segunda-feira, 9 de outubro de 2017

MORTES PREMATURAS
(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)

Por que arrebata a morte, em nossos lares, de forma sorrateira, os mais jovens antes dos mais velhos?
Por que leva a morte os que se encontram saudáveis e relega para muito mais tarde os que se encontram enfermos, desalentados, sem objetivos na vida?
Por que se observa partirem para a Espiritualidade tantas crianças, jovens cheios de vida, de sonhos e ideais, enquanto ficam ao nosso lado pessoas sem valor, improdutivas e más?
Costuma-se ouvir, amiúde, que Deus aprecia os bons e por isso mesmo os leva.
Tal fosse verdade e diríamos o que pretende a Divindade arrebanhando os bons, e permitindo que os maus prossigam em sua sanha destruidora e maldosa?
Não podemos supor que o Senhor dos Mundos se aplique, por mero capricho, a impor penas cruéis aos homens, qual a de retirar dos braços maternos a inocente criatura que era toda a sua alegria.
Nesse ponto, como em muitos outros, é preciso que nos elevemos acima do terra-a-terra da vida para compreendermos que o bem, muitas vezes, está onde julgamos ver o mal. O que catalogamos como cega fatalidade do destino nada mais é que a Sábia Providência agindo.
Os que partem prematuramente, no verdor dos anos, deixando lacunas impreenchíveis em nossas vidas, são Espíritos que já cumpriram o tempo para o qual renasceram.
Crianças que morrem em tenra idade, de um modo geral, são Espíritos que vieram para completar períodos anteriormente não cumpridos na íntegra, isto é, seres que em vida ou vidas anteriores aceleraram a sua morte, por desregramentos ou de forma voluntária e consciente.
Também as há, crianças ternas e doces, verdadeiros anjos travestidos de carne que vêm para a Terra para dulcificarem outras vidas, para exemplificarem a serenidade, a paz, a calma. Espíritos que vêm, por vezes, para atender necessidades especiais de determinadas famílias ou criaturas.
Flores mal entreabertas, retornam para a Pátria Espiritual, deixando na retaguarda rastros de estrelas e poeira de saudades. Cumprida a missão, regressam ao antigo ninho, preparando-se para novas e produtivas etapas.
Não é vitima da fatalidade aquele que morre na flor dos anos. É que Deus julga das necessidades do Espírito e assim estabelece sempre o melhor a cada um.
*   *   *
Você sabia?

... que a Síndrome da Morte Súbita Infantil, mal que mata bebês com menos de um ano, aparentemente saudáveis, ainda não tem sua causa conhecida?
A Síndrome é definida como a morte sem causa aparente e somente encontra explicação na Justiça Divina.
E você sabia que a morte de crianças em tenra idade se constitui também em prova para os pais?
Redação do Momento Espirita, com base
no artigo 
Mortes prematuras, do Boletim SEI, edição nº
1479 e no cap. V, item 21, de 
O Evangelho segundo
o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB.
Em 19.12.2013.
CRIANÇA
(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)

De tudo o que nos cerca na vida, uma das dádivas mais preciosas que Deus nos proporciona é a presença da criança.
Ela tem o dom especial de dar sabor e graça a tudo. Contenta-se com tão pouco: um passeio, um pôr-do-sol, um pacote de pipoca.
E tem a pretensão de que o mundo inteiro lhe pertence. É sua a árvore, a bola, a peteca. É seu o pássaro, o jardim. São seus o carro do papai e o batom da mamãe.
Uma criança nasce com um brilho angelical e mesmo crescendo, sempre fica um halo de luz suficiente para nos cativar o coração, mesmo que ela se sente no lodo, chore a todo o volume, faça um berreiro ou ande pela casa se gabando, depois de vestir as melhores roupas e sapatos de sua mãe ou de seu pai.
Ela pode ser a mais carinhosa do mundo e parecer a mais ingênua, até ao ponto de esgotar a nossa capacidade de responder perguntas.
Quando está brincando, produz todo tipo de ruídos que nos colocam os nervos à flor da pele.
Quando a repreendem ela fica quietinha, faz beicinho, carinha de choro. Mas continua com esse brilho angelical nos olhos.
Ela é a inocência jogada na Terra, a beleza fazendo cambalhotas e também a mais doce expressão do amor materno, quando acaricia e faz dormir a sua boneca ou o seu bichinho de pelúcia.
Quando Deus a cria, utiliza uma parte da matéria prima de muitas de suas criaturas. Usa os gorjeios do sabiá e os saltos do gafanhoto, a curiosidade e a suavidade do gato, a ligeireza do antílope e a teimosia de uma mulinha.
Gosta de sapatos novos, de sorvete, brinquedos, do jardim de infância, dos companheiros de folguedos e de correr atrás dos pombos e do gatinho.
Adora livros de colorir, as lições de dança, a bola e o patinete.
Ama a praia, o sol, o mar, as férias, o luar e as estrelas.
Não gosta que lhe penteiem o cabelo e é a mais ocupada criatura na hora de ir para a cama, porque sempre precisa acabar alguma coisa que ainda nem começou.
Ninguém nos dá maiores aflições ou alegrias, desgosto ou satisfações ou o mais legítimo orgulho.
Pode bagunçar nossos papéis de trabalho, nosso cabelo e a roupa. É especialista em nos pedir tempo para compartilhar das suas brincadeiras e tem uma fértil imaginação.
Às vezes, pode parecer uma calamidade, que quase nos desespera com tantos ruídos e travessuras.
Mas quando sentimos que as nossas esperanças e desejos estão a ponto de cair por terra, quando o mundo parece que se fecha para nós;
quando chegamos a pensar que o fracasso logo nos alcançará, ela nos converte em majestades, quando se senta em nossos joelhos, passa os bracinhos pelo nosso pescoço e pede para contar um segredo no ouvido, e diz: Eu te amo!
*   *   *
As crianças são como espelhos. Na presença do amor, refletem o amor. Quando o amor está ausente, elas nada têm a refletir.
Guardamos sérias responsabilidades para com esses Espíritos que nos foram confiados por Deus, Nosso Pai.
Na condição de pais, é nosso dever guiá-los pelos caminhos do bem, falar-lhes de responsabilidades e dos objetivos da vida.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no textoQue é uma menina?, de Juan Alfonso Astiazarán, do
livro 
Um presente especial, de Roger Patrón Luján,
ed. Aquariana.
Em 14.1.2014