NO NATAL: O QUE IMPORTA É O DINHEIRO
Durante mais esse ano, 2017, seguimos caminhos
diferentes em relação a fé, ao que acreditamos ser verdade. Mas nesta época,
revisando nossas ações e os resultados obtidos, muitas coisas fogem ao nosso
controle ou entendimento: são os nossos problemas; buscamos, então, a fé
religiosa.
Assim, os mais materialistas, que
buscam respostas imediatas, até compram supostas soluções. Há aqueles em que o
desespero é tão grande que perdem a razão e aceitam tudo e qualquer solução,
cegamente, sem contestar.
De acordo com as nossas necessidades,
dificuldades e nosso entendimento das coisas, várias outras situações se criam
abrindo novos e diferentes caminhos.
Todo aquele que fundou sua fé
religiosa sobre a firmeza de fé de outrem, por não ter raízes próprias, ao
surgimento das primeiras tentações, se desvia do caminho, procurando alicerces
alheios.
A falta de resultados acaba levando
muitos a descrerem na Providência Divina. Outros acreditam que essa força possa
ser subornada por promessas e votos absurdos e até injustificáveis. Vemos, então, os templos de
pedra cheios; mas a busca é por privilégios e preferências na solução de
problemas mesquinhos.
Mas não duvidemos de que Jesus está a
porta de cada um desses templos, perguntando, interessadamente, aos que chegam: “Que buscais?”¹. O Mestre não irá
perguntar quais são nossos raciocínios e pensamentos particulares sobre
qualquer assunto; o que conhecemos Dele; também não pedirá que assinemos nenhum
contrato.
Àquele que disser: _Busco melhorar, Ele dirá: conhece-te a
ti mesmo, para que saiba o que já tem de bom; _Busco entender as experiências, Ele recomendará que coloque em
prática os conhecimentos para que a consciência seja trabalhada; _Não estou satisfeito com o mundo, Ele
dirá: comece a mudança por ti mesmo; _Busco
me livrar das tentações, Ele lembrará: tens teu livre-arbítrio, cabe a ti tomar
as decisões; _Busco me livrar das dificuldades, Ele recomendará a
coragem para enfrentá-las; _Busco
liberdade, Ele lembrará do dever. Tua liberdade vai até onde começa o teu
dever, que é onde começa a liberdade do outro.
Quando falamos do outro, lembramos
que Jesus disse: “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros como
eu vos amei.”²
Em qualquer transação comercial, o
referencial, a moeda de troca é o dinheiro. Ao perguntar a Pedro, por três
vezes:”Pedro, tu me amas?”³, Jesus pretende apenas saber se Pedro o ama,
deixando perceber , assim, que com amor as demais dificuldades se resolvem.
O dinheiro de Jesus é o amor.
Ser cristão, ter fé no Cristo,
significa viver aumentando essa reserva de essência divina, o amor. Essa
reserva de amor será a moeda com a qual vamos fazer permutas de ordem
espiritual, criando nossa identidade com autoridade moral.
Em qualquer círculo do Evangelho onde
nos encontrarmos: nos lares, no ambiente de trabalho, nos templos, se ainda não
nos amamos uns aos outros, vamos indagar: por que os ensinamentos ainda não
penetraram o santuário do coração?
Revisemos, refaçamos, procuremos
ajuda, mas que o objetivo de nossas vidas seja o de aumentar nossa reserva de
amor.
Neste Natal: o que importa é o dinheiro. Quanto dinheiro de Jesus tu tens
para negociar as dificuldades?
Paulo Schaeffer
1-João cap.1;
2-João cap.13;
3-João cap.21.
Nenhum comentário:
Postar um comentário