domingo, 22 de dezembro de 2013

ROLETA RUSSA

1 -  Eu e minha turma fizemos uma “roleta russa” no trânsito. Em nossas motos, cruzávamos, em alta velocidade, uma rua preferencial, até que um companheiro bateu num automóvel. Sofreu traumatismo craniano e morreu. Como podemos situar sua morte?
Suicídio.

2 -  Por quê? Ele amava a vida. Queria enfrentar emoções fortes. Jamais pensaria em se matar.
Estranho amor pela vida que cutuca a morte com vara curta. Foi um suicida inconsciente, alguém que não tomou consciência de que acabaria por matar-se.

3 -  E como fica a idéia de que ninguém morre na véspera, de que morremos quando chega nossa hora?
Furadíssima. Milhares de Espíritos deixam a vida física, diariamente, envolvidos em acidentes gerados pela imprudência.

4 -  E os anjos-de-guarda, não funcionam nesses casos?
Eles não são mágicos. Orientam-nos quanto aos caminhos mais acertados, mas se insistirmos na inconseqüência fica difícil porem em nossa cabeça o capacete que não trazemos ou o juízo que não cultivamos.

5 -  Como fica o jovem que morre por Imprudência?
Se seu pai lhe der um carro para trabalhar em determinada região, de forma a assegurar seu futuro, com uma vida produtiva e honrada e você o destroça por imprudência, perdendo tempo, oportunidade e dinheiro e baixando no hospital, como ficará com seu pai? Muito mal, sem dúvida. Não melhor fica o Espírito perante Deus, quando destrói o carro físico por desastradas manobras na viagem humana, determinadas pela falta de responsabilidade.

           6 - E depois?
Primeiro, estágios depuradores no Plano Espiritual, seguindo-se a recomendação em situação precária, com um «carro” frágil, limitado, a fim de que seja cerceado em sua volúpia pelo perigo e pela inconseqüência.

7 - Você está querendo assustar?
Gostaria que você ficasse bastante assustado com essa perspectiva, bem como toda meninada que busca o perigo com a mesma inconsciência de uma criança que acende um fósforo perto de uma poça de gasolina.

8 - E se, embora agindo com prudência, sofro um acidente e venho a falecer. Posso dizer que foi meu destino?

Especular a esse respeito seria invadir os insondáveis desígnios divinos. Melhor será lembrar que agindo de forma disciplinada e prudente estaremos sempre habilitados a receber amplo amparo da Espiritualidade nos eventos da vida e nas experiências da morte.


Do livro "NÃO PISE NA BOLA", de Richard Simonetti.

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