sábado, 24 de dezembro de 2016

O QUE IMPORTA É O DINHEIRO

NO NATAL: O QUE IMPORTA É O DINHEIRO
Durante mais esse  ano, 2017, seguimos caminhos diferentes em relação a fé, ao que acreditamos ser verdade. Mas nesta época, revisando nossas ações e os resultados obtidos, muitas coisas fogem ao nosso controle ou entendimento: são os nossos problemas; buscamos, então, a fé religiosa.
Assim, os mais materialistas, que buscam respostas imediatas, até compram supostas soluções. Há aqueles em que o desespero é tão grande que perdem a razão e aceitam tudo e qualquer solução, cegamente, sem contestar.
De acordo com as nossas necessidades, dificuldades e nosso entendimento das coisas, várias outras situações se criam abrindo novos e diferentes caminhos.
Todo aquele que fundou sua fé religiosa sobre a firmeza de fé de outrem, por não ter raízes próprias, ao surgimento das primeiras tentações, se desvia do caminho, procurando alicerces alheios.
A falta de resultados acaba levando muitos a descrerem na Providência Divina. Outros acreditam que essa força possa ser subornada por promessas e votos absurdos e até  injustificáveis. Vemos, então, os templos de pedra cheios; mas a busca é por privilégios e preferências na solução de problemas mesquinhos.
Mas não duvidemos de que Jesus está a porta de cada um desses templos, perguntando, interessadamente, aos que chegam: “Que buscais?”¹. O Mestre não irá perguntar quais são nossos raciocínios e pensamentos particulares sobre qualquer assunto; o que conhecemos Dele; também não pedirá que assinemos nenhum contrato.
Àquele que disser: _Busco melhorar, Ele dirá: conhece-te a ti mesmo, para que saiba o que já tem de bom; _Busco entender as experiências, Ele recomendará que coloque em prática os conhecimentos para que a consciência seja trabalhada; _Não estou satisfeito com o mundo, Ele dirá: comece a mudança por ti mesmo; _Busco me livrar das tentações, Ele lembrará: tens teu livre-arbítrio, cabe a ti tomar as decisões; _Busco  me livrar das dificuldades, Ele recomendará a coragem para enfrentá-las; _Busco liberdade, Ele lembrará do dever. Tua liberdade vai até onde começa o teu dever, que é onde começa a liberdade do outro.
Quando falamos do outro, lembramos que Jesus disse: “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei.”²
Em qualquer transação comercial, o referencial, a moeda de troca é o dinheiro. Ao perguntar a Pedro, por três vezes:”Pedro, tu me amas?”³, Jesus pretende apenas saber se Pedro o ama, deixando perceber , assim, que com amor as demais dificuldades se resolvem.
O dinheiro de Jesus é o amor.
Ser cristão, ter fé no Cristo, significa viver aumentando essa reserva de essência divina, o amor. Essa reserva de amor será a moeda com a qual vamos fazer permutas de ordem espiritual, criando nossa identidade com autoridade moral.
Em qualquer círculo do Evangelho onde nos encontrarmos: nos lares, no ambiente de trabalho, nos templos, se ainda não nos amamos uns aos outros, vamos indagar: por que os ensinamentos ainda não penetraram o santuário do coração?
Revisemos, refaçamos, procuremos ajuda, mas que o objetivo de nossas vidas seja o de aumentar nossa reserva de amor.
Neste Natal: o que importa é o dinheiro. Quanto dinheiro de Jesus tu tens para negociar as dificuldades?

Paulo Schaeffer

1-João cap.1;
2-João cap.13;
3-João cap.21.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

CARIDADE: AMOR EM AÇÃO


(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)

Você já pensou a respeito do amor ao próximo, recomendado por todas as grandes religiões do Mundo?
Certamente quando pensamos no amor-sentimento,
como uma forte afeição, confiança plena, deduzimos que é difícil amar
os próprios amigos, e quase impossível amar os inimigos.
No entanto, vale a pena refletir sobre os vários significados da palavra amor.
Paulo de Tarso, quando escreveu aos Coríntios, no capítulo 13, falou da caridade como sendo o amor em ação.
Disse o apóstolo: "A caridade é paciente, é benéfica; não é invejosa nem temerária; não se ensoberbece, não é ambiciosa,
não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não é injusta, apóia a verdade; tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera."
Interessante refletir sobre o amor por esse ângulo.
No dicionário encontramos mais uma definição de amor: "Sentimento de caridade, de compaixão de uma criatura por outra,
inspirada pelo sentido de sua relação comum com Deus."
Assim fica mais fácil compreender o amor e praticar o amor para com os semelhantes.
Pois se é verdade que nem sempre você consegue controlar o que sente por outra pessoa, pode perfeitamente escolher o
seu comportamento com relação a ela.
Se uma pessoa age mal, se é agressiva, desonesta, você pode escolher agir com respeito, paciência, honestidade, mesmo
que ela aja de maneira inversa.
Assim se expressa o amor-ação,
o amor-atitude,
o amor-comportamento.
Podemos deduzir, pelas palavras de Paulo de Tarso, que foi a esse amor que ele se referiu, em sua Carta aos Coríntios.
E faz mais sentido se entendermos que foi esse amor-atitude
que Jesus recomendou que praticássemos para com nossos
inimigos.
Não podemos sentir ternura sincera por alguém que nos agride ou que fere um afeto nosso, mas podemos ter atitudes de
tolerância, perdão, compaixão.
Como todos ainda somos imperfeitos e sujeitos a cometer equívocos, devemos ter, uns para com os outros, atitude de
benevolência, que é uma faceta do amor-ação.
Assim sendo, sempre que se deparar com situações que lhe exijam fazer escolhas, você poderá escolher ter uma atitude
amorosa, sem que para isso precise sentir amor pelo próximo.
Ter atitudes de paciência, bondade, humildade, respeito, generosidade, é escolha de quem deseja cultivar a paz.
Além disso, agir com serenidade diante das situações adversas, é uma escolha sábia, faz bem para a saúde física e mental
e não tem contraindicação.
Mas se reagimos com agressividade, ódio, descontrole, estaremos minando nossa saúde de maneira desastrosa.
Não é por outra razão que, após uma crise dessas, surgem as dores de cabeça, de estômago, de fígado, dores lombares, e
outras mais.
Vale a pena refletir sobre tudo isso e procurar agir como quem sabe o que está fazendo, e não como quem aceita toda
provocação e reage conforme as circunstâncias, infelicitando-se
ainda mais.
Pense nisso!
A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança; a violência, ao contrário, denota fraqueza e dúvida de si mesmo.
Agir com calma é atitude de quem tem controle sobre a própria vontade.
Lembre-se:
Agir com calma é agir com caridade.
E há a caridade em pensamentos, em palavras e em ações.
Ser caridoso em pensamentos é ser indulgente para com as faltas do próximo.
Ser caridoso em palavras, é não dizer nada que possa prejudicar seu próximo.
Ser caridoso em ações é assistir seu próximo na medida de suas forças.
Pense nisso, e coloque seu amor em ação.
Redação do Momento Espírita, com
pensamento extraído do item 3, do
capítulo XIX de O evangelho segundo
o espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Dois de Novembro não é o Dia dos Finados!

