sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

PENSAMENTO E DOENÇAS




























A consciência do ser humano espraia-se por todo o seu organismo através das variadas expressões de capacidade vibratória dos elementos que o constituem.
Desse modo, operando em harmonia conjunta, cada célula é portadora de pródomos de consciência individual, em cujas tecelagens delicadas se imprimem as necessidades evolutivas do ser humano.
Trabalhadas pelos comandos automáticos do perispírito, elas resultam da condensação de ondas específicas que conduzem os conteúdos morais encarregados de produzirem os órgãos e os diversos mecanismos constitutivos do indivíduo.
A célula, é, portanto, em si mesma, a materialização do molde energético elaborado pelo modelo organizador biológico.
Quando ocorre a disjunção molecular de cada uma, pelo fenômeno da morte física, não se dá a desintegração ou o aniquilamento daquele que a constituía, permanecendo como parte integrante do conjunto ordenador. Como conseqüência, cada uma possui registros especiais que se encarregam de sincronizar-se num conjunto harmônico total. Esse tipo de registro pode ser considerado como uma forma de consciência embrionária que conduz e preserva informações sobre as ocorrências de que participa.
O perispírito, dessa forma, é também constituído pelo conjunto dessas consciências celulares que formam a consciência global encarregada de transmitir ao Espírito as memórias, as conquistas e realizações de cada experiência reencarnacionista, e de todas elas em conjunto, sempre alteradas conforme as transformações naturais da etapa vivenciada.
Os pensamentos que se originam no ser espiritual, à medida que se transferem para as áreas da sensação, da emoção e da ação, imprimem os seus conteúdos nas referidas células de energia que os executam na forma física, estabelecendo os resultados conforme a qualidade da onda mental.
Graças ao teor vibratório de cada emissão pensante, a carga estimula a consciência celular que se sente mais fortalecida, gerando saúde, ou se desarmoniza, produzindo doença. Mesmo que venha a desestruturar-se a célula física, no processo de desorganização liberta a de natureza energética que influenciará os futuros mecanismos de equilíbrio ou de desajustes do ser humano.
As doenças mais graves são aquelas que se originam na alma, espraiando-se pelo organismo físico e transformando-se em processos degenerativos, infecciosos, produzindo dores, ou se exteriorizam como conflitos que se convertem em transtornos psíquicos, cuja gravidade se encontra na razão da causa produtora.
A sementeira do ódio, do ciúme, da inveja, da ira e de outros anestésicos do Espírito, produz vírus e vibriões psíquicos que atacam o próprio como o organismo daquele que, desprevenido, inspirou a produção dessas ondas devastadoras que a mente produz e direciona conforme a sua estrutura moral. Ao mesmo tempo, ideoplastias sustentadas pelo pensamento fixo em idéias perturbadoras e agressivas, contribuem para o surgimento de toxinas que invadem o organismo desarticulando-lhe a estrutura vibratória, enfermando-o, e trabalhando para matar-lhe as defesas, os fatores imunológicos.
A conduta mental expressa o nível de evolução em que estagia cada ser, encarregando-se de produzir bem ou mal-estar, saúde ou enfermidade, alegria ou tristeza, sempre resultando da faixa vibratória em que permanece.
Essas condutas esdrúxulas, em que muitos se comprazem, transferem-se de uma para outra existência, graças à memória e consciência da célula psíquica, que modelará a equivalente orgânica com a carga de energia que conduz. Assim, essa onda influenciará a criatura desde a sua formação genética, alterando-lhe a estrutura de acordo com a qualidade da mensagem de que se faça portadora.
As enfermidades da alma têm caráter psíquico e se encontram nos refolhos da mente desvairada, que se vincula aos estados aberrantes do comportamento, quando poderia ser direcionada para as aspirações do equilíbrio, da razão, da felicidade.
Os sentimentos vis abrem campo à sua instalação, tornando-se de diagnose difícil e tratamento deficiente, improvável de levar a resultados favoráveis à saúde.
Assim, os desvarios do sexo, as viciações de toda natureza, a irascibilidade, os estados pessimistas transformam-se em agentes vivos que se encarregam de agir conforme o direcionamento que recebem do dínamo mental gerador do qual procedem.
Da mesma sucederia se fossem cultivados outros sentimentos e preservados os valores éticos promotores do ser, que se encarregariam de corresponder à fonte produtora com ondas de bem-estar, de esperança, de harmonia, de felicidade...
Os cromossomos que se implantam na estrutura física mediante o núcleo da célula em que se estabelecem, mantêm-se no Espírito graças ao citoplasma no qual se fixam. São indestrutíveis, enviando suas mensagens através do núcleo genésico, ao tempo em que plasmam as futuras formas vivas em todos os seres, no plano físico ou no espiritual.
Quanto mais a investigação científica penetra na estrutura da forma, melhor verifica ser a mesma uma aglutinação de partículas cada vez menores até perder-se na energia que é o ponto de partida para a matéria.
Como o Espírito é energia pensante, princípio inteligente do Universo, assimila as vibrações mais sutis e exterioriza-as mediante ondas mentais que se corporificam, tornando-se parte integrante do conjunto em que a vida física se expressa.
Assim sendo, as viciações geradoras de enfermidades da alma – que permanecem como depressão, tormentos íntimos, angústia, insegurança e outros – quando se dá a desencarnação do paciente, prosseguem imantadas aos campos psíquicos nos quais foram geradas, exigindo período correspondente de mudança mental para serem diluídas e desaparecerem.
A ocorrência da morte biológica não faculta a libertação dos hábitos perversos e doentios que foram acalentados durante o largo período da existência física. Da mesma forma que se foram implantando lentamente e gerando condicionamentos que se transformaram em processos perturbadores, a readaptação ao equilíbrio e a reconstrução das estruturas energéticas afetadas exigem tempo correspondente, durante o qual são recompostos os campos vibratórios que foram danificados.
Isso é compreensível, porque as descargas produzidas pelos sentimentos vis produzem toxinas de alto teor hormonal que modificam os códigos do DNA, neles fixando o tipo de onda e a sua procedência perturbadora. À medida que se repetem essas fixações ao largo do tempo, maior se faz o dano causado à estrutura íntima do mesmo, impondo como processo de reparação, desde o além-túmulo, uma mudança total de comportamento, que se encarrega de constituir-lhe a dupla hélice, que são os dois cordões entrelaçados e formados por substância química específica.
Assim, as enfermidades da alma se farão recuperar somente quando houver transformação estrutural do pensamento, que se encarregará de construir novos alicerces super sutis, que se consubstanciarão nos futuros códigos de DNA, restabelecendo a consciência individual das células e, por fim, integrando a consciência do ser no conjunto da harmonia da Consciência Cósmica.

 (ÂNGELIS, Joanna de (Espírito). Dias Gloriosos. [psicografado por] Divaldo Pereira Franco.

Nenhum comentário: