O problema do suicídio não é de carma.
Decorre da falta de calma quando não aceitamos as provações humanas.
2 - E se a pessoa tem uma depressão tão
forte que não consegue viver, enxergando no suicídio sua única saída?
Seria uma boa saída se a vida terminasse
no túmulo. Como não termina, o suicídio apenas abre a porta para um mergulho em
sofrimentos maiores.
3 - Aqueles que enfrentam graves depressões parecem não se importar
muito com essa perspectiva. Consideram que não pode existir situação pior do
que a que estão enfrentando.
Enganam-se.
Não há na Terra sofrimento que se compare ao do suicida. O Espírito Camilo
Castelo Branco deixa isso bem claro no livro “Memórias de um Suicida”,
psicografia de Yvonne A. Pereira, onde descreve suas experiências no
Vale dos Suicidas.
4 - É possível
alguém ser induzido ao suicídio por um Espírito obsessor?
Sim. Mas
é preciso lembrar que os obsessores apenas exploram nossas tendências.
Dificilmente conseguirão induzir ao suicídio um coração confiante em Deus,
habituado a cultivar otimismo e bom ânimo.
5 - Não há
casos de subjugação em que o obsessor sobrepõe-se às reações do obsidíado,
precipitando-o no auto-aniquilamento?
Aparentemente,
sim. Tenho observado casos de suicídio que mais parecem assassinatos cometidos
por Espíritos.
6 - Nesse caso o suicida
estaria isento de responsabilidade?
É difícil ajuizar até que ponto ele
estava impedido de reagir. De qualquer forma a responsabilidade é compatível
com seu grau de maturidade e informação. Há circunstâncias atenuantes, como
numa obsessão; ou agravantes, como o fato de estarmos perfeitamente conscientes
do que fazemos e das conseqüências.
7 - Como
confortar as pessoas que passam pela desdita de um suicídio na família?
É preciso ter sempre presente que o suicida não perde a
condição de filho de Deus, nem é confinado em tormentos irremissíveis. Deus não
desampara nenhum de seus filhos. O suicida aprende da forma mais dolorosa, mas
segundo sua própria escolha, que a Vida deve ser respeitada.
8 - O que
podemos fazer pelos suicidas?
Em princípio, cessar o questionamento, deixando de cultivar reminiscências que repercutem dolorosamente neles. E,
sobretudo, orar em seu beneficio. Dizem os suicidas que este é o seu refrigério.
Do livro "NÃO PISE NA BOLA", de Richard Simonetti.
Do livro "NÃO PISE NA BOLA", de Richard Simonetti.
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