DOIS DE NOVEMBRO

(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)

O dia dois de novembro é dia mundialmente dedicado a cultuar os mortos.
O culto aos mortos foi uma das práticas fundamentais de quase todas as religiões, mesmo das mais primitivas, e esteve,
inicialmente, ligado aos cultos agrários e aos da fertilidade.
Os defuntos, como as sementes, eram enterrados com vistas a uma futura ressurreição ou nascimento.
Pensava-se
que, assim como as sementes, os mortos ficavam no solo esperando uma nova vida.
Os hindus comemoravam os mortos em plena fase da colheita, justamente como a festa principal desse período.
Assim, sondando as primeiras manifestações de culto aos mortos, percebemos que a prática foi se desfigurando ao longo dos
tempos.
No princípio, o Dia de Finados era uma verdadeira festa em louvor à imortalidade da alma.
Sem aspecto fúnebre, marcava o fim de uma, e o início de outra etapa para o Espírito, que deixava seu corpo no túmulo para
germinar outra vez e renascer.
Sabemos hoje que não é possível ressurgir no corpo já morto.
Assim como ocorre com as sementes, que morrem para libertar a vida pulsante de sua intimidade em forma de plantas, flores e
frutos, assim também o corpo morre para libertar o Espírito nele cativo.
Fenômeno semelhante ao que ocorre com a borboleta, que deixa o casulo para surgir ainda mais bela e mais livre, acontece
com o Espírito, que deixa o casulo do corpo físico e vibra na imortalidade gloriosa.
Dessa forma, os seres amados com os quais convivemos por mais ou menos tempo, não estão cativos no túmulo, de onde até
mesmo o corpo físico já se evadiu para formar, com seus átomos, outras formas de vida.
E para demonstrar-lhes
o nosso carinho e gratidão, um único dia no ano é muito pouco, para quem verdadeiramente não os
deixou de amar.
É importante que cuidemos, com carinho, do lugar que abriga os despojos carnais dos entes queridos, mas tenhamos mais
cuidado em manter acesa a chama do afeto que nos une uns aos outros, embora em planos diferentes da vida.
Não os recordemos somente no Dia de Finados, pois que finados eles não são.
Busquemos, sempre, lembrar os bons momentos que Deus nos permitiu desfrutar juntos do lado de cá, para que, ao
adentrarmos o mundo espiritual, possamos abraçá-los
com o afeto de quem jamais os esqueceu, embora já tenha passado algum
tempo.
Tenhamos em mente que os ditos mortos registram os nossos pensamentos. E lembremos que, tanto quanto nós, eles sentem
saudades. Por isso, não deixemos para nos lembrar deles somente uma vez por ano.

* * *

O dia 2 de novembro não é efetivamente o dia dos mortos, mas sim, o dia consagrado à imortalidade da alma.
Portanto, seja o dia 2 de novembro, para nós, o dia em que prestamos homenagem especial aos seres amados que partiram
para a pátria espiritual, para onde também seguiremos um dia...
Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita com informações colhidas
no verbete Finados, na Enciclopédia Barsa, v.6.
Em 26.08.2008.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

LEI 13.246/16 - Dia Nacional de Divulgação do Evangelho - 31 de Outubro

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)

