domingo, 9 de outubro de 2016

CRESCENDO JUNTOS

(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)

Ao nos prepararmos para receber um filho em nossos braços, uma das grandes preocupações é a questão da
educação. Perguntamos-nos
que tipo de educação iremos oferecer, quais valores haveremos de transmitir.
Se analisarmos sob outro ângulo, podemos perceber o quanto educar um filho é capaz de nos transformar, de nos
educar indiretamente.
Quando os filhos chegam ao lar, despertam em nós sentimentos adormecidos em nossa alma. Mostram-nos
um
amor antes desconhecido. É hora de aprendizado e também de muitos desafios.
É o momento de treinar o desprendimento, a tolerância e a doação de si próprio. Passamos a desejar a conquista
de muitas virtudes que ainda não possuímos.
Quando são pequenos, naturalmente, a principal preocupação é com as questões básicas de sobrevivência.
Manter a pequena criança alimentada e protegida, fazendo com que se sinta amada através dos diversos cuidados.
Quando ela começa a interagir com o mundo, nos brindando com os primeiros sorrisos, é um dos momentos em
que começamos a ficar mais atentos ao nosso comportamento, às atitudes e à fala. Afinal, serviremos de modelo.
Passamos a repensar o nosso vocabulário. Analisamos palavras ou expressões que possam ser substituídas ou
simplesmente abolidas.
Ficamos mais atentos ao tom com o qual nos referimos aos outros, à maneira como tratamos o outro, ao conteúdo
dos diálogos. Isso porque estamos sendo observados o tempo todo.
A coerência entre palavras e atitudes talvez seja uma das questões mais cobradas pelos pequenos. Cobram-nos,
com frequência, que façamos exatamente o que falamos, do contrário, nossa palavra perde o valor.
Viver a verdade, se antes não era essencial, a partir dessa nova etapa, passa a ser.
E à medida que vão crescendo, formando a sua própria identidade ensinam-nos
muito. Quando a vida nos dá
oportunidade, mostram atitudes tão maduras que chegam a nos surpreender.
Fazem-nos
questionar a nossa conduta diante de diversas situações. Fazem-nos
enxergar que poderíamos ter
agido de outra forma, que aquela talvez possa não ter sido a melhor escolha.
Apontam nossos erros, nos colocam frente nossas próprias fraquezas e dificuldades pessoais. E, a partir do
momento em que reconhecemos essas imperfeições, principiamos a desejar a mudança e trabalhar para conquistá-la.
* * *
Como pais, temos a missão de educar os filhos, orientá-los
no caminho do bem e prepará-los
para o mundo.
Tenhamos a certeza de que os filhos vêm também com essa missão, a de nos educar.
Eles nos impulsionam ao caminho do autoconhecimento, do aprimoramento e da superação de várias dificuldades.
Ensinam-nos
a abnegação e nos despertam os mais nobres sentimentos.
Se nos entregarmos de coração a essa Divina tarefa, estaremos também nos educando e, ao final, sairemos
moldados, lapidados e aperfeiçoados.
Entre erros e acertos, aprendemos muito com nossos amados filhos. Carreguemos em nossos corações a gratidão
a Deus, que nos permite, através da maternidade e paternidade, mais essa oportunidade de crescimento pessoal.
Redação do Momento Espírita.
Em 05.08.2011.

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