allan. Revista Espírita, Janeiro de 1864, pag. 7.
[4] PIRES, J. Herculano. Obsessão - O Passe – A Doutrinação. Cap. VIII/ITEM 11 - Ed. Paidéia
[5] KARDEC, Allan, Obras Póstumas. Item 52. Médiuns curadores. Rio de Janeiro. FEB. 2005
[6] XAVIER, Francisco C. Nos Domínios da Mediunidade. Cap. 17. Serviços de Passes. Rio de Janeiro. FEB. 

[7] FRANCO, Divaldo P. e TEIXEIRA, J. Raul. Diretrizes de Segurança. Cap.80. Rio de Janeiro. FEB.

Artigo publicado pela revista RIE em Junho de 2013

sexta-feira, 28 de junho de 2013

A BENEVOLÊNCIA

A benevolência para com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são a manifestação. Entretanto, não é preciso fiar-se sempre nas aparências; a educação e o hábito do mundo podem dar o verniz dessas qualidades...” (Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, Capítulo 9, item 6.)

Nem sempre conseguimos mascarar por muito tempo nossas verdadeiras intenções e planos matreiros. Não dá para enganar as pessoas por tempo indeterminado. Após vestirmos as roupagens da afabilidade e doçura para encobrir rudeza e desrespeito, vem a realidade dura e cruel que desnuda aqueles lobos que vestiram a “pele de ovelha”.
Realmente, é no lar que descortinamos quem somos. É no lar que escorre o verniz da bonança e da caridade que passamos sobre a face e que nos revela tal como somos aos nossos familiares. Trazemos gestos meigos e voz doce para desempenhar tarefas na vida pública, no contato com chefes de serviço e amigos, com companheiros de ideal e recém-conhecidos, mas também trazemos “pedras nas mãos” ou punhos cerrados no trato com aqueles com quem desfrutamos familiaridade.
Por querer aparentar alguém que não somos, ou impressionar criaturas a fim de conquistá-las por interesses imediatistas, é que incorporamos personagens de ficção no palco da vida. Ou seja, é como se cumpríssemos um “script” numa representação teatral. Nada mais do que isso.
Em várias ocasiões, integramos em nós mesmos não só a sociedade visivelmente “externa”, com suas construções, praças, casas e cidades, mas também a sociedade em seu contexto “invisível”, que, na realidade, se compõe de regras e ordens sociais, bem como dos modelos de instituições criadas arbitrariamente. Captamos, através de nossos sentidos espirituais, todos os tipos de energia oriunda da população. Através de nossos radares sensíveis e intuitivos, passamos a representar de forma inconsciente e automática um procedimento dissimulado sob a ação dessas forças poderosas.
Maquilagens impecáveis, jóias reluzentes, perfumes caros, roupas da moda e óculos charmosos fazem parte do nosso arsenal de guerra para ludibriar e corromper, para avançar sinais e para comprar consciências. Não nos referimos aqui à alegria de estar bem-trajado e asseado, mas à maquiavélica intenção dos “túmulos caiados”.
Por não nos conhecermos em profundidade é que temos medo de nos mostrar como realmente somos.
Num fenômeno psicológico interessante, denominado “introjeção”, que é um mecanismo de defesa por meio do qual atribuímos a nós as qualidades dos outros, fazemos o papel do artista famoso, dos modelos de beleza, das personagens políticas e religiosas, das figuras em destaque, dos parentes importantes e indivíduos de sucesso, e por muito tempo alimentamos a ilusão de que somos eles, vivenciando tudo isso num processo inconsciente.
Desse modo, nós nos portamos, vestimos, gesticulamos, escrevemos e damos nossa opinião como se fôssemos eles realmente, representando, porém, uma farsa psicológica.
Ter duas ou mais faces resulta gradativamente em uma psicose da vida mental, porque, de tanto representar, um dia perdemos a consciência de quem somos e do que queremos na vida.
Quanto mais notarmos os estímulos externos, influências culturais, físicas, espirituais e sociais em nós mesmos, nossas possibilidades de relacionamento com outras pessoas serão cada vez mais autênticas e sinceras. A comunicação efetiva de criatura para criatura acontecerá se não levarmos em consideração sexo, idade e nível socioeconômico. Ela se efetivará ainda mais seguramente sempre que abandonarmos por completo toda e qualquer obediência neurótica aos modelos aprendidos e preestabelecidos.
Abandonemos o “verniz social” que nos impusemos no transcorrer da vida. Sejamos, pois, autênticos. Descubramos nossas reais potencialidades interiores, que herdamos da Divina Paternidade. Desenvolvendo-as, agiremos com maior naturalidade e, conseqüentemente, estaremos em paz conosco e com o mundo.

Livro: Renovando Atitudes - 33
Espírito Hammed - Médium Francisco do Espírito Santo Neto.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

CONVITE PARA UMA REVOLUÇÃO

 
Durante a nossa vida, aprendemos a valorizar coisas que não são fundamentais: materialismo, modismo, poder, status e coisas desse tipo são  “o que importa” na nossa sociedade.
Por isso, queremos convocá-lo para uma revolução!
Vamos renovar a espécie humana!
Vamos investir na ALMA, resgatar não só a NATUREZA, mas o natural, vamos vender mais PAZ, não filtrar as emoções, aumentar a QUALIDADE DE VIDA, contabilizar as boas relações, reciclar as relações ruins, reatar as velhas AMIZADES!
Equipe o prazer, trabalhe a perseverança, vença o cansaço, faça a diferença sem precisar de propaganda. Resolva tudo sem alarde, use o marketing da sinceridade, cobre profissionalismo de todos, inclusive daquele que você elegeu.
Vamos maximizar a ENERGIA, preservar os RECURSOS, tratar a ÁGUA, pois ela é a nossa fonte de VIDA. E como o ar, que também é fonte de vida, vamos ser transparentes. Renove o estoque de sorrisos, canalize os bons pensamentos, divulgue mais o AMOR. Abrace mais, beije os seus amores, relembre-os quanto os ama e, com a mesma força, diga “não” ao racismo, à intolerância, à discriminação.
Seja saudável, inclusive nas atitudes. Dê bons exemplos, diga a verdade, principalmente às crianças, para que elas cresçam sabendo ACREDITAR. Crie seus filhos como cidadãos do mundo. Cultive suas crenças, RESPEITE as crenças dos outros e viva na razão da emoção, lutando pela felicidade plena, por um futuro melhor e AGRADEÇA sempre por estar nesse mundo!

Publicado no site MENSAGEM ESPÍRITA 

quarta-feira, 26 de junho de 2013

ONDA DE PROTESTOS - ATÉ QUE PONTO ESTAMOS COMPROMETIDOS???



