A consciência do ser humano espraia-se por todo o
seu organismo através das variadas expressões de capacidade vibratória dos
elementos que o constituem.
Desse modo, operando em harmonia conjunta, cada
célula é portadora de pródomos de consciência individual, em cujas tecelagens
delicadas se imprimem as necessidades evolutivas do ser humano.
Trabalhadas pelos comandos automáticos do
perispírito, elas resultam da condensação de ondas específicas que conduzem os
conteúdos morais encarregados de produzirem os órgãos e os diversos mecanismos
constitutivos do indivíduo.
A célula, é, portanto, em si mesma, a
materialização do molde energético elaborado pelo modelo organizador biológico.
Quando ocorre a disjunção molecular de cada uma,
pelo fenômeno da morte física, não se dá a desintegração ou o aniquilamento
daquele que a constituía, permanecendo como parte integrante do conjunto
ordenador. Como conseqüência, cada uma possui registros especiais que se encarregam
de sincronizar-se num conjunto harmônico total. Esse tipo de registro pode ser
considerado como uma forma de consciência
embrionária que conduz e preserva informações
sobre as ocorrências de que participa.
O perispírito, dessa forma, é também constituído
pelo conjunto dessas consciências
celulares que formam a consciência global encarregada de transmitir ao
Espírito as memórias, as conquistas e realizações de cada experiência
reencarnacionista, e de todas elas em conjunto, sempre alteradas conforme as
transformações naturais da etapa vivenciada.
Os pensamentos que se originam no ser espiritual,
à medida que se transferem para as áreas da sensação, da emoção e da ação,
imprimem os seus conteúdos nas referidas células
de energia que os executam na forma física, estabelecendo os resultados
conforme a qualidade da onda mental.
Graças ao teor vibratório de cada emissão
pensante, a carga estimula a consciência
celular que se sente mais fortalecida, gerando saúde, ou se desarmoniza,
produzindo doença. Mesmo que venha a desestruturar-se a célula física, no
processo de desorganização liberta a de natureza energética que influenciará os
futuros mecanismos de equilíbrio ou de desajustes do ser humano.
As doenças mais graves são aquelas que se originam
na alma, espraiando-se pelo organismo físico e transformando-se em processos
degenerativos, infecciosos, produzindo dores, ou se exteriorizam como conflitos
que se convertem em transtornos psíquicos, cuja gravidade se encontra na razão
da causa produtora.
A sementeira do ódio, do ciúme, da inveja, da ira
e de outros anestésicos do Espírito, produz vírus e vibriões psíquicos que
atacam o próprio como o organismo daquele que, desprevenido, inspirou a
produção dessas ondas devastadoras que a mente produz e direciona conforme a
sua estrutura moral. Ao mesmo tempo, ideoplastias sustentadas pelo pensamento
fixo em idéias perturbadoras e agressivas, contribuem para o surgimento de
toxinas que invadem o organismo desarticulando-lhe a estrutura vibratória,
enfermando-o, e trabalhando para matar-lhe as defesas, os fatores imunológicos.
A conduta mental expressa o nível de evolução em
que estagia cada ser, encarregando-se de produzir bem ou mal-estar, saúde ou
enfermidade, alegria ou tristeza, sempre resultando da faixa vibratória em que
permanece.
Essas condutas esdrúxulas, em que muitos se
comprazem, transferem-se de uma para outra existência, graças à memória e consciência da célula
psíquica, que modelará a equivalente orgânica com a carga de energia que
conduz. Assim, essa onda influenciará a criatura desde a sua formação genética,
alterando-lhe a estrutura de acordo com a qualidade da mensagem de que se faça
portadora.
As enfermidades da alma têm caráter psíquico e se
encontram nos refolhos da mente desvairada, que se vincula aos estados
aberrantes do comportamento, quando poderia ser direcionada para as aspirações
do equilíbrio, da razão, da felicidade.
Os sentimentos vis abrem campo à sua instalação,
tornando-se de diagnose difícil e tratamento deficiente, improvável de levar a
resultados favoráveis à saúde.
Assim, os desvarios do sexo, as viciações de toda
natureza, a irascibilidade, os estados pessimistas transformam-se em agentes vivos que se encarregam de agir
conforme o direcionamento que recebem do dínamo mental gerador do qual
procedem.
Da mesma sucederia se fossem cultivados outros
sentimentos e preservados os valores éticos promotores do ser, que se
encarregariam de corresponder à fonte produtora com ondas de bem-estar, de
esperança, de harmonia, de felicidade...
Os cromossomos que se implantam na estrutura
física mediante o núcleo da célula em que se estabelecem, mantêm-se no Espírito
graças ao citoplasma no qual se fixam. São indestrutíveis, enviando suas
mensagens através do núcleo genésico, ao tempo em que plasmam as futuras formas
vivas em todos os seres, no plano físico ou no espiritual.
Quanto mais a investigação científica penetra na
estrutura da forma, melhor verifica ser a mesma uma aglutinação de partículas
cada vez menores até perder-se na energia que é o ponto de partida para a
matéria.
Como o Espírito é energia pensante, princípio inteligente do Universo, assimila as
vibrações mais sutis e exterioriza-as mediante ondas mentais que se
corporificam, tornando-se parte integrante do conjunto em que a vida física se
expressa.
Assim sendo, as viciações geradoras de
enfermidades da alma – que permanecem como depressão, tormentos íntimos,
angústia, insegurança e outros – quando se dá a desencarnação do paciente,
prosseguem imantadas aos campos psíquicos nos quais foram geradas, exigindo
período correspondente de mudança mental para serem diluídas e desaparecerem.
A ocorrência da morte biológica não faculta a
libertação dos hábitos perversos e doentios que foram acalentados durante o
largo período da existência física. Da mesma forma que se foram implantando
lentamente e gerando condicionamentos que se transformaram em processos
perturbadores, a readaptação ao equilíbrio e a reconstrução das estruturas
energéticas afetadas exigem tempo correspondente, durante o qual são
recompostos os campos vibratórios que foram danificados.
Isso é compreensível, porque as descargas
produzidas pelos sentimentos vis produzem toxinas de alto teor hormonal que
modificam os códigos do DNA, neles fixando o tipo de onda e a sua procedência
perturbadora. À medida que se repetem essas fixações ao largo do tempo, maior
se faz o dano causado à estrutura íntima do mesmo, impondo como processo de
reparação, desde o além-túmulo, uma mudança total de comportamento, que se
encarrega de constituir-lhe a dupla
hélice, que são os dois cordões
entrelaçados e formados por substância química específica.
Assim, as enfermidades da alma se farão recuperar
somente quando houver transformação estrutural do pensamento, que se
encarregará de construir novos alicerces super sutis, que se consubstanciarão
nos futuros códigos de DNA, restabelecendo a consciência individual das células e, por fim, integrando a
consciência do ser no conjunto da harmonia da Consciência Cósmica.
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