quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

NINGUÉM É INSUBSTITUÍVEL?

Quantas vezes já ouvimos a frase: Ninguém é insubstituível?

Essa é uma realidade de muitas instituições, onde as pessoas são descartadas, por qualquer motivo ou motivo algum. Hoje estamos aqui e amanhã poderemos não mais estar. E, a qualquer momento, poderemos ser substituídos no cargo que ocupamos, na realização da tarefa que nos devotamos.

Mas se repensarmos bem a frase, perceberemos que ela é inverídica sob variados aspectos.
Ninguém é insubstituível, no sentido de que todos nós seres humanos somos transitórios.
Mas basta que façamos um passeio pela História da Humanidade e logo descobriremos pessoas que fizeram grande diferença no mundo.

Jesus, nosso modelo e guia que veio nos ensinar a amar através do seu exemplo.

Recordemos de Beethoven. Ele morreu em 1827. Quem o substituiu?
Embora tantos músicos depois dele, ninguém compôs sinfonias como ele o fez.
Nunca mais houve outra Sonata ao luar.
Ele foi único. E ouvindo as suas sonatas, seus concertos quem recorda que ele era surdo?

Único e insubstituível também foi Gandhi, o líder pacifista e principal personalidade da Independência da Índia.
Quem ensinou a não violência, como ele o fez? Quem, depois dele liderou uma marcha para o mar, por mais de 320 quilômetros para protestar contra um imposto?
Quem conseguiu a independência de um país da forma que ele o fez?

E que se falar de Martin Luther King Junior? Depois dele, alguém teve um sonho que custasse a própria vida?
Um sonho em que os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários de escravos se sentassem à mesa da fraternidade.
Um sonho de que os homens não fossem julgados pela cor da sua pele, mas pela qualidade do seu caráter.
Ele morreu em 1968. Quem o substituiu?

Quem substituiu Madre Teresa de Calcutá, com seu amor, seu bom senso, sua capacidade de entender a necessitada alma humana?

Quem substituiu Allan Kardec, Irmã Dulce, Chico Xavier entre tantos outros.
Quem substituirá o colo de mãe ao filho pequeno?

Quem poderá substituir o abraço da amada que partiu, do filho, do esposo que realizou a grande viagem?
Tudo isso nos confirma que cada pessoa tem um talento especial, uma forma de ser particular e, com isso, marcamos nossa passagem por onde formos.
Outros virão e tomarão nosso lugar, realizarão nossas tarefas, dispensarão amor, farão discursos importantes, mas ninguém fará como nós.
Um órfão encontrará amparo e ternura em amorosos braços, o esposo (a) poderá tornar a se casar mas nunca será uma substituição.
A outra pessoa tem outros valores, outros talentos, outra forma de ser.
O que cada um de nós realiza, a ternura que oferece, a amizade que dispensa, o carinho que exprime é único.
Isso porque somos Criação Divina inigualável.

Fomos criados simples e ignorantes para atingirmos a perfeição, temos nuances especiais que conquistamos ao longo das várias reencarnações que tivemos, e que expressamos no modo de sentir, no de agir, no de falar.
Pensemos nisso e, em nossa vida, valorizemos mais as qualidades dos amigos, familiares, colegas, conhecidos, tendo em mente que cada um deles é insubstituível.
E valorizemo-nos porque também somos insubstituíveis no coração das pessoas e no mundo.

Portanto, cada um de nós onde está, com quem está, é insubstituível.

Desconhecemos autoria

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