Até hoje, os fenômenos mediúnicos que se desdobraram à margem do
apostolado do Cristo se definem como sendo um conjunto de teses
discutíveis, mas os ensinamentos e atitudes do Mestre constituem o
maciço de luz inatacável do Evangelho, amparando os homens e
orientando-lhes o caminho.
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Existe quem recorra à ideia da fraude piedosa para justificar a transformação da água em vinho, nas bodas de Caná.
Ninguém vacila, porém, quanto à grandeza moral de Jesus, ao traçar os
mais avançados conceitos de amor ao próximo, ajustando teoria e
prática, com absoluto esquecimento de si mesmo em benefício dos outros,
num meio em que o espírito de conquista legitimava os piores desvarios
da multidão.
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Invoca-se a psicoterapia para basear a cura do cego Bartimeu.
Há, todavia, consenso unânime, em todos os lugares, com respeito à
visão superior do Mensageiro Divino, que dignificou a solidariedade como
ninguém, proclamando que “o maior no Reino dos Céus será sempre aquele
que se fizer o servidor de todos na Terra”, num tempo em que o egoísmo
categorizava o trabalho à conta de extrema degradação.
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Fala-se em hipnose para explicar a multiplicação dos pães.
O mundo, no entanto, a uma voz, admira a coragem do Eterno Amigo que
se consagrou aos sofredores e aos infelizes sem qualquer preocupação de
posse terrestre, conquanto pudesse escalar os pináculos econômicos, numa
época em que, de modo geral, até mesmo os expositores de virtude viviam
de bajular as personalidades influentes e poderosas do dia.
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Questiona-se em torno do - reavivamento de Lázaro.
Entretanto, não há quem negue respeito incondicional ao Benfeitor
Sublime que revelou suficiente desassombro para mostrar que o perdão é
alavanca de renovação e vida, num quadro social em que o ódio coroado
interpretava a humildade por baixeza.
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Debate-se, até agora, o problema da ressurreição dele próprio.
No entanto, o mundo inteiro reverencia o Enviado de Deus, cuja figura
renasce, dia a dia, das cinzas do tempo, indicando a bondade e a
concórdia, a tolerância e a abnegação por mapas da felicidade real, no
centro de cooperadores que se multiplicam, em todas as nações, com a
passagem dos séculos.
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Recordemos semelhantes lições na Doutrina Espírita.
Fenômenos mediúnicos serão sempre motivos de experimentação e de
estudo, tanto favorecendo a convicção, quanto nutrindo a polêmica, mas
educação evangélica e exemplo em serviço, definição e atitude, são
forças morais irremovíveis da orientação e da lógica, que resistem à
dúvida em qualquer parte.
Emmanuel
Do livro Mediunidade e Sintonia, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel.
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