1 - Eu e
minha turma fizemos uma “roleta russa” no trânsito. Em nossas motos,
cruzávamos, em alta velocidade, uma rua preferencial, até que um companheiro
bateu num automóvel. Sofreu traumatismo craniano e morreu. Como podemos situar
sua morte?
Suicídio.
2 - Por quê?
Ele amava a vida. Queria enfrentar emoções fortes. Jamais pensaria em se matar.
Estranho
amor pela vida que cutuca a morte com vara curta. Foi um suicida inconsciente,
alguém que não tomou consciência de que acabaria por matar-se.
3 - E como
fica a idéia de que ninguém morre na véspera, de que morremos quando chega
nossa hora?
Furadíssima.
Milhares de Espíritos deixam a vida física, diariamente, envolvidos em
acidentes gerados pela imprudência.
4 - E os
anjos-de-guarda, não funcionam nesses casos?
Eles não
são mágicos. Orientam-nos quanto aos caminhos mais acertados, mas se
insistirmos na inconseqüência fica difícil porem em nossa cabeça o capacete que
não trazemos ou o juízo que não cultivamos.
5 - Como fica
o jovem que morre por Imprudência?
Se seu
pai lhe der um carro para trabalhar em determinada região, de forma a assegurar
seu futuro, com uma vida produtiva e honrada e você o destroça por imprudência,
perdendo tempo, oportunidade e dinheiro e baixando no hospital, como ficará com
seu pai? Muito mal, sem dúvida. Não melhor fica o Espírito perante Deus, quando
destrói o carro físico por desastradas manobras na viagem humana, determinadas
pela falta de responsabilidade.
6 - E depois?
Primeiro,
estágios depuradores no Plano Espiritual, seguindo-se a recomendação em
situação precária, com um «carro” frágil, limitado, a fim de que seja cerceado
em sua volúpia pelo perigo e pela inconseqüência.
7 - Você está querendo assustar?
Gostaria
que você ficasse bastante assustado com essa perspectiva, bem como toda
meninada que busca o perigo com a mesma inconsciência de uma criança que acende
um fósforo perto de uma poça de gasolina.
8 - E se, embora agindo com prudência, sofro um
acidente e venho a falecer. Posso dizer que foi meu destino?
Especular
a esse respeito seria invadir os insondáveis desígnios divinos. Melhor será
lembrar que agindo de forma disciplinada e prudente estaremos sempre
habilitados a receber amplo amparo da Espiritualidade nos eventos da vida e nas
experiências da morte.
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