segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

VIDA NOTURNA

1 - Sou vidrado em espetáculos noturnos “da pesada” — penumbra nevoenta, luzes faiscantes, som “manero”, turma animada... Um êxtase!
 É compreensível. Há quem goste de banho de lama, férias no Polo Norte, tanajura frita. Há até Espíritos que apreciam morar no Umbral! Gosto não se discute.

2 - Umbral?
Vejo que você não leu a obra de André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, onde descreve uma região densa e escura que circunda a Terra, habitada por Espíritos em desajuste, ainda presos aos interesses da Terra. Seria o purgatório da Igreja Católica. Para nós, espíritas, o Umbral.

    3 - E o que tem isso a ver com minha curtição?
É que essas casas noturnas parecem sucursais do Umbral. Ambiente sombrio, inconseqüência, gente avoada e até drogada...

4 -  Espíritos também?
Aos montes, perturbados e perturbadores gravitando em torno dos encarnados.

5 -  Qual o problema se estamos todos numa boa?
Muitos pacientes no manicômio também se sentem assim. Criminosos, assaltantes, estelionatários, adúlteros, estão todos “numa boa”. Só que essa “boa” de hoje será a “péssima” de amanhã, em lamentável envolvimento com o desajuste.

6 -  Que mal pode haver num lugar onde a gente vai curtir um som, em ambiente de descontração e alegria, num agito muito feliz?
Começa pelo som, tão ensurdecedor que fatalmente músicos e freqüentadores habituais terão problemas auditivos. Depois o envolvimento com o álcool, as drogas, que correm soltos, o sexo promíscuo e mais a sintonia com Espíritos umbralinos. Resultado a médio e longo prazo:
perturbação, enfermidade, obsessão, infelicidade. Decididamente, não é uma boa.

7 -  Nada disso me afeta. Sinto-me muito bem.
Problemas dessa natureza não surgem da noite para o dia. Há um efeito cumulativo, como um copo d’água que só transborda quando cheio.

8 -  Há no Espiritismo alguma proibição a respeito?
O apóstolo Paulo dizia “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convêm”.

É exatamente esse o ponto de vista doutrinário. Faça o que deseja, mas considere que nem sempre o objeto de seus desejos é algo conveniente. Cuidado com o Umbral!

Do livro "NÃO PISE NA BOLA", de Richard Simonetti.

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