Abril é um mês muito especial para os espíritas. Além da comemoração do lançamento de O livro dos Espíritos, no
dia 18, em 1857, outras efemérides são lembradas. Por exemplo, foi em abril do ano de 1864, que foi publicado O
Evangelho segundo o Espiritismo. Essa obra constitui a explicação das máximas morais do Cristo, segundo as luzes
espíritas e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida.
Esse livro é um hífen de luz entre a filosofia e a ciência espíritas. Nele se encontra a verdadeira doutrina ensinada
pelo Cristo.
Esse livro tem considerável influência, não somente para o mundo religioso, que nele encontra as máximas que lhe
são necessárias, como também a vida prática das nações pode nele haurir instruções excelentes. Com vinte e oito
capítulos da mais excelsa moral, podemos dizer que feliz é o homem que, diante das dificuldades e peripécias da
existência, tenha nas mãos e sob os olhos os luminosos textos dessa obra consoladora.
Dando especial ênfase aos ditos e aos feitos do Senhor Jesus, o que quer dizer ao ensino moral, erige-se
como
regra de conduta, que abraça todas as circunstâncias da vida, particular ou pública, o princípio de todas as relações
sociais, baseadas na mais rigorosa justiça. Enfim, é a rota infalível da felicidade futura.
Essa obra é para uso de todos. Cada um pode aí colher os meios de conformar sua conduta à moral do Cristo,
nosso Modelo e Guia. Os espíritas aí encontram as aplicações que mais especialmente lhes concernem. As instruções
dos Espíritos, as vozes do céu, que vêm esclarecer os homens e os convidar à imitação do Evangelho.
Nele encontram as almas aflitas o consolo e a explicação para as suas dores, o sermão das bem aventuranças
ganha um novo e especial colorido, sob a meridiana luz do esclarecimento espírita. Parece-nos
ouvir de novo a voz do
Suave Pastor: Vinde a mim vós que estais sobrecarregados e aflitos, e eu vos aliviarei...
Os versos de rara poesia das aves do céu, dos lírios do campo que não semeiam, nem fiam... Toda a beleza das
palavras de Jesus numa linguagem acessível, inteligível.
Explicado de forma racional porque fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as
épocas da Humanidade.
É nele também que se encontram explicadas as promessas do Cristo, na célebre noite da derradeira ceia com os
Apóstolos, acerca do Consolador que viria empós. O Consolador Prometido, que viria quando o mundo estivesse maduro
para o compreender, Consolador que o Pai enviaria para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo havia
dito.
E o Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo. Preside ao Seu advento o Espírito de
Verdade. Ele chama os homens à observância da Lei: ensina todas as coisas, fazendo compreender o que Jesus só disse
por parábolas. Vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala sem figuras, nem alegorias. Vem, enfim, trazer a
consolação suprema aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e fim útil a todas as dores.
Jesus, que nunca antes se apartara dos homens, aproxima-Se
ainda mais e volta a falar como outrora, chamando e
conduzindo.
A Boa Nova é o roteiro e a mensagem espírita o consolo.
O Evangelho segundo o Espiritismo corporifica no mundo a palavra imperecível de Jesus, o excelso enviado do
Pai. É Ele mesmo de retorno, tomando os filhos e as filhas da dor nos Seus braços para os conduzir para a luz gloriosa da
verdade.
* * *
O Evangelho não é um livro simplesmente. É um templo de ideias infinitas. Miraculosa escola das almas
estabelecendo a nova Humanidade.

Redação do Momento Espírita, com base no cap.
Imitação do Evangelho, do livro Obras póstumas, de Allan
Kardec, ed. Feb; no cap.12 do livro Crestomatia da
Imortalidade, por Espíritos diversos, psicografia de Divaldo
Pereira Franco, ed. Leal, no verbete Evangelho,
do livro Dicionário da alma, por Espíritos diversos, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 17.9.2012.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

LEI 12.647/12 Dia Nacional de Valorização da Família - 21 de Outubro

FAMÍLIAS FELIZES

(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)

Elas existem. Não são exceção. Ao contrário, mais e mais proliferam nesta Terra bendita de todos nós.
São famílias de pessoas felizes que fazem a outros felizes. As pessoas que as compõem se reencontram na Terra, pelos
laços do afeto e do bem querer.
Amam-se:
pais, irmãos. E os que vêm de fora, para alargar esse Universo familiar, genros, noras, são da mesma nobre
estirpe.
Não são pessoas incólumes ao sofrimento. Não. Pelo contrário, nelas registramos pesadas cargas expiatórias.
Em algumas dessas famílias, é um filho que nasce como esperança de muitas alegrias para logo mais demonstrar a
enfermidade de que é portador, envolvendo todo o conjunto familiar em redobradas preocupações.
Em outras, é o filho que nasce portador de alguma deficiência, necessitando de especiais cuidados. E todos se reúnem para
isso lhe proporcionar.
Famílias assim superam tragédias que as atingem, em forma de morte súbita de um ente querido, ou reveses de qualquer
outra ordem.
Sustentam-se
mutuamente pela força do amor e transmitem energias uns aos outros pela proposta de afetividade que
registram.
Nessas famílias cultua-se
a ciência ou a religiosidade ou a arte ou tudo como um conjunto.
São famílias nas quais os membros tendem para as carreiras de um mesmo ramo ou ramos diferentes, mas em que todos
estudam e alcançam títulos universitários, de graduação, demonstrando seu grande potencial intelectivo.
Elas se envolvem com a arte e cada membro apresenta uma qualidade específica na execução de instrumentos musicais, no
canto, na composição, na arte dramática.
Por vezes, parecem compor uma fenomenal orquestra, pois que cada um tem uma especial habilidade.
E, quando à ciência, ou à arte, reúnem a religiosidade, transformam as comunidades onde se demoram. Atuam em benefício
da dor que se espalha, erguendo instituições de amparo aos sofredores.
Esmeram-se
na ilustração das mentes alheias, erigindo escolas, oferecendo-se
em voluntariado.
O dinheiro que circula em suas mãos, simplesmente circula, direcionado para o bem geral. E parece que quanto mais
oferecem, tanto mais lhes chega às mãos.
Famílias felizes. Vivem a alegria do reencontro dos amores de muitas vidas.
Vivem a união de ideais e de beleza. Chegam a causar, por vezes, uma certa inveja por neles se descobrir tantas bênçãos,
tantas alegrias.
Contudo, quem preste atenção, verificará que, em meio às marcas abençoadas dos sorrisos, as faces também registram a
chibata da dor, em vincos dolorosos.
São felizes por terem aprendido que na Terra tudo é transitório e que cada minuto deve ser vivido em plenitude.
São felizes, acima de tudo, por terem descoberto que a Divindade que lhes permitiu o renascer, abençoados pelos amores
próximos e pelas venturas da beleza, de talentos variados e de bens da Terra, lhes exige apenas que façam felizes a outros que
cruzam seus caminhos.
Famílias felizes. Famílias que amam e estendem seu amor para além das fronteiras do próprio lar, da própria cidade.
Desde cedo, aprenderam que todos, afinal, somos cidadãos do mundo e herdeiros do Universo.
Por isso, não retêm riquezas em seus cofres. Somente multiplicam pérolas de luz em seus corações.