Como “quase filósofa” (falta um semestre) gosto de observar o comportamento e o pensamento humano para depois estabelecer minha crítica radical, um dever de todo pensador. Quebrar a estrutura, causar rupturas e ir até a raiz da questão, estabelecendo um novo jeito de pensar, é basicamente a missão do filósofo. A Filosofia bem estabelecida nos leva de volta à idade do por quê, dos questionamentos do passado até a raiz da causa para que possamos compreender nosso presente.
A alguns dias atrás iniciou-se no Brasil um movimento de protestos e reivindicações, o que é extremamente saudável e normal em uma democracia. Pois bem, vemos frases por aí dizendo que o Brasil acordou e que está reivindicando seus direitos. Pelo que tenho observado, fazemos isso gritando nas quatro direções da rosa dos ventos que a culpa é do governo.
Do ponto de vista da unicidade, somos todos um e não existem vítimas, nem culpados, quiçá vilões. Se o governo está lá é porque alguém votou, afinal de contas vivemos em um regime democrático.
Se o governo é corrupto, o povo também é. Se o governo é ético, o povo também é. O governo é apenas um reflexo de nós mesmos. Pense nas pequenas corrupções que você comete a cada dia. Num país como o Brasil que é livre, leve e solto, raramente um cidadão consegue ser cem por cento honesto.
Vamos ao exame de consciência: se alguma vez você furou uma fila, ficou com o troco de alguém, pirateou um CD, mentiu para levar vantagem, avançou um sinal vermelho, não parou na faixa de segurança, você teve um ato de corrupção, pois não foi ético e prejudicou alguém. E todos nós algum dia já ferimos a Cosmoética, de alguma maneira.
A origem da democracia está na Grécia Antiga e lá existia o foro, as reuniões nas ágoras para que se discutissem as medidas governamentais. Era nesse debate, de forma justa e argumentada, que se chegava às conclusões do que seria melhor para todos, sem que prevalecessem os interesses pessoais. Levava-se em conta a coletividade. E para que a coletividade se beneficiasse, muitas vezes, eram exigidos sacrifícios pessoais, que eram feitos com o maior prazer pois era para o benefício de todos.
Trazendo para a realidade atual do Brasil, onde está o foro? Onde estão as ágoras? Onde está a opinião do povo? Onde está a participação de todos?
O que mais escuto por aí são frases como:
“ Odeio política.
Não me envolvo em política.
Os políticos são corruptos.
Não discuto sobre política.
Políticos não prestam.”
Quem se posiciona desta maneira, está embebido no mais profundo mar de ignorância. Em primeiro lugar, o ser político não é o candidato, mas é o homem do povo, o habitante da “polis”, ou cidade, como na Grécia Antiga. Portanto, a palavra político faz alusão ao cidadão comum, a qualquer um de nós. Quando dizemos que odiamos a política, é porque odiamos nossos atos. Quando dizemos que odiamos o político, odiamos a nós mesmos.
A maioria da população vive uma grande infantilidade emocional, e essa infantilidade reflete-se nos governantes que nós temos.
Muitas pessoas que hoje participam dos protestos, inspiram-se no filme Zeitgeist, e chamam essa onda de protestos de “Movimento Zeitgeist”. O filme é excelente (disponível na internet) e propõe uma nova ordem mundial baseada em tecnologia feita de energia limpa, na extinção do dinheiro e do sistema capitalista. Assistindo a proposta do filme, seria o melhor dos mundos, mas de acordo com essa proposta, cada um teria de fazer a sua parte, e é aí que o caldo entorna, pois não há maturidade emocional suficiente para que esse sistema seja implantado.
Vamos argumentar sobre isso?
Será que estaríamos dispostos a fazer sacrifícios pessoais para o bem maior?
Desde que o mundo é mundo, existe a política do “pão e circo”. César, na Roma Antiga, dizia “ao povo, pão e circo”, pois sabia que o povo se contentava com migalhas e que isso gerava prestígio político. Hoje vemos isso nos comícios, nas vendas de votos e em muitos outros lugares.
Leia-se pão: assistencialismo e a infinidade de bolsas que o governo dá em vez de investir em capacitação profissional para que cada um gere seus próprios recursos.
Leia-se circo: carnaval, futebol, datas comerciais, reality-shows e tudo aquilo que puder manter o povo bem alienado e distante da realidade, literalmente dopado para os problemas nevrálgicos que afetam nossa sociedade.
Então vamos fazer aqui um exercício, propondo uma libertação do estado de “circo”.
No Brasil, quando chega janeiro, o povo reclama que bilhões de reais são gastos com o Carnaval. Reclama, mas gosta, e muito! Então vamos imaginar que fosse criado um movimento Zeitgeist de boicote ao carnaval e que todo o dinheiro gasto com isso fosse destinado à educação, saúde, infra-estrutura, transporte, turismo, etc. Imaginemos que esse boicote fosse proposto da seguinte maneira: que ninguém beba nenhuma bebida alcoólica neste carnaval de 2014. Assim nenhuma cervejaria vai vender, não haverá publicidade, os hospitais não vão lotar de bêbados em coma alcoólica tirando o lugar de quem precisa de atendimento e o carnaval vai acontecer da mesma maneira, com a sua finalidade que é dançar, brincar, comemorar pelas ruas, só que sem bebida alcoólica. Então o Carnaval, a nossa maior festa popular cumpriria sua função social de gerar emprego aos artesãos, costureiras, estilistas e também de atrair turistas, só que sem bebida.
Então eu pergunto: quem estaria disposto a abrir mão da sua “cervejinha”? Quem estaria disposto nesse nível de profundidade? Pouquíssimas pessoas, pois a maioria quer beber para extravasar, para esquecer dos seus problemas. Um povo maduro emocionalmente organiza-se para resolver os problemas e não para esquecê-los. Pessoas sábias e maduras querem evoluir e crescer e não encher a cara para viverem dopadas e distantes da realidade.
A população revolta-se contra a construção dos estádios para a Copa e vai até lá assistir ao jogo!!! É muita incoerência!!! Se você não concorda, não consuma!!!
Vamos supor que depois de muitos protestos e manifestações o governo decida investir pesado na saúde e que o governante seja uma pessoa consciente e que faça a seguinte proposta ao povo: “Tudo bem, vamos melhorar a tecnologia da saúde e todos serão muito bem atendidos, mas nós governantes vamos implantar uma lei de que cada cidadão precise fazer a sua parte, participando de políticas públicas de prevenção. A partir de agora todo cidadão terá de fazer exercícios físicos regulares, se alimentar de forma saudável com muitas frutas e verduras e comer carne somente uma vez por semana. Ninguém mais poderá fumar, consumir açúcar e álcool, e vamos reduzir radicalmente os produtos industrializados, que possuem excesso de sódio e muitos conservantes que causam doenças.”
Quem estaria disposto a levar uma vida regrada para contribuir com o Ministério da Saúde? Quem estaria disposto nesse nível de profundidade? Quem estaria disposto a abrir mão da feijoada para o bem maior?
O povo quer receber, ganhar, de graça... Mas se tiver que abrir mão de algo, daí é melhor deixar pra lá, né?
Nós, os seres políticos ainda somos muito infantis. Precisamos compreender que o verdadeiro movimento Zeitgeist começa dentro de casa, com pais conscientes e maduros emocionalmente, capazes de educar as crianças que hoje “são órfãs de pais vivos” como diz o amigo Luiz Carlos Prates. Como levar consciência, maturidade emocional e equilíbrio a uma menina de seis anos que vive sem as menores condições de higiene, ouvindo tiros, e que nesta semana conheceu seu quinto padrasto?
Gente, a reforma começa dentro de cada um de nós, quando estamos dispostos a buscar conhecimento, sabedoria, equilíbrio e força interna. Muitos participantes dos protestos nem sabem o que estão fazendo lá. Gritam por educação, justiça, saúde, mas não entendem que esse processo é interno. Gritam para si mesmos. Reivindicam aos políticos, sem saber que os políticos são eles mesmos. Clamam por algo que somente cada um pode buscar. E quando encontrarem essa força interna de consciência, ninguém mais precisará sair às ruas, pois os governantes serão eles mesmos.
Gandhi foi um dos maiores manifestantes que já existiu e podemos nos basear em seu comportamento exímio em colaborar pelo bem da sociedade. Só que os votos e o compromisso começaram por ele mesmo. Gandhi era um homem sábio, tinha conhecimento, praticava yoga, era vegetariano, adepto de “ahimsa” (não-violência), posicionava-se contra o sistema de castas, apoiava os dalits, era amoroso e resistia pacificamente. Desde a marcha do sal até o movimento que conquistou a Independência da Índia, ele se manteve firme e forte em seus princípios e valores, sem ceder.
Então eu pergunto: Quem estaria disposto a fazer o que ele fez, nesse nível de profundidade?
Talvez ninguém esteja tão comprometido como ele estava.
E era isso que eu queria dizer.
Palavras como luta, batalha, conquista e um mundo melhor ,só podem começar em um lugar: dentro de nós mesmos, através de um grande esforço interno de nos tornarmos pessoas melhores e mais evoluídas.
Grande Abraço a todos e continuem o movimento de resistir pacífica e internamente a tudo aquilo que nos faz mal.
Parabéns Brasil, esse movimento já é um começo de uma lenta reforma íntima que precisa acontecer, urgente!!!


