sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Muitas moradas

Há muitas moradas na casa de meu Pai. (João, 14:2)

Na antiguidade não imaginávamos que pudesse existir vida em outro lugar além da Terra. Nosso planeta era considerado o centro do Universo. Poucos corpos celestes eram conhecidos. Acreditávamos que existiam para iluminar a Terra e embelezar o céu. Porém, na medida em que a humanidade progride nossa visão da criação se amplia.
Atualmente os cientistas não descartam a possibilidade de existir vida noutros planetas. A astronomia desenvolveu muito nos últimos séculos. Descobriu que a Terra não é o centro do Universo. Identificou uma infinidade de corpos celestes. Entendeu melhor os elementos do Universo, como matéria, energia, planetas, estrelas e galáxias. Existem várias pesquisas científicas procurando vida noutros planetas.
No futuro a idéia de vida noutros planetas será aceita por todos. Por que a vida existiria só aqui? Por que a criação estaria limitada a este pequeno e inexpressivo planeta, cheio de dores, ignorância e intolerância?
Jesus ensinou que há muitas moradas na casa do Pai. As muitas moradas são os diferentes mundos. Como Deus está em todo lugar, Sua casa é o Universo.
O Espiritismo ensina que todos os mundos são úteis, pois Deus não desperdiça nada na criação. Ensina que a vida se manifesta de muitas formas, de acordo com as características de cada planeta. Que os Espíritos habitam planetas de acordo com seu grau de evolução e adequados às experiências de que necessitam.
Reencarnamos num planeta durante o período necessário ao nosso desenvolvimento. Após completar o aprendizado, vamos para um mundo mais evoluído. Passamos por diversos mundos em nossa caminhada evolutiva.
Podemos classificar os mundos de acordo com o estágio evolutivo de seus habitantes. Temos os mundos primitivos, de expiação e provas, de regeneração, ditosos e celestes. Um mundo pode mudar de categoria na medida em que seus habitantes progridem
Os mundos primitivos são destinados às primeiras encarnações dos Espíritos. Neles quase não existe a noção de moral. Nos mundos de expiação e provas a inteligência de seus habitantes é mais desenvolvida, mas o sentimento ainda é atrasado. Os mundos de regeneração são destinados aos Espíritos que querem melhorar. Nos mundos ditosos o bem predomina. Os mundos celestes são as moradas dos Espíritos que atingiram a perfeição.
A Terra é um mundo de expiação e provas. O mal predomina e a maioria dos habitantes está resgatando erros do passado. É por isso que aqui existe tanta dor, egoísmo e violência.
Nosso planeta está em transição para mundo de regeneração. Continuarão aqui apenas os Espíritos que queiram melhorar. A Terra será um lugar melhor para se viver.
A noção de vida noutros planetas amplia os horizontes da religião. Ajuda a compreender a grandeza de Deus. Dá uma visão mais clara de nossa condição de Espírito. Mostra nossas limitações e quanto devemos melhorar. Ajuda-nos a desenvolver a humildade, pois mostra que somos apenas uma pequena parte da criação, habitando um pequeno planeta.
A Terra é um grão de areia diante do Universo. Basta olhar para as estrelas e meditar na grandeza do Pai para concluir que não estamos sós no Universo.

Nilton Wagner Barbosa

Relação: O Evangelho segundo o Espiritismo – Capítulo III

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