Redação do Momento Espírita.
Disponível no Cd Momento Espírita, v. 30, ed. FEP.
Em 6.9.2016.

domingo, 16 de outubro de 2016

FELICIDADE

(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)

Passamos a vida em busca da felicidade. Procurando o tesouro escondido. Corremos de um lado para o outro esperando
descobrir a chave da felicidade.
Esperamos que tudo que nos preocupa se resolva num passe de mágica. E achamos que a vida seria tão diferente se, pelo
menos, fôssemos felizes.
E, assim, uns fogem de casa e outros fogem para casa em busca da felicidade. Uns se casam, outros se divorciam, com o
mesmo intuito de felicidade.
Uns desejam viver sozinhos, outros desejam possuir uma grande família a fim de serem felizes.
Uns fazem viagens caríssimas buscando a felicidade. Analisam roteiros, escolhem os melhores hotéis, os pontos turísticos
mais invejados para visitar.
Outros trabalham, além do normal, buscando a felicidade. Fazem horas extras, inventam treinamentos e mais treinamentos
para encher sempre mais os seus dias com compromissos profissionais.
Uns desejam ser profissionais liberais para comandar a sua própria vida e poder gozar de felicidade.
Outros desejam ser empregados para ter a certeza do salário no final do mês e, assim, serem felizes.
Outros, ainda, desejam trabalhar por comissão, contando garantir que o seu esforço se transforme em melhor remuneração
e desfrutem felicidade.
É uma busca infinita. Anos desperdiçados. Nunca a lua está ao alcance da mão. Nunca o fruto está maduro. Nunca o
carinho recebido é suficiente.
Sombras, lágrimas. Nunca estamos satisfeitos.
* * *
Mas, há uma forma melhor de viver! A partir do momento em que decidimos ser felizes, nossa busca da felicidade chegou
ao fim.
É que percebemos que a felicidade não está na riqueza material, na casa nova, no carro novo, naquela carreira, naquela
pessoa.
E jamais está à venda. Quando não conseguimos achar satisfação dentro de nós mesmos, é inútil procurar em outra parte.
Sempre que dependemos de fatores externos para ter alegria, estamos fadados à decepção. A felicidade não se encontra
nas coisas exteriores.
A felicidade consiste na satisfação com o que temos e com o que não temos. Poucas coisas são necessárias para fazer o
homem sábio feliz, ao mesmo tempo em que nenhuma fortuna satisfaz a um inconformado.
As necessidades de cada um de nós são poucas. Enquanto tivermos algo a fazer, alguém para amar, alguma coisa para
esperar seremos felizes.
Tenhamos certeza: a única fonte de felicidade está dentro de nós, e deve ser repartida.
Repartir nossas alegrias é como espalhar perfumes sobre os outros: sempre algumas gotas acabam caindo sobre nós
mesmos.
* * *
Na incerteza do amanhã, aproveite hoje para ser feliz.
Se chover, seja feliz com a chuva que molha os campos, lava as ruas e limpa a atmosfera.
Se fizer sol, aproveite o calor. Se houver flores em seu jardim, aproveite o perfume. Se tudo estiver seco, aproveite para
colocar as mãos na terra, plantar sementes e aguardar a floração.
Se tiver amigos, aproveite para bater um papo, troque ideias e seja feliz com a felicidade deles.
Se não tiver amigos, aproveite para conquistar ao menos um.
Aproveite o dia de hoje para ser feliz.
Redação do Momento Espírita, com base no artigo Felicidade, de autoria desconhecida.
Em 25.01.2012.

domingo, 9 de outubro de 2016

CRESCENDO JUNTOS

(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)