Texto de  Patrícia Cândido

terça-feira, 25 de junho de 2013

VOCÊ TEM MEDO DO FUTURO

Terá medo do futuro aquele que não compreender que o mundo mudou definitivamente. Diz-se que a única certeza estável é a incrível velocidade com que o mundo muda. E essa mudança trouxe consigo algumas conseqüências fundamentais. Não há mais espaço para os arrogantes, para os que pensam ser mais do que os outros. Não há mais espaço para os que não desejam aprender, achando que sabem tudo num mundo em que o novo nos obriga a aprender todos os dias. Não há mais espaço para os que investem em si mesmo, empregando tempo e recursos no auto-aperfeiçoamento em todos os aspectos, pessoal e profissional. Não há mais espaço para os preguiçosos, cansados e pouco comprometidos com aquilo que fazem, nem para os que têm pouca humildade no trato com os subordinados ou colegas de trabalho. Não há mais espaço para os medíocres. No próximo milênio, ninguém terá o direito de pensar pequeno, fazer coisas pela metade, não se envolver, não participar, não lutar.
Quanto às empresas, não há espaço para aquela que não cuidar de forma especial e detalhada de seus clientes, funcionários, fornecedores e até da comunidade. Não há espaço para a empresa que despreza as leis de mercado e suas tendências. Não há espaço para a empresa que não recrutar e selecionar os melhores talentos. Tampouco para aquela que não se preocupar com custos, produtividade e qualidade. Não há espaço para a empresa que não buscar reinventar o que faz a cada dia.

Você tem medo do futuro? Pois não tenha e mude enquanto é tempo. Mude sua forma de pensar, de agir. Mude sua empresa. Acredite que o futuro será espetacular para quem souber viver e trabalhar os novos tempos. 

Desconhecemos autoria

segunda-feira, 24 de junho de 2013

OPÇÃO IMPORTANTE

Você já estourou pipoca? Se já o fez, deve ter observado a bela transformação do milho duro em pipoca macia.

Imagine o milho, fechado dentro da panela, sentindo cada vez mais o ambiente ficar quente. Deve pensar que a sua hora chegou: vai morrer.

Dentro de sua casca dura, fechado em si mesmo, ele não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. Não imagina aquilo de que é capaz.

Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece e ele aparece como uma outra coisa, completamente diferente: pipoca branca e macia.

Podemos nos comparar ao milho de pipoca. Somos criaturas duras, quebra-dentes, insensíveis, incompreensíveis. Tantas vezes, com uma visão distorcida da vida, sem valores reais.

Também sofremos transformações quando passamos pelo fogo. É a dor. São situações que nunca imaginamos vivenciar.

Pode ser um fogo de fora: um amor que se vai, um filho que adoece gravemente, o emprego perdido, a morte de um amigo, de um irmão.

Pode ser um fogo de dentro, cuja causa demoramos a descobrir e que nos atormenta um largo tempo: medo, ansiedade, depressão, pânico.

Enquanto estamos sofrendo a ação incômoda do fogo, desejamos ardentemente que ele se apague, a fim de que tenhamos repouso das dores.

Contudo, sem tal sofrimento não acontecerá a grande transformação. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira.

São pessoas de uma indiferença e uma dureza assombrosas. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser está ótimo.

Por outro lado, existem pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Acham que não pode existir nada mais maravilhoso do que o jeito delas serem.

A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura. Essas podem ser comparadas ao piruá: aquele milho de pipoca que se recusa a estourar e fica no fundo da panela, depois do alegre estouro da pipoca.

Lamentavelmente, essas criaturas não se permitem transformar na flor branca e macia para dar alegria a alguém. Não desejam se tornar mais maleáveis, doces, amorosas.

Perdem a chance de conquistar amizades que poderiam, logo mais, se solidificar em amores para o futuro risonho.

Ser piruá ou pipoca estourada - eis uma opção. Aqueles que desejam ser feliz e fazer os outros felizes aceitam as lições das dores, tornando-se mais afáveis, gentis no trato, ponderados no falar. Aprendem a usar a empatia, a fim de compreender as dores alheias.

***

Nas atividades do Mestre de Nazaré, entre as criaturas humanas, destacam-se os Seus labores junto aos sofredores de todos os matizes.

Com Ele, todo e qualquer sofrimento terá remédio. Os sofredores encontrarão o necessário amparo e a vida de todos terá a luz e o rumo dos quais precisam para a completa ventura dos dias futuros.




 

Equipe de Redação do Momento Espírita, baseado no texto do livro O amor que acende a lua de Rubem Alves e no livro Vida e Mensagem, ed. Fráter Livros Espírita, cap. 11.

domingo, 23 de junho de 2013

FÁCIL E DIFÍCIL

Fácil e Difícil
Fácil amontoar.
Difícil distribuir.
Fácil falar.
Difícil fazer.
Fácil arrasar.
Difícil construir.
Fácil reprovar.
Difícil compreender.
Fácil acomodar.
Difícil realizar.
Fácil ganhar.
Difícil ceder.
Fácil crer.
Difícil discernir.
Fácil ensinar.
Difícil exemplificar.
Fácil sofrer.
Difícil aproveitar.
Qualquer pessoa, de qualquer condição, pode fazer o que é fácil; entretanto, efetuar o que é difícil pede noção de responsabilidade e burilamento íntimo. É por esse motivo que o Espiritismo, sendo em si mesmo a doutrina da fé raciocinada, para que se cumpra o imperativo evangélico do "a cada um segundo as suas obras", reclama o combustível do serviço individual, para que brilhe, em cada um de nós, o facho da educação.



Médium: Chico Xavier Autor: Albino Teixeira

sábado, 22 de junho de 2013

CHAMO-ME CARIDADE

Chamo-me Caridade!
Hoje, visitei os lares pobres onde crianças esquálidas, de estômagos atormentados pela fome, solicitavam em preces infantis o pão farto que nunca lhes chegou.

Chamo-me Caridade!
Sondei os corações maternos agoniados que, de mãos vazias, só podiam ofertar as próprias lágrimas às suas criancinhas envoltas em panos pobres.

Chamo-me Caridade!
Durante a noite, presenciei famílias inteiras depositadas a beira de pontes, como se estas fossem os únicos abrigos que pudessem lhes proteger do frio da noite.

