1 - Quando marido e mulher não têm a mesma religião sempre surgem
atritos quanto à orientação religiosa dos filhos. O que se deve fazer?
Não esperar pelos
atritos. É um assunto que deve ser muito bem conversado e acertado, antes do
casamento, partindo do velho princípio:
o que é tratado não é caro.
2 - Não seria melhor deixar os próprios filhos decidirem mais tarde,
evitando problemas?
Um dos maiores
problemas do adolescente é a falta de orientação religiosa. Deixar de ministrá-la
é crime de lesa-criança.
3 - E quem vai cuidar dessa orientação?
O cônjuge
com maior disponibilidade de tempo e disposição para as providências
necessárias.
4 - Isso quase equivale dizer que nesses casos a
função é da mulher.
Não
apenas nesses casos. De um modo geral a mulher tem maior contato com as
crianças e, sem dúvida, em face de sua sensibilidade, leva mais jeito.
5 - Sou
espírita e tenho plena convicção de que o Espiritismo está muito adiante de
outras religiões na orientação para a vida. Será justo deixar à minha mulher,
que tem outra religião, a tarefa de orientar meus filhos nesse sentido?
Ela
certamente pensa o mesmo em relação à religião que professa. Considere que não
é fundamental que seus filhos sejam espíritas, mas que tenham uma religião.
6 - Não será
constrangedor ver meus filhos orientados por princípios distanciados das
realidades espirituais mostradas pela Doutrina Espírita?
Enquanto pequenos
importará apenas o aspecto moral, onde há identidade entre as religiões. Na
medida em que crescerem a curiosidade os levará a cogitar de seus princípios.
7 - Há algo
que possa ser feito para despertar esse interesse?
Sim,
cultivando valores de amizade, honestidade, respeito, carinho... Assim
demonstrará a excelência da Doutrina Espírita, capaz de transformá-lo num chefe
de família muito amado.
8 - Seria
atrair pela força do exemplo?
Isso é
fundamental. Tenho visto jovens com aversão pelo Espiritismo por culpa dos
pais. Estes freqüentam o Centro Espírita, proclamam suas convicções, mas não as
vivenciam no lar. Passam uma imagem negativa aos filhos, que associam seu
comportamento imaturo à Doutrina.
Do livro "NÃO PISE NA BOLA", de Richard Simonetti.
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