Ao nos prepararmos para receber um filho em nossos braços, uma das grandes preocupações é a questão da
educação. Perguntamos-nos
que tipo de educação iremos oferecer, quais valores haveremos de transmitir.
Se analisarmos sob outro ângulo, podemos perceber o quanto educar um filho é capaz de nos transformar, de nos
educar indiretamente.
Quando os filhos chegam ao lar, despertam em nós sentimentos adormecidos em nossa alma. Mostram-nos
um
amor antes desconhecido. É hora de aprendizado e também de muitos desafios.
É o momento de treinar o desprendimento, a tolerância e a doação de si próprio. Passamos a desejar a conquista
de muitas virtudes que ainda não possuímos.
Quando são pequenos, naturalmente, a principal preocupação é com as questões básicas de sobrevivência.
Manter a pequena criança alimentada e protegida, fazendo com que se sinta amada através dos diversos cuidados.
Quando ela começa a interagir com o mundo, nos brindando com os primeiros sorrisos, é um dos momentos em
que começamos a ficar mais atentos ao nosso comportamento, às atitudes e à fala. Afinal, serviremos de modelo.
Passamos a repensar o nosso vocabulário. Analisamos palavras ou expressões que possam ser substituídas ou
simplesmente abolidas.
Ficamos mais atentos ao tom com o qual nos referimos aos outros, à maneira como tratamos o outro, ao conteúdo
dos diálogos. Isso porque estamos sendo observados o tempo todo.
A coerência entre palavras e atitudes talvez seja uma das questões mais cobradas pelos pequenos. Cobram-nos,
com frequência, que façamos exatamente o que falamos, do contrário, nossa palavra perde o valor.
Viver a verdade, se antes não era essencial, a partir dessa nova etapa, passa a ser.
E à medida que vão crescendo, formando a sua própria identidade ensinam-nos
muito. Quando a vida nos dá
oportunidade, mostram atitudes tão maduras que chegam a nos surpreender.
Fazem-nos
questionar a nossa conduta diante de diversas situações. Fazem-nos
enxergar que poderíamos ter
agido de outra forma, que aquela talvez possa não ter sido a melhor escolha.
Apontam nossos erros, nos colocam frente nossas próprias fraquezas e dificuldades pessoais. E, a partir do
momento em que reconhecemos essas imperfeições, principiamos a desejar a mudança e trabalhar para conquistá-la.
* * *
Como pais, temos a missão de educar os filhos, orientá-los
no caminho do bem e prepará-los
para o mundo.
Tenhamos a certeza de que os filhos vêm também com essa missão, a de nos educar.
Eles nos impulsionam ao caminho do autoconhecimento, do aprimoramento e da superação de várias dificuldades.
Ensinam-nos
a abnegação e nos despertam os mais nobres sentimentos.
Se nos entregarmos de coração a essa Divina tarefa, estaremos também nos educando e, ao final, sairemos
moldados, lapidados e aperfeiçoados.
Entre erros e acertos, aprendemos muito com nossos amados filhos. Carreguemos em nossos corações a gratidão
a Deus, que nos permite, através da maternidade e paternidade, mais essa oportunidade de crescimento pessoal.
Redação do Momento Espírita.
Em 05.08.2011.

domingo, 2 de outubro de 2016

ELEGENDO PRIORIDADES

(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)

Quantas vezes você já se disse cansado, estressado, desanimado? Quantas vezes a vida lhe pareceu pesar sobre
os ombros, como se carregasse o mundo e se sentiu quase a soçobrar?
Já se indagou, alguma vez, por que esse seu estado de ânimo?
Você poderá responder que é o cansaço da luta diária, que já não é tão jovem, que os anos contam na economia do
corpo, que as forças já não são as mesmas, que as lutas recrudesceram.
Tudo isso pode ser verdade, parcialmente. No entanto, por vezes, elegemos alguns itens como prioritários em
nossa vida, sem que realmente o sejam.
Isso nos remete a um fato que ouvimos e que buscaremos narrar, ao sabor da nossa própria emoção.
Certo professor costumava reunir, com alguma frequência, seus alunos, extraclasse, a fim de estreitarem laços de
amizade. Sua casa era, de modo geral, o local onde se encontravam.
Numa dessas oportunidades, os rapazes começaram a falar dos seus desencantos, do seu cansaço, do estresse
de que se sentiam acometidos.
Todos falavam e a tonalidade era a mesma. Então, o diligente professor foi até a cozinha e preparou chocolate
quente.
O dia estava frio e a bebida era propícia. Trouxe uma grande jarra com o chocolate quente e a colocou sobre a
mesa da sala.
Ao seu redor, colocou canecas de tamanhos, cores e tipos diferentes. Umas eram grandes, coloridas, bonitas.
Algumas de porcelana, outras de cristal, outras de barro.
Logo, os rapazes, ávidos por beber algo quente, começaram a se servir, escolhendo as mais caras e vistosas
canecas.
E a conversa continuou.
Passado algum tempo, esgotadas as reclamações, tomou a palavra o professor:
Jovens, vejo que todos apreciaram o chocolate quente. Vocês se deram conta de que cada um, de forma rápida,
procurou apanhar a caneca mais bonita, mais preciosa?
Embora vocês achem normal desejarem somente as melhores coisas para si, é aí que está a fonte de seus
problemas.
A caneca não acrescenta nada à qualidade da bebida. Na maioria das vezes, é apenas mais cara. Às vezes, até
esconde o que estamos bebendo.
No entanto, o que todos queriam era o chocolate, não é verdade?
A caneca é apenas o recipiente, que não tem o condão de alterar a substância que contém.
Vejam bem: o chocolate quente é a vida que Deus nos dá. Emprego, dinheiro e a posição na sociedade são as
canecas.
São ferramentas que fazem parte da vida. As canecas que vocês têm nas mãos não definem, nem mudam a
qualidade de vida que vocês vivem.
Às vezes nos concentramos nas canecas, deixamos de saborear o chocolate quente que Deus nos tem ofertado.
Lembrem-se
de que Deus provê o chocolate. Ele não escolhe a caneca.
* * *
Lembremos que as pessoas felizes não são as que têm o melhor de tudo, mas as que fazem o melhor de tudo que
têm.
Pensemos nisso e façamos a eleição das nossas prioridades.
Redação do Momento Espírita, com base em conto de autoria ignorada.
Em 01.06.2011.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