Chamo-me Caridade!
Fui de encontro aos asilos, onde velhos de toda sorte, imploravam em preces fervorosas, a palavra que nunca lhes chegou, na visita dos parentes que estão somente na memória de suas lembranças quase esquecidas.
Sondei-lhes a alma e compartilhei com eles suas dores, suas incertezas, suas angústias.
Tentei eu, em minha pobreza, soprar aos seus ouvidos: -Coragem! Coragem! Ninguém está esquecido.
O Coração do Criador a todos se manifesta. O corpo pode estar alquebrado, mas seus sentimentos permanecem vivos como nunca.
Em teus olhos vejo o brilho da vida que as rugas trabalharam.
Coragem! Coragem!

Chamo-me Caridade!
Ví adolescentes e jovens falando em morte, tentando valer-se da ausência do seu meio familiar, para buscar no consolo do sepulcro, apagar do próprio interior, as labaredas que lhes consome o mundo íntimo.
Disse-lhes: - Vai meu filho! Busca rumo diferente... Não faça de tua vida uma porção de entulho inútil. Deus te criou para superar a ti próprio. Tens todo um futuro que te sorri. Não termines assim. Não limites tua existência, tão nobre, tão grande, a uns punhados de ervas que só te multiplicam as dores...

Chamo-me Caridade!
Fui de encontro a algumas famílias cujo trabalho faltava. Ví homens honestos, suplicando a benção de uma remuneração digna, para que pudessem suprir, perante aqueles a quem amam, o básico de uma existência pobre.

Chamo-me Caridade!
Ví mulheres, cuja maquiagem exibia em meio às vestes, a imagem nítida da opulência e da vitória, mas cujos corações estavam encharcados pelo pranto amargo de não serem amadas e compreendidas.
Ouve o conselho meu e encontre na maternidade, minha querida, as forças maiores que te possam realizar. Ainda que o homem tente dominar-te os anseios mais profundos e desviar-te os passos da senda do Amor, cerra teus ouvidos a estes apelos.
Vê nos braços pequeninos, no sorriso inocente, a grande tarefa a que o Senhor te conduziu.

Chamo-me Caridade!
Hoje estou aqui, diante de vocês, apresentando-me como mendigo, implorando de cada um: -Não esqueçam a ninguém.
A grandeza do existir não se resume à disputa estéril, do berço ao túmulo.
Estou aqui para dizer a você mãezinha, que tem essa criança ao colo, nos seus braços amigos, que saiba conduzí-la com carinho na trajetória da honestidade, da decência, do Amor ao próximo.

Vim aqui implorar aos homens: - Não esqueçam de conceder às suas companheiras o carinho e o valor que elas merecem, porque somente assim podereis formar um verdadeiro Lar.
Imploro a misericórdia a todos aqueles que perambulam na noite da vida, esquecidos e atormentados. Imploro às suas mãos, ainda que frágeis, para lhes socorrer, mesmo que, por um minuto, em suas tragédias.
Hoje mesmo, ao teu lado, está o companheiro que chora, aquele que se vê envolvido em dores infindáveis. Não é um desconhecido anônimo, é alguém que, como tu, luta para amar e ser amado.

Chamo-me Caridade!
E estarei onde os olhos humanos não conseguirem me ver....

Chamo-me Caridade!
Sou a única via de acesso à verdadeira felicidade. Por isso, venho vos convidar a participar da grande festa dos anjos, através do desprendimento de si próprios, porque a lágrima do outro é a nossa própria e a dificuldade do outro é nosso grande desafio.

Chamo-me Caridade!
Conto com o apoio de todos.
Chamo-me Caridade!

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Mensagem obtida por psicofonia pelo Médium Marcio R.Horii através do Espírito Cáritas

sexta-feira, 21 de junho de 2013

NAS HORAS DE DESGOSTO

QUANDO, nas horas de íntimo desgosto, o desalento te invadir a alma e as lágrimas te aflorarem aos olhos, busca-me: eu sou aquele que sabe sufocar-te o pranto e estancar-te as lágrimas;
QUANDO te julgares incompreendido dos que te circundam e vires que, em torno, a indiferença recrudesce, acerca-te de mim: eu sou a luz, sob cujos raios se aclaram a pureza de tuas intenções e a nobreza de teus sentimentos;
QUANDO se te extinguir o ânimo para arrostares as vicissitudes da vida e te achares na iminência de desfalecer, chama-me: eu sou a força capaz de remover-te as pedras dos caminhos e sobrepor-te às adversidades do mundo;
QUANDO, inclementes, te açoitarem os vendavais da sorte e já não souberes onde reclinar a cabeça, corre para junto de mim: eu sou o refúgio, em cujo seio encontrarás guarida para o teu corpo e tranqüilidade para o teu espírito;
QUANDO te faltar a calma, nos momentos de maior aflição, e te considerares incapaz de conservar a serenidade de espírito, invoca-me: eu sou a paciência, que te faz vencer os transes mais dolorosos e triunfar das situações mais difíceis;
QUANDO te debateres nos paroxismos da dor e tiveres a alma ulcerada pelos abrolhos dos caminhos, grita por mim: eu sou o bálsamo que te cicatriza as chagas e te minora os padecimentos;
QUANDO o mundo te iludir com suas promessas falazes e perceberes que já ninguém pode inspirar-te confiança, vem a mim: eu sou a sinceridade, que sabe corresponder à franqueza de tuas atitudes e à nobreza de teus ideais;
QUANDO a tristeza e a melancolia te povoarem o coração e tudo te causar aborrecimento, clama por mim : eu sou a alegria, que te insufla um alento novo e te faz conhecer os encantos de teu mundo interior ;
QUANDO, um a um, te fenecerem os ideais mais belos e te sentires no auge do desespero, apela para mim : eu sou a esperança, que te robustece a fé e te acalenta os sonhos;
QUANDO a impiedade recusar-se a relevar-te as faltas e experimentares a dureza do coração humano, procura-me: eu sou o perdão, que te levanta o ânimo e promove a reabilitação de teu espírito;
QUANDO duvidares de tudo, até de tuas próprias convicções, e o ceticismo te avassalar a alma, recorre a mim: eu sou a crença, que te inunda de luz o entendimento e te habilita para a conquista da Felicidade;
QUANDO já não provares a sublimidade de uma afeição terna e sincera e te desiludires do sentimento de teu semelhante, aproxima-te de mim: eu sou a renúncia, que te ensina a olvidar a ingratidão dos homens e a esquecer a incompreensão do mundo.
E QUANDO, enfim, quiseres saber quem sou, pergunta ao riacho que murmura e ao pássaro que canta, à flor que desabrocha e à estrela que cintila, ao moço que espera e ao velho que recorda. Eu sou a dinâmica da vida e a harmonia da Natureza: chamo-me amor, o remédio para todos os males que te atormentam o espírito.
Estende-me, pois, a tua mão, ó alma filha de minhalma, que eu te conduzirei, numa seqüência de êxtases e deslumbramentos, às serenas mansões do infinito, sob a luz brilhante da Eternidade.


