sábado, 14 de março de 2015

NOSSOS IRMÃOS

"E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão." - João. (I JOÃO, 4:21.)

Em verdade, amamos a Deus, em todos os motivos de júbilo dentro da nossa marcha evolutiva. O Evangelho, entretanto, é farto de recomendações, no sentido de amarmos também os nossos irmãos, entre as pedras e sombras da escabrosa subida.

Certo, a palavra da Boa Nova não se reporta aos companheiros amados e felizes que já solucionaram conosco as questões de harmonia mental, e sim aos que respiram em nossa atmosfera, exigindo auxílio fraterno e seguro.

São eles:

- os nossos irmãos doentes que reclamam remédio;

- os infortunados que pedem consolo;

- os fracos que esperam defesa;

- os ignorantes que anseiam por esclarecimento; os desajustados que necessitam de compreensão;

- os criminosos distanciados do socorro e da luz;

- os insubmissos que nos desafiam a tolerância;

- os desequilibrados que nos induzem a vigiar para o bem;

- os demolidores que nos oferecem o ensejo de reconstruir;

- os revolucionários que nos auxiliam a reconhecer os benefícios da ordem;

- os que nos ferem, ajudando-nos a desbastar as próprias imperfeições;

- os que nos perseguem e caluniam, proporcionando-nos a oportunidade de suportar com o Cristo, na prática do Evangelho.

O irmão iluminado e bondoso, em si, já representa uma obra viva do Pai, através da qual O conhecemos e admiramos; o irmão ignorante ou infeliz, porém, é uma obra que o Céu nos convida a amparar e embelezar, no rumo da perfeição, em nome do Todo- Misericordioso.

Se amas a Deus no irmão que te entende e ajuda, não te esqueças de honrá-lo e querê-lo no irmão que ainda te não pode amar.





XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 14.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996. Capítulo 167.

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