AS CRIANÇAS
(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)
Elas se apresentam em tamanho, pesos e cores sortidas. Podem trazer a cor negra, branca, amarela.
Têm dedinhos delicados e a inocência de quem ainda não se inteirou, nesta vida, de como realmente é o mundo.
Elas se encontram por toda parte: em cima dos móveis, embaixo das mesas, dentro de caixas, no quintal. Penduramse
em
árvores, correm, saltam.
São a verdade de cara suja, a sabedoria de cabelos despenteados e a esperança de calças caindo.
Têm uma disposição inigualável. Parece que nunca se cansam. Sua curiosidade é tanta que jamais conseguimos
responder a todas as suas perguntas.
Conseguem ter a imaginação de um Júlio Verne, a timidez da violeta, a audácia da mola, o entusiasmo do buscapé
e suas
mãozinhas são mais rápidas, quase sempre, do que os olhos de quem está a cuidar delas.
Adoram doces, o Natal, o dia do aniversário. Curtem as reuniões com os amigos e quando estão brincando, esquecem de
comer, beber. Não têm tempo para outra coisa que não seja aproveitar a presença dos amiguinhos.
Admiram os reis e os livros de figuras coloridas. Gostam do ar livre, da água, dos animais grandes, dos automóveis e dos
aviões. Adoram os feriados e os finais de semana porque eles permitem que os seus amores estejam muito mais tempo com elas.
Levantam cedo. Quase despertam o sol e estão sempre dispostas a aprender coisas novas. Entre seus brinquedos, é
possível encontrar um barbante, alguns botões, caixinhas e latinhas. Até uma fruta verde mordida.
E é claro, entre tantas raridades, um objeto diferente, que elas encontraram em algum lugar e depositaram no baú do seu
tesouro.
São criaturas mágicas. Qualquer um pode fechar a porta do seu quarto de ferramentas, para que elas não entrem. Mas não
se consegue fechar a porta do coração. Elas sempre descobrem um jeito de entrar e se acomodar.
Podemos colocálas
para fora do nosso escritório, porque temos um trabalho importante para concluir. Mas é impossível
retirálas
do nosso pensamento.
Podemos retornar para casa cansados, desanimados por tudo que fizemos e pelas tantas coisas que não deram certo.
Podemos adentrar o lar com o pensamento no projeto que precisamos concluir com rapidez e cuja solução está bastante
difícil.
Mas, bastará que elas venham ao nosso encontro, gritando: Papai! Mamãe! e pulem em nosso pescoço para que o cansaço
desapareça e renovemos a nossa disposição íntima.
Essas criaturinhas se chamam crianças e Deus as colocou ao nosso lado para nos dizer, todos os dias, que o mundo tem
jeito, que o amor existe e que o homem, em sua essência, é bom.
* * *
Frequentemente, os Espíritos renascem no mesmo meio em que já viveram, estabelecendo de novo relações com as
mesmas pessoas.
É assim que encontramos Espíritos amigos entre os filhos que nos chegam. Suas presenças, em nossas vidas, se
constituem em verdadeiro bálsamo.
Eles retornam para nos brindarem com o seu amor, outra vez, para nos presentearem com a sua presença física.
Por isso mesmo, não desprezemos os gestos de carinho, as palavras doces desses que a Divindade colocou em nossas
vidas e que nos chamam de papai e mamãe.
Redação do Momento Espírita, com base no texto
O que é um menino?, datado de 30.09.1998, cedido
pelo ouvinte Juir Pedro Pizzatto, de Curitiba, Pr.
Em 08.03.2010.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

ANÚNCIOS DE PRIMAVERA
(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)
Quando florescem os ipês em minha cidade, sei que a geada não tornará a se manifestar nesta estação invernosa.
Os ipês floridos, derramando seu amarelo na grama verde, em fantasias nacionais, são anúncios da primavera, que se
prepara para reinar, por noventa dias.
São como batedores que vêm à frente, verificando as veredas e embelezando as estradas, as ruas, as avenidas e as praças.
Recordamos que, há cerca de dois mil anos, um homem se ergueu na Palestina, andando pelos caminhos, alertando as
populações.
Semelhante aos ipês, Ele anunciava a nova estação que estava prestes a encher de flores de esperança o mundo. O Seu era
o anúncio da primavera da renovação.
Preparai os caminhos do Senhor...
Depois de mim, virá aquele do qual não sou digno de desatar as sandálias.
Eu sou a voz que clama no deserto... no deserto dos corações humanos.
E o Batista trazia as sementes fartas de profecias anunciadas há séculos.
O Rei se encontrava entre os homens. E escolheu o palco da natureza para entoar sua canção de amor. Compôs poemas e
somente os corações de boa vontade registraram Seus versos, na intimidade do próprio ser.
Mas os versos ficaram ecoando, levados pelos ventos, repetidos pelas montanhas, acolhidos entre as paredes generosas
dos que aderiam ao convite. Convite do amor. Convite para amar.
Era o auge da primavera. O Governador planetário viera para estar com os Seus.
Estou entre vós como quem serve. Eu sou o bom pastor.
Nenhuma das ovelhas que o pai me confiou se perderá. O pastor dá a sua pela vida das suas ovelhas.
Crede em Deus. Crede também em mim.
Versos recitados na montanha, no vale, nas estradas. E dedilhados no alaúde do lago de Genesaré.
Primavera celestial. Jamais igualada.
* * *
Nos dias que vivemos, novos anúncios se fazem. A era da regeneração se aproxima e a pouco e pouco se instala.
Os arautos se multiplicam. A genialidade retorna ao palco do mundo e as crianças declamam, versejam, compõem sinfonias
e executam peças magistrais, em evocações da Sublimidade Celeste.
Gênios avançam estudos nas ciências, sonhando com viagens interplanetárias, em mensagem de vera fraternidade.
E outros se debruçam sobre lâminas, livros, em laboratórios, academias, institutos, em investigações que objetivam a cura de
males que afligem seus irmãos, o diminuir das dores.
Outros mais empreendem campanhas em prol dos que nada ou quase nada têm. As suas preocupações não são os
folguedos da infância, mas sim o bemestar
de outras tantas crianças, amigos próximos ou desconhecidos distantes.
Primícias de primavera. Primavera nos corações. Primavera de um mundo novo, regenerado. Um mundo em que o homem
abandonará as armas que aniquilam e abraçará a lira, a ciência, a arte, o amor.
Um mundo que já se faz presente. Como os ipês que bordam arabescos pelo chão, que enchem os olhos e afirmam: A
primavera se aproxima!
Pensemos nisso e deixemonos
penetrar pelo hálito primaveril do mundo novo.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 28, ed. FEP.
Em 9.9.2015.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