Do livro "Primado do Espírito" Autor Rubens Romanelli

quinta-feira, 20 de junho de 2013

O PRIMEIRO DESAFIO

Disposto a esquecer o mal, dedicando-te ao bem, enfrentas o primeiro desafio.
Incidente doméstico ocorre envolvendo-te emocionalmente.
Tens a impressão que todo o planejamento para o dia se desfaz.
Sentes os nervos abalados e estás a ponto de aceitar a pugna.
Silencia, porém, e age.
O hábito da discussão perniciosa se te instalou no comportamento e crês que não possuis forças para superar o acontecimento danoso.
Recorda que estás num clima de efeitos que vêm dos dias anteriores, quando te engajavas nas provocações, reagindo no mesmo tom.
Os familiares não sabem das tuas disposições novas e, porque estão acostumados às querelas e agressões, preservam o ambiente  prejudicial.
Em teu procedimento de homem novo necessitas do autocontrole, reconquistando os familiares, que se surpreenderão com a tua nova filosofia de vida.
Contorna o primeiro desafio, dilui por antecipação e com sabedoria o mal-estar que ele podia gerar.
Este é o passo inicial para o teu dia feliz.

Divaldo Franco - Episódios Diários (Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis)

quarta-feira, 19 de junho de 2013

VIVA COM EMOÇÃO

E então?! 
O que você está esperando para viver com emoção? 
É hora de se aventurar com tudo!
Pois viver é aventurar-se todos os dias! Sem medo da felicidade!
Sem receio do impossível!

Pois nada, nada é impossível para quem acredita no possível! 
Para quem tem vontade de realizar de verdade todos os desejos e planos!
Viva com emoção! 

Entregue-se ao doce sabor da natureza! É a natureza que gira com a vida! 
Que dá bons frutos! 
É festa para os olhos ! 
Consolo na hora da ansiedade!
Entregue-se ao cheiro gostoso das árvores! 

Deixe o ar purificado das plantas, depois da chuva, entrar no seu coração! Emocione-se com o espetáculo que a natureza nos dá todos os dias: o voo das gaivotas, a água da cachoeira, cheia de magia, descendo das pedras, o rio correndo, as ondas do mar, as violetas se abrindo, o cheiro da fruta preferida, o som da floresta! 
Aproveite e dance! Sapateie! Cante! Pule! Seja a sua maior emoção!
Deus espera o melhor de você ! 

Deus espera AÇÃO!
Transmita aos amigos, filhos, pais e irmãos, o que existe de bom no seu coração!
Quanto maior a emoção, maior o desejo de ser feliz!
A vida acontece quando você tem capacidade de se emocionar!
Vamos lá !!!

EMOCIONE-SE e bote a vida para funcionar!!!

Antonio Marcos Pires

terça-feira, 18 de junho de 2013

MEDO E DOENÇA


Atualmente temos percebido uma postura de muitos colegas médicos gerarem uma verdadeira cultura do medo da doença em seus pacientes. Apesar de percebermos que a intenção dos mesmos é alertar para os problemas que podem acontecer com a pessoa, achamos que esta é uma postura que se deve evitar pelos motivos que analisamos a seguir.

Em uma visão holística da saúde existem vários fatores que contribuem para a geração da doença, além dos exclusivamente materiais. Em uma postura materialista analisa-se apenas os fatores físicos relacionados à doença, esquecendo-se dos principais que são os espirituais/emocionais.

Citemos um exemplo em que isso acontece de forma bem intensa.

Menopausa/climatério: de alguns anos para cá as mulheres tem sido submetidas a uma verdadeira cultura de terror em relação ao processo natural da menopausa. Os médicos em geral e, particularmente, os ginecologistas colocam que após a menopausa acontecerão inúmeros problemas devido ao decréscimo da produção hormonal, se a mulher não começar a fazer reposição hormonal. Doenças várias surgirão tais como: envelhecimento precoce, osteoporose (fragilidade nos ossos), cardiopatias, diminuição da libido ou frigidez, ondas de calor, depressão, angústia, ansiedade, etc. Isso é colocado carregando-se nas letras como se tudo fosse acontecer de forma inevitável e que só existe uma salvação a reposição hormonal. Resultado: as mulheres começam a ficar apavoradas com o "monstro" da menopausa a partir dos 38 a 40 anos. Nessa idade já querem começar a tomar hormônio para prevenir a chegada do "monstro".

Analisemos a questão sobre uma perspectiva holístico/transpessoal. Em uma visão integral da saúde em que se analisam os aspectos físicos, mentais e espirituais percebemos que existe um decréscimo natural na produção de hormônios a partir dos 45 aos 55 anos, data que em média acontece a menopausa e se inicia o climatério, que é o período iniciado após a última menstruação, que em linguagem popular é colocado como sendo a menopausa. Essa diminuição hormonal gera no organismo algumas alterações funcionais devido ao corpo vir num ritmo em os estrogênios estão em concentração alta e, após a cessação do funcionamento dos ovários, essa concentração baixa. Nesses casos pode-se fazer de preferência um tratamento homeopático para se normalizar os sintomas que surgem nesta fase. Se a mulher preferir uma reposição hormonal, também pode ser feita até que o organismo se acostume com a nova taxa de hormônio. Tudo de forma muito natural, pois esta é uma fase normal que toda mulher passa.

O grande problema que acontece aqui é essa excessiva cultura de doença a que as mulheres estão sendo submetidas, de modo a que fiquem apavoradas com a perspectiva de se ter todas as doenças associadas ao climatério. Mas o que os médicos não dizem é que apenas existe uma predisposição a se contrair osteoporose e outros males, baseados em dados estatísticos e que é uma minoria que contrai esses problemas.

Nós não temos apenas um corpo físico, temos um corpo sutil, energético/quântico, e somos um espírito. O maior problema que podemos analisar aqui é o medo, esse sim uma doença grave, que gera uma inibição energética do espírito que irá repercutir em seu corpo sutil, e que, por sua vez, irá bombardear energéticamente o corpo físico, ampliando os efeitos da deficiência hormonal. Este é um outro lado da questão que não é considerado pelos médicos que não conhecem a medicina holística.

É necessário portanto, analisar a questão sobre todos os aspectos e não puramente de forma material. Quando a pessoa cultiva hábitos salutares de saúde que começa no espírito, com bons pensamentos, equilíbrio emocional, harmonia, uma boa alimentação.

Alírio de Cerqueira Filho (Cuiabá-MT) acerqueira@plenitude.com.br
É médico, biólogo com ênfase em ecologia, pós-graduado em psiquiatria, psicologia e psicoterapia transpessoal e medicina homeopática.
Com formação em Terapia Regressiva a Vivências Passadas, bem como Master practitioner na Arte de Programação Neurolingüística. Como expositor espírita, realiza palestras e seminários por todo o Brasil e o Exterior.
Possui larga experiência no trabalho com o psiquismo humano, tanto como psicoterapeuta quanto como educador transpessoal. 
Experiência adquirida em 16 anos de prática clínica e nos inúmeros cursos, workshops e palestras que tem realizado ao longo de sua carreira. Participa do movimento espírita há 26 anos, tendo já exercido vários cargos na diretoria executiva da FEEMT – Federação Espírita Estado do Mato Grosso. Atualmente é coordenador de assuntos da família da FEEMT.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

