Com o advento do terceiro milênio aumentaram as profecias
catastróficas do fim do mundo que tendiam a assustar cada vez mais as pessoas.
Avolumaram-se artigos, conferências e opiniões sobre essa transição que
passaria nosso planeta.
A ignorância, mãe de muitas superstições, faz chover
previsões do catastrofismo apocalíptico ou juízo final, para que a terra se
transformasse rapidamente no paraíso dos eleitos. Há até os que afirmam que já
se aproxima da terra um planeta que ao chegar próximo do nosso orbe verticará o
eixo da terra, não deixando pedra sobre pedra.
Muitas dessas previsões catastróficas sobre o “final dos
tempos” já se fizeram e logicamente foram desmoralizadas no devido tempo, mas
não sem antes promoverem alguns distúrbios e apreensões.
É lógico que de acordo com a lei de destruição, um dia a
terra realmente se extinguirá. O nosso planeta, sendo mantido pela energia que
se despreende do sol e que este astro aos poucos vai perdendo massa, é certo
que um dia ele perderá a sua capacidade de promover e manter a vida e o
equilíbrio vital sucumbindo exaurido. Isso porém, somente vigerá daqui a alguns
bilhões de anos.
No item número 267 de O Livro dos Médiuns, Allan Kardec
enfatiza que os espíritos superiores nunca determinam data para tais
acontecimentos.
A doutrina espírita nos ensina que o progresso se processa
de acordo com as leis imutáveis criadas por Deus e que a terra não terá de
transformar-se através de cataclismos que aniquile de súbito uma geração. A
atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo sem que
haja mudança alguma na ordem natural das coisas. Uma parte dos espíritos que
encarnavam na terra deixarão de fazê-lo e aí não mais tornarão a encarnar. Em
cada criança que nascer, em vez de um espírito inclinado ao mal, que, antes
nela encarnaria, virá um espírito mais adiantado e propenso ao bem.
É preciso pois que acreditemos que Deus é sabedoria suprema,
infinitamente bom e justo e jamais destruiria nada por vingança.
Numa lenda hilariante, conta-se que: “... um pai, ao
encontrar sua filha namorando de maneira inconveniente no sofá da sala, tomou
esta severa decisão: queimou o sofá.”
Seria um gesto idêntico, se Deus destruísse as coisas do
mundo só por que seus filhos estão procedendo de maneira errada.
Precisa, o homem convencer-se de que as mudanças que nosso
Pai Celestial espera de nós são as mudanças no campo do sentimento e das
emoções, da ética e da moral. Se houver a mudança do homem, o mundo também
mudará.
Sobre esse controvertido assunto, assim se expressa Allan
Kardec no seu livro A Gênese: “O que haverá é pois o fim do mundo velho, do
mundo governado pelos preconceitos, pelo orgulho, pelo egoísmo, pelo fanatismo,
pela incredulidade, pela cupidez e por todas as paixões pecaminosas”.
Esforcemo-nos para que essas transformações aconteçam no
nosso íntimo e então melhoraremos este orbe.
Desconhecemos Autoria
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