sexta-feira, 4 de setembro de 2015

EDUCAR PARA SALVAR
(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)
Diante dos dias conturbados por que passa a sociedade atual, só existe uma maneira eficiente de fazer com que desponte
uma aurora límpida e bela, neste Terceiro Milênio: a educação.
Somente através da educação bem sedimentada poderá surgir o homem renovado do século XXI.
Mas, educar não significa apenas transmitir padrões sócioculturais,
nem acompanhar o desenvolvimento físicointelectual
da
criança ou passar uma série de informações pela instrução formal.
A educação, bem entendida, consiste em formar o homem de bem, contemplando seu duplo aspecto: espiritual e físico.
A violência grassa e desgraça, num mundo onde o ser humano vem perdendo o senso de fraternidade, de solidariedade,
face aos conflitos de opiniões, às imposições do intelecto sobre o sentimento, à robotização que transforma o ser humano em
máquina, a repetir atividades que lhe destroem a capacidade de criar, de enriquecer-se
de novos valores espirituais.
Educar, no sentido que o termo exige, é desenvolver, cultivar, fazer brotar, elevar, fazer crescer, não de maneira unilateral,
mas de forma integral, para que o educando possa ser o cidadão honrado que todos desejamos encontrar na sociedade da qual
fazemos parte.
E para que se atinja esse grandioso objetivo será preciso, antes de tudo, duas premissas básicas: amor e autoeducação.
Amar para educar e autoeducarse
para amar. Esse binômio: amor e autoeducação deverá ser o denominador comum para
pais e mestres.
Aos pais não basta amar, é preciso que seu amor seja firme, sem tirania, e terno, sem pieguice.
Aos mestres não basta instruir, transmitir informações áridas, sem o real enriquecimento do conteúdo com o tempero do afeto.
É preciso que haja uma conjugação de forças entre pais e mestres para que se logre êxito na reforma moral da
Humanidade.... Para que se possa ver o despontar da verdadeira aurora do Terceiro Milênio...
É preciso que o ser humano passe a ser o tesouro mais valioso do planeta, para que entenda o papel que lhe cabe na obra
do Criador.
É preciso que não se tente resumir o ser humano a uma simples máquina de fazer sexo, fabricar dinheiro, se projetar sob as
luzes transitórias dos holofotes da fama.
É preciso que se compreenda a realidade imortal do homem.
É preciso que se entenda, de vez por todas, que o ser humano não é um amontoado de ossos e músculos, numa breve
experiência espiritual.
O homem é um ser espiritual, imortal, vivendo uma breve experiência num corpo carnal, frágil e perecível, que caminha na
direção do túmulo.
E, por fim, é preciso que se viva como ser imortal, que terá que prestar contas dos seus atos à consciência cósmica e à
própria consciência, assim que se desembaraçar da carne.
Se pais e mestres, que geralmente também são pais, amassem para bem educar e se autoeducassem para amar, o
panorama do mundo se transformaria em pouco tempo, para melhor.
Veríamos no lar, que é a primeira escola, as crianças aprendendo o respeito ao semelhante, a dignidade, a honradez, a
liberdade intelectual, o respeito a si mesma e ao próximo.
E, na escola, com mestres conscientes do seu nobre dever, aprenderiam as lições para iluminar o intelecto, mas sempre
acompanhadas com os componentes do amor e da ternura.
Eis uma receita infalível...
Eis a solução para banir, definitivamente, a violência da face da Terra.
* * *
A educação sem um propósito de transcendência é uma ideia vazia e estreita e pode sempre se tornar instrumento de
manipulação dos poderes sociais.
Pense nisso!
Redação do Momento Espírita, com base
na Introdução e no cap, VIII, do livro A educação da
Nova Era, de Dora Incontri, ed. Comenius.
Em 1.7.2013.

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