A SABEDORIA DE ENVELHECER

Ele é um homem com mais de 80 anos. Forte. Daqueles bons italianos.
Um exemplo de saber envelhecer. Ele já se deu conta, há muito tempo, que o vigor da juventude o deixou.
Mas, isso não quer dizer que se acomodou. Faz tudo o que o corpo ainda lhe permite.
Até há pouco tempo, dirigia seu carro e, em determinadas épocas, tomava da esposa, dizia Inté para os filhos e netos e saía a viajar.
De cada vez, um local diferente.
Vamos conhecer tal lugar? - Perguntava para a esposa, cuja idade beira a dele.
Quer dizer, perguntava por perguntar, porque a senhora, também disposta, sempre concordava.
Fechavam o apartamento e lá iam para uma estância, uma estação de águas, um hotel fazenda.
Há pouco, completaram suas bodas de ouro e os filhos promoveram uma grande festa.
Ele compareceu no mais belo e alinhado terno, bigodes aparados, cabelo branco bem penteado e a seriedade, disfarçando a emoção.
Ela, num lindo vestido longo, azul turquesa, encantando os olhos dele, como se fossem os anos primeiros de convivência.
Recentemente, amigos de Ideal Espírita decidiram por prestar-lhe homenagem, pelos anos de dedicação à causa. Pelo seu pioneirismo, alçando a bandeira da Doutrina Espírita em terras onde apenas despontava, tímida.
De imediato, sua memória e sua ética foram ativadas.
Por que eu? Antes de mim, houve quem fizesse muito mais do que eu. E melhor.
E recordou do amigo, por cujas mãos conheceu a Doutrina Espírita. E esteve presente para a entrega da homenagem. Naturalmente, ele também foi homenageado.
Emocionado, agradeceu, dizendo não merecer porque, dizia, da Doutrina Espírita recebera o melhor. Ele era, portanto, um devedor.
E, incentivou à juventude, aos atuais trabalhadores a continuarem no bendito labor da divulgação, espalhando luzes, aclarando mentes e corações.
Comoveu a todos.
Simples, embora detentor de considerável patrimônio e posses, abraça com vigor os amigos.
Faz questão de um bom papo, embora a dificuldade, por vezes, para ouvir. Mas, ele ajusta o seu aparelho para a surdez e participa.
Não tem vergonha de tornar a perguntar, quando não entende.
Sábio, não fala se não tem certeza de ter bem entendido a pergunta.
Sabe calar-se quando muitos falam ao mesmo tempo, dificultando-lhe a captação das palavras.
Ainda guarda um ar de maroto, por vezes, mostrando que o viço infantil não morreu em sua intimidade.
Assim, outro dia, em pleno café da manhã com amigos, quando todos já haviam terminado a refeição e se entretinham à mesa, conversando, ele tomou de uma faca e a introduziu no pote de doce de leite.
Trouxe-a com a ponta carregada do precioso doce. Olhou para a esposa, exatamente como criança que sabe que o que vai fazer está errado, e lambeu-a, com prazer.
Todos riram. Ele também. Havia acabado de fazer uma peraltice bem própria de criança.
Mas, afinal, quando envelhecemos com sabedoria, somos assim.
Maduros no agir, jovens no pensar, crianças para o prazer de viver intensamente cada dia.
* * *
Pessoas frívolas, que somente valorizam o exterior, temem envelhecer.
Pessoas ponderadas envelhecem sorrindo. Sabem que o vigor da juventude é passageiro e aproveitam a madureza dos anos para semear sabedoria e colher venturas.
Venturas por ter educado filhos para o bem e para o amor. Por ter cultivado o afeto no matrimônio. Por ter construído amizades sólidas, independentes de idade, raça, cor, nível social.
Aprendamos com quem sabe envelhecer!

Redação do Momento Espírita.

domingo, 16 de junho de 2013

A CASA MENTAL

Nossa mente é como uma casa. Pode ser grandiosa ou pequenina, suja ou cuidadosamente limpa. Depende de nós.
Você já observou como agimos com relação aos pensamentos que cultivamos?
Em geral, não temos com a mente o cuidado que costumamos dispensar aos ambientes em que vivemos ou trabalhamos.
Quem pensaria em deixar sua casa ou escritório cheio de sujeira, acumulando lixo ou tomado por ratos e insetos?
Certamente ninguém.
No entanto, com a casa mental somos menos atenciosos. É que permitimos que pensamentos infelizes e maus sentimentos encontrem morada em nosso coração.
E como fazemos isso?
Agimos assim quando permitimos que tenham livre acesso às nossas mentes os pensamentos de revolta, inveja, ciúme, ódio.
Ou quando cultivamos desejo de vingança, rancor e infelicidade.
Nesses momentos, é como se enchêssemos de sujeira a mente. Uma pesada camada de pó cobre a alegria e impede que estejamos em paz.
Além da angústia que traz, a mente atormentada influencia diretamente o corpo, acarretando doenças e sofrimentos desnecessários.
E pior: contribui para o isolamento.
Sim, porque as pessoas percebem quando não estamos bem espiritualmente.
O azedume de nossas palavras, o rosto contraído, tudo faz com que os outros desejem se afastar de nós, agravando nossa infelicidade.
E o que fazer para impedir que isso aconteça?
A resposta foi dada por Jesus: Orar e vigiar.
A vigilância é essencial para quem deseja a mente saudável.
Nossa tarefa é observar cada pensamento que se infiltra, analisar a natureza dos sentimentos que surgem.
E, principalmente, estar alerta para arrancar como erva daninha tudo o que possa nos prejudicar.
Dado esse primeiro passo que é a vigilância, é importantíssimo estar atento para a segunda recomendação de Jesus: a oração.
Quando identificamos dentro de nós os feios sentimentos, as más palavras e os pensamentos desequilibrados, sempre podemos recorrer à oração.
A prece é um pedido de socorro que dirigimos ao Divino Pai. Quando nos sentimos frágeis para combater os pensamentos infelizes, é hora de pedir auxílio a Deus.
É tempo de falar a Ele sobre a fraqueza que carregamos ou a tristeza que nos abate. É o momento de pedir força moral.
E o Pai dos Céus nos enviará o auxílio necessário.
Mas... de nossa parte, é importante não haver acomodação. É preciso trabalhar para ser merecedor da ajuda que Deus nos manda.
Como fazer isso? Contrapondo a cada mau pensamento os vários antídotos que temos à nossa disposição: as boas atitudes, o sorriso, a alegria, as boas leituras.
Em vez da maledicência, a boa palavra, as conversas saudáveis.
No lugar da crítica ácida, optar pelo elogio ou pela observação construtiva.
Se surgir um pensamento infeliz, combatê-lo com firmeza.

* * *

Não se deixe escravizar.
Se alguém o ofender ou fizer mal, procure perdoar, esquecer. E peça a Deus a oportunidade de ser útil a essa pessoa.
Não esqueça: todo dia é excelente oportunidade para iniciar a limpeza da casa mental. Comece agora mesmo.

sábado, 15 de junho de 2013

O QUE OCORRE COM OS QUE DESENCARNAM

De acordo com as conclusões de Ernesto Bozzano expostas em seu livro “A Crise da Morte”, eis os 12 detalhes fundamentais a respeito do que ocorre no fenômeno da desencarnação, a cujo respeito se acham de acordo os Espíritos:

• Os Espíritos se encontram novamente, na vida espiritual, com a forma humana.

• Todos eles, após a morte, ignoram durante algum tempo que estão mortos.

• Eles passam, no curso da crise pré-agônica, ou pouco depois, pela prova da reminiscência dos acontecimentos da existência ora encerrada.

• Todos eles são acolhidos no mundo espiritual pelos Espíritos das pessoas de suas famílias ou de seus amigos mortos.

• Quase todos passam, após a morte, por uma fase mais ou menos longa de “sono reparador”.

