1 - Eu estava
noiva, casamento marcado. Meu noivo envolveu-se com outra mulher e desmanchou o
compromisso. Estou desiludida e infeliz. Como enfrentar o problema?
Considere
que a desilusão tem um aspecto altamente positivo. Significa que você estava
iludida quanto aos sentimentos de seu noivo. Melhor acontecer agora. Depois,
com o casamento, filhos, vida em comum, seria bem pior.
2 - Mas sinto
que ele é o homem de minha vida...
Esteja
certa de que o «homem de sua vida” não a deixaria por outra. Afinal, com seu
gesto ele deixou evidente que você não é a mulher da vida dele.
3 - E como explicar o extremado amor que lhe
devoto?
Amor extremado é
paixão, péssima conselheira que sustenta rancores e mágoas que infernizam nossa
existência.
4 - Não consigo imaginá-lo com outra. Tenho ganas de matá-lo.
Isso demonstra
que efetivamente não o ama. Amar é
querer o bem de alguém. Se o amasse de verdade respeitaria sua decisão, seu
direito de decidir o próprio destino.
5 - Os criminosos não devem ser
punidos?
A justiça é da
competência de Deus. O que você pretende é vingança, algo fora de moda para
aqueles que compreendem, com Jesus, que o perdão é o bálsamo divino para todas
as mágoas.
6 - Melhor seria morrer...
Realmente, a vida
espiritual é mais agradável, segundo nos informam os Espíritos, mas apenas para
aqueles que partem convocados por Deus, após uma existência em plenitude de
trabalho e dedicação ao Bem. Você está apenas começando a jornada humana.
7 - Por três vezes tentei o suicídio. Não tive
competência nem para me matar...
Agradeça a Deus
não ter consumado o suicídio. Trata-se de frustrante gesto de fuga. O suicida
logo descobre que a morte não existe e colhe sofrimentos incomparavelmente
maiores do que aqueles dos quais pretendeu fugir.
8 - Mas pesa-me a desilusão. Como conviver com ela?
Não conviva. A
desilusão é o cadáver da ilusão. Logo cheira mal, odor de perturbação e
desequilíbrio. Sepulte-o. Renove suas motivações existenciais, envolvendo
profissão, estudo, amigos, religião. Experimente ajudar pessoas. Conhecendo as
misérias humanas saberá que seu problema é bem menor do que supõe.
Do livro "NÃO PISE NA BOLA", de Richard Simonetti.
Do livro "NÃO PISE NA BOLA", de Richard Simonetti.
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