ELES ESTÃO VIVOS

 Ainda quando não reconheças, de pronto, semelhante verdade, eles te vêm e te escutam! Quanto possível, seguem-te os passos compartilhando-te problemas e aflições ! Compadece-te dos que te precederam na Grande Renovação ! Aqueles que viste partir de mãos desfalecentes nas tuas, doando-te os derradeiros pensamentos terrestres, através dos olhos fitos nos teus, não estão mortos. Entraram em novas dimensões de existência, mas prosseguem de coração vinculado ao teu coração. Assinalam-te o afeto e agradecem-te a lembrança, no entanto, quase sempre se escoram em tua fé, buscando em ti a força precisa para a restauração espiritual que demandam. Muitos deles, ainda inadaptados à vida diferente que são compelidos a facear, pedem serenidade em tua coragem e apoio em teu amor... Outros, muitos, jazem mergulhados na bruma da saudade, detidos na sede de reencontro, ante as requisições continuadas dos teus pensamentos de angústia. Outros muitos seguem-te ainda... Aqueles que se despediram de ti, depois de longa existência, abençoando-te a vida; os que amaste, indicando-lhes o caminho para as esferas superiores; os que levantaste para a luz da esperança e aqueles outros que socorreste um dia, com o ósculo da amizade e da beneficência... Todos te agradecem, estendendo-te os braços no sentido de te auxiliar a transpor as estradas que ainda te cabem percorrer. Auxilia aos entes queridos na Espiritualidade, a fim de que te possam auxiliar! Se lhes recorda a presença e o carinho, preenche o vazio que te impuseram à alma, abraçando o trabalho que terão deixado por fazer. Sê a voz que lhes reconforte os seres amados ainda na Terra, a força que lhes execute o serviço de paz e amor que não terminaram, a luz para aqueles que lhes lastimam a ausência em recantos de sombra, ou o amparo em favor daqueles que desejariam continuar te sustentando no mundo ! Compadece-te dos entes queridos que te antecederam na Grande Libertação! Chora, porque a dor é fonte de energias renovadoras por dentro do coração, mas chora trabalhando e servindo, auxiliando e amando sempre! E deixa que os corações amados, hoje no Mais Além, te enxuguem as lágrimas, inspirando-te ação e renovação, porque, no futuro, tê-los-ás a todos positivamente contigo nas alegrias do Novo Despertar. 

Emmanuel

Extraído do livro Caminho de Volta
Psicografado por Francisco C. Xavier


quinta-feira, 11 de agosto de 2016

VOCÊ É APENAS UMA PESSOA
(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)
Embora estejamos vivendo os anos de um novo milênio, alguns conceitos de séculos passados continuam a vigorar entre
nós.
Um deles, muito arraigado, é o de que homem não chora. Apesar do testemunho de algumas celebridades masculinas que
afirmam ter chorado, mais de uma vez, ante grandes dificuldades, a maioria dos homens ainda acredita que não deve se permitir
chorar.
Chorar denota fragilidade. E o sexo masculino é o sexo forte.
Com aquele pai, recentemente divorciado, não era diferente. Até há poucos meses, ele estava casado e tinha com quem
dividir as tarefas domésticas, as contas do mês, as inquietações e tristezas.
Mas, agora, estava sozinho. E com dois filhos.
Naquele dia, ele chegou do trabalho, deu banho nos meninos, enquanto eles riam de puro prazer e jogavam espuma um no
outro.
Ouviu as gargalhadas deles, correndo pela casa, em brincadeiras barulhentas. Tendo conseguido acalmá-los
um pouco, os
levou para a cama.
Cinco minutos de massagem em cada um deles. Depois, o violão e canções folclóricas, diminuindo devagar o ritmo e o
volume até ter certeza que eles dormiam.
Ele estava determinado a lhes proporcionar uma vida doméstica, a mais estável e normal possível.
Contudo, estava sendo difícil!
Saiu do quarto, desceu as escadas e foi até a cozinha. Sentou-se
numa cadeira, colocou os cotovelos sobre a mesa, as mãos
no rosto e desabou a chorar.
Desde que chegara, era a primeira vez que sentava. Tinha cozinhado, servido o jantar, cuidado para que as crianças
comessem.
Enquanto lavava a louça, supervisionara a lição de casa do filho que estava na segunda série. Tinha elogiado os desenhos
do mais novo e as suas construções com blocos.
Agora, estava ali, sozinho. Sentia o peso da responsabilidade, a solidão. E a preocupação com as contas a pagar.
Conseguiria dar conta de tudo?
Ele se sentia como se estivesse no fundo de um mar, indefeso, perdido. O choro se tornou convulsivo e os soluços o
sacudiram.
Nessa hora, um par de bracinhos lhe rodeou a cintura e um rostinho o examinou com atenção.
Ele olhou para a carinha simpática do filho de cinco anos. Envergonhou-se
por estar chorando.
Desculpe, falou, não sabia que você não estava dormindo. Eu não queria chorar. Desculpe. Estou um pouco triste hoje.
O menino passou a mãozinha no rosto em lágrimas, fazendo carinho, foi se aconchegando no colo do pai, recostou a cabeça
em seu peito, os bracinhos rodeando-lhe
o pescoço.
Então, com a sabedoria da inocência, falou:
Está tudo bem, papai. Não tem problema chorar. Você é apenas uma pessoa.
* * *
Você é apenas uma pessoa! Uma pessoa que tem sentimentos de dor, solidão, impotência. Que ama e deseja ser amado.
Que tem carências.
Pai ou mãe, você não deixa de ser um ser humano, com todas as fraquezas próprias da Humanidade.
É bom que seus filhos saibam que você sente dor, saudade, frustração. Que não é um super herói
ou a mulher maravilha.
Demonstre seus sentimentos e fale a eles a respeito.
Família, em essência, significa amor, dedicação, auxílio mútuo, um ombro amigo para chorar.
Mesmo que seja de uma criança de apenas cinco anos de idade.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Permissão para chorar,
de Hanoch McCarty, do livro Histórias para aquecer o coração dos pais, de
Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jeff Auberye Mark & Chrissy Donnely,
ed. Sextante.
Em 8.8.2016.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Simpatia e Bondade