• Todos se acham num meio espiritual radioso e maravilhoso (no caso de mortos moralmente normais) e num meio tenebroso e opressivo (no caso de mortos moralmente depravados).

• Todos reconhecem que o meio espiritual é um novo mundo objetivo, real, análogo ao meio terrestre espiritualizado.

• Eles aprendem que isso se deve ao fato de que, no mundo espiritual, o pensamento constitui uma força criadora, por meio da qual o Espírito existente no “plano astral” pode reproduzir em torno de si o meio de suas recordações.

• Todos ficam sabendo que a transmissão do pensamento é a forma da linguagem espiritual, embora certos Espíritos recém-chegados se iludam e julguem conversar por meio da palavra.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

NÃO TENHA INVEJA DOS RICOS

Quem nunca sonhou em ser milionário? Viver entre luxo e festas, divertimentos, viagens e alegria?

Essa aspiração é universal e é comum à pessoas de todos os países e épocas.




 

É que a maior parte da Humanidade fixa seus interesses apenas na vida material. Acreditamos mesmo que a boa condição financeira vai nos trazer a completa felicidade?

É uma ilusão. Associamos o bem-estar a coisas que nos dão prazer ou satisfazem nossos sentidos: boa comida, conforto, pessoas que nos servem e atendem aos nossos mínimos desejos.

Aos poucos passamos a acreditar que os ricos é que são felizes em suas vidas que nos parecem uma permanente festa.

Quando passam em seus carros de luxo, elegantemente vestidos, suspiramos ao contemplar a beleza das jóias e sequer imaginamos que algo possa estragar tal felicidade.

Mas nos enganamos. As belas residências também abrigam gente que se entristece, que tem problemas, que está sujeita a doença, morte, traições, decepção.

E quantas vezes os ricos carregam excessiva carga de dores que não vemos...

Sim, pois o dinheiro tem o poder de trazer consigo falsas amizades, ambição, paixões e excessos.

A riqueza tem um componente ainda mais grave. Não raro ela nos escraviza. Muros altos, cercas eletrificadas, guardas de segurança, cães e grades atestam o medo que deixa sitiadas as grandes fortunas.

É o temor de ladrões, de seqüestradores, de gente que tentará enganar ou levar algum tipo de vantagem.

E o que dizer do medo de que os amores e amizades sejam interesseiros? O que pensar das brutais disputas por heranças? São escravizações.

O dinheiro tem, ainda, um estranho poder: o de fazer com que se gaste tanto quanto se ganha. E que sempre se queira muito mais do que se tem.

É comum vermos as pessoas passarem horas a buscar os melhores investimentos, as aplicações mais rentáveis.

Atormentam-se com as oscilações da Bolsa de Valores e acompanham trêmulos o comportamento do mercado. Escravos do dinheiro que deveria lhes trazer benefícios.

Por isso, não tenha inveja dos ricos. Não queira ser mais um a ser dominado pelo dinheiro. Se tiver que admirar alguém, que seja aquele que consegue viver satisfeito com o que tem.

Se tiver de imitar alguém, que seja o sábio Francisco de Assis, que sentiu a força escravizadora da fortuna e optou pela liberdade.

Francisco pobre, feliz Francisco, que escolheu o amor em vez do dinheiro.

* * *

A riqueza, sob qualquer aspecto considerada, é bênção que Deus concede ao homem para sua felicidade.

Ao homem compete bem utilizá-la, multiplicando-a em dons de misericórdia e progresso a benefício do próximo.

do livro Repositório de sabedoria, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, v.2, ed. Leal.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

PAI NOSSO...


Jesus de Nazaré, durante os poucos anos em que emprestou Sua presença amiga aos sofredores e ignorantes da Terra, foi visto muitas vezes orando.

Um dia, um dos apóstolos rogou a Ele, com desejo sincero de aprender: "Mestre, ensina-nos a orar".

E Jesus, elevando o pensamento ao alto, ensinou a mais bela síntese de como se deve fazer uma prece, proferindo a oração dominical, mais conhecida como "Pai Nosso".

Considerando todos os demais ensinamentos do Cristo, podemos perceber em Sua oração mais que uma simples prece, mas um roteiro seguro do qual podemos extrair profundas lições.

Quando Jesus diz: Pai nosso, evoca o Criador com suprema humildade e submissão, como quem busca a proteção divina de alma aberta. No entanto, será inútil dizer: Pai nosso, se meus atos me desmentem e meu coração está sempre fechado aos apelos do amor fraternal.

Quando Ele diz: que estais nos céus, reconhece a supremacia e a grandeza do Senhor do Universo, que a tudo governa com extrema sabedoria. Mas de nada valerá dizer: que estais nos céus, se meus olhos só percebem as coisas materiais e meus valores são bem terrenos.

Quando Jesus fala: santificado seja o vosso nome, demonstra o respeito e a veneração pelo Ser supremo. Todavia, se só busco Deus por formalidade e o nego sistematicamente nos mínimos gestos, não adianta dizer: santificado seja o vosso nome.

Quando Jesus roga: venha a nós o vosso reino, Sua alma se abre para nos ensinar que o reino de Deus está dentro de cada um e que para encontrá-lo é preciso buscar com todas as forças.

Mas, se gasto a maior parte do meu tempo construindo um reinado de aparências e futilidades, será inútil dizer: venha a nós o vosso reino.

Quando Jesus profere as palavras: seja feita a vossa vontade, submete-se fielmente ao Pai, confiante em Suas soberanas leis. Entretanto, será inútil dizer: seja feita a vossa vontade se, em verdade, o que eu quero mesmo é que todas as minhas vontades e os meus desejos mesquinhos se realizem.

Jesus pede: o pão nosso de cada dia nos dai hoje. Sua rogativa é de um filho agradecido, que reconhece a misericórdia e a providência divinas. Mas direi em vão: o pão nosso de cada dia nos dai hoje, se nada faço para conquistar o pão que me dá o sustento ou, se o possuo em abundância, desprezo aqueles que padecem fome e frio.

Jesus fala: perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. Neste pedido ensina uma lei simples e imutável que estabelece o perdão como condição básica para se ser perdoado.

No entanto, se injusto, gosto de oprimir os mais fracos, desprezo as mínimas regras de solidariedade, e guardo toda mágoa como um tesouro precioso, será inútil dizer: perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.

Ao rogar ao Pai: não nos deixeis cair em tentação, Jesus nos convida a buscar o amparo do alto para as nossas intenções de autosuperação, de renovação íntima, de construção do homem novo.

Mas, de nada adiantará dizer: não nos deixeis cair em tentação, se me entrego aos apelos íntimos dos instintos inferiores que teimam em comandar os meus atos, afastando-me do caminho do Bem.

Jesus solicita ao Criador: livrai-nos do mal. Um ensinamento valioso para todos aqueles que buscam agir com retidão e desejo sincero de não se afastar das soberanas leis de Deus.

Todavia, será inútil dizer: livrai-nos do mal... se por minha livre vontade busco os prazeres materiais, e tudo o que não é lícito me seduz.

E, por fim, será inútil dizer: amém ou, que assim seja, se admito que sou assim e alego fraqueza para alterar meu mundo íntimo, nada fazendo para melhorar a minha condição espiritual.

Pense nisso!

Importante atentar para a grandeza dos ensinos do Sublime Galileu.

Atendendo a um simples pedido de um apóstolo, Jesus legou à humanidade um roteiro que poderá nos conduzir com segurança na escalada para a autorealização.

