quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

NO NATAL: O QUE IMPORTA É O DINHEIRO
Durante mais esse  ano, 2017, seguimos caminhos diferentes em relação a fé, ao que acreditamos ser verdade. Mas nesta época, revisando nossas ações e os resultados obtidos, muitas coisas fogem ao nosso controle ou entendimento: são os nossos problemas; buscamos, então, a fé religiosa.
Assim, os mais materialistas, que buscam respostas imediatas, até compram supostas soluções. Há aqueles em que o desespero é tão grande que perdem a razão e aceitam tudo e qualquer solução, cegamente, sem contestar.
De acordo com as nossas necessidades, dificuldades e nosso entendimento das coisas, várias outras situações se criam abrindo novos e diferentes caminhos.
Todo aquele que fundou sua fé religiosa sobre a firmeza de fé de outrem, por não ter raízes próprias, ao surgimento das primeiras tentações, se desvia do caminho, procurando alicerces alheios.
A falta de resultados acaba levando muitos a descrerem na Providência Divina. Outros acreditam que essa força possa ser subornada por promessas e votos absurdos e até  injustificáveis. Vemos, então, os templos de pedra cheios; mas a busca é por privilégios e preferências na solução de problemas mesquinhos.
Mas não duvidemos de que Jesus está a porta de cada um desses templos, perguntando, interessadamente, aos que chegam: “Que buscais?”¹. O Mestre não irá perguntar quais são nossos raciocínios e pensamentos particulares sobre qualquer assunto; o que conhecemos Dele; também não pedirá que assinemos nenhum contrato.
Àquele que disser: _Busco melhorar, Ele dirá: conhece-te a ti mesmo, para que saiba o que já tem de bom; _Busco entender as experiências, Ele recomendará que coloque em prática os conhecimentos para que a consciência seja trabalhada; _Não estou satisfeito com o mundo, Ele dirá: comece a mudança por ti mesmo; _Busco me livrar das tentações, Ele lembrará: tens teu livre-arbítrio, cabe a ti tomar as decisões; _Busco  me livrar das dificuldades, Ele recomendará a coragem para enfrentá-las; _Busco liberdade, Ele lembrará do dever. Tua liberdade vai até onde começa o teu dever, que é onde começa a liberdade do outro.
Quando falamos do outro, lembramos que Jesus disse: “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei.”²
Em qualquer transação comercial, o referencial, a moeda de troca é o dinheiro. Ao perguntar a Pedro, por três vezes:”Pedro, tu me amas?”³, Jesus pretende apenas saber se Pedro o ama, deixando perceber , assim, que com amor as demais dificuldades se resolvem.
O dinheiro de Jesus é o amor.
Ser cristão, ter fé no Cristo, significa viver aumentando essa reserva de essência divina, o amor. Essa reserva de amor será a moeda com a qual vamos fazer permutas de ordem espiritual, criando nossa identidade com autoridade moral.
Em qualquer círculo do Evangelho onde nos encontrarmos: nos lares, no ambiente de trabalho, nos templos, se ainda não nos amamos uns aos outros, vamos indagar: por que os ensinamentos ainda não penetraram o santuário do coração?
Revisemos, refaçamos, procuremos ajuda, mas que o objetivo de nossas vidas seja o de aumentar nossa reserva de amor.
Neste Natal: o que importa é o dinheiro. Quanto dinheiro de Jesus tu tens para negociar as dificuldades?

Paulo Schaeffer

1-João cap.1;
2-João cap.13;
3-João cap.21.

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