No plano infinito da Criação jamais encontraremos alguém que prescinda de dois derivados naturais do amor: a simpatia e a bondade. 
A árvore frondosa e plena de vigor solicita o apoio do sol e a solicitude do vento para conservar-se e estender as suas propriedades vitais. 
O animal, por mais inferior na escala dos seres, requer o carinho e a ternura da terra, a fim de manter as próprias funções e aperfeiçoar o seu modo de ser, no meio em que se desenvolve. 
A criança e o jovem, a mulher e o homem, tornam-se enfermiços e infelizes, se não recebem o calor da bondade e da simpatia por alimento providencial na sustentação do equilíbrio e da saúde, da esperança e da paz que lhes são indispensáveis no esforço de cada dia. 
Procura pois, revestir as próprias manifestações, perante aqueles que te rodeiam, com os recursos da simpatia que ajuda e compreende, e da bondade que concede e perdoa, ampliando a misericórdia no mundo e fortalecendo a fraternidade entre todas as criaturas. 
Enriquece com o teu entendimento o patrimônio afetivo do companheiro e o companheiro retribuir-te-á com auxílios originais e incessantes. 
Envolve em tua generosidade fraterna a alma infeliz e desajustada, e nela descobrirás imprevistas nuanças do amor. Não desprezes a simpatia e a bondade ante as lutas alheias e a bondade e a simpatia nos outros te abençoarão toda a vida.

Pelo Espírito de Emmanuel - Psicografado por Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira na Obra Espírito da Verdade -  Lição 4

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

No retoque da Palavra

Seja onde for, não afirme: – “Detesto esse lugar!”
Cada criatura vive na terra dos seus credores.
Ouvindo a frase infeliz, não grite: – “É um desaforo!”
Invigilância alheia pede a nossa vigilância maior.
Atravessando a madureza, não se lamente: – “Já estou cansado”.
Sintoma de exaustão, vontade enferma.
Sentindo a mocidade, não assevere: – ”Preciso gozar a vida!”
Romagem terrestre não é excursão turística.
À frente do amigo endividado, não ameace: – “Hoje ou nunca!”
Agora alguém se compromete, amanhã seremos nós.
Ao companheiro menos categorizado, não ordene: – ”Faça isso!”
Indelicadeza no trabalho, ditadura ridícula.
Perante o doente, não exclame: – ”Pobre coitado!”
Compaixão desatenta, crueldade indireta.
Ao vizinho faltoso, nunca diga: “Dispenso-lhe a amizade.”
Todos somos interdependentes.
Sob o clima da provação, não se queixe: – ”Não suporto mais!”
O fardo do espírito gravita na órbita das suas forças.
No cumprimento do dever, não clame: – ”Estou sozinho.”
Ninguém vive desamparado.
Colhido pelo desapontamento, não reclame: – ”Que azar!”
A Lei Divina não chancela imprevistos.
À face do ideal, não se lastime: – “Ninguém me ajuda.”
No Espiritismo temos responsabilidade pessoal com o Cristo.

André Luiz - Na obra Espirito da verdade Lição 26 - Psicografado por Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira (Espíritos Diversos)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Pensamentos

 “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude e se há algum louvor, nisso pensai.” — Paulo. (FILIPENSES, CAPÍTULO 4, VERSÍCULO 8.) 
Todas as obras humanas constituem a resultante do pensamento das criaturas. O mal e o bem, o feio e o belo viveram, antes de tudo, na fonte mental quê os produziu, nos movimentos incessantes da vida.
O Evangelho consubstancia o roteiro generoso para que a mente do homem se renove nos caminhos da espiritualidade superior, proclamando a necessidade de semelhante transformação, rumo aos planos mais altos. Não será tão-somente com os primores intelectuais da Filosofia que o discípulo iniciará seus esforços em realização desse teor. Renovar pensamentos não é tão fácil como parece à primeira vista. 
Demanda muita capacidade de renúncia e profunda dominação de si mesmo, qualidades que o homem não consegue alcançar sem trabalho e sacrifício do coração. É por isso que muitos servidores modificam expressões verbais, julgando que refundiram pensamentos. Todavia, no instante de recapitular, pela repetição das circunstâncias, as experiências redentoras, encontram, de novo, análogas perturbações, porque os obstáculos e as sombras permanecem na mente, quais fantasmas ocultos. 
Pensar é criar. A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no campo dos efeitos transitórios, mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo íntimo, exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade ou extinção. O conselho de Paulo aos filipenses apresenta sublime conteúdo. 
Os discípulos que puderem compreender-lhe a essência profunda, buscando ver o lado verdadeiro, honesto, justo, puro e amável de todas as coisas, cultivando-o, em cada dia, terão encontrado a divina equação
Lição 15 do Livro Pão Nosso - Psicografado por Chico Xavier - Pelo Espírito de Emmanuel