
A eclosão da adolescência mais sugere um incômodo psíquico pela abundância de sugestões na formação do corpo e entendimento da nova existência, que necessariamente uma fase de êxtase moral e/ou espiritual.
Contudo, na fase adulta, me parece, em minha parca e humilde percepção, que estamos em momento inoportuno para a felicidade.
- Preferimos escolher o trabalho que pague as contas, que o trajeto onde guardamos por anos no subconsciente de nossos sonhos infantis.
- O Status do adulto ficou estagnado nas roupas de marca, conquistas indébitas, amores de ocasião, relacionamentos furtivos; A vida passa por ele e ele, só direciona seu pensamento no imediato.
- Os gritos no lar se justificam pelos adultos, pois o dia foi duro. Na ocupação profissional que abraçou pensando apenas em disponibilizar o melhor na construção material do lar.
Onde monogamia não seja ingenuidade, onde trabalhar com respeito não seja utopia, onde estar presente na vida dos filhos não seja hipocresia, onde fazer a caridade não seja oportuno para os inescrupulosos.
Ainda me vejo sob o olhar inteligente e fraterno de minha avó, ante o desejo arrebatador da energia de estar com quem pense no bem dos outros. Ainda ouso falar de Jesus nos momentos de crise e não vejo problemas em chorar quando não consigo dominar o monstro que ainda repousa dentro de mim. Acreditando piamente que outras crianças envelhecidas pelo corpo e tempo físico, se agigantem e dominem o pensamento vigente da sociedade.
Pois, precisamos de mais crianças felizes e menos adultos frustrados.
Fernando Ben
25/11/2012 Rio de Janeiro
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