Basta que procuremos seguir esse roteiro com disposição e coragem e, acima de tudo, com muita vontade.

Pensemos nisso.

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

VOCÊ JÁ FOI A ALGUM VELÓRIO?

É possível que sim, pois é certo que, por mais jovens que sejamos, já tivemos a experiência da morte de algum membro da família, de um colega da escola ou da área profissional, um vizinho, um amigo.

O que se observa, quase sempre, nos velórios, é que não sabemos exatamente como nos comportar.

Observemos alguns conceitos sobre o assunto.

A morte é o destino certo de todos os seres vivos.

Todos os espiritualistas, isto é, os que acreditam que o Espírito sobrevive à morte, têm consciência de que a morte é do corpo. O ser pensante prossegue vivo e atuante.

Justamente por este motivo é que a postura do cristão, nesses momentos, se reveste de características especiais.

Se cremos que o ser prossegue vivendo, devemos, desde logo, nos preocupar com a sua condição no além-túmulo.

O clima deve ser de oração para que o desencarnado possa se libertar com facilidade dos laços que prendem a alma ao corpo.

Oração para que ele se tranquilize, desde logo, ajustando-se ao seu novo estado de Espírito liberto da carne.

Prece para que a saudade e a preocupação com os seres amados que ficaram não o atormentem, enquanto ele se ambienta no mundo espiritual.

É prudente que, ao chegar no local do velório, procuremos os familiares do desencarnado e, se tivermos intimidade, os abracemos.

Eles saberão, assim, que mais um amigo se faz presente naquele momento de dor. Contudo, não se aconselham expressões como Meus pêsames, Lamento muito, Que desgraça!

Afinal, se somos discípulos do Mestre que nos legou a mensagem da imortalidade, por que lamentar a libertação daquele que já cumpriu sua etapa na Terra?

Seria o mesmo que, retidos em uma enorme prisão, chorássemos a libertação de um companheiro de cela, antes de nós.

Os familiares do desencarnado merecem o nosso carinho e o nosso apoio.

Naquele momento, necessitam saber que podem contar conosco, que podem chorar em nossos ombros.

Ofereçamos o nosso abraço e falemos palavras de encorajamento. Palavras simples como Conte comigo, Oro por sua tranquilidade.

Levemos conosco um livro nobre e alimentemos o ambiente com pensamentos saudáveis, com a leitura individual e silenciosa.

Assim, estaremos agindo como cristãos, auxiliando o falecido e amparando seus familiares.

* * *

Se nos preocupamos em comparecer ao local do velório e ao enterro dos nossos conhecidos, colegas e amigos, recordemos que o apoio aos seus familiares deve prosseguir.

Nos dias seguintes, lembremos de fazer breve ligação telefônica, indagando se a família não necessita de algo.

Talvez um auxílio com papéis, uma orientação ou a simples companhia. Ou, ainda, uns minutos da nossa atenção para amenizar a saudade que tenta lhes fazer companhia.

terça-feira, 11 de junho de 2013

AMIGOS SÃO FLORES E POEMAS

Amigos são flores...
São flores plantadas ao longo do nosso caminho para que saibamos encontrar primavera o ano todo.
Quando o outono chega, cheio de beleza e melancolia, os amigos estão presentes nos trazendo alegria.
E, quando o inverno vem frio e escuro, trazendo saudades e noites longas, os amigos nos trazem calor e luz com o brilho da sua presença.
Essas flores belas perfumam nossa existência e nos fazem ver que não estamos sozinhos.
Se amigos são flores que duram um ano ou um dia não faz diferença, porque o importante são as marcas que deixam nas nossas vidas.
São as horas compartilhadas, horas de carinho, horas de amor e cuidado.
Um amigo que se doa sem esperar um retorno, que se entrega pelo prazer de ver a felicidade do outro, é uma flor que merece cuidados especiais; um ser grande e importante que nos emociona só pelo fato de existir.
É alguém que consegue chegar até nossa alma... É um presente de Deus.
Se todo o mundo nos virar as costas e, no meio desse mundo, uma flor, nem que seja uma única flor de amizade nascer em nosso jardim, então toda a vida já terá valido a pena.

Amigos são poemas...
Os verdadeiros amigos são a poesia da vida. Eles enchem nossos dias de cores, rimas e risos, e nos seguram a mão quando caminhar parece difícil.
Eles nos mostram que mesmo em dias nublados o sol está no mesmo lugar, e nos ensinam que a chuva pode ser uma canção de ninar nas noites solitárias e vazias.
Um amigo é alguém que nunca nos deixa só, mesmo quando não pode estar presente, pois sabemos que um pedacinho do seu coração está conosco.
Um amigo é alguém que pensa na gente mesmo estando separado por mil mares...
É alguém por quem a gente sabe que vale a pena viver...
Um amigo nem sempre diz sim, quando dizemos sim, e não, quando dizemos não.
Mas ele vai nos fazer entender com mais clareza aquilo que não conseguimos entender sozinhos.
Um amigo é um bem precioso que não devemos deixar guardado numa caixinha de jóias, para usá-lo quando precisamos, mas tê-lo sempre presente junto a nós, mostrando ao mundo que riqueza mesmo é ter um verdadeiro amigo.

Amigos são flores...
Amigos são poemas...
Como flores, devem ser cultivadas com carinho e dedicação, para que as tempestades da vida não esfacelem suas pétalas e para que possamos ter seu perfume em todas as estações.
Como poemas, devem ser sentidos nas fibras mais sutis da alma, com respeito e gratidão, para que sejam a melodia risonha a embalar nossas horas em todos os períodos do ano.
Letícia Thompson 

segunda-feira, 10 de junho de 2013

GUARDEMOS O ENSINO

“Ponde vós estas palavras em vossos ouvidos.” – Jesus. (LUCAS, 9:44.)

 
 
 
Muitos escutam a palavra do Cristo, entretanto, muito poucos são os que colocam a lição nos ouvidos.

Não se trata de registrar meros vocábulos e sim fixar apontamentos que devem palpitar no livro do coração.

Não se reportava Jesus à letra morta, mas ao verbo criador.

Os círculos doutrinários do Cristianismo estão repletos de aprendizes que não sabem atender a esse apelo. Comparecem às atividades espirituais, sintonizando a mente com todas as inquietações inferiores, menos com o Espírito do Cristo.

Dobram joelhos, repetem fórmulas verbalistas, concentram-se em si mesmos, todavia, no fundo, atuam em esfera distante do serviço justo.

A maioria não pretende ouvir o Senhor e, sim, falar ao Senhor, qual se Jesus desempenhasse simples função de pajem subordinado aos caprichos de cada um.

São alunos que procuram subverter a ordem escolar.

Pronunciam longas orações, gritam protestos, alinhavam promessas que não podem cumprir.
Não estimam ensinamentos. Formulam imposições.

E, à maneira de loucos, buscam agir em nome do Cristo.

Os resultados não se fazem esperar. O fracasso e a desilusão, a esterilidade e a dor vão chegando devagarinho, acordando a alma dormente para as realidades eternas.

Não poucos se revoltam, desencantados …

Não se queixem, contudo, senão de si mesmos.
“Ponde minhas palavras em vossos ouvidos”, disse Jesus.

O próprio vento possui uma direção. Teria, pois, o Divino Mestre transmitido alguma lição, ao acaso?
 
Emmanuel